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Direito Processual Civil IV Processo Cautelar É uma garantia para a efetividade do Processo de Conhecimento e Execução (Processo Principal), visa, portanto, preservar o resultado do processo principal. Age de forma eficaz para que possa existir um proc. Principal válido. Sua finalidade é de afastar, por medidas preventivas, uma situação de ameaça aos demais resultados do processo. Não é um fim em si mesmo, um resultado que tenha valor próprio, ou seja, ele não julga mérito, por isso, serve como um processo instrumental. - Ação Cautelar: é o direito de provocar, o interessado, o órgão judicial a tomar providências que conservem e assegurem os elementos do processo (pessoas, provas e bens), eliminando a ameaça de perigo ou prejuízo iminente e irreparável ao interesse tutelado no processo principal; vale dizer: a ação cautelar consiste no direito de “assegurar que o processo possa conseguir um resultado útil”. - Medidas Cautelares: é a prevenção contra o risco de dano imediato que afeta o interesse litigioso da parte e que compromete a eventual eficácia da tutela definitiva a ser alcançada no processo de mérito. Mas, a tutela cautelar, não consegue, só com ela, a satisfação de seu pretenso direito, que continua na dependência da solução do processo principal. Com a medida cautelar, a parte beneficiada apenas se precavém contra uma temida mudança na situação fática ou jurídica que poderia inutilizar o resultado do processo principal, caso lhe venha a ser favorável. Características: Instrumentalidade: o procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é SEMPRE DEPENDENTE. Nunca isolado, sempre dependente. Não decide mérito, é só uma garantia. Art. 796 CPC. Autonomia: essa autonomia decorre dos fins próprios perseguidos pelo processo cautelar que são realizados independentemente da procedência ou não do processo principal. Posso ganhar a cautelar e perder a principal, são objetos diferentes garantia e certeza. EXCEÇÃO: no caso de prescrição e decadência, o processo cautelar fica interligado com o principal, pois, se acontecer um dos dois as duas ações ficam impedidas de acontecer. Temporariedade (não pode ser substituída) / Provisoriedade (pode ser substituída): temporário, é tudo aquilo que tem um tempo determinado e deixa de existir, não tem substituição. Provisoriedade existe por um determinado tempo e não deixa de existir, pode ser substituído. A cautelar só vai existir enquanto for necessário para o processo principal. Eficácia do processo cautelar é de 30 dias. Revogabilidade: podem ser revogadas ou modificadas a qualquer tempo. Com o fim do processo principal, encerra-se a utilidade das cautelares substituídas pelo provimento definitivo. Art. 807 CPC Não Satisfatividade: dizem-se que existe as falsas cautelares, como a exibição de documento. Na verdade é um processo de conhecimento com tutela antecipada. Ausência de coisa julgada material: não da certeza do direito, só resguarda o bem. Mérito irá ser julgado no processo principal. Acessoriedade: o resultado buscado é a segurança, a proteção do provimento no processo principal. Urgência: são espécies de tutela de urgência. Pressupõe uma situação de risco, que pode ser afastado de imediato, ou em pouco tempo. A urgência constituirá o próprio mérito da cautelar. É o preiculum in mora, junto com o fumus boni juris, deverá ser examinado pelo juiz, para a concessão da medida. Sumariedade da cognição: são plenas e superficiais. Plena porque não há limites à amplitude da cognição do juiz. Superficial em decorrência da urgência, o juiz nunca examina na sua profundida, contentando-se com o fumus bonis júri (fumaça do bom direito). Provisoriedade: são apenas provisórias e não definitivas, no momento da sentença pode-se mudar completamente esse resultado. “Fumus boni juris” É a aparência do bom direito. O juiz, ao conceder a medida cautelar, profere uma decisão, que pode impor as mais variadas determinações e ônus, em cognição superficial. Para isso, é preciso que verifique se provimento no processo principal tem probabilidade de ser deferido. Essa exigência é comum às tutelas cautelar e antecipada. Às vezes o juiz tem de se contentar com a versão de uma das partes, quando a liminar é concedida