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QUESTIONÁRIO FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO - FMU ADAP DP

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FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO
O que é poder?
Poder é a força que produz e faz permanecer as regras, que são necessárias para viabilizar a convivência do grupo social, ditando como as relações deste devem ser estabelecidas. 
Poder é a possibilidade de contar com a obediência de um determinado grupo. Todo o poder necessita de um aparelho administrativo que execute suas determinações. 
Poder é a submissão de alguns em detrimento de outros. Se o poder não existisse, cada um agiria de acordo com o que julgasse certo.
Como se define o poder político?
É forma de autoridade existente na sociedade. O objetivo deste poder é manter a ordem e promover o bem-estar da sociedade. Não reconhece nenhum poder interno ou externo superior ao seu (se impõe perante eles).
Quais são as características do poder político?
1. FORÇA: força física. O Estado reserva para si o uso da força física para aqueles que não seguem as regras.
2. NÃO RECONHECIMENTO DE PODER SEMELHANTE AO SEU: o uso da força é exclusivo do Estado
3. SOBERANIA: não reconhece nenhum poder interno ou externo superior ao seu (se impõe perante eles).
Diferencie estado-poder e estado-sociedade.
> Estado-poder: é o detentor do poder político que cria ou faz cumprir as regras e rege as relações entre as pessoas; caso as regras não sejam cumpridas espontaneamente, o Estado socorre-se do uso da força para obter a obediência. Portanto, essas regras criadas e impostas são chamadas de NORMAS JURÍDICAS.
> Estado-sociedade: é formado por todos os habitantes do país
O que distingue o direito público do direito privado?
> O Direito privado é o ramo do direito que disciplina as relações entre os particulares – indivíduos, dentro do Estado-sociedade.
> Já o direito público é o ramo do direito que disciplina as relações entre o Estado e os indivíduos, organiza a distribuição do poder político dentro da pessoa jurídica - Estado (agentes e órgãos) e regula as relações entre os vários Estados (entre detentores de poder político). 
Por que existe um sistema em que são fabricadas as normas jurídicas para que todos se submetam a elas? Para que haja convivência harmônica e buscar o bem comum dos indivíduos coletivamente considerados.
Identifique quais são as fases históricas da evolução do poder político.
Pré-história: há um início de poder político quando as pessoas começam a se fixar nas terras, com fixação de regras e um líder no comando.
Antiguidade: os detentores do poder político não podiam ser questionados caso desrespeitassem as normas, pois o Estado encontrava-se acima dos tribunais. Não houve nesse período a distinção entre direito público e direito privado, já que não era possível estudar-se a fundo a regulação jurídica do poder político.
Idade Média: havia o estabelecimento de regras distribuído a várias autoridades menores. Marcada pela dispersão de autoridade onde todos disputavam o poder, isso fez com que a ordem e a autoridade ganhassem importância.
Absolutismo: (idade moderna) todos os poderes são centrados na mão do Soberano. O Estado é criador da norma jurídica, mas não se submete à ela; o Estado era irresponsável juridicamente etc.
Qual das fases estudadas corresponde a atual situação do ordenamento jurídico brasileiro?
Idade contemporânea: surge aqui o conceito de Estado de Direito, ou seja, estado que realiza suas atividades sob o manto da ordem jurídica (contraposição ao Estado-polícia).
Os poderes do Estado conhecem algum limite no absolutismo?
Neste período, poder soberano não encontra limitações nem interna nem externamente. Aqui tem-se a origem do Estado moderno: poder soberano dentro de um território, que sujeita os demais. Esse período é marcado pelas ideias: poder deve ser acatado e ilimitado.
 
Qual a diferença entre o poder na antiguidade e o poder na idade contemporânea?
Na Idade Contemporânea surge a fase de regulação do poder político e tem como marcos as Revoluções francesas e americanas. Os sujeitos que exercem o poder político deixaram de simplesmente impor regras, mas também se submetem a elas.
Na Antiguidade, só havia julgamento de casos envolvendo indivíduos, e não entre estes e o Estado (Poder Público), pois os sujeitos que exerciam o poder estavam acima.
Conceitue Estado de Direito.
O Estado de Direito é aquele que se caracteriza por ter Separação dos Poderes em diversas autoridades e uma norma máxima a ser respeita por todos, que chamamos de Constituição. A partir do momento que o Estado tem responsabilidade frente à sua sociedade, tem-se o chamado Estado de Direito
Identifique cada uma das principais características do Estado de Direito, apontando a sua importância.
