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PROCESSO TRIBUTÁRIO - FMU ADAP DP

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DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
 
Semana 1 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
1. Tributo – obrigação “ex lege”, em moeda, que não se constitui em sanção 
por ato ilícito e que tem por Sujeito Ativo (credor) normalmente uma pessoa 
política e por Sujeito Passivo (devedor) qualquer pessoa apontada na lei. 
F  SA crédito $ débito SP (obrigação tributária) 
   
 Direito subj. Dever jurídico 
 
2. Lançamento tributário – ato jurídico administrativo, da categoria dos 
simples, modificativos ou assecuratórios e vinculados mediante o qual se 
declara o acontecimento do fato jurídico tributário, se identifica o Sujeito 
Passivo da obrigação correspondente, se determina a base de cálculo e a 
alíquota aplicável, formalizando o crédito e estipulando os termos de sua 
exigibilidade. 
 
Modalidades de lançamento 
 
1) Direto ou de ofício: art. 149, CTN - feito exclusivamente pelo Fisco. 
2) Misto ou por declaração: art. 147, CTN - realizado pelo Fisco e pelo 
contribuinte. 
3) Por homologação ou autolançamento: art. 150, CTN – feito exclusivamente 
pelo contribuinte. Nessa modalidade, o sujeito passivo antecipa o pagamento do 
tributo e aguarda a homologação (expressa/ tácita) da Fazenda Pública. 
 
 
3. Suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
CTN , art. 151 a 155-A 
 
Fala-se em suspensão da exigibilidade sempre que, durante um determinado tempo, 
o sujeito passivo não precisar recolher o tributo e o sujeito ativo não pode exigi-lo 
(não pode inscrever o débito na dívida ativa nem ajuizar a execução fiscal). 
 
O art. 151 do CTN elenca as situações nas quais a exigibilidade do crédito é 
temporariamente suspensa, quais sejam: 
 
I – Moratória: dilação do prazo estipulado para o normal recolhimento do tributo, 
mediante o regramento detalhado e sujeito a diversos requisitos. O próprio Fisco, 
diante de determinadas dificuldades do Sujeito Passivo (enchentes, terremotos etc.) 
pode conceder um prazo maior para pagamento do tributo. 
 
II – Depósito judicial do montante integral do crédito tributário 
 
III – Impugnações, defesas, reclamações e recursos administrativos 
 
IV – Concessão de medida liminar em mandado de segurança 
 
V – Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de 
açãojudicial 
 
VI – Parcelamento: forma de pagamento de débitos tributários após o período de 
seus vencimentos, em prestações mensais, durante alongado período de tempo. 
 
CTN , art. 151, parágrafo único– não alcança as “obrigações acessórias”. 
 
4. Processo tributário 
PROCESSO – série de atos que culminam, se necessário, na aplicação forçada do 
direitoviolado 
Pontes de Miranda – “nada mais é do que o corretivo da imperfeita realização do 
Direito objetivo” 
Direito Processual – conjunto de normas que disciplinam a prática desses atos 
 
PROCEDIMENTO – seqüência de atos ordenados com vistas à produção de um efeito 
jurídico final, mas sem a participação dos interessados, pois não visam à produção 
de um efeito jurídico final que tenha de ser legitimado por essa participação 
 
PROCESSO 
TRIBUTÁRIO: 
 
 MEROS PROCEDIMENTOS 
 (fiscalização, parcelamento, 
 compensação, imunidades, 
isenções etc) PROCESSO ADM. TRIB. 
 PROC.ADM.TRIB.PROPRIA
MENTE 
 DITO (impugnação do 
lançamento, do 
 indeferimento de pedido de 
 compensação, isenção 
etc.) 
 
 
 
 
 
 PROCESSO DE EXECUÇÃO 
PROCESSO JUD. TRIB. PROCESSO DE CONHECIMENTO 
 PROCESSO CAUTELAR 
 
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS: 
1. GERAIS 
 JUSTIÇA – diante de mais de uma solução formalmente possível, o intérprete 
deve escolher a mais justa (levando em conta a dignidade da pessoa humana, 
capacidade contributiva, isonomia etc.) 
 SEGURANÇA JURÍDICA – atribuição da maior previsibilidade e estabilidade 
possível às relações humanas. Ex.: prazos para fiscalização, decadência, 
prescrição etc. 
 ISONOMIA – aplicação da lei a todos, indistintamente (não se deve permitir 
decisões que favoreçam alguns contribuintes ou a Fazenda) 
 LEGALIDADE – procedimentos preliminares (fiscalização), processo 
administrativo e judicial tributários devem desenvolver-se nos termos 
previstos em lei 
 RAZOABILIDADE – para atingir determinada finalidade, os meios 
empregados devem ser adequados e necessários e devem estar em 
conformidade com o sensocomum 
 PROPROCIONALIDADE – controle entre meios e fins conciliando os 
princípios pertinentes positivados na CF (deve-se aplicar aquele que cause 
menor estrago aos demais com os quais está sendo conciliado). Pressupõe a 
adequação e a necessidade, mas é mais amplo que a razoabilidade. Ex.: 
concessão de liminares, extinto DP para recurso etc. 
 PUBLICIDADE – para viabilizar a participação das partes e o controle, por 
parte da opinião pública, da função de julgar. Admite exceções: sigilo fiscal. 
 
