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DIREITO CONSTITUCIONAL II - FMU ADAP DP

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DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 1 
SEPARAÇÃO DOS PODERES 
1- IDÉIA CENTRAL – Limitação do poder mediante: 
a) DESCONCENTRAÇÃO E LIMITAÇÃO DO PODER. 
b) FREIOS E CONTRAPESOS. 
 
Os poderes serão exercidos, em regra, por órgãos distintos (produção de leis pelo 
Poder Legislativo; a produção do ato administrativo pelo Poder Executivo; produção 
da decisão judicial pelo Poder Judiciário). 
 
2- TRIPARTIÇÃO: CIÊNCIA OU DOGMA? 
Em verdade, segundo Manuel Gonçalves Ferreira Filho, afirma não se trata de 
ciência, por falta de rigor científica, mas, sim, de dogma, eis que a inspiração de 
Montesquieu mais vislumbrou a formação de Poder Moderado. Atente-se até para o 
fato de que as funções administrativa e jurisdicional têm a mesma natureza, 
qual seja, aplicar a lei a caos particulares. 
 
3- FUNCÕES TÍPICAS DOS PODERES: 
- LEGISLATIVO – produção de leis e fiscalização. 
- EXECUTIVO – produção do ato administrativo. 
- JUDUCIÁRIO – prdução da decisão judicial (sentença). 
 
4- FUNÇÕES ATÍPICAS. 
Além das noticiadas funções típicas, os órgãos também exercem funções atípicas, 
ou seja, funções cuja essência do ato se coadunam com que é típica de outro 
poder. Ex. O Legislativo, julga (crimes de responsabilidade e pratica atos 
administrativos); o Judiciários produz seus regimentos internos, apresenta projetos 
de lei e pratica atosadministrativos e; o Executivo produz leis como a delegada e a 
Medida Provisória e ainda julga em procedimentos administrativos. 
 
OBS 1: Destaque-se que o PODER é UNO, apenas as FUNÇÕES, que são de 
natureza DISTINTAS, são EXERCIDAS POR ÓRGÃOS DISTINTOS. 
OBS 2: SEPARAÇÃO E SISTEMAS DE GOVERNO. 
 
PRESIDENCIALISMO – poderes INDEPENDENTES. 
PARLAMENTARISMO – poder EXECUTIVO SUBORDINADO, de certa forma, ao 
LEGISLATIVO. 
 
QUESTÕES 
1- FALE SOBRE AS FUNÇOES TÍPICAS E ATÍPICAS DO PODER LEGISLATIVO 
2- FALE SOBRE AS FUNÇOES TÍPICAS E ATÍPICAS DO PODER EXECUTIVO. 
3- FALE SOBRE AS FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS DO PODER JUDICIÁRIO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 2 
PODER LEGISLATIVO 
 
FUNÇÕES TÍPICAS: 
5- FUNÇÃO LEGISLATIVA (produção de atos normativos). Trata-se de função 
indelegável, cumprindo exceção quando se trata da lei delegada, contudo, não se 
trata da delegação da função propriamente dita, mas, sim, da possibilidade de 
produzir, especificamente, uma lei. 
 
6- FUNÇÃO DO PODER FINANCEIRO (produção de fiscalização concernente à 
fiscalização do manuseio de dinheiro público. Seu fundamento, no âmbito federal, 
está no artigo 70 da Constituição Federal. Importante destacar que nesse mister, o 
Congresso Nacional (Poder Legislativo Federal) conta com o auxílio do Tribunal de 
Contas, que não se trata de órgão ligado ao Poder Judiciário, mas, sim, ao Poder 
Legislativo; aliás, seus atos poderão, à luz do direito de ação, ser impugnados 
perante o Poder Judiciário. 
 
7- Também cumpre destacar que o Poder Legislativo também exerce função de 
fiscalização sob a ótica política, mormente tendo em vista a possibilidade de 
fiscalização decorrente das comissões parlamentares de inquérito (grupos de 
trabalho parlamentares especiais e temporários criados para apuração de fato ou 
fatos determinados. 
 
TRIBUNAL DE CONTAS: 
8- FUNÇÃO: AUXILIAR O CONGRESSO NACIONAL NO CONTROLE EXTERNO QUE 
LHE CABE EXERCER SOBRE ATIVIDADE FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DA UNIÃO, 
BEM COMO JULGAR AS CONTAS DOS ADMINISTRADORES E RESPONSÁVEIS POR 
BENS E VALORES PÚBLICOS. (ART.71 C.F.). 
 
9- STATUS DO TRIBUNAL DE CONTAS: VINCULADO O LEGISLATIVO, CONTUDO 
SEMELHANTE AOS TRIBUNAIS JUDICIÁRIOS NO TOCANTE ÀS GARANTIAS DE SUA 
INDEPENDÊNCIA. 
 
10- DESIGNAÇÃO de seus membros: MINISTROS 
 
11- COMPOSIÇÃO : 9 Ministros - 1/3 dos membros escolhidos pelo Presidente da 
República e 2/3 escolhidos pelo Congresso Nacional, obedecendo os demais 
requisitos plasmados no artigo 73 da Constituição Federal. 
 
QUESTOES. 
 