1)	Supremacia da Constituição: a norma jurídica mais importante de um Estado é a Constituição Federal. Nela estão consagrados os mais fundamentais e estruturais direitos, organizando o Estado e o Poder, bem como garantindo direitos fundamentais a todas as pessoas.
2)	Separação dos Poderes: crucial para que não haja usurpação e abuso de poder (tal como ocorreu no período da ditadura). Para que haja o exercício da democracia de fato, é mister a separação entre os poderes do Estado, de modo a possibilitar a real vontade popular. 
3)	Superioridade da lei: a lei, instrumento que representa a vontade geral das pessoas, é imposta a todos e também ao próprio Estado, que a cria. A lei, portanto, condiciona todos os Poderes, devendo ser observada e respeitada.
4)	Garantia dos Direitos Individuais: assegura as liberdades clássicas do ser humano, tais como liberdade, propriedade, vida, saúde, segurança etc.
Qual a importância da Constituição no Estado Democrático de Direito?
É na Constituição que o Estado e o Poder se organizam, bem como os direitos fundamentais a todas as pessoas são assegurados. Assim, é por meio da Constituição que o Estado Democrático de Direito é instituído.
O que são “direitos individuais de primeira geração”?
Os direitos fundamentais de primeira geração (ou dimensão) são os ligados ao valor liberdade, são os direitos civis e políticos. São direitos individuais com caráter negativo por exigirem diretamente uma abstenção do Estado, isto é, uma omissão estatal em não invadir a esfera individual do nacional, que deixou de ser considerado mero súdito, elevando-se à condição de cidadão, detentor de direitos tutelados pelo Estado.
Qual o conceito de pessoa jurídica?
Temos por pessoa jurídica o centro, ou unidade, ou conjunto de direitos e deveres.
Ao se reconhecer a certo ente a qualidade de centro de direitos e deveres, o ordenamento jurídico lhe outorga personalidade jurídica. 
A pessoa jurídica é aquela que diante de norma jurídica que confere direitos e deveres apenas sabemos qual comportamento a ser realizado, mas não identificamos diretamente a pessoa obrigada a realizá-lo. A pessoa jurídica, portanto, não passa de um conjunto de normas jurídicas: as normas que definem os seres humanos que realizarão os comportamentos impostos pelo Direito à pessoa jurídica.
Qual a diferença entre Administração Pública Direta e Administração Pública Indireta?
Administração Pública Direta: ocorre quando o Estado desenvolve, por si próprio, a função administrativa. Assim, se a União, os Estados Membros, o Distrito Federal e os Municípios prestam a Função Administrativa por seus diversos órgãos, fala-se em Administração Direta, que é sinônimo de Administração Centralizada.
Administração Pública Indireta: ocorre quando a Função Administrativa for prestada por pessoas alheias ao Estado e pode ocorrer pela Criação de uma Pessoa Jurídica por parte do Estado a quem serão transferidas a titularidade e a execução da Função Administrativa, exigindo-se Lei Específica para tanto, como Também ocorre a Descentralização da Função Administrativa na hipótese de o Estado transferir apenas a execução dela a pessoa já existente, mediante, basicamente, os Contratos de Concessão e de Permissão de Serviços Públicos. Na legislação, Administração Indireta diz respeito apenas às pessoas criadas pelo Estado parao exercício de uma Função Administrativa. São entidades da Administração Indireta as Autarquias, as Fundações Instituídas e Mantidas pelo Poder Público, as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista.
A que regime jurídico se submetem as Pessoas Jurídicas de Direito Privado da Administração Pública Indireta?
As Pessoas Jurídicas de Direito Privado da Administração Pública Indireta submetem-se ao Regime Jurídico de Direito Privado, com derrogação por normas de Direito Público.
Diferencie “serviço público próprio de Estado” de “serviço impróprio do Estado”.
Serviço Público Próprio de Estado: só pode ser prestado pelo Estado diretamente, ou seja, por seus órgãos e agentes. Ex: defesa nacional, fiscalização de atividades, segurança interna. São essenciais e necessários para a sobrevivência do próprio Estado.
Serviço Impróprio do Estado: comportam ser executados pelo Estado ou por particulares colaboradores. Corresponde ao conceito de serviço público impróprio. Também chamado de serviço de utilidade pública, pois oferecem uma comodidade, convenientes. Observação: Para Celso Antônio, Saúde e Educação não são serviços públicos quando prestados por particulares, uma vez que a Constituição não limitou sua prestação ao Estado ou quem lhe faça as vezes.
A exploração de atividade econômica pode ser considerada serviço público?
Segundo a CF, não é serviço público nenhuma prestação material que se enquadre como “exploração de atividade econômica”, mesmo que feita diretamente pelo Estado, pois submete-se ao regime de direito privado.