PROCESSUAIS: 
 DEVIDO PROCESSO LEGAL 
 AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO 
 INSTRUMENTALIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL 
 DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
 NECESSÁRIA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES 
 
 
 
2. APLICÁVEIS NA CONDUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS 
ADMINISTRATIVOS 
 OFICIALIDADE – cabe à Administração Pública instaurar, desenvolver e 
concluir seus procedimentos 
 INQUISITORIEDADE – meros procedimentos administrativos são 
levados à cabo pela Administração, sem a necessária participação do 
contribuinte 
 CIENTIFICAÇÃO – comunicação prévia ao contribuinte da instauração do 
procedimento/processo administrativo 
 VERDADE REAL – a Administração não pode agir baseada em presunções 
 SUBORDINAÇÃO HIERÁRQUICA – IN, portarias, OS devem ser obedecidas 
pelossubordinados 
 DEVER DE FUNDAMENTAÇÃO – decorre da motivação dos atos 
administrativos 
 
PROCESSUAIS: 
 UTILIDADE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 NÃO-SUBMISSÃO DO ÓRGÃO JULGADOR AO PODER HIERÁRQUICO –
subordinação quanto à função (horários, critérios de nomeação) não quanto 
àsdecisões 
 
QUESTÕES 
1. Aponte duas causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário. 
2. A impetração de mandado de segurança suspende a exigibilidade do crédito 
tributário? Explique sua resposta. 
3. O depósito tem sempre o condão de suspender a exigibilidade do crédito 
tributário? Explique sua resposta. 
4. Aponte dois princípios aplicáveis na condução dos procedimentos 
administrativos. Explique brevemente. 
5. O ajuizamento de uma ação judicial impede a execução fiscal? E a 
apresentação de uma impugnação administrativa? Explique sua resposta. 
 
BIBLIOGRAFIA 
ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 6ª edição. São Paulo: EditoraMalheiros, 2004. 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 20ª edição. São Paulo: 
EditoraSaraiva, 2008. 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
 
Semana 2 
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO FEDERAL 
 
 Estrutura semelhante à do PJ. 
 INDEPENDÊNCIA, IMPARCIALIDADE, CELERIDADE E EFICIÊNCIA 
 PAF – Processo Administrativo Fiscal, regulamentado pelo Decreto n. 70.235, 
de 6de março de 1972 (com as alterações introduzidas pela MP 449/2008 
convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009) 
 O PAF recebeu novas disposições que procuraram adequá-lo à nova realidade 
eletrônica experimentada pela administração pública federal, sobretudo no 
âmbito da administração fiscal, a quem compete exercer com prioridade as 
tarefas de arrecadação e gestão dos recursos públicos derivados da União 
Federal. 
 Destacam-se as seguintes inovações: (i) os atos e termos processuais 
poderão ser encaminhados à autoridade competente de forma 
eletrônica ou apresentados em meio magnético ou equivalente; 
(ii) realização e aperfeiçoamento das intimações por meio eletrônico; 
e (iii) possibilidade de adoção da súmula vinculante, de observância 
obrigatória por toda a administração pública federal e pelos contribuintes, no 
âmbito do processo administrativo fiscal. 
 Segundo a nova regra de intimação, o contribuinte poderá ser intimado por 
meio eletrônico: * com o envio da intimação ao seu domicílio tributário; 
e, *(b)registro em meio magnético (disquete ou CD) utilizado pelo 
contribuinte, ambas as formas usadas pelo fisco. Nesse ponto, é fundamental 
ter em mente a repercussão negativa que essa inovação processual trará para 
os contribuintes desatentos e com pessoal (contabilidade e demais setores 
administrativos internos) eventualmente desavisado, uma vez que as 
intimações são atos processuais com finalidade precípua de dar ciência a 
alguém sobre a ocorrência de determinado ato de seu interesse, sendo que, 
se desconsideradas ou ignoradas, podem levar à preclusão ou perda do direito 
de agir na defesa de um interesse legítimo. 
 Domicílio tributário, para os fins da intimação por meio eletrônico, é o 
endereço eletrônico atribuído pela autoridade ao contribuinte, de acordo com 
a declaração deste (geralmente as declarações tributárias já vêm 
apresentando um campo próprio para preenchimento e informação do 
endereço eletrônico). 
 INÍCIO DO PROCEDIMENTO FISCAL – PAF, art. 7º 
MPF – mandado de procedimento fiscal: ordem específica que inicia a 
fiscalização (ordem do Superintendente, Delegados da Receita Federal etc) / evita 
fiscalização com motivação subjetiva 
X denúncia espontânea (§1°) = CTN, art. 138 
 
 AUTO DE INFRAÇÃO X LANÇAMENTO 
AIIM – auto de lançamento / auto de infração / notificação do lançamento / 
notificação da multa 
“formaliza” o crédito tributário na parte em que é lançamento 
“formaliza” a multa na parte em que é auto de infração 
REQUISITOS – PAF, art. 10 
NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO – PAF, art. 11 
REINCIDÊNCIA – PAF, art. 13 
 
 IMPUGNAÇÃO 
Prazo: 30 dias (PAF, art. 15) 
REQUISITOS – PAF, art. 16 
PAF, art. 17 
PAF, art. 18, §3º – agravamento 
PAF, art. 21 e $3° – revelia 
 
 INTIMAÇÃO – art. 23 e §5º 
 
 COMPETÊNCIA – art. 24 e 25 e §5º 
 
 Art. 31 – Decisão 
 
 1ª INSTÂNCIA – DELEGACIAS DA RECEITA FEDERAL DE 
JULGAMENTO (PAF, art. 25, I) 
 