inaudita altera parte, porque a urgência é muito grande, ou porque a citação do réu pode colocar em risco a eficácia da medida. “Periculum in mora” O deferimento da tutela cautelar está condicionado a que o provimento final corra risco, esteja ameaçado e não possa agradar o julgamento final. O juiz não poderá conceder a medida com base em suposições, em receios subjetivos, que não podem ser demonstrados, nem encontrem amparo em fato concreto. ARRESTO É a medida cautelar de garantia da futura execução por quantia certa. Consiste na apreensão judicial de bens indeterminados do patrimônio do devedor. Assegura a viabilidade da futura penhora. Garante, enquanto não chega a oportunidade da penhora, a existência de bens do devedor sobre os quais haverá de incidir a provável execução por quantia certa. O arresto não se preocupa com a especificidade do objeto, e sim, preservar um “valor patrimonial” necessário para o futuro resgate de uma divida de dinheiro. Qualquer bem patrimonial do devedor pode prestar-se ao arresto. Objeto do arresto são os bens móveis e imóveis do devedor, desde que satisfeito o requisito da penhorabilidade, pois seu fim é converter-se em penhora. Extinção do arresto – ART 820 CPC – estabelece três causas de cessação do arresto. - Pressupostos para concessão do arresto: ART 814 CPC, para que se torne viável, portanto, o arresto necessita dos dois requisitos do art. se achem provados cumulativamente. SEQUESTRO – ART 822 CPC É a medida cautelar que assegura futura execução para entrega de coisa certa e que consiste na apreensão de bem determinado, objeto do litigio, para lhe assegurar entrega, em bom estado, ao que vencer a causa. É uma ação autônoma. O sequestro não tem relação com uma divida de dinheiro. O arresto presta-se à garantia de uma futura execução de dinheiro, ao passo que o sequestro, a uma futura execução para entrega de coisa certa. Aquele converte-se, no momento apropriado, em penhora; este não. Pode ser bens móveis e imóveis. Os bens serão entregues a um depositário (ART 824 CPC). CAUÇÃO – ART 826 a 838 CPC Há caução quando o responsável por uma prestação coloca à disposição do credor um bem jurídico que, no caso de inadimplemento, possa cobrir o valor da obrigação. Serve para prevenir o dano. Prova pericial. De conteúdo declaratório – improcedente. - Caução legal: não depende de outra motivação senão da regra de direito material ou processual que ordena a sua prestação. - Caução negocial: é a garantia que, por convenção, uma parte da à outra do fiel cumprimento de um contrato ou um negocio jurídico. EX: o penhor, hipoteca e a fiança. - Caução processual: com o cunho de garantia ao processo, existe a caução como figura integrante do poder geral de cautela, como medida substitutiva de outro provimento cautelar especifico e como contracautela nas medidas liminares. BUSCA E APREENSÃO – ART 839 a 843 CPC É uma cautelar. Serve para buscar e apreender. Busca e faz a constrição – tenho que ter a certeza de que aquele bem está lá, no lugar indicado -. Faz-se a busca e a apreensão da bem, para assim, resguardá-lo. Logo em seguida, realiza a ação principal. O objeto são os bens móveis, idosos e crianças (incapazes ou sem total discernimento). É imprescindível uma liminar nessa ação. É cabível quando não couber arresto ou sequestro. - espécies: 1) Cautelar, é autônoma; 2) Processual, busca e apreensão de autos – não é autônoma; 3) Execução, 625 entrega de coisa certa (mandado); 4) DEC 911/69, alienação fiduciária em garantia – autônoma; 5) Busca e apreensão satisfativa. EXIBIÇÃO – 844 a 845 CPC O direito a exibição tende à constituição ou asseguração de prova, ou às vezes ao exercício de um simples direito de conhecer e fiscalizar o objeto em poder deterceiro. PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS – ART 846 a 851 CPC O processo ordinariamente tem um momento ou uma fase reservada à prova dos fatos alegados pelas partes. Há circunstâncias excepcionais, que autorizam a parte a promover, antes do momento processual adequado, a coleta dos elementos de convicção necessários à instrução da causa. São casos em que a parte exerce a “pretensão à segurança da prova”, sem contudo antecipar o julgamento. O interesse que autoriza a ação cautelar na espécie se relaciona