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ATIVIDADE DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM MUSCULO ESQUELÉTICO
Prof Milton Carlos Amantini
Aluna: Geovanna Ferreira Guimarães – 20142272
CRIAR CASO CLÍNICO QUE APRESENTE TRAUMA, EDEMA E/OU DERRAME PÓS TRAUMATICO, LESÃO DE ESTRUTURAS MOLES (CÁPSULA OU LIGAMENTOS), DIMINUIÇÃO DA FORÇA MUSCULAR COM CONSEQUENTE INSTABILIDADE E DÉFICT FUNCIONAL;
CASO CLÍNICO
Paciente J.F.A, sexo masculino, 29 anos, chegou a Clinica Integrada de Fisioterapia Unirp com queixas de dor na face lateral do cotovelo a aproximadamente cinco dias. O paciente joga tênis há sete anos, três vezes na semana e relata não ter sofrido qualquer tipo de trauma direto na região. O paciente apresenta edema discreto na região com aumento de temperatura local, força diminuída no movimento de preensão com dor irradiada para o epicôndilo lateral, hipersensibilidade localizada sobre o epicôndilo, e a extensão resistida do punho. Foi diagnosticado com epicondilite lateral (cotovelo de tenista) e encaminhado para o atendimento fisioterapeutico.
Identificar o mecanismo de lesão e quais testes foram usados para diagnosticar essa lesão (palpação, movimento, testes, etc...)
- Comentar sobre o tratamento fase inicial, evolução e fase final (especificando os porquês de cada tratamento e/ou recurso utilizado, com seus respectivos efeitos)
- Ao citar eletrotermofotohidroterapia, especificar seus efeitos em situações clinicas; ao citar cinesioterapia especificar o que e para que será usada; justificar recursos utilizáveis durante a evolução
- Mecanismo de lesão: a epicondilite lateral é uma lesão por uso excessivo, que acomete habitualmente a origem do extensor curto radial do carpo e em menor grau, o extensor longo radial do carpo e a porção anterior do extensor comum. O ECRC é o mais acometido por ser suscetível a um maior estresse quando o punho é flexionado, com a ulna desviada, o cotovelo em extensão e o antebraço em pronação, pois o músculo ECRC terá que sofrer um alongamento de 1,1cm para permitir a flexão e pronação plenas do punho. Essa dor é reproduzida geralmente quando a raquete encontra a bola, é nesse ponto que os músculos extensores deveram se contrair para estabilizar o punho e segurar a raquete. Isso resulta em uma contração muscular repetitiva, produzindo uma sobrecarga crônica e causando a dor epicondiliana lateral.
EXAME FÍSICO
- Palpação: o paciente refere dor no ligamento colateral lateral e epicôndilo lateral.
Áreas examinadas:
Face Anterior (fossa cubital, artéria braquial, tendão do bíceps, processo coronóide e cabeça do rádio); 
Face Medial (epicôndilo medial, ligamento colateral medial e o nervo ulnar); 
Face Lateral (epicôndilo lateral, ligamento colateral lateral); 
Face Posterior (processo do Olécrano, músculo tríceps).
- Mobilidade articular: o paciente refere dor ao movimento de supinação do antebraço e a extensão resistida do punho.
Áreas examinadas:
Flexão do cotovelo: 0-130°
Extensão do cotovelo: 130°-0
Pronação do antebraço:0-90°
Supinação do antebraço: 0-90°
-Testes do comprimento muscular: o paciente não possui encurtamento muscular.
Músculos testados:
Musculos flexores do cotovelo: bíceps braquial e braquial
Músculos extensores do cotovelo: tríceps braquial e anconeo
- Teste de estabilidade ligamentar (Varo): paciente sentado com o braço posicionado em 20-30° com o cotovelo estabilizado pelas mãos do fisioterapeuta. É aplicada uma força em varo na face lateral do cotovelo.
Resultado positivo: indicado pela instabilidade do ligamento colateral lateral.