 RECURSOS CABÍVEIS: 
RECURSO DE OFÍCIO (PAF, art. 34) – A autoridade de primeira instância 
recorrerá de ofício sempre que a decisão: I) exonerar o sujeito passivo do 
pagamento de tributo e encargos de multa de valor total (lançamento principal 
e decorrentes) a ser fixado em ato do Ministro de Estado da Fazenda (limites 
de alçada – Portaria MF 333/97); II) deixar de aplicar pena de perda de 
mercadorias ou outros bens cominada à infração denunciada na formalização 
da exigência. O recurso será interposto mediante declaração na própria 
decisão. 
RECURSO VOLUNTÁRIO (PAF, art. 33) – da decisão caberá recurso 
voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias 
seguintes à ciência da decisão. 
§2º - DP ou ARROLAMENTO DE BENS no valor de 30% declarados 
inconstitucionais(Vide Adin nº 1.976-7) 
 
 PAF, art. 36 – Da decisão de 1ª instância não cabe pedido de reconsideração 
 
 
QUESTÕES 
1) Quem é responsável pelos julgamentos em 1ª instância administrativa 
federal? 
2) No âmbito do processo administrativo federal, explique as hipóteses 
de cabimento do recurso de oficio. 
3) No âmbito do processo administrativo federal, explique o chamado 
recurso voluntário e indique o órgão responsável pelo seu julgamento. 
4) Para a interposição do recurso voluntário, é preciso o arrolamento de 
bens ou direitos no valor de 30% da exigência fiscal? Explique. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
Decreto 70.235 de 6 de março de 1972 (com as alterações introduzidas pela MP 
449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009) 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
 
Semana 3 
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO FEDERAL 
 2ª INSTÂNCIA – CARF – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS 
FISCAIS 
 Principal alteração pela MP 449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio 
de 2009: criação do CARF – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE 
RECURSOS FISCAIS 
Reunião dos antigos Conselhos de Contribuintes e a Câmara Superior de 
Recursos Fiscais (mudanças apenas na denominação dos Colegiados) 
Instalado pelo Ministro da Fazenda pela Portaria 441/2009 
 Seu Regimento Interno já se encontra em plena vigência 
 
 PAF, art. 25, II – O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF, 
órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, 
com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de 
primeira instância, bem como recursos de natureza especial. 
§ 1o O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais será constituído por 
SEÇÕES e pela CSRF – CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS. 
§ 2o As seções serão especializadas por matéria e constituídas por câmaras. 
§ 3o A Câmara Superior de Recursos Fiscais será constituída por turmas, 
compostas pelos Presidentes e Vice-Presidentes das câmaras. 
§ 4o As câmaras poderão ser divididas em turmas. 
§ 5o O Ministro de Estado da Fazenda poderá criar, nas seções, turmas 
especiais, de caráter temporário, com competência para julgamento de 
processos que envolvam valores reduzidos, que poderão funcionar nas cidades 
onde estão localizadas as Superintendências Regionais da Receita Federal do 
Brasil. 
 
 Composição PARITÁRIA (metade representantes do Fisco – AFTNs – e metade 
representantes dos contribuintes – indicados pelas entidades de classe) 
 
 RECURSO CABÍVEL: RECURSO ESPECIAL (PAF, art. 37, §2º) 
– à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 (quinze) dias da 
ciência do acórdão ao interessado: II – de decisão que der à lei tributária 
interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de 
Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais. 
 
 
 PAF, art. 42 – Decisão definitiva 
contrária ao SP – art. 43 e 44 
favorável ao SP – art. 45 
 
 EFEITOS: SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
(CTN, art. 151, III) 
 
 CONSULTA FISCAL (PAF, art. 46 a 58) – procedimento pelo qual o 
contribuinte indaga ao fisco sobre sua situação legal diante de determinado 
fato, de duvidosoentendimento 
 
Visa dirimir dúvidas quanto ao emprego e à interpretação de dispositivos leais 
aplicáveis a determinado fato. 
 
Suspende o prazo pararecolhimento do tributo. 
 
Se já houver fiscalização, não cabe. 
 
Se o SP não cumprir o que diz a resposta da consulta no prazo estipulado, 
será lavrado AIIM com a aplicação das penalidades cabíveis. 
 
Cabe no âmbito estadual e municipal também. 
 
QUESTÕES 
1) Qual a principal alteração introduzida pela Lei 11.941/09 na estrutura da 2ª 
instância no processo administrativo federal? Explique. 
2) No âmbito do processo administrativo federal, explique as hipóteses de 
cabimento do recurso especial e indique o órgão responsável pelo seu 
julgamento. 
3) Explique a consulta fiscal. 
4) A consulta fiscal suspende a exigibilidade do crédito tributário? Explique. 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
Decreto 70.235 de 6 de março de 1972 (com as alterações introduzidas pela MP 
449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009) 
 
