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DISCIPLINA: Processo Tributário Semana 1 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 1. Tributo – obrigação “ex lege”, em moeda, que não se constitui em sanção por ato ilícito e que tem por Sujeito Ativo (credor) normalmente uma pessoa política e por Sujeito Passivo (devedor) qualquer pessoa apontada na lei. F SA crédito $ débito SP (obrigação tributária) Direito subj. Dever jurídico 2. Lançamento tributário – ato jurídico administrativo, da categoria dos simples, modificativos ou assecuratórios e vinculados mediante o qual se declara o acontecimento do fato jurídico tributário, se identifica o Sujeito Passivo da obrigação correspondente, se determina a base de cálculo e a alíquota aplicável, formalizando o crédito e estipulando os termos de sua exigibilidade. Modalidades de lançamento 1) Direto ou de ofício: art. 149, CTN - feito exclusivamente pelo Fisco. 2) Misto ou por declaração: art. 147, CTN - realizado pelo Fisco e pelo contribuinte. 3) Por homologação ou autolançamento: art. 150, CTN – feito exclusivamente pelo contribuinte. Nessa modalidade, o sujeito passivo antecipa o pagamento do tributo e aguarda a homologação (expressa/ tácita) da Fazenda Pública. 3. Suspensão da exigibilidade do crédito tributário CTN , art. 151 a 155-A Fala-se em suspensão da exigibilidade sempre que, durante um determinado tempo, o sujeito passivo não precisar recolher o tributo e o sujeito ativo não pode exigi-lo (não pode inscrever o débito na dívida ativa nem ajuizar a execução fiscal). O art. 151 do CTN elenca as situações nas quais a exigibilidade do crédito é temporariamente suspensa, quais sejam: I – Moratória: dilação do prazo estipulado para o normal recolhimento do tributo, mediante o regramento detalhado e sujeito a diversos requisitos. O próprio Fisco, diante de determinadas dificuldades do Sujeito Passivo (enchentes, terremotos etc.) pode conceder um prazo maior para pagamento do tributo. II – Depósito judicial do montante integral do crédito tributário III – Impugnações, defesas, reclamações e recursos administrativos IV – Concessão de medida liminar em mandado de segurança V – Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de açãojudicial VI – Parcelamento: forma de pagamento de débitos tributários após o período de seus vencimentos, em prestações mensais, durante alongado período de tempo. CTN , art. 151, parágrafo único– não alcança as “obrigações acessórias”. 4. Processo tributário PROCESSO – série de atos que culminam, se necessário, na aplicação forçada do direitoviolado Pontes de Miranda – “nada mais é do que o corretivo da imperfeita realização do Direito objetivo” Direito Processual – conjunto de normas que disciplinam a prática desses atos PROCEDIMENTO – seqüência de atos ordenados com vistas à produção de um efeito jurídico final, mas sem a participação dos interessados, pois não visam à produção de um efeito jurídico final que tenha de ser legitimado por essa participação PROCESSO TRIBUTÁRIO: MEROS PROCEDIMENTOS (fiscalização, parcelamento, compensação, imunidades, isenções etc) PROCESSO ADM. TRIB. PROC.ADM.TRIB.PROPRIA MENTE DITO (impugnação do lançamento, do indeferimento de pedido de compensação, isenção etc.) PROCESSO DE EXECUÇÃO PROCESSO JUD. TRIB. PROCESSO DE CONHECIMENTO PROCESSO CAUTELAR PRINCÍPIOS APLICÁVEIS: 1. GERAIS JUSTIÇA – diante de mais de uma solução formalmente possível, o intérprete deve escolher a mais justa (levando em conta a dignidade da pessoa humana, capacidade contributiva, isonomia etc.) SEGURANÇA JURÍDICA – atribuição da maior previsibilidade e estabilidade possível às relações humanas. Ex.: prazos para fiscalização, decadência, prescrição etc. ISONOMIA – aplicação da lei a todos, indistintamente (não se deve permitir decisões que favoreçam alguns contribuintes ou a Fazenda) LEGALIDADE – procedimentos preliminares (fiscalização), processo administrativo e judicial tributários devem desenvolver-se nos termos previstos em lei RAZOABILIDADE – para atingir determinada finalidade, os meios empregados devem ser adequados e necessários e devem estar em conformidade com o sensocomum PROPROCIONALIDADE – controle entre meios e fins conciliando os princípios pertinentes positivados na CF (deve-se aplicar aquele que cause menor estrago aos demais com os quais está sendo conciliado). Pressupõe a adequação e a necessidade, mas é mais amplo que a razoabilidade. Ex.: concessão de liminares, extinto DP para recurso etc. PUBLICIDADE – para viabilizar a participação das partes e o controle, por parte da opinião pública, da função de julgar. Admite exceções: sigilo fiscal. PROCESSUAIS: DEVIDO PROCESSO LEGAL AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO INSTRUMENTALIDADE E ECONOMIA PROCESSUAL DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO NECESSÁRIA FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES 2. APLICÁVEIS NA CONDUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS OFICIALIDADE – cabe à Administração Pública instaurar, desenvolver e concluir seus procedimentos INQUISITORIEDADE – meros procedimentos administrativos são levados à cabo pela Administração, sem a necessária participação do contribuinte CIENTIFICAÇÃO – comunicação prévia ao contribuinte da instauração do procedimento/processo administrativo VERDADE REAL – a Administração não pode agir baseada em presunções SUBORDINAÇÃO HIERÁRQUICA – IN, portarias, OS devem ser obedecidas pelossubordinados DEVER DE FUNDAMENTAÇÃO – decorre da motivação dos atos administrativos PROCESSUAIS: UTILIDADE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO-SUBMISSÃO DO ÓRGÃO JULGADOR AO PODER HIERÁRQUICO – subordinação quanto à função (horários, critérios de nomeação) não quanto àsdecisões QUESTÕES 1. Aponte duas causas suspensivas da exigibilidade do crédito tributário. 