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3 - PODER CONSTITUINTE

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PODER CONSTITUINTE
O que é Poder Constituinte? Vem a ser o poder de elaborar uma Constituição. 
A teoria sobre o Poder Constituinte nasceu da lavra de Emmanuel Joseph Sieyès, cidadão francês que lançou em 1789 sua obra; “O que é o terceiro Estado? (Qu'est ce qu'est le Tiers État?)”. 
A obra nasce em meio à Revolução Francesa, permeada do espírito liberal burguês. Nela o abade Sieyès legitima a existência de uma Poder Inicial, autônomo e incondicionado, nascido da vontade popular, que jamais poderá ser suplantado pela vontade de uma monarca déspota ou uma aristocracia sem sintonia com os anseios populares. 
Titularidade do Poder Constituinte
Na Idade Média dizia-se que o poder constituinte pertencia a Deus, no renascimento pertencia ao monarca absolutista, enquanto modernamente, na visão de Sieyès, pertence ao povo (art. 1º, parágrafo único CF/88)
Caracteres essenciais do Poder Constituinte Inicial ou Originário, segundo Sieyès:
Inicial – porque nenhum outro poder existe acima dele, nem de fato nem de direito;
Autônomo: - somente ao soberano (titular) cabe decidir qual a ideia de direito cabe naquele momento histórico em que se fundará o Estado;
Incondicionado - não se subordina a qualquer regra, não está regido pelo Direito Positivo do Estado. Ele cria um novo parâmetro ao Direito Positivo, estabelece nova Constituição que as leis deverão se curvar.
Espécies de Poder Constituinte
Originário – de primeiro grau, edita uma constituição nova, substituindo a anterior, criando um novo Estado. Caracteres: inicial, autônomo e incondicionado
Derivado ou reformador – de segundo grau, apenas faz revisão ou reforma do texto constitucional instituído pelo Poder Originário. Ele se submete à limitações impostas pelo poder constituinte originário, tendo por caractere ser derivado, subordinado e condicionado. 
No Brasil a titularidade é exercida pelo Congresso Nacional (poder de revisão constitucional). Ex.: abolição do Estado Federativo, fim do voto secreto, extirpação de direitos e garantias fundamentais, jamais poderão ser objeto de reforma de senadores e deputados federais por ser matéria vedada (proibida) de alteração pela Assembleia Constituinte (art. 60, § 4º da CF). 
Do contrário, façamos um raciocínio inverso, desconfiguraria a tal ponto a Constituição Federal a mudança na CF/88, que se criaria por emendas constitucionais um Estado completamente diverso daquele idealizado pelo poder constituinte originário. Ex.: EC hipotética que visasse que o Brasil virasse um Estado Unitário, sem Estados e Municípios, que fosse uma monarquia, acabasse com o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, fim do direito a voto, além de decretar no Brasil como religião oficial a seita “X”. Ora, por óbvio, tamanha mudança na CF/88 mudaria toda sua natureza jurídica essencial, pelo que foi vedada pelo legislador originário no art. 60, § 4º da CF.
b.1) Limitações do Poder Constituinte Derivado
 O fato de não ser um poder constituinte originário, o poder derivado limita-se a uma série de regras constitucionais, todas inseridas pelo poder originário na Constituição Federal, a elas se subordinando. 
b.1.1) Limitações processuais – a CF para EC depende que se observe regras de competência, iniciativa, quórum, etc. Ex.: EC depende para sua aprovação de 3/5 dos votos dos parlamentares, em dois turnos, em ambas Casas Do Congresso Nacional (art. 60, § 2º e 3º CF)l;
b.1.2) Limitações circunstanciais - regras permanentes que impedem a alteração da CF. Ex.: intervenção federaç, Estado de Defesa ou Sítio (art. 60, § 1º CF).
b.1.3) Limitações materiais (cláusulas pétreas) – matérias intocáveis na CF, irreformáveis, impassíveis de se submeterem ao Pode Constituinte Derivado, seja de forma explícita ou implícita. Ex.: a forma federativa de Estado; o voto direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes, os direitos e garantias individuais (art. 60, § 4º CF). 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE
Poder constituinte atribuído aos Estados Membros de um Estado Federal. Decorre do Poder Originário para elaboração das Constituições Estaduais, por isso ele é instituído, subordinado, secundário, limitado e condicionado – art. 25 CF. Ex.: CF do Estado de São Paulo.
ESPÉCIES DE NORMAS CONSTITUCIONAIS
Há dois tipos diferentes de normas constitucionais: as materialmente constitucionais e as formalmente constitucionais. 
A norma materialmente constitucional tem conteúdo intrinsicamente constitucional, ou seja, refere-se à organização do Estado, definição de direitos individuais e estabelece fins sociais e econômicos. Ex.: Arts. 1º, 2º e 5º da CF; 
Obs.: Lembrar da constituição garantia da Revolução Francesa.
(Pedir Leitura para os alunos)
 Já a norma formalmente constitucional, apesar de estar na Constituição não possui o conteúdo necessário para nela estar. Somente apresentam o formato estrutural constitucional. Ex.: Colégio Dom Pedro II no Rio de Janeiro – Art. 242, § 2º CF, art. 226 (família), 227 (criança, jovem e adolescente), 230 (idoso).
(Pedir leitura dos alunos)

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