1- EXPLIQUE AS FUNÇOES DO PODER LEGISLATIVO. 
2- EXPLIQUE A FUNÇAO DO TRIBUNAO DE CONTAS. 
3- O TRIBUNAL DE CONTAS ESTÁ VINCULADO AO LEGISLATIVO OU AO 
JUDICIÁRIO? 
4- QUAL A COMPOSIÇAO DO TRIBUNAL DE CONTAS? 
5- QUAIS AS FUNÇÕES DO TRIBUNAL DE CONTAS? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 3 
CÂMARA DOS DEPUTADOS 
 
 REPRESENTANTES DO POVO. 
(ESTADOS, DISTRITO FEDERAL, TERRITÓRIOS) 
 
 MANDATO–4 ANOS-PERÍODO DE UMA LEGISLATURA 
 
 SISTEMA DE ELEIÇÃO: PROPORCIONAL 
(NENHUM ESTADO OU DISTRITO FEDERAL PODERÁ TER MENOS DE 8 NEM MAIS 
DE 70 DEPUTADOS) 
 
OBS: TERRITÓRIOS – ELEGEM 4 DEPUTADOS. 
 
 REQUISITOS:-BRASILEIRO ( NATO OU NATURALIZADO ?) 
-GOZAR DE DIREITOS POLÍTICOS 
-ALISTADO ELEITORALMENTE 
-FILIADO A PARTIDO POLÍTICO 
-POSSUIR MAIS DE 21 ANOS 
 
 COMPETÊNCIA DA CÂMARA ( Art. 51 da C.F.) 
 
SENADO FEDERAL 
 REPRESENTANTES DOS ESTADOS E DO D.F. 
 MANDATO DE 8 ANOS 
 SISTEMA DE ELEIÇÃO MAJORITÁRIO 
 ELEITOS: 3 SENADORES ( 1/3 E 2/3 ALTERNADAMENTE) 
 REQUISITOS: ANÁLOGOS AOS DOS DEPUTADOS, COM EXCEÇÃO À IDADE, UMA 
VEZ QUE É PRECISO TER MAIS DE 35 ANOS. 
 
COMPETÊNCIA DO SENADO FEDERAL – (Art. 52 da C.F.) 
 
QUESTOES. 
1- QUAIS OS REQUISITOS PARA SER CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL? 
2- QUAIS OS REQUISITOS PARA SER SENADOR? 
3- O QUE REPRESENTA A CÂMARA DOS DEPUTADOS? 
4- O QUE REPRESENTA O SENADO FEDERAL? 
5- QUAL A COMPETÊNCIA DA CÂMARA? 
6- QUAL A COMPETÊBNCIA DO SENADO? 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 4 
PODER LEGISLATIVO - estrutura 
Considerações gerais. O órgão que exerce a função é o Congresso Nacional. Em 
nível estadual, a Assembléia Legislativa e em nível municipal, a Câmara dos 
Vereadores. No Distrito Federal, a Câmara Legislativa. 
O Congresso Nacional é composto de duas Câmaras. A Câmara dos Deputados e o 
Senado Federal. Nosso sistema é bicameral do tipo federativo, em que numa das 
casas estão os representantes do povo e noutra os representantes dos estados e do 
Distrito Federal (unidades da Federação). Importante destacar que noutros níveis 
da federação o sistema é unicameral. 
Em algumas situações as casa podem trabalhar em sessões conjuntas, de maneira 
que as duas casas estão reunidas no mesmo ambiente, a exemplo do que dispõe o 
parágrafo terceiro do artigo 57, sem prejuízo de outras possibilidades. É possível 
que o Congresso se reúna em sessão unicameral, ou seja, contando cada 
parlamentar um voto, independentemente da Casa a que esteja vinculado, a 
exemplo do art 3º do ADCT. 
 
13- ÓRGÃO DIREITOR DE CADA UMA DAS CASAS 
O órgão incumbido da direção dos trabalhos de cada uma das Casas do Congresso 
é a MESA DIRETORA. A Câmara dos Deputados escolhe a sua própria mesa. O 
Senado Federal também escolhe a sua própria mesa diretora. No caso do 
Congresso Nacional também há uma mesa para a direção dos trabalhos, contudo, a 
mesa é formada conforme dispõe o parágrafo quinto do artigo 57, sendo presidida 
pelo presidente do Senado, sendo os demais cargos ocupados alternadamente 
pelos ocupantes decargos equivalentes na Câmara e no Senado Federal. 
 
14- Comissões. Grupos de trabalhos parlamentares. Algumas são permanentes (Ex. 
comissão de justiça) e outras são temporárias (Ex. comissão parlamentar 
de inquéito). As comissões podem envolver trabalho conjunto entre as duas casas 
do Congresso Nacional (Comissão mista). As comissões devem obedecer em sua 
formação aproporcionalidade. 
 
15. Legislatura. O período de um mandado do parlamentar corresponde a uma 
legislatura. Já a sessão legislativa corresponde às reuniões semestrais do 
Congresso Nacional, conforme dispõe o artigo 57, caput (emenda constitucional 
50). 
 