2. A impetração de mandado de segurança suspende a exigibilidade do crédito tributário? Explique sua resposta. 3. O depósito tem sempre o condão de suspender a exigibilidade do crédito tributário? Explique sua resposta. 4. Aponte dois princípios aplicáveis na condução dos procedimentos administrativos. Explique brevemente. 5. O ajuizamento de uma ação judicial impede a execução fiscal? E a apresentação de uma impugnação administrativa? Explique sua resposta. BIBLIOGRAFIA ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. 6ª edição. São Paulo: EditoraMalheiros, 2004. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 20ª edição. São Paulo: EditoraSaraiva, 2008. DISCIPLINA: Processo Tributário Semana 2 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO FEDERAL Estrutura semelhante à do PJ. INDEPENDÊNCIA, IMPARCIALIDADE, CELERIDADE E EFICIÊNCIA PAF – Processo Administrativo Fiscal, regulamentado pelo Decreto n. 70.235, de 6de março de 1972 (com as alterações introduzidas pela MP 449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009) O PAF recebeu novas disposições que procuraram adequá-lo à nova realidade eletrônica experimentada pela administração pública federal, sobretudo no âmbito da administração fiscal, a quem compete exercer com prioridade as tarefas de arrecadação e gestão dos recursos públicos derivados da União Federal. Destacam-se as seguintes inovações: (i) os atos e termos processuais poderão ser encaminhados à autoridade competente de forma eletrônica ou apresentados em meio magnético ou equivalente; (ii) realização e aperfeiçoamento das intimações por meio eletrônico; e (iii) possibilidade de adoção da súmula vinculante, de observância obrigatória por toda a administração pública federal e pelos contribuintes, no âmbito do processo administrativo fiscal. Segundo a nova regra de intimação, o contribuinte poderá ser intimado por meio eletrônico: * com o envio da intimação ao seu domicílio tributário; e, *(b)registro em meio magnético (disquete ou CD) utilizado pelo contribuinte, ambas as formas usadas pelo fisco. Nesse ponto, é fundamental ter em mente a repercussão negativa que essa inovação processual trará para os contribuintes desatentos e com pessoal (contabilidade e demais setores administrativos internos) eventualmente desavisado, uma vez que as intimações são atos processuais com finalidade precípua de dar ciência a alguém sobre a ocorrência de determinado ato de seu interesse, sendo que, se desconsideradas ou ignoradas, podem levar à preclusão ou perda do direito de agir na defesa de um interesse legítimo. Domicílio tributário, para os fins da intimação por meio eletrônico, é o endereço eletrônico atribuído pela autoridade ao contribuinte, de acordo com a declaração deste (geralmente as declarações tributárias já vêm apresentando um campo próprio para preenchimento e informação do endereço eletrônico). INÍCIO DO PROCEDIMENTO FISCAL – PAF, art. 7º MPF – mandado de procedimento fiscal: ordem específica que inicia a fiscalização (ordem do Superintendente, Delegados da Receita Federal etc) / evita fiscalização com motivação subjetiva X denúncia espontânea (§1°) = CTN, art. 138 AUTO DE INFRAÇÃO X LANÇAMENTO AIIM – auto de lançamento / auto de infração / notificação do lançamento / notificação da multa “formaliza” o crédito tributário na parte em que é lançamento “formaliza” a multa na parte em que é auto de infração REQUISITOS – PAF, art. 10 NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO – PAF, art. 11 REINCIDÊNCIA – PAF, art. 13 IMPUGNAÇÃO Prazo: 30 dias (PAF, art. 15) REQUISITOS – PAF, art. 16 PAF, art. 17 PAF, art. 18, §3º – agravamento PAF, art. 21 e $3° – revelia INTIMAÇÃO – art. 23 e §5º COMPETÊNCIA – art. 24 e 25 e §5º Art. 31 – Decisão 1ª INSTÂNCIA – DELEGACIAS DA RECEITA FEDERAL DE JULGAMENTO (PAF, art. 25, I) RECURSOS CABÍVEIS: RECURSO DE OFÍCIO (PAF, art. 34) – A autoridade de primeira instância recorrerá de ofício sempre que a decisão: I) exonerar o sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa de valor total (lançamento principal e decorrentes) a ser fixado em ato do Ministro de Estado da Fazenda (limites de alçada – Portaria MF 333/97); II) deixar de aplicar pena de perda de mercadorias ou outros bens cominada à infração denunciada na formalização da exigência. O recurso será interposto mediante declaração na própria decisão. RECURSO VOLUNTÁRIO (PAF, art. 33) – da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias seguintes à ciência da decisão. §2º - DP ou ARROLAMENTO DE BENS no valor de 30% declarados inconstitucionais(Vide Adin nº 1.976-7) PAF, art. 36 – Da decisão de 1ª instância não cabe pedido de reconsideração QUESTÕES 1) Quem é responsável pelos julgamentos em 1ª instância administrativa federal? 