Sob a ótica da prestação como se classifica o serviço público?
Serviço geral (indivisível oi uti universi): prestado a um número indeterminado e indeterminável de indivíduos; não permite cobrança de taxa nem de preço público. Não é suscetível de ser exigido pela via cominatória, uma vez que é prestado de acordo com as opções e prioridades da Administração de conformidade com os recursos de que disponha.
Serviço individual (divisível ou uti singuli): prestado a um número determinado ou determinável de indivíduos e passível de utilização separada e mensurável (ou estimável); podem ser remunerados por taxa ou por tarifa. Geram direito subjetivo à sua prestação se o indivíduo se mostra em condições técnicas de recebê-los. Pode ser exigido diretamente do particular delegado. [Subdivide-se em: Serviço facultativo: o Poder Público pode suspender-lhe a prestação em caso de não pagamento. De regra é remunerado por tarifa. / Serviço compulsório: não é permitida a suspensão, porque o Estado o impôs coercitivamente, como também porque, sendo remunerado por taxa, tem a Fazenda mecanismos privilegiados para a cobrança da dívida. ATENÇÃO: O STJ já decidiu que a utilização obrigatória dos serviços de água e esgoto não implica que a respectiva remuneração tenha a natureza de taxa].
Quais são os direitos do usuário de serviço público?
Prestação adequada do serviço e a indenização no caso de ser mal prestado ou interrompida sua prestação, causando-lhe prejuízo.
O usuário tem direito à informação, à qualidade e ao controle adequado do serviço público.
Direito à participação do cidadão no planejamento, execução e fiscalização dos Serviços.
DEVERES
Administrativa: referentes aos dados a serem apresentados junto à Administração;
Técnica: relativas às condições técnicas para a prestação do serviço;
Pecuniária: pagamento dos serviços remunerados.
Em um Estado Democrático de Direito o poder de autoridade do Estado conhece limites? Quais?
Sim, são eles:
A competência: para o Direito, a competência representa o poder conferido pelo ordenamento jurídico, cujo exercício só é lícito se realizado pelo sujeito apontado na lei sobre o território de sua jurisdição e quanto às matérias indicadas na norma, no momento adequado e diante dos pressupostos fáticos previstos na norma para atingir o fim que levou a outorga do poder. A competência é sempre conferida pela norma para que seja atendida finalidade determinada.
Os direitos dos particulares: o outro limite imposto aos poderes do Estado em suas relações com os particulares é os direitos que a ordem jurídica assegura aos próprios particulares. Tais direitos traduzem-se em liberdade, que para os cidadãos representa: possibilidade de participar do exercício do poder nas formas previstas na Constituição; garantia (pelo próprio Estado) de segurança nas fruições privadas.
O agente público pode deixar de exercer sua competência? Por quê?
Não, pois como as competências são conferidas aos agentes públicos para a o alcance de determinados objetivos, o não uso delas implicaria renúncia à sua realização. Assim, a competência, para o agente público, é de exercício obrigatório, não ficando ao livre arbítrio de seu titular.
O Estado é o titular do poder político?
Não, o Estado apenas exerce o poder político que lhe é conferido pela Constituição. Em um Estado Democrático de Direito, o titular do Poder Políticos é o povo, cabendo ao Estado desfrutar do poder como representante de seu legítimo titular, que é o povo.
Com base no Positivismo, diferencie princípio e norma.
Norma: é um comando obrigatório. É algo que necessariamente deve ser seguido.
Princípio: é apenas uma diretriz, um conselho ao legislador.
Para o Neopositivismo o que são princípios?
No Neopositivismo, princípios NÃO são apenas diretrizes, são considerados normas jurídicas obrigatórias, de caráter vinculante. A Norma vai ser o gênero que tem duas espécies: os Princípios e as Regras.
O que é colisão de normas?
Conflito de validade se dá quando duas normas entram em conflito e uma delas deve ser excluída do ordenamento. No campo da importância, não há conflito, há colisão porque as duas são válidas, mas no caso concreto tenho que adotar apenas uma.
No sistema jurídico os princípios ocupam posição inferior ou superior as regras? Por quê?
Posição superior.