QUESTÕES 
1- QUAL O NOME DO ÓRGÃO QUE EXERCE A FUNÇÃO LEGISLATIVA EM NÍVEL 
FEDERAL? 
2- O QUE SIGNIFICA LEGISLATURA? 
3- QUAL O NOME DO ORGÃO DIRETOR DO CONGRESSO NACIONAL? QUAL O 
NOME DO ÓRGÃO DIRETOR DA CÂMARA DOS DEPUTADOS? 
4- QUAL O ÓRGÃO DIRETO DO SENADO FEDERAL. 
5- VERIFIQUE NA CONSTITUIÇÃO QUEM ELEGE O ÓRGÃO DIRETOR DE CADA 
UMA DAS CASAS E DO CONGRESSO NACIONAL. 
6- O QUE SIGNIFICA UMA COMISSÃO NO ÂMBITO DO PODER LEGISLATIVO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 5 
FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL 
O Congresso Nacional desenvolve suas atividades no âmbito de uma legislatura (4 
anos), em períodos de trabalho denominados sessões legislativas, as quais podem 
ser ordinárias ou extraordinárias. 
 
I- Sessão legislativa ordinária é o período em que deve estar reunido 
o Congresso para os trabalhos legislativos (02.02 a 17.07 e de 01.08 a 22.12); 
esses espaços de tempo entre as datas chamamos de o recesso parlamentar 
II- Sessão legislativa extraordinária, quando o Congresso é convocado 
para reuniões no período de recesso. 
 
O Congresso Nacional também pode ser reunir em sessão unicameral (cada 
parlamentar – deputados e senadores - representando um voto, como se apenas 
houvesse uma câmara); sessão conjunta, em que os parlamentares estão reunidos 
num mesmo ambiente, contudo, mantendo-se a estrutura das duas Casas; e em 
sessão bicameral, que é o mais tradicional do nosso sistema, que consiste na 
existência e trabalho da duasCasas de maneira autônoma. 
 
ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL 
Atribuições legislativas (artigos 48, 61 a 69); deliberativas (artigo 49); de 
fiscalização e controle (50, § 2º, 58, § 3º, 71 e 72, 166, § 1º, 49, IX e X, 51, II e 
84, XXIV); de julgamento de crime de responsabilidade (51, I, 52, I e II, 86); e 
constituintes (60). 
 
ESTATUTO PARLAMENTAR 
Conceito: conjunto de normas constitucionais, que estatui o regime jurídico dos 
membros do Congresso Nacional, estabelecendo suas prerrogativas, direitos, 
deveres, incompatibilidades, além da perda do mandato. 
 
I- Prerrogativas: inviolabilidade, imunidade, foro privilegiado, isenção do serviço 
militar e a limitação do dever de testemunhar. 
a) inviolabilidade por parte de parlamentares por suas opiniões, palavras e votos 
(imunidade material); não respondem civil, penal e administrativamente; 
b) privilégio de foro os parlamentares só serão submetidos a julgamento, em 
processo penal, perante o STF; 
c) limitação ao dever de testemunhar os parlamentares não serão obrigados a 
testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do 
mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam 
informações; 
d) isenção do serviço militar mesmo que o congressista queira incorporar-se às 
Forças Armadas, em tempo de guerra, não poderá fazê-lo por sua exclusiva 
vontade, salvo se renunciar o mandato. 
 
Atenção: 
Obs. 1- Os parlamentares podem ser processados pela prática de crime comum 
sem que haja a necessidade de autorização da Casa respectiva, como, a propósito, 
havia no passado. O que poderá ocorrer, isso sim, é a sustação do processo, na 
forma como preconizado no parágrafo terceiro do artigo 53. 
 
Obs 2. Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não 
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável e mesmo assim, neste 
caso, os autos serão remetidos à Casa respectiva, para que esta resolva sobre a 
prisão (parágrafo segundo do artigo 53). 
 
II- Direitos: os congressistas têm direitos decorrentes de sua própria condição 
parlamentar, como os de debater matérias submetidas à sua Câmara e às 
comissões, pedir informações, participar dos trabalhos, votando projetos de lei, 
salvo impedimento moral por interesse pessoal ou de parente próximo na matéria 
em debate, tudo na forma regimental. 
 
III- Incompatibilidades: são as regras que impedem o congressista de exercer 
certas ocupações ou praticar certos atos cumulativamente com seu mandato; são 
impedimentos referentes ao exercício do mandato, estão estabelecidas no art. 54. 
 
IV- Perda do mandato, a Constituição disciplina as hipóteses em que ficam 
sujeitos à perda do mandato os parlamentares, o que se dará por: 
a) cassação é a decretação da perda do mandato, por falta funcional, definida 
em lei e punida com esta sanção (art. 55, I, II e VI); 
b) extinção do mandato é o perecimento pela ocorrência de fato ou ato que 
torna automaticamente inexistente a investidura eletiva, tais como a morte, a 
renúncia, o não comparecimento a certo número de sessões expressamente fixado, 
perda ou suspensão dos direitos políticos (55, III, IV e V). 
 
QUESTÕES 
1- O QUE SIGNIFICA UM SESSÃO LEGISLATIVA? 
2- FALE SOBRE AS ATRIBUIÇÕES DO PODER LEGISLATIVO 
3- DISCORRA SOBRE O ESTATUTO PARLAMENTAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 6 
PROCESSO LEGISLATIVO 
 
Conceito e objeto: entende-se o conjunto de atos (iniciativa, emenda, votação, 
sanção, veto) realizados pelos órgãos legislativos para a elaboração das leis. Tem 
por objeto a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, 
ordinárias, delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. 
 