2) No âmbito do processo administrativo federal, explique as hipóteses de cabimento do recurso de oficio. 3) No âmbito do processo administrativo federal, explique o chamado recurso voluntário e indique o órgão responsável pelo seu julgamento. 4) Para a interposição do recurso voluntário, é preciso o arrolamento de bens ou direitos no valor de 30% da exigência fiscal? Explique. BIBLIOGRAFIA Decreto 70.235 de 6 de março de 1972 (com as alterações introduzidas pela MP 449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009) DISCIPLINA: Processo Tributário Semana 3 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO FEDERAL 2ª INSTÂNCIA – CARF – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS Principal alteração pela MP 449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009: criação do CARF – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS Reunião dos antigos Conselhos de Contribuintes e a Câmara Superior de Recursos Fiscais (mudanças apenas na denominação dos Colegiados) Instalado pelo Ministro da Fazenda pela Portaria 441/2009 Seu Regimento Interno já se encontra em plena vigência PAF, art. 25, II – O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - CARF, órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos de natureza especial. § 1o O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais será constituído por SEÇÕES e pela CSRF – CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS. § 2o As seções serão especializadas por matéria e constituídas por câmaras. § 3o A Câmara Superior de Recursos Fiscais será constituída por turmas, compostas pelos Presidentes e Vice-Presidentes das câmaras. § 4o As câmaras poderão ser divididas em turmas. § 5o O Ministro de Estado da Fazenda poderá criar, nas seções, turmas especiais, de caráter temporário, com competência para julgamento de processos que envolvam valores reduzidos, que poderão funcionar nas cidades onde estão localizadas as Superintendências Regionais da Receita Federal do Brasil. Composição PARITÁRIA (metade representantes do Fisco – AFTNs – e metade representantes dos contribuintes – indicados pelas entidades de classe) RECURSO CABÍVEL: RECURSO ESPECIAL (PAF, art. 37, §2º) – à Câmara Superior de Recursos Fiscais, no prazo de 15 (quinze) dias da ciência do acórdão ao interessado: II – de decisão que der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais. PAF, art. 42 – Decisão definitiva contrária ao SP – art. 43 e 44 favorável ao SP – art. 45 EFEITOS: SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (CTN, art. 151, III) CONSULTA FISCAL (PAF, art. 46 a 58) – procedimento pelo qual o contribuinte indaga ao fisco sobre sua situação legal diante de determinado fato, de duvidosoentendimento Visa dirimir dúvidas quanto ao emprego e à interpretação de dispositivos leais aplicáveis a determinado fato. Suspende o prazo pararecolhimento do tributo. Se já houver fiscalização, não cabe. Se o SP não cumprir o que diz a resposta da consulta no prazo estipulado, será lavrado AIIM com a aplicação das penalidades cabíveis. Cabe no âmbito estadual e municipal também. QUESTÕES 1) Qual a principal alteração introduzida pela Lei 11.941/09 na estrutura da 2ª instância no processo administrativo federal? Explique. 2) No âmbito do processo administrativo federal, explique as hipóteses de cabimento do recurso especial e indique o órgão responsável pelo seu julgamento. 3) Explique a consulta fiscal. 4) A consulta fiscal suspende a exigibilidade do crédito tributário? Explique. BIBLIOGRAFIA Decreto 70.235 de 6 de março de 1972 (com as alterações introduzidas pela MP 449/2008 convertida na Lei 11.941 de 27 de maio de 2009) DISCIPLINA: Processo Tributário Semana 4 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO ESTADUAL Estado de São Paulo – Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009 (DOE de 19/03/2009) Dispõe sobre o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício e dá outras providências. Decreto 54.486, de 26 de junho de 2009 (DOE de 27/07/2009) Regulamenta a Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009, que dispõe sobre o processo administrativo tributário decorrente de lançamento de ofício e dá providências correlatas. Regimento Interno do Tribunal de Impostos e Taxas de 2009: Referendado pela Portaria CAT nº 141, de 22 de julho de 2009 (DOE de 23/07/2009), tendo em vista o disposto no artigo 58, da Lei 13.457/2009 e no artigo 32, V, do Decreto 54.486/2009. Aprovado pela Câmara Superior do Tribunal de Impostos e Taxas na sessão de 16 de julho de 2009. 