 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
 
Semana 4 
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO ESTADUAL 
Estado de São Paulo – Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009 (DOE de 19/03/2009) 
Dispõe sobre o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício 
e dá outras providências. 
Decreto 54.486, de 26 de junho de 2009 (DOE de 27/07/2009) 
Regulamenta a Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009, que dispõe sobre o processo 
administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício e dá providências 
correlatas. 
Regimento Interno do Tribunal de Impostos e Taxas de 2009: 
Referendado pela Portaria CAT nº 141, de 22 de julho de 2009 (DOE de 23/07/2009), 
tendo em vista o disposto no artigo 58, da Lei 13.457/2009 e no artigo 32, V, do 
Decreto 54.486/2009. Aprovado pela Câmara Superior do Tribunal de Impostos e 
Taxas na sessão de 16 de julho de 2009. 
 1ª INSTÂNCIA – DELEGACIAS TRIBUTÁRIAS DE JULGAMENTO 
30 dias contados da notificação do auto de infração para PAGAR ou 
APRESENTAR DEFESA (Lei 13.457/09, art. 25) 
RECURSO DE OFÍCIO (Lei 13.457/09, art.39) – da decisão CONTRÁRIA À 
FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal 
exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 5.000 
(cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, haverá recurso 
de ofício para o Delegado Tributário de Julgamento. 
RECURSO VOLUNTÁRIO (Lei 13.457/09, art.40) – da decisão FAVORÁVEL À 
FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa em o débito fiscal 
exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 5.000 
(cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, o autuado 
poderá interpor recurso voluntário, dirigido ao Delegado Tributário de 
Julgamento. 
 2ª INSTÂNCIA – TRIBUNAL DE IMPOSTOS E DE TAXAS (TIT) ou CONSELHO 
DE CONTRIBUINTES ESTADUAL (dependendo do Estado) 
Vinculado à Coordenadoria de Administração Tributária da Secretaria da 
Fazenda, é órgão paritário de julgamento de processos administrativos 
tributários decorrentes de lançamento de ofício e encontra-se instalado no 9º 
andar do prédio Palácio Clóvis Ribeiro, na Av. Rangel Pestana, nº 300. 
Instituído em 05 de junho de 1935 pelo Decreto nº 7.184, do Governador do 
Estado de São Paulo, Dr. Armando de Salles Oliveira. 
Dentre outras medidas adotadas pela administração fazendária, surgiu em 
razão da necessidade de se estabelecer um conjunto de normas e 
procedimentos de administração, destinados a exercer o controle de qualidade 
sobre os lançamentos tributários e influenciados pelos princípios da 
publicidade, da economia, da motivação e da celeridade, garantindo ao 
contribuinte o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. 
Lei 13.457/09, art. 54 – atribuições 
 
Lei 13.457/09, art. 55 – composição: CÃMARA SUPERIOR (art. 57 e 58) e 
CÃMARAS JULGADORAS (art. 59) 
 
Lei 13.457/09, art. 63 – mandato de 2 anos, permitida a recondução 
 
Lei 13.457/09, art. 64 – JUÍZES SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Lei 13.457/09, art. 65 – JUÍZES CONTRIBUINTES 
 
 Lei 13.457/09, art. 42 – RECURSOS: 
DE OFÍCIO (art. 46) – da DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA 
do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na 
data da lavratura do auto de infração for superior a 5.000 (cinco 
mil) UFESPs, haverá recurso de ofício para o Tribunal de Impostos e 
Taxas. Decisão pela Câmara Julgadora. 
ORDINÁRIO (art. 47) – da DECISÃO FAVORÁVEL À FAZENDA PÚBLICA 
do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na 
data da lavratura do auto de infração seja superior a 5.000 (cinco 
mil) UFESPs, poderá o autuado, no prazo de 30 (trinta) dias, interpor 
recurso ordinário para o Tribunal de Impostos e Taxas. O juízo de 
admissibilidade do recurso ordinário cabe ao Delegado Tributário de 
Julgamento. Decisão pela Câmara Julgadora. 
ESPECIAL (art. 48) – interposto tanto pelo autuado como pela Fazenda 
Pública do Estado, fundado em dissídio entre a interpretação da 
legislação adotada pelo acórdão recorrido e a adotada em outro 
acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do 
Tribunal de Impostos e Taxas. O juízo de admissibilidade do recurso 
especial compete ao Presidente do Tribunal de Impostos e 
Taxas. Decisão pela Câmara Superior. 
 Lei 13.457/09, art. 50 e 51 – REFORMA DOS JULGADOS 
ADMINISTRATIVOS: DA DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA DO 
ESTADO, da qual não caiba a interposição de recurso, quando a 
decisão reformanada: I - afastar a aplicação da lei por inconstitucionalidade, 
observado o disposto no artigo 28 desta lei; II - adotar interpretação da 
legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos 
tribunais. O juízo de admissibilidade do recurso especial compete ao 
Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas. Decisão pela Câmara Superior. 
 SÚMULAS – Lei 13.457/09, art. 52 – por proposta do Diretor da 
Representação Fiscal ou do Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, 
acolhida pela Câmara Superior, em deliberação tomada por votos de, pelo 
menos, 3/4 (três quartos) do número total de juízes que a integram, a 
jurisprudência firmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas será objeto de 
súmula, que terá caráter vinculante no âmbito dos órgãos de julgamento das 
Delegacias Tributárias de Julgamento e do Tribunal de Impostos e Taxas. 
1º - A proposta de súmula, após ser acolhida pela Câmara Superior, deverá 
ser encaminhada ao Coordenador da Administração Tributária para referendo. 
2º - A súmula poderá ser revista ou cancelada se contrariar a jurisprudência 
firmada nos Tribunais do Poder Judiciário, obedecido ao disposto no caput e 
no 1º deste artigo. 
 Lei 13.457/09, art. 74 a 85 – INFORMATIZAÇÃO do processo administrativo 
tributário (comunicação eletrônica dos atos processuais e processo eletrônico) 
 
QUESTÕES 
1) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, quem 
é responsável pelo julgamento das impugnações administrativas em 
1ª instância? E os recursos, em 2ª instância? 
2) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, 
explique as hipóteses de cabimento do recurso de ofício nas duas 
instâncias e indique qual o órgão responsável pelo seu julgamento. 
3) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, 
explique as hipóteses de cabimento do recurso voluntário e indique 
qual o órgão responsável pelo seu julgamento. 
4) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, 
explique as hipóteses de cabimento do recurso ordinário e indique qual 
o órgão responsável pelo seu julgamento. 
5) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, 
explique as hipóteses de cabimento do recurso especial indique qual o 
órgão responsável pelo seujulgamento. 
 