Lei. Numa concepção mais estrita lei é um ato normativo produzido pelo Poder 
Legislativo, segundo a forma prescrita na Constituição Federal gerando direitos e 
deveresem nível imediatamente infraconstitucional sendo a sua nota básica a 
generalidade de seu conteúdo. A seguir analisaremos os requisitos comuns à lei 
ordinária e à lei complementar, contudo, antes, emitiremos alguns conceitos 
importantes para o desenvolvimento da matéria. 
 
 ATOS CONSTANTES DO PROCESSO LEGISLATIVO 
 iniciativa legislativa: é a prerrogativa que se atribui a alguém ou a algum órgão 
para apresentar projetos de lei ao Legislativo (deflagrar discussões); 
a) emendas: constituem proposições apresentadas como acessória a outra; 
sugerem modificações nos interesses relativos à matéria contida em projetos de lei; 
b) votação: constitui ato coletivo das casas do Congresso; é o ato de decisão 
que se toma por maioria de votos, simples, absoluta ou qualificada, conforme o 
caso; 
c) sanção e veto: são atos legislativos de competência exclusiva do 
Presidente; somente recaem sobre projeto de lei ordinária ou complementar; 
sanção é a adesão; veto é a discordância com o projeto aprovado. 
 
PROCEDIMENTO LEGISLATIVO 
É o modo pelo qual os atos do processo legislativo se realizam, distingue-se em: 
A)Procedimento legislativo ordinário: é o procedimento comum, 
destinado à elaboração das leis ordinárias; desenvolve-se em 5 fases, a 
introdutória, a de exame do projeto nas comissões permanentes, a das discussões, 
a decisória e a revisória; 
B) legislativo sumário: se o Presidente solicitar urgência, o projeto 
deverá ser apreciado pela Câmara dos Deputados no prazo de 45 dias, a contar do 
seu recebimento; se for aprovado na Câmara, terá o Senado igual prazo; 3 
C) legislativos especiais: são os estabelecidos para a elaboração de 
emendas constitucionais, de leis financeiras, de leis delegadas, de medidas 
provisórias e de leis complementares. 
 
QUESTÕES 
1- O QUE SIGNIFICA PROCESSO LEGISLATIVO. 
2- FALE SOBRE AS ETAPAS DO PROCESSO LEGISLATIVO. EXPLIQUE TODAS 
AS FASES DA ELABORAÇÃO DE UMA LEI. 
3- O QUE SE PODE ENTENDER POR LEI EM SENTIDO AMPLO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 7 
LEIS ORDINÁRIAS E LEIS COMPLEMENTARES 
 
Primeira fase – Iniciativa – É o ato que deflagra ao processo legislativo. A 
apresentação de um projeto de lei. O caput do art. 61 da Constituição Federal 
apresenta os legitimados. Quando a constituição restringe os legitimados em certas 
matérias dizemos que a iniciativa é restrita; do contrário, a iniciativa é geral. Um 
vício de iniciativa macula o processo (inconstitucionalidade de ordem forma 
subjetiva) e não pode ser convalidado. 
 
Segunda Fase – Discussão 
Antes de ir para a discussão em plenário o projeto passa primeiro pelas comissões 
(grupos de trabalho parlamentar) que, dentre outras coisas, verifica a 
constitucionalidade ou não do processo (controle preventivo). Nesta fase pode 
ocorrer emenda ao projeto. Se isso ocorrer na casa revisora, o projeto, no 
concernente à emenda, volta à casa iniciadora que poderá, por sua vez, 
concordar ou não com a emenda, prevalecendo, assim, sua vontade. 
 
Terceira fase - Votação (ou deliberação) – para lei ordinária exige-se 
aprovação por maioria simples, desde presente em plenário a maioria absoluta dos 
parlamentares (art. 47); para a lei complementar exige-se maioria absoluta (art. 
69), que significa o primeiro número inteiro após a metade dos membos da casa. 
No caso da emenda à constituição exige-se uma maioria qualificada de 3/5 (art. 
60). Obs. Sempre que um projeto é aprovado pela casa iniciadora o mesmo é 
remetido a casa revisora, que poderá aprová-lo, rejeitá-lo ou ainda emendá-lo. 
 
Quarta fase - Sanção / Veto – Art. 66 – Quando presentes (lei ordinária e lei 
complementar) a sanção significa a aquiescência do chefe do Poder Executivo aos 
termos do projeto de lei. O veto, por sua vez, significa a rejeição aos termos do 
projeto (pode se total ou parcial; nunca poderá ser apenas de palavra). A sanção 
pode ser expressa ou tácita, esta última quando sem manifestação no prazo de 15 
dias úteis. O veto, por outro lado, somente pode ser expresso e devidamente 
fundamentado; o prazo para tanto é de 15 dias úteis. Quando ocorre o veto, o 
mesmo é submetido a apreciação do Congresso Nacional, em sessão conjunta, para 
que acerca do mesmo possa ocorrer uma deliberação. O veto pode ser rejeitado 
mediante decisão de maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional. 
 
Razões do Veto – Art. 66 § 1º. 
1. Pode ser contrariar o interesse público. 
2. Pode ser por inconstitucionalidade. 
 