1ª INSTÂNCIA – DELEGACIAS TRIBUTÁRIAS DE JULGAMENTO 30 dias contados da notificação do auto de infração para PAGAR ou APRESENTAR DEFESA (Lei 13.457/09, art. 25) RECURSO DE OFÍCIO (Lei 13.457/09, art.39) – da decisão CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 5.000 (cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, haverá recurso de ofício para o Delegado Tributário de Julgamento. RECURSO VOLUNTÁRIO (Lei 13.457/09, art.40) – da decisão FAVORÁVEL À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa em o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração corresponda a até 5.000 (cinco mil) Unidades Fiscais do Estado de São Paulo - UFESPs, o autuado poderá interpor recurso voluntário, dirigido ao Delegado Tributário de Julgamento. 2ª INSTÂNCIA – TRIBUNAL DE IMPOSTOS E DE TAXAS (TIT) ou CONSELHO DE CONTRIBUINTES ESTADUAL (dependendo do Estado) Vinculado à Coordenadoria de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda, é órgão paritário de julgamento de processos administrativos tributários decorrentes de lançamento de ofício e encontra-se instalado no 9º andar do prédio Palácio Clóvis Ribeiro, na Av. Rangel Pestana, nº 300. Instituído em 05 de junho de 1935 pelo Decreto nº 7.184, do Governador do Estado de São Paulo, Dr. Armando de Salles Oliveira. Dentre outras medidas adotadas pela administração fazendária, surgiu em razão da necessidade de se estabelecer um conjunto de normas e procedimentos de administração, destinados a exercer o controle de qualidade sobre os lançamentos tributários e influenciados pelos princípios da publicidade, da economia, da motivação e da celeridade, garantindo ao contribuinte o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. Lei 13.457/09, art. 54 – atribuições Lei 13.457/09, art. 55 – composição: CÃMARA SUPERIOR (art. 57 e 58) e CÃMARAS JULGADORAS (art. 59) Lei 13.457/09, art. 63 – mandato de 2 anos, permitida a recondução Lei 13.457/09, art. 64 – JUÍZES SERVIDORES PÚBLICOS Lei 13.457/09, art. 65 – JUÍZES CONTRIBUINTES Lei 13.457/09, art. 42 – RECURSOS: DE OFÍCIO (art. 46) – da DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração for superior a 5.000 (cinco mil) UFESPs, haverá recurso de ofício para o Tribunal de Impostos e Taxas. Decisão pela Câmara Julgadora. ORDINÁRIO (art. 47) – da DECISÃO FAVORÁVEL À FAZENDA PÚBLICA do Estado no julgamento da defesa, em que o débito fiscal exigido na data da lavratura do auto de infração seja superior a 5.000 (cinco mil) UFESPs, poderá o autuado, no prazo de 30 (trinta) dias, interpor recurso ordinário para o Tribunal de Impostos e Taxas. O juízo de admissibilidade do recurso ordinário cabe ao Delegado Tributário de Julgamento. Decisão pela Câmara Julgadora. ESPECIAL (art. 48) – interposto tanto pelo autuado como pela Fazenda Pública do Estado, fundado em dissídio entre a interpretação da legislação adotada pelo acórdão recorrido e a adotada em outro acórdão não reformado, proferido por qualquer das Câmaras do Tribunal de Impostos e Taxas. O juízo de admissibilidade do recurso especial compete ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas. Decisão pela Câmara Superior. Lei 13.457/09, art. 50 e 51 – REFORMA DOS JULGADOS ADMINISTRATIVOS: DA DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO, da qual não caiba a interposição de recurso, quando a decisão reformanada: I - afastar a aplicação da lei por inconstitucionalidade, observado o disposto no artigo 28 desta lei; II - adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais. O juízo de admissibilidade do recurso especial compete ao Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas. Decisão pela Câmara Superior. SÚMULAS – Lei 13.457/09, art. 52 – por proposta do Diretor da Representação Fiscal ou do Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, acolhida pela Câmara Superior, em deliberação tomada por votos de, pelo menos, 3/4 (três quartos) do número total de juízes que a integram, a jurisprudência firmada pelo Tribunal de Impostos e Taxas será objeto de súmula, que terá caráter vinculante no âmbito dos órgãos de julgamento das Delegacias Tributárias de Julgamento e do Tribunal de Impostos e Taxas. 1º - A proposta de súmula, após ser acolhida pela Câmara Superior, deverá ser encaminhada ao Coordenador da Administração Tributária para referendo. 2º - A súmula poderá ser revista ou cancelada se contrariar a jurisprudência firmada nos Tribunais do Poder Judiciário, obedecido ao disposto no caput e no 1º deste artigo. Lei 13.457/09, art. 74 a 85 – INFORMATIZAÇÃO do processo administrativo tributário (comunicação eletrônica dos atos processuais e processo eletrônico) QUESTÕES 1) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, quem é responsável pelo julgamento das impugnações administrativas em 1ª instância? E os recursos, em 2ª instância? 2) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, explique as hipóteses de cabimento do recurso de ofício nas duas instâncias e indique qual o órgão responsável pelo seu julgamento. 3) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, explique as hipóteses de cabimento do recurso voluntário e indique qual o órgão responsável pelo seu julgamento. 4) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, explique as hipóteses de cabimento do recurso ordinário e indique qual o órgão responsável pelo seu julgamento. 