BIBLIOGRAFIA 
Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009 (DOE de 19/03/2009) 
Decreto 54.486, de 26 de junho de 2009 (DOE de 27/07/2009) 
Regimento Interno do Tribunal de Impostos e Taxas de 2009 – aprovado pela Câmara 
Superior do Tribunal de Impostos e Taxas na sessão de 16 de julho de 2009. 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
 
Semana 5 
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO MUNICIPAL 
 Município de São Paulo – leis 14.107/2005, 
14.141/2006 e 14.614/2007– dispõem sobre o processo administrativo 
fiscal e cria o Conselho Municipal de Tributos 
 1ª INSTÂNCIA – unidades da SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS (lei 
14.107/2005, art. 51) 
IMPUGNAÇÃO em 30 dias (da notificação do lançamento / auto de infração e 
imposição de multa) – lei 14.107/2005, art. 36 
PAGAMENTO EM PRESTAÇÕES – lei 14.107/2005, art. 36, §§ 1º e 
2º 
lei 14.107/2005, art. 40 e parágrafo – DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA 
MUNICIPAL estará sujeita a um único reexame necessário, com efeito 
suspensivo, quando o débito fiscal for reduzido ou cancelado, em montante 
igual ou superior ao estabelecido por ato do Secretário Municipal de Finanças. 
O reexame necessário será apreciado pela autoridade imediatamente superior 
àquela que houver proferido a decisão reexaminada. 
 
 2ª INSTÂNCIA – CONSELHO MUNICIPAL DE TRIBUTOS 
lei 14.107/2005, art. 52 – representantes da Prefeitura e dos contribuintes 
lei 14.107/2005, art. 53 – competência (inconstitucionalidade ou ilegalidade 
não) 
lei 14.107/2005, art. 54 – composição: CÂMARAS JULGADORAS EFETIVAS 
(art. 55), CÃMARAS JULGADORAS SUPLEMENTARES (art. 56) e CÁMARAS 
REUNIDAS (art. 61) 
lei 14.107/2005, art. 41 – RECURSOS (apresentados ao órgão que proferiu a 
decisão que encaminhará os autos para o Conselho): 
ORDINÁRIO (art. 45 a 48) – interposto pelo sujeito passivo, da decisão 
final proferida em primeira instância, para uma das 
Câmaras Julgadoras 
DE REVISÃO (art. 49) – interposto pelo sujeito passivo ou pelo Fisco, 
da decisão proferida pela Câmara Julgadora que der à legislação 
tributária interpretação divergente da que lhe haja dado outra Câmara 
Julgadora ou as Câmaras Reunidas, para as Câmaras Reunidas 
lei 14.107/2005, art. 50 – PEDIDO DE REFORMA DE DECISÃO: da decisão 
contrária à Fazenda Municipal, proferida em recurso ordinário, que: 
I - afastar a aplicação da legislação tributária por inconstitucionalidade ou 
ilegalidade; ou 
II - adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela 
jurisprudência firmada nos tribunais judiciários. 
PRAZO: 30 dias 
Para as Câmaras Reunidas 
 
QUESTÕES 
1) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, quem é 
responsável pelo julgamento das impugnações administrativas em 1ª 
instância? E os recursos, em 2ª instância? 
2) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique o 
Reexame Necessário. 
3) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique as 
hipóteses de cabimento e indique qual o órgão responsável pelo julgamento 
do Recurso Ordinário. 
4) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique as 
hipóteses de cabimento e indique qual o órgão responsável pelo julgamento 
do Recurso de Revisão. 
5) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique as 
hipóteses de cabimento e indique qual o órgão responsável pelo julgamento 
do Pedido de Reforma de Decisão. 
 
BIBLIOGRAFIA 
Lei 14.107/2005 (Município de S 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
 
Semana 6 
PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (MANDADO DE SEGURANÇA) 
 CF, art. 5°, LXIX, Lei n° 1533/51 e Lei n° 4.348/64. 
 Proteção de direito líquido e certo violado por ato ilegal de autoridade fiscal 
ou praticado com abuso de poder, no prazo de 120 dias (REPRESSIVO) ou na 
iminência de ser realizado (PREVENTIVO). 
 Fatos incontroversos (prova pré-constituída). 
 Não cabe contra a lei em tese (mero preceito legal que não contenha 
vinculação concreta com o contribuinte) (Súmula 266 do STF). 
 Autoridade coatora: pessoa responsável pela administração do tributo objeto 
da demanda. 
 Legitimidade passiva: pessoa jurídica de direito público ou privado a que 
pertencea autoridade coatora. 
 A coisa julgada não pode ser atacada por mandado de segurança (Súmula 
269 do STF). 
 Não pode caber recurso administrativo com efeito suspensivo do ato atacado. 
 O prazo para impetrar o mandado de segurança é de 120 dias, contados da 
data do conhecimento do ato coator. 
 É possível a concessão de MEDIDA LIMINAR, desde que presentes dois 
requisitos: o periculum in mora (probabilidade de dano irreparável) e 
o fumus boni iuris(relevante fundamento jurídico). 
 A concessão da medida liminar e a posterior concessão da própria segurança 
determina a SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 
 O DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO nesse caso 
também não é obrigatório, podendo ser feito para suspender a exigibilidade 
do crédito tributário, quando não concedida a medida liminar. 
 Decisão denegatória da segurança, quando não analisado o mérito não faz 
coisa julgada (Súmula 304 do STF). Nas hipóteses em que o mérito for 
apreciado faz coisa julgada. 
 Duplo grau de jurisdição 
 Súmulas 212 e 214 do STJ 
 
QUESTÕES 
1) A impetração de mandado de segurança suspende a exigibilidade do crédito 
tributário? Explique sua resposta. 
2) O mandado de segurança pode ser utilizado para declaração do direito à 
compensação? 
3) Medida liminar pode deferir a compensação de créditos tributários? 
4) A decisão denegatória da segurança faz coisa julgada? Explique sua resposta. 
5) Dê um exemplo de cabimento de impetração de mandado de segurança 
repressivo e preventivo em matéria tributária. 
 