Obs: foi realizado o mesmo teste com stress em valgo com o resultado negativo.
- Teste do Cotovelo de Tenista: com o antebraço fixo, o paciente fecha e estende o punho enquanto o fisioterapeuta aplica uma pressão sobre o dorso do punho. 
Resultado: teste positivo indicado pela dor na origem dos extensores do punho e epicôndilo lateral.
Obs: foi realizado o teste do cotovelo de golfista com o resultado negativo;
- Teste do Mill: o paciente sentado deve pronar o braço e flexionar o punho. A seguir fisioterapeuta pede para o paciente supinar o braço contra resistência.O tendão o músculo supinador, que supina o punho é fixado no epicôndilo lateral. Se o próprio côndilo ou o tendão do supinador que se fixa no côndilo estiver inflamado, ao resistir à supinação do punho pode reproduzir a irritação do epicôndilo lateral e seus tendões inseridos.
Resultado: teste positivo indicado pela dor na região do epicôndilo lateral.
- Sinal de Tinel: consiste na percussão do cotovelo na topografia do nervo ulnar causando hiperestesia (choque) na região inervada por esse nervo. 
Resultado: negativo.
- Tratamento
Fase inicial: tem como objetivo promover analgesia e restaurar as fibras de colágeno no local da lesão.
Durante a fase aguda da epicondilite utiliza-se o repouso absoluto ou ativo (dependendo do quadro álgico de dor do paciente). O uso de talas de velcro no punho irá reduzir a quantidade de tensão contrátil muscular gerada internamente ou alterar as sobrecargas de força potencialmente abusivas para tecidos menos sensíveis. 
No repouso ativo associam-se os exercícios de flexo-extensão do cotovelo e prono-supinação do antebraço para evitar os efeitos da imobilização como, por exemplo, contraturas da capsular articular e dos tecidos adjacentes. Pode-se ainda, utilizar uma cotoveleira compressiva específica para reduzir o inchaço e proteger o músculo e tendão de novas agressões dando maior estabilidade para a região.
Ultrasson: deve ser utilizada uma unidade ultrassônica de 3Mhz para atingir os tecidos superficiais (no caso, o ECRC) no modo pulsado. O ultrasson é uma onda mecânica de alta freqüência que transmite energia através de ondas mecânicas. Nesse caso, a onda vibratória do ultrasson fará micromassagens no tecido capaz de reduzir o edema, promove o aumento do número de fibroblastos (e da sua atividade), resultando no aumento da síntese protéica, e da síntese de colágeno, diminui o numero de células inflamatórias e conseqüentemente aumenta a velocidade do processo de cicatrização.
Crioterapia: O gelo é aplicado sobre a pele em movimentos circulatórios ou no sentido de "vai-e-vem" por 5 a 10 minutos. Durante a massagem com gelo o paciente sentira quatro sensações distintas incluindo frio intenso, queimadura, dor e então analgesia. Os estágios de queimadura e dor devem passar rapidamente dentro de 1 a 2 min. Uma fase mais prolongada de dor e queimação pode ocorrer se a área coberta for muito grande ou se uma resposta hipersensitiva for iminente. A temperatura da pele normalmente não cairá abaixo de 15ºC quando esta técnica for empregada e assim o risco de dano ao tecido é mínimo. Deve ser aplicada de 3-4 vezes ao dia antes de realizar os exercícios. A crioterapia promovera uma vasoconstrição diminuindo o fluxo de sangue no local da aplicação e, dessa forma, ocorre uma redução do quadro álgico, redução do edema, estimulação do relaxamento e todos os componentes do processo inflamatório se tornam amenos.
Massagem de mobilização: deve ser suave começando logo após a primeira fase. À medida que o paciente for se recuperando deverá ser introduzida massagem transversal profunda para uma correta cicatrização e reorganização do tecido muscular. A massagem vai aliviar o stress que se acumulou ao longo do tempo e eliminar as aderências do tecido. 