5) No âmbito do processo administrativo no Estado de São Paulo, explique as hipóteses de cabimento do recurso especial indique qual o órgão responsável pelo seujulgamento. BIBLIOGRAFIA Lei nº 13.457, de 18 de março de 2009 (DOE de 19/03/2009) Decreto 54.486, de 26 de junho de 2009 (DOE de 27/07/2009) Regimento Interno do Tribunal de Impostos e Taxas de 2009 – aprovado pela Câmara Superior do Tribunal de Impostos e Taxas na sessão de 16 de julho de 2009. DISCIPLINA: Processo Tributário Semana 5 PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO NO ÂMBITO MUNICIPAL Município de São Paulo – leis 14.107/2005, 14.141/2006 e 14.614/2007– dispõem sobre o processo administrativo fiscal e cria o Conselho Municipal de Tributos 1ª INSTÂNCIA – unidades da SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS (lei 14.107/2005, art. 51) IMPUGNAÇÃO em 30 dias (da notificação do lançamento / auto de infração e imposição de multa) – lei 14.107/2005, art. 36 PAGAMENTO EM PRESTAÇÕES – lei 14.107/2005, art. 36, §§ 1º e 2º lei 14.107/2005, art. 40 e parágrafo – DECISÃO CONTRÁRIA À FAZENDA MUNICIPAL estará sujeita a um único reexame necessário, com efeito suspensivo, quando o débito fiscal for reduzido ou cancelado, em montante igual ou superior ao estabelecido por ato do Secretário Municipal de Finanças. O reexame necessário será apreciado pela autoridade imediatamente superior àquela que houver proferido a decisão reexaminada. 2ª INSTÂNCIA – CONSELHO MUNICIPAL DE TRIBUTOS lei 14.107/2005, art. 52 – representantes da Prefeitura e dos contribuintes lei 14.107/2005, art. 53 – competência (inconstitucionalidade ou ilegalidade não) lei 14.107/2005, art. 54 – composição: CÂMARAS JULGADORAS EFETIVAS (art. 55), CÃMARAS JULGADORAS SUPLEMENTARES (art. 56) e CÁMARAS REUNIDAS (art. 61) lei 14.107/2005, art. 41 – RECURSOS (apresentados ao órgão que proferiu a decisão que encaminhará os autos para o Conselho): ORDINÁRIO (art. 45 a 48) – interposto pelo sujeito passivo, da decisão final proferida em primeira instância, para uma das Câmaras Julgadoras DE REVISÃO (art. 49) – interposto pelo sujeito passivo ou pelo Fisco, da decisão proferida pela Câmara Julgadora que der à legislação tributária interpretação divergente da que lhe haja dado outra Câmara Julgadora ou as Câmaras Reunidas, para as Câmaras Reunidas lei 14.107/2005, art. 50 – PEDIDO DE REFORMA DE DECISÃO: da decisão contrária à Fazenda Municipal, proferida em recurso ordinário, que: I - afastar a aplicação da legislação tributária por inconstitucionalidade ou ilegalidade; ou II - adotar interpretação da legislação tributária divergente da adotada pela jurisprudência firmada nos tribunais judiciários. PRAZO: 30 dias Para as Câmaras Reunidas QUESTÕES 1) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, quem é responsável pelo julgamento das impugnações administrativas em 1ª instância? E os recursos, em 2ª instância? 2) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique o Reexame Necessário. 3) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique as hipóteses de cabimento e indique qual o órgão responsável pelo julgamento do Recurso Ordinário. 4) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique as hipóteses de cabimento e indique qual o órgão responsável pelo julgamento do Recurso de Revisão. 5) No âmbito do processo administrativo no Município de São Paulo, explique as hipóteses de cabimento e indique qual o órgão responsável pelo julgamento do Pedido de Reforma de Decisão. BIBLIOGRAFIA Lei 14.107/2005 (Município de S DISCIPLINA: Processo Tributário Semana 6 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (MANDADO DE SEGURANÇA) CF, art. 5°, LXIX, Lei n° 1533/51 e Lei n° 4.348/64. Proteção de direito líquido e certo violado por ato ilegal de autoridade fiscal ou praticado com abuso de poder, no prazo de 120 dias (REPRESSIVO) ou na iminência de ser realizado (PREVENTIVO). Fatos incontroversos (prova pré-constituída). Não cabe contra a lei em tese (mero preceito legal que não contenha vinculação concreta com o contribuinte) (Súmula 266 do STF). Autoridade coatora: pessoa responsável pela administração do tributo objeto da demanda. Legitimidade passiva: pessoa jurídica de direito público ou privado a que pertencea autoridade coatora. A coisa julgada não pode ser atacada por mandado de segurança (Súmula 269 do STF). Não pode caber recurso administrativo com efeito suspensivo do ato atacado. O prazo para impetrar o mandado de segurança é de 120 dias, contados da data do conhecimento do ato coator. É possível a concessão de MEDIDA LIMINAR, desde que presentes dois requisitos: o periculum in mora (probabilidade de dano irreparável) e o fumus boni iuris(relevante fundamento jurídico). A concessão da medida liminar e a posterior concessão da própria segurança determina a SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. O DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO nesse caso também não é obrigatório, podendo ser feito para suspender a exigibilidade do crédito tributário, quando não concedida a medida liminar. Decisão denegatória da segurança, quando não analisado o mérito não faz coisa julgada (Súmula 304 do STF). Nas hipóteses em que o mérito for apreciado faz coisa julgada. Duplo grau de jurisdição Súmulas 212 e 214 do STJ QUESTÕES 1) A impetração de mandado de segurança suspende a exigibilidade do crédito tributário? Explique sua resposta. 