BIBLIOGRAFIA 
CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
SEMANA 7 
 
PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO DECLARATÓRIA) 
 CPC, art. 4º 
 Visa a dissipar a incerteza/ trazer a certeza da relação jurídica existente entre 
autor e réu (contribuinte e Fisco). 
 A sentença vai declarar os exatos limites da relação jurídica controvertida (o PJ 
não é um órgão consultivo). 
 Obtenção de certeza jurídica sobre a existência, inexistência ou modo de existir 
de uma relação jurídica. 
 Não se vai a juízo para desfazer as dúvidas existentes (o parecer de um jurista 
poderia dirimi-las suficientemente), mas para se obter declaração com força 
de coisa julgada. 
 Requisito: inexistência de lançamento. 
 O contribuinte age preventivamente. 
 Sujeita-se ao duplo grau de jurisdição. Cabem os recursos do CPC. 
 Rito: procedimento comum (CPC, art. 271). 
 Ex.: para declarar a inexistência de obrigação tributária; fixação da obrigação 
tributária em quantia menor; declaração de imunidades, isenção etc. 
 Pode vir acompanhada de pedido de ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, desde que 
presentes as exigências do art. 273 do CPC. 
 Pode, também, vir acompanhada de depósito judicial, independentemente da 
anuência do juiz. 
 Sem depósito ou sem a obtenção da antecipação de tutela, não inibe a Fazenda 
Pública de ajuizar a execução fiscal (CTN, art. 151, II e V e LEF, art. 38). 
 Se o autor quiser, depois, exigir o direito, que a sentença tornoucerto, deverá 
propor nova ação, de natureza condenatória (repetição de indébito). 
 
QUESTÕES 
1) Qual a hipótese de cabimento da ação declaratória? Dê um exemplo. 
2) Qual a diferença existente entre a ação declaratória e a anulatória? 
3) O ajuizamento de uma ação declaratória impede o ajuizamento da execução 
fiscal? Explique. 
 
BIBLIOGRAFIA 
CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
SEMANA 8 
 
PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL) 
 CTN, art. 169, CPC e LEF, art. 38 
 Visa anular o lançamento tributário ou decisões administrativas. 
 Requisito: existência de lançamento (auto de infração). 
 A qualquer momento, logo após a intimação para pagar um dado crédito 
tributário. 
 Pode vir acompanhada de pedido de ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, desde que 
presentes as exigências do art. 273 do CPC. Concedida a tutela antecipada, dá-
se a suspensão da exigibilidade do crédito tributáro, impedindo o ajuizamento da 
execução fiscal (CTN, art. 151, V). 
 Se acompanhada do depósito do valor cobrado, também impede o ajuizamento 
da execução fiscal por se tratar de causa suspensiva da exigibilidade do crédito 
tributário (CTN, art. 151, II). 
 x art. 38 da LEF que exige “depósito preparatório do valor do débito” — a 
interpretação correta desse dispositivo é aquela que defende a necessidade do 
depósito somente para o efeito de evitar a propositura concomitante da execução 
fiscal. Contraria a CF, mais especificamente os princípios da igualdade e da 
universalidade de jurisdição. Ver Súmula 247 do TRF. 
 Se não houve o depósito, a Fazenda pode ajuizar a execução fiscal. 
 Rito: procedimento comum (CPC, art. 271). 
 Ex.: para anular lançamento tributário ou auto de infração; anular débito fiscal 
indevido em razão de isenção tributária, não ocorrência do fato gerador, base de 
cálculo incorreta etc. 
 É suscetível ao duplo grau de jurisdição e aos recursos previstos no CPC. 
 
 
QUESTÕES 
1) Qual a hipótese de cabimento da ação declaratória? Dê um exemplo. 
2) Qual a diferença existente entre a ação declaratória e a anulatória? 
3) O ajuizamento de uma ação anulatória impede o ajuizamento da execução 
fiscal? Explique. 
 
BIBLIOGRAFIA 
CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
SEMANA 9 
 
PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO) 
 CTN, art. 164 e CPC, art. 890 e seguintes. 
 Ação judicial que compete ao sujeito passivo, tendo por objeto o depósito do 
respectivo valor tributário, com o intuito de liquidação do débito. 
 Cabe quando o credor se recusar a receber a prestação que lhe é devida; quando 
mais de uma pessoa exigir a mesma prestação; quando o credor se recusar a dar 
quitação na forma devida. 
 Destina-se a assegurar ao contribuinte o exercício do pagamento temporâneo do 
débito tributário. 
 CTN, art. 164 — casos 
 Objetivo: alcançar a extinção da obrigação, reputando-se efetuado o pagamento, 
para todos os efeitos legais. 
 A ação será proposta no foro do lugar do pagamento, cessando para o devedor 
os juros e os riscos, salvo se julgada improcedente. 
 Prestações periódicas — consignada a primeira, o devedor pode continuar a 
consignar, desde que o depósito seja efetuado até 5 dias contados da data do 
vencimento. 
 A Fazenda é citada para, em lugar, dia e hora determinados pelo juiz, receber o 
pagamento (vai pagar custas e honorários). Caso contrário, deverá contestar a 
ação, cabendo ao autor efetuar o depósito judicial da quantia. 
 Procedente — o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é 
convertida em renda. 
 Improcedente — cobra-se o crédito acrescido de juros de mora + outras 
penalidades. 
 Depósito extrajudicial (CPC, art. 890) — não alcança as obrigações tributárias 
(ver jurisprudência). 
 