Quinta fase - Promulgação – A promulgação é o ato que atesta que a ordem 
jurídica foi inovada, sendo levado a efeito pelo executivo que autentica a lei 
atestando a sua existência ordenando-lhe a sua aplicação e consequentemente 
comprimento por parte de terceiros. Art. 66, § 5º, 7º. 
 
Sexta fase - Publicação – Visa dar conhecimento a todos que a ordem jurídica foi 
inovada, bem como, impedir que se alegue a ignorância ou o desconhecimento da 
lei. (Não há dispositivo constitucional próprio). 
 
Existe Hierarquia entre as Leis Ordinárias e a Leis Complementares? 
Não porque para que uma norma seja tida hierarquicamente inferior à outra é 
preciso que ela busque o seu fundamento da validade nesta outra, o que não 
acontece no presente caso concreto, pois ambas as espécies normativas (leis 
complementares e leis ordinárias) buscam o seu fundamento de validade na 
Constituição Federal; ademais a lei complementar atua com privacidade no campo 
a ela reservado pela constituição federal. 
 
Existe diferença entre as Leis Ordinárias e a Leis Complementares? 
Sim. Divergem no quorum de aprovação, eis que a ordinária se aprova por maioria 
simples e a complementar por maioria absoluta, além do que também divergem no 
concernente à matéria, uma vez que aquela concernente à lei complementar consta 
expressa do texto constitucional e não pode ser veiculado por outro instrumento 
normativo, sob pena de inconstitucionalidade. CUMPRE DESTACAR QUE HÁ 
ENTENDIMENTOS EM CONTRÁRIO QUE APRESENTAM A LEI COMPLEMENTAR EM 
POSIÇÃO HIERÁRQUICA SUPERIOR À LEI ORDINÁRIA 
 
QUESTÕES. 
 
1- EXPLIQUE INICIATIVA RESERVADA E INICIATIVA GERAL, EXMPLIFICANDO 
COM A CONSTITUIÇÃO FEDEAL. 
2- FALE SOBRE AS DIFERENÇAS DA LEI ORDINÁRIA E DA LEI COMPLENTAR. 
3- EXPLIQUE SE HÁ OU NÃO HIERARQUIA ENTRE LEI ORDINÁRIA E LEI 
COMPLEMENTAR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 8 
EMENDAS À CONSTITUIÇÃO 
 
Não há participação do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, EXCETO NO QUE TANGE À 
APRESENTAÇÃO DO PROJETO. O PROCESSO TRAMITA EXCLUSIVAMENTE DENTRO 
DO CONGRESSO NACIONAL (PODER CONSTITUINTE DERIVADO) 
 
Iniciativa – Art. 60, I, II e III. 
Discussão / Votação – Art. 60 § 2º. 
Promulgação – Art. 60, § 3º. 
Publicação – Regra – Quem publica é quem promulga no caso é a mesa da Câmara 
dos Deputados e a mesa do Senado Federal. 
 
MEDIDA PROVISÓRIA – ART. 62. 
A Medida Provisória é editada pelo chefe do Poder Executivo. Somente poderá ser 
utilizada se tiver presentes seus pressupostos constitucionais (relevância e 
urgência). 
 
Da criação: O Presidente da República edita a Medida Provisória e imediatamente 
a envia ao Congresso Nacional, onde essa será discutida e analisada como projeto 
de lei (ordinária), podendo se tornar lei ou não, além de estar sujeita a alterações. 
 
Do Prazo: 60 dias prorrogáveis por igual período Art. 62 § 7º. Caso o congresso 
esteja de recesso, o prazo da MP será suspenso e só será contado após o fim do 
recesso e o retorno das casas. Pode, portanto, o prazo de vigência ser superior a 
120 dias. 
 
Perda da eficácia – A Medida Provisória pode perder a eficácia quando rejeitada 
ou quando ocorrer o decurso do prazo. Perdendo a eficácia, o Congresso Nacional 
deverá editar um decreto legislativo para disciplinar as relações afetadas pela 
Medida Provisória, contudo, se isso não ocorrer no prazo de 60 dias, as situações 
reguladas pela Medida Provisória permanecerão assim disciplinadas. 
 
Atenção: é possível que ainda exista medida provisória vigorando por 
tempo indeterminado em virtude do que dispõe o art. 2º da emenda 
constitucional 32, de 11 de setembro de 1002, aguardando deliberação ou 
ulterior modificação 
 
LEI DELEGADA – ART. 68 
Editada pelo presidente da república, que pede delegação ao Congresso Nacional 
(este não está obrigado a delegar; é sua prerrogativa).§ 1º - Trata das matérias vedadas à veiculação por lei delegada. 
§ 2º - Trata da delegação ao Presidente. Conteúdo e termos da delegação. 
§ 3º - Possibilidade de apreciação do projeto de lei delegada, contudo, sem direito 
a emendas. 
 
QUESTÕES. 
 
1- DISCORRA SOBRE O PROCESSO LEGISLATIVO PERTINENTE À EMENDA À 
CONSTITUIÇÃO? 
2- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PARTICIPA DA FASE CONSTITUTIVA DA 
PRODUÇÃO DE UMA EMENDA? 
3- FALE SOBRE A MEDIDA PROVISÓRIA. 
1- É POSSÍVEL ENCONTRAR EM NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO UMA 
MEDIDA PROVISÓRIA QUE ESTEJA VIGORANDO POR TEMPO INDETERMINADO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 9 
 DECRETO LEGISLATIVO. 
 