2) O mandado de segurança pode ser utilizado para declaração do direito à compensação? 3) Medida liminar pode deferir a compensação de créditos tributários? 4) A decisão denegatória da segurança faz coisa julgada? Explique sua resposta. 5) Dê um exemplo de cabimento de impetração de mandado de segurança repressivo e preventivo em matéria tributária. BIBLIOGRAFIA CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. DISCIPLINA: Processo Tributário SEMANA 7 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO DECLARATÓRIA) CPC, art. 4º Visa a dissipar a incerteza/ trazer a certeza da relação jurídica existente entre autor e réu (contribuinte e Fisco). A sentença vai declarar os exatos limites da relação jurídica controvertida (o PJ não é um órgão consultivo). Obtenção de certeza jurídica sobre a existência, inexistência ou modo de existir de uma relação jurídica. Não se vai a juízo para desfazer as dúvidas existentes (o parecer de um jurista poderia dirimi-las suficientemente), mas para se obter declaração com força de coisa julgada. Requisito: inexistência de lançamento. O contribuinte age preventivamente. Sujeita-se ao duplo grau de jurisdição. Cabem os recursos do CPC. Rito: procedimento comum (CPC, art. 271). Ex.: para declarar a inexistência de obrigação tributária; fixação da obrigação tributária em quantia menor; declaração de imunidades, isenção etc. Pode vir acompanhada de pedido de ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, desde que presentes as exigências do art. 273 do CPC. Pode, também, vir acompanhada de depósito judicial, independentemente da anuência do juiz. Sem depósito ou sem a obtenção da antecipação de tutela, não inibe a Fazenda Pública de ajuizar a execução fiscal (CTN, art. 151, II e V e LEF, art. 38). Se o autor quiser, depois, exigir o direito, que a sentença tornoucerto, deverá propor nova ação, de natureza condenatória (repetição de indébito). QUESTÕES 1) Qual a hipótese de cabimento da ação declaratória? Dê um exemplo. 2) Qual a diferença existente entre a ação declaratória e a anulatória? 3) O ajuizamento de uma ação declaratória impede o ajuizamento da execução fiscal? Explique. BIBLIOGRAFIA CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. DISCIPLINA: Processo Tributário SEMANA 8 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL) CTN, art. 169, CPC e LEF, art. 38 Visa anular o lançamento tributário ou decisões administrativas. Requisito: existência de lançamento (auto de infração). A qualquer momento, logo após a intimação para pagar um dado crédito tributário. Pode vir acompanhada de pedido de ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, desde que presentes as exigências do art. 273 do CPC. Concedida a tutela antecipada, dá- se a suspensão da exigibilidade do crédito tributáro, impedindo o ajuizamento da execução fiscal (CTN, art. 151, V). Se acompanhada do depósito do valor cobrado, também impede o ajuizamento da execução fiscal por se tratar de causa suspensiva da exigibilidade do crédito tributário (CTN, art. 151, II). x art. 38 da LEF que exige “depósito preparatório do valor do débito” — a interpretação correta desse dispositivo é aquela que defende a necessidade do depósito somente para o efeito de evitar a propositura concomitante da execução fiscal. Contraria a CF, mais especificamente os princípios da igualdade e da universalidade de jurisdição. Ver Súmula 247 do TRF. Se não houve o depósito, a Fazenda pode ajuizar a execução fiscal. Rito: procedimento comum (CPC, art. 271). Ex.: para anular lançamento tributário ou auto de infração; anular débito fiscal indevido em razão de isenção tributária, não ocorrência do fato gerador, base de cálculo incorreta etc. É suscetível ao duplo grau de jurisdição e aos recursos previstos no CPC. QUESTÕES 1) Qual a hipótese de cabimento da ação declaratória? Dê um exemplo. 2) Qual a diferença existente entre a ação declaratória e a anulatória? 3) O ajuizamento de uma ação anulatória impede o ajuizamento da execução fiscal? Explique. BIBLIOGRAFIA CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. DISCIPLINA: Processo Tributário SEMANA 9 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO) CTN, art. 164 e CPC, art. 890 e seguintes. Ação judicial que compete ao sujeito passivo, tendo por objeto o depósito do respectivo valor tributário, com o intuito de liquidação do débito. Cabe quando o credor se recusar a receber a prestação que lhe é devida; quando mais de uma pessoa exigir a mesma prestação; quando o credor se recusar a dar quitação na forma devida. Destina-se a assegurar ao contribuinte o exercício do pagamento temporâneo do débito tributário. CTN, art. 164 — casos Objetivo: alcançar a extinção da obrigação, reputando-se efetuado o pagamento, para todos os efeitos legais. A ação será proposta no foro do lugar do pagamento, cessando para o devedor os juros e os riscos, salvo se julgada improcedente. Prestações periódicas — consignada a primeira, o devedor pode continuar a consignar, desde que o depósito seja efetuado até 5 dias contados da data do vencimento. A Fazenda é citada para, em lugar, dia e hora determinados pelo juiz, receber o pagamento (vai pagar custas e honorários). Caso contrário, deverá contestar a ação, cabendo ao autor efetuar o depósito judicial da quantia. Procedente — o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda. Improcedente — cobra-se o crédito acrescido de juros de mora + outras penalidades. Depósito extrajudicial (CPC, art. 890) — não alcança as obrigações tributárias (ver jurisprudência). QUESTÕES 1) Qual a hipótese de cabimento da ação de consignação em pagamento? Dê um exemplo. 