Os princípios fazem parte do ordenamento jurídico. São por causa deles que a ordem jurídica é um sistema que possui um encadeamento lógico, harmonioso e racional. Não se tratam os princípios de meros enunciados científicos, mas de verdadeiras normas jurídicas, sendo, pois, aplicáveis na solução de problemas jurídicos da vida real, explica Carlos Ari Sundfeld: "O princípio jurídico é a norma de hierarquia superior à das regras, pois determina o sentido e o alcance destas, que não podem contrariá-lo, sob pena de pôr em risco a globalidade do ordenamento jurídico. Deve haver coerência entre os princípios e as regras (...). Aquele que só conhece as regras ignora a parcela mais importante do Direito – justamente a que faz delas um todo coerente lógico e ordenado. Logo, aplica o Direito pela metade. Em outras palavras: aplicar as regras desconsiderando os princípios é como não crer em Deus, mas preservar a fé em Nossa Senhora!" (Sunfdeld, 2000, p. 146-147).
O que se entende por supremacia do interesse público?
Entende-se que os interesses públicos – aqueles que os indivíduos isolados não podem alcançar – possuem preferência sobre os interesses privados, quando se confrontam. Celso Antônio Bandeira de Mello entende que a superioridade do interesse público sobre o privado é "pressuposto de uma ordem social estável", tendo como consequências: "a-) posição privilegiada do órgão encarregado de zelar pelo interesse público e de exprimi-lo, nas relações com os particulares; b-) posição de supremacia do órgão nas mesmas condições."
Quais as funções dos princípios na interpretação das regras jurídicas?
De acordo com Carlos Ari Sundfeld (p. 148), são as seguintes:
1) É incorreta a interpretação da regra, quando dela derivar contradição, explícita ou velada, com os princípios.
2) Quando a regra admitir logicamente mais de uma interpretação, prevalece a que melhor se afina com os princípios.
3) Quando a regra tiver sido regida de modo tal que resulte mais extensa ou mais restrita, respectivamente, para calibrar o alcance da regra como o do princípio.
Por fim, os princípios gerais de direito são utilizadocomo de integração em caso de lacuna da lei
Em se tratando da liberdade de agir, qual a diferença entre o Estado e os particulares?
Os particulares podem agir, de acordo com o previsto no artigo 5.º, II da Constituição Federal: "II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de Lei."
Já a atividade desenvolvida pelo Estado somente poderá ser desenvolvida nos termos da lei.
Assim, o Estado só pode fazer o que estiver autorizado por Lei, enquanto os particulares podem fazer o que a Lei não lhes proibir. Qual o significado disso? Há uma restrição à conduta dos particulares que, contudo, tece, por meio das Leis, o próprio Direito. O Estado regulado e estruturado por Leis é uma proteção contra a arbitrariedade e a violação dos direitos dos particulares.
Os Poderes Legislativo e Judiciário exercem função administrativa/executiva? De que modo?
Os Poderes Legislativo e Judiciário também exercem a função administrativa, mas o fazem de modo secundário, e isso ocorre quando eles dispõem sobre seus serviços, seus bens e a vida funcional de seus servidores.
A função administrativa se subordina ao controle judicial?
É subordinada ao controle judicial, prevista no art. 5.º, XXXV, da CF, que dispõe que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Vige no Brasil o Sistema da Jurisdição Única ou Inglês em que os conflitos são decididos definitivamente no Poder Judiciário, ainda que a Administração Pública esteja envolvida. Não vigora o Sistema do Contencioso Administrativo ou Francês em que são Tribunais Administrativos, alheios ao Poder Judiciário, que decidem os conflitos envolvendo a Administração Pública.
Conceitue igualdade formal.
A igualdade formal interessa imediatamente ao jurista. Essa igualdade seria a pura identidade de direitos e deveres concedidos aos membros da coletividade através dos textos legais.
Somente o Poder Executivo deve respeitar o princípio da publicidade?
Esta prestação é obrigação de todas as funções da República – Judiciário, Legislativo e Executivo. Deste último, explicitamente o caput do art. 37 da Constituição Federal trata, alinhando outros princípios a que deve obediência o administrador. Do legislativo, espera-se prestação de contas tanto do dinheiro público gasto no seu sustento como do mandato popular, legitimada pelo voto.
Qual a importância do princípio do devido processo legal?
Este princípio só surgiu em 1988 com o advento da CF, e é através dele que decorrem todos os outros princípios e garantias constitucionais. Ele é a base legal para aplicação de todos os demais princípios, tais como: contraditório (direito que tem as partes de serem ouvidas), ampla defesa (ninguém pode ser condenado sem ser ouvido). Princípios que ajudam a garantir a tutela dos direitos e interesses individuais, coletivos e difusos.
Conceitue “responsabilidade civil objetiva”.
A responsabilidade civil objetiva tem como ponto de partida a proposição de uma responsabilidade independente de culpa, tendo a obrigação de reparar o dano, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. O Estado responde objetivamente por dano causado por seu agente, em substituição à responsabilidade deste, sem indagação de culpa.