Decretos: são atos destinados a regular matéria da competência exclusiva do 
Congresso Nacional (art. 49), não contam com sanção ou veto do Presidente da 
República. 
 
Fases: 
Iniciativa: compete ao membro ou comissão do Congresso Nacional; 
Discussão se dá apenas no interior do Congresso Nacional; 
Sanção ou veto inexiste, pois atos exclusivo do Congresso; 
Aprovação Maioria Simples, como regra geral*. 
Promulgação pelo presidente do Senado Federal. 
Publicação O Presidente do Senado encaminha à publicação. 
 
* Exceção: Art. 5 § 3º Tratados internacionais de direitos humanos são aprovados 
pelo congresso nacional por decreto legislativo, com deliberação análoga à da 
medida provisória. 
Resoluções Legislativas (art. 59 VII): 
 
RESOLUÇÕES: 
Igualmente destinadas a regular matéria de competência do Congresso Nacional e 
de suas casas, todavia com efeitos internos. Exemplo: regimentos internos. 
Existem algumas exceções. Exemplo: Art. 68 § 2° e Art. 52 X. 
 
Fases: 
Iniciativa: compete ao membro ou comissão do Congresso Nacional; 
Discussão se dá apenas no interior da Casa; 
Sanção ou veto inexiste, pois ato exclusivo do Congresso; 
Aprovação Maioria Simples. 
Promulgação pelo presidente da Casa. 
Publicação O Presidente da Casa encaminha à publicação. 
 
Diferenças Entre Decretos e Resoluções: 
A primeira diferença é que os decretos têm efeitos externos, já as resoluções têm 
efeitos internos, embora a própria Constituição traga ressalvas. Outra diferença é 
que os decretos são exclusivos do Congresso Nacional já as resoluções são tanto do 
Congresso Nacional como de suas casas separadas (Câmara e Senado). 
 
QUESTÕES 
. 
1- DISCORRA SOBRE O DECRETO LEGISLATIVO, ABORDANDO SUA 
APROVAÇÃO. 
2- DISCORRA SOBRE A RESOLUÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 10 
 
PODER EXECUTIVO 
 
Ao Poder Executivo cumpre a função de administrar. Acima de tudo para fazer 
cumprir o disposto em lei. É função típica desse Poder. O Presidente da República 
cumula as funções de Chefia de Estado (representação da unidade nas relações 
internacionais) e Chefia de Governo (representa o Estado em seus negócios 
internos políticos e administrativos). 
 
ELEIÇÃO E MANDATO. 
Eleito, simultaneamente com o Vice-presidente, dentre brasileiros natos que 
preencham as condições de elegibilidade previstas no art. 14, § 3º; 
Eleição pelo sistema majoritário, de maioria absoluta (mais que a metade dos votos 
válidos; se isso não ocorrer em primeiro turno, haverá segundo turno). 
Mandato de 4 anos, podendo concorrer a uma reeleição. 
 
SUBSTITUTOS E SUCESSORES DO PRESIDENTE 
Ao vice cabe substituir o Presidente, nos casos de impedimento, e suceder-lhe no 
caso de vaga, e, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei 
complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele for convocado para 
missões especiais (79, par.único); 
o Presidente de Câmara; 
o Presidente do Senado; 
e o Presidente do STF 
 
Estes serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência, se ocorrer o 
impedimento concomitante do Presidente e do Vice ou no caso de vacância de 
ambos os cargos. 
 
VACÂNCIA 
Em caso de vacância dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente serão 
realizadas novas eleições diretas noventa dias após aberta a última vaga. Se a 
vacância se der nos dois últimos anos, a eleição será indireta, pois quem escolherá 
o novo Presidente será, no prazo de 30 dias, o Congresso Nacional. Nos dois casos 
é importante observar que os novos ocupantes cumprirão o remanescente do 
mandato e não um mandato integral. 
 
REMUNERAÇAO 
O Presidente e o Vice recebem remuneração na forma de subsídios, os quais serão 
fixados pelo Congresso Nacional (art. 49, VIII). 
 
PERDA DO MANDATO 
Hipóteses: cassação; extinção, nos casos de morte, renúncia; perda ou suspensão 
dos direitos políticos e perda da nacionalidade brasileira; a declaração de vacância 
fica a cargo pelo Congresso Nacional; ausência de Pais por mais de 15 dias, sem 
licença do Congresso Nacional também implica em vacância (art. 83). 
 
ATRIBUIÇÕES: estão enumeradas no art. 84, como privativas do Presidente, cujo 
parágrafo único permite que ele delegue as dos incisos VI e XXV, primeira parte aos 
Ministros, ao Procurador-Geral ou ao Advogado-Geral, que observarão os limites 
traçados nas respectivas delegações. Chamamos atenção para o disposto no inciso 
VI, que autoriza o Presidente a expedir decretos para o fiel cumprimento da lei. 
Aqui é importante observar que o decreto do Presidente não se confunde com o 
Decreto Legislativo, aquele tem nível infralegal e este legal; aquele não inova a 
ordem jurídica, este sim. 
 