2) O simples ajuizamento da ação de consignação em pagamento extingue a obrigação tributária? 3) A consignação em pagamento de débitos tributários pode ser feita judicialmente? Explique. BIBLIOGRAFIA CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. DISCIPLINA: Processo Tributário SEMANA 10 PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO (AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO) CTN, art. 166 a 169; LEF, art. 38 e LC 118/05 O contribuinte pede, judicialmente, a restituição do pagamento indevido de tributos ou pagamento maior do que o devido, mesmo que por sua culpa. A formulação do pedido deve ser acompanhada de prova documental. Parte do PJ só aceita o pedido se se provar a recusa da Fazenda Pública (interesse de agir). Deveria aceitar, desde logo, o pedido direto. Prazo – CTN, art. 168 – 5 contados DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO TRIBUTOS QUE SE SUJEITA A LANÇAMENTO DIRETO / MISTO – pagamento TRIBUTOS QUE SE SUJEITAM A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO – homologação expressa ou tácita Homologação tácita – ANTES DA LC 118/05 – a jurisprudência do STJ entendia que o prazo era de 10 ANOS (5 anos para homologar e 5 anos para repetir) – Tese dos 10 anos APÓS A LC 118/05, art. 3º (mudou a interpretação acerca do início da contagem do prazo) – 5 anos do pagamento indevido LC 118/05, art. 4º - vigência após 120 dias da data da sua publicação e aplicável, retroativamente, até o início da entrada em vigor da lei interpretada (CTN, art. 168 do CTN) x jurisprudência do STJ: a regra nova é aplicável às ações ajuizadas após a entrada em vigor da LC 118/05 Prazo – CTN, art. 169 – no caso de recusa administrativa, corre o prazo prescricional de 2 anos, contados da ciência da decisão administrativa irreformável. Rito: ordinário ou sumário. Submete-se ao duplo grau de jurisdição. A Fazenda deve devolver o dinheiro corrigido monetariamente, desde a data do pagamento. Os juros de mora são devidos a contar do trânsito em julgado da sentença. Juros de mora – Súmula 188 do STJ Correção monetária – Súmula 162 do STJ QUESTÕES 1) Qual a hipótese de cabimento da ação de repetição de indébito tributário? Dê um exemplo. 2) Qual a principal inovação introduzida pela LC 118/05 no que tange a contagem do prazo para restituição de tributos sujeitos a lançamento por homologação? Explique. 3) De acordo com o entendimento do STJ, se determinado contribuinte recolheu ICMS indevidamente em 1997 e pleiteou judicialmente a restituição em 08/06/2005, a ação poderá ser julgada procedente? E se a ação tivesse sido proposta em 10/06/2005? E no caso do recolhimento ter sido de ITPU? Explique sua resposta. 4) Julgada procedente a ação de repetição de indébito tributário, a Fazenda Pública deve devolver os valores pagos corrigidos monetariamente? Há incidência de juros de mora? A partir de quando?. 5) Analise o art. 166 da Constituição Federal sob a perspectiva da sua constitucionalidade. BIBLIOGRAFIA CAIS, Cleide Previtalli. O Processo Tributário. São Paulo: RT, 2001. DISCIPLINA: Processo TributárioSEMANA 11 EXECUÇÃO FISCAL E EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE EXECUÇÃO FISCAL inexistência de (auto) executoriedade do lançamento → inscrição do débito na dívida ativa → extração de CDA (Certidão da Dívida Ativa – título executivo)→ ajuizamento da execução fiscal no foro do domicílio do réu/ residência/ onde for encontrado LEI 6830/80 (Lei de Execuções Fiscais) x CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEF, ART. 1º - aplicação subsidiária do CPC LEF, ART. 8º - citação do executado para em 5 DIAS: a) PAGAR – extinção da execução b) GARANTIR A EXECUÇÃO (LEF, ART. 9º) – oposição de EMBARGOS (LEF, art. 16, §1º) x CPC, ART. 736 (oposição de embargos sem penhora, depósito ou caução TRF3 – necessidade de garantia do juízo, pois a LEF trata do assunto LEF, ART. 10 – se não pagar nem garantir a execução, o oficial de justiça deverá nomear tantos bens quantos forem necessários Sem pagamento / sem embargos / embargos rejeitados → expedição de edital de arrematação → hasta pública → extinção da execução fiscal Recursos do CPC EMBARGOS À EXECUÇÃO LEF, ART. 16 – forma de defesa do executado Prazo: 30 DIAS Ação própria – em apenso à execução Para desconstituir a CDA Permite QUALQUER TIPO DE DEFESA (pagamento, prescrição, decadência, inconstitucionalidade etc.) Necessidade de PRÉVIA GARANTIA DO JUÍZO SUSPENDE A EXECUÇÃO? CPC, ART.739A (os embargos não têm efeito suspensivo) TRF3 – os embargos NÃO TÊM MAIS EFEITO SUSPENSIVO, pois a LEF não