No Federalismo, o poder é concentrado em um único ente público?
Não. A Constituição adotou como forma de Estado o federalismo, que se caracteriza como uma “aliança ou união de Estados”, baseada em uma Constituição, onde o Poder central é repartido entre os entes federativos que passam a possuir autonomia e participação política na formação da vontade federativa, sendo necessárias rígidas regras constitucionais tendentes a manter a unidade federativa, se possível, até com previsão da via excepcionalíssima da intervenção de um ente federativo em outro.
O prejudicado pela ação estatal necessita acionar o agente público que diretamente causou o dano?
A ação nunca é dirigida contra o agente público ou de quem faz as suas vezes. Estes limitam-se a responder regressivamente em casos de dolo ou culpa. O prejudicado pela ação estatal sempre terá o direito à indenização a ser pleiteada contra a Fazenda Pública ou contra a pessoa jurídica privada prestadora de serviço público a que pertencer o agente causador do dano.
Qual o regime jurídico utilizado pela Administração Pública?
Regime jurídico da Adm Pública (que se aplica ao Direito Público) trata-se de conjunto de regras que disciplina o interesse coletivo e caracteriza-se pelo binômio:
(.) Prerrogativas: conferem autoridade à Administração Pública, colocando-a em posição de Supremacia (superioridade) diante do Administrado. Tal afirmação decorre da supremacia do interesse público sobre o interesse do particular, de tal sorte que a prática de atos que são vedados aos particulares, são permitidos à entidade pública.
(.) Sujeições: as restrições a que se submete a Administração Pública não são comuns aos particulares, já que deve atender ao interesse público sem indevida ofensa à liberdade das pessoas. Assim, a Administração deve obediência a vários princípios, concentrados, principalmente, na Constituição Federal.
O que distingue o princípio da Supremacia do Interesse Público da Indisponibilidade do Interesse Público?
Supremacia do Interesse Público: existe com base no pressuposto de que toda atuação do Estado seja pautada pelo interesse público, cuja determinação deve ser extraída da Constituição e das leis, assim, impõe ao Legislador e ao Administrador que, na elaboração e na aplicação da Lei, levem em consideração o interesse público, e, ainda impõe a prevalência do interesse público sobre o interesse meramente privado, quando houver conflito entre eles.
O princípio da Indisponibilidade do Interesse Público é, na verdade, derivado do princípio da Supremacia do Interesse Público. São vedados ao administrador quaisquer atos que impliquem renúncia a direitos do Poder Público ou que injustificadamente onerem a sociedade.
Quais são as principais características do princípio da legalidade?
A Legalidade, no Direito Administrativo, significa, então, que o Administrador, para agir, deve estar previamente autorizado a fazer; diferentemente do que se passa no direito privado, que as partes podem fazer tudo o que a lei não proíbe.
Qual a distinção entre impessoalidade e moralidade?
Impessoalidade: é princípio que se relaciona com a Adm e os administrados. Impõe que a Administração Pública exerça a sua função, tendo como norte o interesse público, sem distinções discriminatórias em relação aos Administrados. Caso o administrado seja favorecido ou prejudicado com a prática de certo ato administrativo, isso deve decorrer unicamente da vontade da lei. Impessoalidade significa que o agente que pratica o ato administrativo, o faz em nome da própria Administração Pública. Trata-se da aplicação da Teoria do Órgão.
Moralidade: A moralidade administrativa é composta de regras de boa administração, não se confundindo com a moralidade comum. Objetiva resguardar o interesse público na tutela dos bens da coletividade, exigindo que o agente público paute sua conduta por padrões éticos que têm por fim último alcançar a consecução do bem comum.
O que significa publicidade dentro do âmbito do Poder Público?
Ampla publicidade de todo e qualquer ato emanado do Poder Público. Esta publicidade se dá, não apenas sob o aspecto da divulgação oficial de seus atos, como também a de propiciar a toda população, o conhecimento da conduta interna de seus agentes. Portanto, publicidade não é apenas tornar público, isto é, tornar do conhecimento público, mas, principalmente, tornar claro e compreensível ao público.
A eficiência deve ser analisada com base em que outro princípio? Justifique.
Por eficiência, entende-se: alcançar o melhor rendimento com o mínimo de erros. A eficiência deve ser buscada dentro dos limites da legalidade. O Princípioda Eficiência não pode ser concebido sem o Princípio da Legalidade, pois a busca pela eficiência jamais poderia justificar a postergação do dever da Administração.

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