QUESTÕES 
 
1- FALE O MANDATO DO PODER EXECUTIVO? 
2- FALE SOBRE O SISTEMA ELEITORAL DO PODER EXECUTIVO. 
3- FALE SOBRE AQUELES QUE SUBSTITUEM O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. 
4- É POSSÍVEL QUE DEPAREMO-NOS COM UM PRESIDENTE QUE NÃO TENHA 
SIDO ELEITO POR UMA ELEIÇÃO DIRETA? 
5- O DECRETO QUE EMANA DO PODER EXECUTIVO É LEI? 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 11 
 CRIME DE RESPONSABILIDADE 
O Presidente dentre outras possibilidades de perder o mandato poderá perdê-lo em 
decorrência de condenação pela prática de crime de responsabilidade. O julgamento 
deverá ser realizado pelo Senado Federal, se admitida a acusação pela Câmara dos 
Deputados (admissão por 2/3 dos membros). As sanções decorrentes da 
condenação em questão são as seguintes: perda do cargo e inabilitação por oito 
anos. 
 
CRIMES COMUNS. 
O Presidente também pode ser processado pela prática de crime comum, inclusive 
é uma das causas de perda do mandato. Esse procedimento se divide em duas 
partes: juízo de admissibilidade do processo, pela Câmara dos Deputados 
(admissão por 2/3 dos membros), e processo e julgamento, pelo Supremo Tribunal 
Federal. 
Importante: o Presidente não responde no curso do seu mandato por crimes 
estranhosaos exercício de suas funções. Logo, não é a regra acima não vale para 
todo e qualquer crime, mas, sim, para aqueles atinentes às funções presidenciais. 
 
QUESTÕES 
 
1- DISSERTE SOBRE OS CRIMES DE RESPONSABILIDADE. 
2- FALE SOBRE AS SANÇõES NOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE. 
3- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PODE SER PROCESSADO NO CURSO DE SEU 
MANDADO PELA PRÁTICA DE CRIME COMUM? ANALISE TODAS AS SITUAÇÕES 
ENVOLVIDAS. 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Direito Constitucional II 
 
 
Semana 12 
 
PODER JUDICIÁRIO 
Como aduz Manoel Gonçalves Ferreira Filho o Poder Judiciáriosé o terceiro dos 
poderes no estudo clássico da tripartição e costuma se mostrar como o menos 
importante, contudo, essa visão somente pode ser dar se a ótica for 
eminentemente política, pois sob o aspecto dos direitos fundamentais da pessoa 
humana, ele sem dúvida alguma é o mais importante, eis que sua própria 
existência evidencia uma garantia constitucional dos direitos fundamentais, 
mormente porque tem por vocação, e por função típica, a possibilidade de dar 
resposta (resolver conflitos de interesses) diante de lesão ou ameaça a direitos. 
Com efeito, para que esse desiderato seja alcançado mister se faz seja assegurado 
a esse Poder independência, em espcial em face aos demais Poderes. Destarte, 
nessa linha andou nosso constituinte, especialmente porque estabeleceu regras, 
garantias e impedimentos cujo desiderato foi prestigiar, não as pessoas que 
exercem seus cargos, mas, sim, a função jurisdicional. Desta forma, estudaremos 
algumas matérias pertinentes, antes de conhecer os órgãos incumbidos dessa 
imprescindível função pública. 
 
GARANTIAS 
Foram fixadas garantias Institucionais e funcionais. 
I- Institucionais: protegem a instituição Poder Judiciário. São as garantias 
de autonomia orgânico-adinistrativa (estrutura própria, escolha de seus dirigentes, 
elaboração de seus regimentos e estrutura administrativa própria) e garantias de 
autonomia financeira (orçamento próprio que constará da lei de diretrizes 
orçamentárias) 
II- Funcionais (art. 95): asseguram independência (vitaliciedade, 
inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios) e imparcialidade (vedações). 
 
a) vitaliciedade – adquire-se, em primeiro grau de jurisdição, após dois anos 
de exercício da magistratura e significa que o cargo somente será perdido após 
sentença judicial transitada em julgado. Obs. Uma exceção se estabelece para o 
caso dos Ministros do Supremo Tribunal que podem perder o cargo em decorrência 
de condenação em crime de responsabilidade, já que o julgamento, nesse caso, 
será realizado pelo Senado Federal. 
b) Inamovibilidade – impossibilidade de remoção do juiz, sem seu 
consentimento, para outra localidade ou Comarca. Referido princípio sofre 
abrandamento à medida em que tal remoção pode ocorrer em virtude de interesse 
público, contudo, exigirá decisão por maioria absoluta do tribunal respectivo ou do 
Conselho Nacional de Justiça. 
c) Irredutivilidade de subsídios – está ligada à impossibilidade de redução da 
remuneração dos magistrados, contudo, essa garantia é nominal e não real, de 
sorte que, por exemplo, a inflação pode significar perda do poder aquisitivo, sem 
que isso implique em redução da remuneração. Também não podemos nos olvidar 
dos tributos, devidos por todos, inclusive pelo magistrados e que não significam 
redução do subsídio. 
 
Nos incisos do parágrafo único do artigo 95 foram estabelecidas algumas vedações 
que, em linhas gerais, impedem o exercício de outras funções (exceto magistério), 
receber custas processuais ou participações em processos ou ainda dedicar-se a 
atividade político-partidária. 
 