disciplina o assunto e o art. 1º determina a aplicação subsidiária do CPC em caso de omissão da LEF PROCEDENTE → extingue-se a execução + levantamento da garantia IMPROCEDENTE → prosseguimento da execução EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE forma de defesa do executado x LEF, ART. 16, §3º (a matéria de defesa deve ser argüida em embargos) faculdade atribuída ao executado de submeter ao conhecimento do juiz da execução (nos próprios autos do processo de execução), independentemente de penhora ou embargos, determinadas matérias própria da ação de embargos do devedor matérias de ORDEM PÚBLICA que podem ou devem ser conhecidas de ofício (pressupostos processuais, condições da ação etc.) – matérias de FATO OU DE DIREITO NÃO! Matérias que digam respeito à NULIDADE DO TITULO que não dependa de contraditório ou dilação probatória (vícios objetivos relacionados à certeza, liquidez e exigibilidade) Irregularidade tão extraordinária que não seja superável pela presunção de liquidez e certeza do crédito representado pela CDA ou pela prerrogativa do Fisco de substituir o título (CTN, art. 203) Para coibir excessos ou arbitrariedades no processo executivo eivado de vícios, reconhecíveis de plano Aceita com cautela pelos Tribunais QUESTÕES 1) É necessário garantir o juízo para a oposição de embargos à execução? Explique sua resposta. 2) Qual(ais) a(s) possível(eis) forma(s) de defesa do executado? 3) A oposição de embargos à execução suspende a execução fiscal? Explique sua resposta. 4) O que é a exceção de pré-executividade? 5) Aponte duas diferenças entre os embargos à execução e a exceção de pré- executividade. BIBLIOGRAFIA CASSONE, Vittorio. Processo Tributário – Teoria e Prática. 9ª edição. São Paulo: Atlas, 2009 MARINS, James. Direito Processual Tributário Brasileiro (Administrativo e Judicial). 4ª edição. São Paulo: Dialética, 2005 DISCIPLINA: Processo Tributário SEMANA 12 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE forma de controle de constitucionalidade repressivo pela via concentrada (direta, de ação) CF E LEI 9868/99 CONTROLE EM TESE (abstrato) OBJETO: vício de inconstitucionalidade da lei ou ato normativo NÃO INCIDENTAL AUTORES LEGITIMADOS: CF, ART. 103 CAMPO MATERIAL: CF, art. 102, I, “a” (lei ou ato normativo FEDERAL / ESTADUAL) Lei 9868/99, art. 11, §2º – cabe medida cautelar com pedido de liminar Indicação do parâmetro de controle (dispositivo que servirá de elemento de contraste AÇÃO → NOTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PARA INFORMAÇÕES → CITAÇÃO DO AGU PARA DEFESA DO ATO E PARECER DO PGR (CF, art. 103, §§ 1º e 3º) →JULGAMENTO (maioria absoluta – lei 9868/99, art. 22 e 23) PROCEDÊNCIA – total (todo o dispositivo é inconstitucional) ou parcial (parte dele ou algumas expressões ou declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto) IMPROCEDÊNCIA – é constitucional EFEITOS DA DECISÃO – vinculante, “erga omnes”, “ex tunc” ou “ex nunc” (CF, art. 102, §2º e lei 9868/99, art. 27 e 28, parágrafo único) OBS.: Não há controle direto em face da CF perante o STF (apenas por meio da ADPF – Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental), mas, apenas, controle difuso. No entanto, existe um controle direto perante o TJ (CESP, art. 90) AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE forma de controle de constitucionalidade repressivo pela via concentrada (direta, de ação) CF (introduzida pela EC 3/93) E LEI 9868/99 CRÍTICAS: todos os atos normativos são presumidamente constitucionais; prejuízo à independência pelo seu efeito vinculante e ausência de contraditório, pois o AGU não é citado Regime jurídico semelhante ao da ADIn CONTROLE EM TESE (abstrato) OBJETO: declaração de constitucionalidade da lei ou ato normativo NÃO INCIDENTAL AUTORES LEGITIMADOS: CF, ART. 103 CAMPO MATERIAL: CF, art. 102, I, “a”, parte final (lei ou ato normativo FEDERAL) Lei 9868/99, art. 21 – cabe medida cautelar com pedido de liminar Lei 9868/99, art. 14, III – necessidade de CONTROVÉRSIA JURISPRUDENCIAL CF, art. 103, §3º - não citação do AGU PROCEDÊNCIA – é CONSTITUCIONAL IMPROCEDÊNCIA – é INCONSTITUCIONAL EFEITOS DA DECISÃO – vinculante, “erga omnes”, “ex tunc” ou “ex nunc” (CF, art. 102, §2º e lei 9868/99, art. 28, parágrafo único) QUESTÕES 1) Quais as formas previstas em nosso ordenamento jurídico constitucional de controle direto perante o STF de uma lei tributária federal que contrarie nosso texto constitucional? 2) Aponte duas semelhanças entre a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação Declaratória de Constitucionalidade. 3) Aponte duas diferenças entre a Ação Direta de Inconstitucionalidade e a Ação Declaratória de Constitucionalidade. 4) É possível fazer um controle direto de constitucionalidade de lei municipal perante o STF? Explique sua resposta. 5) Explique os efeitos da decisão do STF nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade. BIBLIOGRAFIA MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 23ª edição. São Paulo: Atlas, 2008 SIQUEIRA JR., Paulo Hamilton. Direito Processual Constitucional. 1ª edição. São Paulo: Saraiva, 2006
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