Orientação: orientar o paciente quanto aos hábitos diários que podem piorar a lesão (carregar peso, realizar esforços repetitivos) para evitar que novas lesões ocorram piorando o seu estado.
Fase evolução: nessa fase temos como objetivo recuperar a força principalmente na origem desse tendão para que novas lesões não aconteçam, e a mobilidade articular de forma completa.
Exercícios isocinéticos e isotônicos com resistência progressiva para flexores, extensores, pronadores e supinadores do punho: nessa fase o paciente devera ter uma ADM plena e indolor para que o processo de reparação tecidual não seja comprometido e ele consiga aumentar a força e a resistênciadesses músculos de forma ordenada e progressiva. Podemos utilizar peso, borrachas e a própria raquete no treinamento treinando o movimento que causou a lesão de forma correta a fim de que o SNC tenha consciência dessa nova condição de movimento.Devemos também, corrigir os desvios mecânicos articulares para que não haja compressão do tendão lesado e continuar com o tratamento de regeneração para os casos em que o paciente ainda não se recuperou totalmente da lesão.
Os exercícios isocinéticos são conseguidos quando o músculo encurta contra uma resistência cooperante igualada com a força produzida pelo músculo e requerem uma velocidade constante durante toda a amplitude do movimento. Quanto mais lenta for a velocidade do movimento isocinético, maior será o ganho em força e endurance (resistência). Estes exercícios devem ser iniciados com um mínimo de resistência ao movimento (sem permitir que este ocorra), que é aumentada gradativamente. 
Posteriormente, realiza-se os exercícios isotônicos que são mais dinâmicos e realizados com movimento, com ou sem pesos, envolvendo a contração e extensão muscular controlada, contra uma carga constante. A tensão deverá permanecer constante durante o exercício e evolvem a movimentação e mobilidade dos músculos contribuindo para a coordenação motora, flexibilidade e força.
Exercícios:
Arco de Movimento do Punho: Dobrar o punho o máximo possível, para frente e para trás.  
Fazer 3 séries de 10 repetições. 
Arco de Movimento do Antebraço: Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, girar devagar a mão para cima e manter por 5 segundos; depois, devagar, girar a mão para baixo e manter por 5 segundos. 
Fazer 3 séries de 10 repetições. 
obs: É importante manter o cotovelo a 90º durante todo o exercício.
Arco de Movimento do Cotovelo: em pé, flexionar o cotovelo, levando a mão, com a palma para cima, de encontro ao ombro (estender o cotovelo, deixando-o o mais reto possível).
Fazer 3 séries de 10 repetições.
Fortalecimento:
Flexão do Punho: segurar uma lata de conserva, com a palma da mão para cima, e dobrar o punho para cima (sempre devagar, abaixar o peso e retornar à posição inicial).
Fazer 3 séries de 10 repetições.  Gradualmente, deve-se aumentar o peso da lata.
Extensão do Punho: segurando a mesma lata, com a palma da mão para baixo, dobrar o punho para cima. Sempre devagar, abaixar o peso e retornar à posição inicial. 
Fazer 3 séries de 10 repetições.  Gradualmente, deve-se aumentar o peso da lata.
Pronação e Supinação: segurando um martelo com o cotovelo dobrado a 90º, fazer o movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo. 
Fazer 3 séries de 10 repetições de cada exercício.
	
Fase final: é a fase de readaptação para a introdução do paciente a atividade física, onde devemos trabalhar para manter o que o paciente “ganhou” para não lesionar o local que já está cicatrizado ou gerar novas lesões em outros tecidos adjacentes.
Nessa etapa, utilizamos exercícios voltados ao gesto esportivo (extensão de cotovelo com flexão de punho), trabalhamos a propriocepção e a conscientização sobre o movimento correto, para evitar movimentos que propiciam novas lesões, treino de flexibididade articular por meio de alongamentos que são utilizados também para melhorar a elasticidade muscular, e amplitude de movimentos e uso de crioterapia após o exercício e a prática da atividade física.
SEGMENTO: COTOVELO

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