QUESTÕES 
1) Qual a hipótese de cabimento da ação de consignação em pagamento? Dê um 
exemplo. 
2) O simples ajuizamento da ação de consignação em pagamento extingue a 
obrigação tributária? 
3) A consignação em pagamento de débitos tributários pode ser feita 
judicialmente? Explique. 
 
BIBLIOGRAFIA 
CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
SEMANA 10 
 
PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO 
TRIBUTÁRIO) 
 CTN, art. 166 a 169; LEF, art. 38 e LC 118/05 
 O contribuinte pede, judicialmente, a restituição do pagamento indevido de 
tributos ou pagamento maior do que o devido, mesmo que por sua culpa. 
 A formulação do pedido deve ser acompanhada de prova documental. 
 Parte do PJ só aceita o pedido se se provar a recusa da Fazenda Pública (interesse 
de agir). Deveria aceitar, desde logo, o pedido direto. 
 Prazo – CTN, art. 168 – 5 contados DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
TRIBUTOS QUE SE SUJEITA A LANÇAMENTO DIRETO / MISTO – pagamento 
TRIBUTOS QUE SE SUJEITAM A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO – 
homologação expressa ou tácita 
Homologação tácita – ANTES DA LC 118/05 – a jurisprudência do STJ entendia 
que o prazo era de 10 ANOS (5 anos para homologar e 5 anos para repetir) – 
Tese dos 10 anos 
 APÓS A LC 118/05, art. 3º (mudou a interpretação 
acerca do início da contagem do prazo) – 5 anos do pagamento indevido 
 LC 118/05, art. 4º - vigência após 120 dias da data da sua 
publicação e aplicável, retroativamente, até o início da entrada em vigor da lei 
interpretada (CTN, art. 168 do CTN) x jurisprudência do STJ: a regra nova é 
aplicável às ações ajuizadas após a entrada em vigor da LC 118/05 
 Prazo – CTN, art. 169 – no caso de recusa administrativa, corre o prazo 
prescricional de 2 anos, contados da ciência da decisão administrativa 
irreformável. 
 Rito: ordinário ou sumário. 
 Submete-se ao duplo grau de jurisdição. 
 A Fazenda deve devolver o dinheiro corrigido monetariamente, desde a data do 
pagamento. Os juros de mora são devidos a contar do trânsito em julgado da 
sentença. 
 Juros de mora – Súmula 188 do STJ 
 Correção monetária – Súmula 162 do STJ 
 
QUESTÕES 
1) Qual a hipótese de cabimento da ação de repetição de indébito tributário? Dê 
um exemplo. 
2) Qual a principal inovação introduzida pela LC 118/05 no que tange a 
contagem do prazo para restituição de tributos sujeitos a lançamento por 
homologação? Explique. 
3) De acordo com o entendimento do STJ, se determinado contribuinte recolheu 
ICMS indevidamente em 1997 e pleiteou judicialmente a restituição em 
08/06/2005, a ação poderá ser julgada procedente? E se a ação tivesse sido 
proposta em 10/06/2005? E no caso do recolhimento ter sido de 
ITPU? Explique sua resposta. 
4) Julgada procedente a ação de repetição de indébito tributário, a Fazenda 
Pública deve devolver os valores pagos corrigidos monetariamente? Há 
incidência de juros de mora? A partir de quando?. 
5) Analise o art. 166 da Constituição Federal sob a perspectiva da sua 
constitucionalidade. 
 
BIBLIOGRAFIA 
CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. 
 
 
DISCIPLINA: Processo TributárioSEMANA 11 
 
EXECUÇÃO FISCAL E EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
EXECUÇÃO FISCAL 
 inexistência de (auto) executoriedade do lançamento → inscrição do débito na 
dívida ativa → extração de CDA (Certidão da Dívida Ativa – título 
executivo)→ ajuizamento da execução fiscal 
 
 no foro do domicílio do réu/ residência/ onde for encontrado 
 
 LEI 6830/80 (Lei de Execuções Fiscais) x CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEF, 
ART. 1º - aplicação subsidiária do CPC 
 
 LEF, ART. 8º - citação do executado para em 5 DIAS: 
a) PAGAR – extinção da execução 
b) GARANTIR A EXECUÇÃO (LEF, ART. 9º) – oposição de EMBARGOS (LEF, art. 
16, §1º) x CPC, ART. 736 (oposição de embargos sem penhora, depósito ou 
caução 
TRF3 – necessidade de garantia do juízo, pois a LEF trata do assunto 
 
 LEF, ART. 10 – se não pagar nem garantir a execução, o oficial de justiça 
deverá nomear tantos bens quantos forem necessários 
 
 Sem pagamento / sem embargos / embargos rejeitados → expedição de edital 
de arrematação → hasta pública → extinção da execução fiscal 
 
 Recursos do CPC 
 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
 LEF, ART. 16 – forma de defesa do executado 
 
 Prazo: 30 DIAS 
 
 Ação própria – em apenso à execução 
 
 Para desconstituir a CDA 
 
 Permite QUALQUER TIPO DE DEFESA (pagamento, prescrição, decadência, 
inconstitucionalidade etc.) 
 
 Necessidade de PRÉVIA GARANTIA DO JUÍZO 
 
 SUSPENDE A EXECUÇÃO? 
 CPC, ART.739A (os embargos não têm efeito suspensivo) 
 TRF3 – os embargos NÃO TÊM MAIS EFEITO SUSPENSIVO, pois a LEF 
 não disciplina o assunto e o art. 1º determina a aplicação subsidiária do 
 CPC em caso de omissão da LEF 
 
 PROCEDENTE → extingue-se a execução + levantamento da garantia 
 
 IMPROCEDENTE → prosseguimento da execução 
 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
 forma de defesa do executado x LEF, ART. 16, §3º (a matéria de defesa deve 
ser argüida em embargos) 
 
 faculdade atribuída ao executado de submeter ao conhecimento do juiz da 
execução (nos próprios autos do processo de execução), independentemente 
de penhora ou embargos, determinadas matérias própria da ação de 
embargos do devedor 
 
 matérias de ORDEM PÚBLICA que podem ou devem ser conhecidas de ofício 
(pressupostos processuais, condições da ação etc.) – matérias de FATO OU 
DE DIREITO NÃO! 
 