Os magistrados, em primeiro grau de jurisdição ingressam na carreira por meio de 
concursos de provas e títulos. Além do ingresso por concurso também há 
possibilidade de nomeação direta para os Tribunais. Neste tópico ganha bastante 
importância o conhecimento acerca do instituto chamado quinto constitucional, que 
significa que um quinto dos lugares do Tribunais Regionais Federais e de Justiça 
serão compostos de advogados e membros do Ministério Público, todos com mais 
de dez anos de carreira, notório saber jurídico e reputação ilibada, consoante 
procedimento noticiado no artigo 94 da Constituição Federal. Noutros tribunais 
também há a indicação de advogados e membros do Ministério Público, contudo, as 
regras especificadas nos artigos pertinentes. 
 
Órgãos: STF, Conselho Nacional de Justiça, STJ, Tribunais Federais e Juízes 
Federais, Tribunais e Juízes do Trabalho, Tribunais e Juízes Eleitorais, Tribunais e 
Juízes Militares, Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal. 
 
Obs. O Conselho Nacional de Justiça não obstante integrante do rol de órgãos do 
Poder Judiciário tem função específica jurisdicional, mas, sim, administrativa, 
correcional (vide art. 103 B da CF). 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
64) Composição do STF: compõe-se de 11 Ministros, que serão nomeados pelo 
Presidente, depois de aprovada a escolha pelo Senado, dentre cidadãos com mais 
de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. 
 
65) Competência: constam do art. 102, especificadas em 3 grupos: 
1) as que lhe cabe processar e julgar originariamente; 
2) as que lhe cabe julgar, em recurso ordinário (Inc. II); 
3) as que lhe toca julgar em recurso extraordinário (inc. III); 
 
Verificar artigos 101 até 103. 
 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
Composição: compõe-se de no mínimo 33 Ministros, nomeados pelo Presidente, 
dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, depois de aprovada escolha pelo Senado, sendo: 
 
a) 1/3 dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e 1/3 dentre 
desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados na lista tríplice elaborada pelo 
próprio Tribunal; 
 
b) 1/3, em partes iguais, dentre advogados e membros do MP federal, 
Estadual, do Distrito Federal, alternadamente, indicados na lista sêxtupla pelos 
órgãos de representação das respectivas classes, de acordo com o art. 94. 
 
Competência: está distribuída em 3 áreas: 
1) competência originária para processar e julgar as questões 
relacionadas no inc. I, do art. 105; 
2) para julgar em recurso ordinário, as causas referidas no inc. II; 
3) para julgar, em recurso especial, as causas indicadas no inc. III. 
 
Verificar artigos 104 e 105 da Constituição Federal. 
 
JUSTIÇA FEDERAL 
Tribunais Regionais Federais: compõe-se de, no mínimo 7 juízes, recrutados 
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente dentre 
brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo: 
a) 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade 
profissional e membros do MP federal, com mais de 10 anos de carreira, indicados 
na forma do art. 94; 
b) os demais mediante promoção de Juízes Federais com mais de 5 anos de 
exercício, alternadamente, por antiguidade e merecimento (art. 107). 
Sua competênciaestá definida no art. 108. 
 
Juízes Federais: são membros da Justiça Federal de primeira instância, ingressam 
no cargo inicial da carreira mediante concurso. 
Verificar artigos 106 até 110 da Constituição Federal. 
 
JUSTIÇA DO TRABALHO 
Organização: sua organização compreende o Tribunal Superior do Trabalho, os 
Tribunais Regionais do Trabalho e os Juízes do Trabalho. 
Verificar artigos 111 até 116, principalmente para identificar a competência 
substancialmente ampla (art. 114). 
 
JUSTIÇA ELEITORAL 
Organização: sua estrutura compreende o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais 
Regionais Eleitorais, os Juízes eleitorais e as Juntas Eleitorais 
Verificar artigos 118 até 121. 
 
JUSTIÇA MILITAR 
Composição: compreende o Superior Tribunal Militar, os Tribunais de Juízes 
militares instituídos em lei. 
Verificaros artigos 122 até 124. 
 
TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS 
Os Tribunais de Justiça e os Juízes de Direito integram a Justiça Estadual, que 
poderá nos termos da Constituição instituir Justiça Especializada Militar (âmbito da 
polícia militar). Atenção, a competência da Justiça Estadual é de caráter residual, 
de forma que se determinada matéria não for da Justiça Federal comum ou 
especializada, será da Justiça Estadual. Assim, quando a Constituição não destinar 
determinada matéria a um determinado órgão jurisdicional, a competência será da 
Justiça Estadual. 
 
Verificar artigos 125 e 126 para saber mais alguns temas afetos à Justiça Estadual. 
 
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
1 – Ministério Público – verificar artigos 127 até 130. 
2 – Advocacia – verificar artigos 131 até 135. 
 
QUESTÕES. 
 
1- DISCORRA SOBRE AS GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO. 
2- EXPLIQUE A IMPORTÂNCIA DA PODER JUDICIÁRIO ENQUANTO GARANTIDA 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
3- EXPLIQUE O QUE SIGNIFICA QUINTO CONSTITUCIONAL. 
4- DISCORRA SOBRE AS FUNÇÕES ESSENCIAIS À ADMINISTRAÇÃO DA 
JUSTIÇA.

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