 Matérias que digam respeito à NULIDADE DO TITULO que não dependa de 
contraditório ou dilação probatória (vícios objetivos relacionados à certeza, 
liquidez e exigibilidade) 
 
 Irregularidade tão extraordinária que não seja superável pela presunção de 
liquidez e certeza do crédito representado pela CDA ou pela prerrogativa do 
Fisco de substituir o título (CTN, art. 203) 
 
 Para coibir excessos ou arbitrariedades no processo executivo eivado de 
vícios, reconhecíveis de plano 
 
 Aceita com cautela pelos Tribunais 
 
QUESTÕES 
1) É necessário garantir o juízo para a oposição de embargos à execução? 
Explique sua resposta. 
2) Qual(ais) a(s) possível(eis) forma(s) de defesa do executado? 
3) A oposição de embargos à execução suspende a execução fiscal? Explique sua 
resposta. 
4) O que é a exceção de pré-executividade? 
5) Aponte duas diferenças entre os embargos à execução e a exceção de pré-
executividade. 
 
BIBLIOGRAFIA 
CASSONE, Vittorio. Processo Tributário – Teoria e Prática. 9ª edição. São Paulo: 
Atlas, 2009 
MARINS, James. Direito Processual Tributário Brasileiro (Administrativo e Judicial). 
4ª edição. São Paulo: Dialética, 2005 
 
 
DISCIPLINA: Processo Tributário 
 
SEMANA 12 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E AÇÃO DECLARATÓRIA DE 
CONSTITUCIONALIDADE 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
 forma de controle de constitucionalidade repressivo pela via concentrada 
(direta, de ação) 
 CF E LEI 9868/99 
 CONTROLE EM TESE (abstrato) 
 OBJETO: vício de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo 
 NÃO INCIDENTAL 
 AUTORES LEGITIMADOS: CF, ART. 103 
 CAMPO MATERIAL: CF, art. 102, I, “a” (lei ou ato normativo FEDERAL / 
ESTADUAL) 
 Lei 9868/99, art. 11, §2º – cabe medida cautelar com pedido de liminar 
 Indicação do parâmetro de controle (dispositivo que servirá de elemento de 
contraste 
 AÇÃO → NOTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PARA 
INFORMAÇÕES → CITAÇÃO DO AGU PARA DEFESA DO ATO E PARECER DO 
PGR (CF, art. 103, §§ 1º e 3º) →JULGAMENTO (maioria absoluta – lei 
9868/99, art. 22 e 23) 
 PROCEDÊNCIA – total (todo o dispositivo é inconstitucional) ou parcial (parte 
dele ou algumas expressões ou declaração de inconstitucionalidade sem 
redução de texto) 
 IMPROCEDÊNCIA – é constitucional 
 EFEITOS DA DECISÃO – vinculante, “erga omnes”, “ex tunc” ou “ex nunc” 
(CF, art. 102, §2º e lei 9868/99, art. 27 e 28, parágrafo único) 
 OBS.: Não há controle direto em face da CF perante o STF (apenas por meio 
da ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental), mas, 
apenas, controle difuso. No entanto, existe um controle direto perante o TJ 
(CESP, art. 90) 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
 forma de controle de constitucionalidade repressivo pela via concentrada 
(direta, de ação) 
 CF (introduzida pela EC 3/93) E LEI 9868/99 
 CRÍTICAS: todos os atos normativos são presumidamente constitucionais; 
prejuízo à independência pelo seu efeito vinculante e ausência de 
contraditório, pois o AGU não é citado 
 Regime jurídico semelhante ao da ADIn 
 CONTROLE EM TESE (abstrato) 
 OBJETO: declaração de constitucionalidade da lei ou ato normativo 
 NÃO INCIDENTAL 
 AUTORES LEGITIMADOS: CF, ART. 103 
 CAMPO MATERIAL: CF, art. 102, I, “a”, parte final (lei ou ato normativo 
FEDERAL) 
 Lei 9868/99, art. 21 – cabe medida cautelar com pedido de liminar 
 Lei 9868/99, art. 14, III – necessidade de CONTROVÉRSIA JURISPRUDENCIAL 
 CF, art. 103, §3º - não citação do AGU 
 PROCEDÊNCIA – é CONSTITUCIONAL 
 IMPROCEDÊNCIA – é INCONSTITUCIONAL 
 EFEITOS DA DECISÃO – vinculante, “erga omnes”, “ex tunc” ou “ex nunc” 
(CF, art. 102, §2º e lei 9868/99, art. 28, parágrafo único) 
 
QUESTÕES 
1) Quais as formas previstas em nosso ordenamento jurídico constitucional de 
controle direto perante o STF de uma lei tributária federal que contrarie nosso 
texto constitucional? 
2) Aponte duas semelhanças entre a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a 
Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
3) Aponte duas diferenças entre a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação 
Declaratória de Constitucionalidade. 
4) É possível fazer um controle direto de constitucionalidade de lei 
municipal perante o STF? Explique sua resposta. 
5) Explique os efeitos da decisão do STF nas ações diretas de 
inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade. 
 
BIBLIOGRAFIA 
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 23ª edição. São Paulo: Atlas, 2008 
SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito Processual Constitucional. 1ª edição. São 
Paulo: Saraiva, 2006

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