apenas com a obtenção, preventiva, da “documentação de estado de fato que possa vir influir, e futuro, na instrução de alguma ação”. Tem a pretensão de preservar a prova do perigo que a ameaça, perigo de desaparecimento ou até de falecimento. Pode ser manejada por qualquer das partes. - Medida inaudita altera parte: a antecipação de provas se faz com previa citação da parte contrária. Mas em casos urgentes como risco de vida da testemunha, e a necessidade de citação por precatória em vistoria, poderão ensejar deferimento liminar da medida. ALIMENTOS PROVISIONAIS – ART 852 a 854 CPC É o remédio que se reclama em juízo da pretensão alimentícia. É necessidade primaria inadiável, não pode o seu atendimento ser procrastinado até a solução definitiva da pendência entre devedor e credor de alimentos. Tem a finalidade de socorrer o necessitado na pendência do processo principal. Tem mais figura liminar do que cautelar. A ação cautelar de alimentos provisionais diverge da ação principal de alimentos porque: É acessória de outro processo; É preventiva, no sentido de evitar que a falta de alimentos prejudique o outro pleito; Não é definitiva em relação à determinação da divida, pois vigora até a solução definitiva da demanda. O direito a alimentos provisionais, é personalíssimo e instransmissivel, irrenunciável e incompensável. ARROLAMENTO – ART 855 a 860 CPC Relacionar todos os bens (móveis e imóveis) – universalidade. Deposito, transferir a posse das coisas para um depositário, um terceiro. Em determinados casos onde a garantia da pessoa humana ou se é para sua sobrevivência os bens são arrolados, mas fica com um dos lados (marido ou mulher), se o responsável os perder, paga-se em dinheiro. Nem tudo que está arrolado é direito da parte, isso é discutido no processo principal, o que é de quem. É o oficial de justiça que faz o arrolamento e o depositário só confere a lista. O cabimento quando houver uma indefinição dos bens móveis ou imóveis – associado aos dois pressupostos. Pressupostos – periculum in mora e fumus bonis júri. PROTESTO, NOTIFICAÇÃO, INTERPELAÇÃO – ART 867 a 873 CPC Protesto: ato judicial de comprovação ou documentação de intenção do promovente. Revela-se por meio dele, o propósito do agente de fazer atuar no mundo jurídico com uma pretensão, geralmente, de ordem substancial ou material. Notificação: fazer ou deixar de fazer alguma coisa, sob cominação de pena. Interpelação: tem o fim especifico de servir ao credor para fazer conhecer ao devedor a exigência de cumprimento da obrigação, sob pena de ficar constituído em mora. - Não são cautelares. A ação de protesto interrompe a prescrição. Não são via judiciais. HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL – ART 874 a 876 CPC Ato continuo (não pode ficar com a garantia, a doutrina entende que uma semana, dez dias é o tempo hábil para promover a ação.) homologação para das validade, tem que ser nas hipóteses do ART 1467, I, II CC. Os bens que podem ser objetos de penhor são os bens penhoráveis – documentação não pode ser penhorada, como garantia de um pagamento. EX: BALADA -. Não é uma ação cautela, pois não vai existir ação principal. A sentença é um titulo executivo. Adjudico ou vendo o bem para me restituir, caso o titulo não seja pago. POSSE EM NOME DO NASCITURO – ART 877 e 878 CPC - Direito Hereditário. Investir a mãe que esta grávida dos direitos do filho. Sentença declaratória. Reconhecer a gravidez e garantir os direitos. Somente quando a criança nasce viva que ela terá direito. Procedimento – pericia, exame médico, nem sempre é necessário a pericia, quando há testemunhas para tanto. Quando a mãe ver que um dos herdeiros está gastando toda herança, a mesma propõem uma ação de sequestro ou quando ela não sabe os bens, uma ação de arrolamento – primeiro tem que promover a posse em nome do nascituro para depois promover a cautelar-. ATENTADO – ART 879 a 881 CPC É uma cautelar. É quem promove uma ação contrária a cautelar. Ex: se eu embargo a obra e o pedreiro continua tocando a obra, entro uma ação de atentado para ele parar de vez e destruir tudo aquilo que ele fez enquanto a obra estava embargada. Prazo de cinco dias – citação e sentença. Nunca vai ser preparatória e sim de caráter incidental. TEM QUE TER UMA AÇÃO ANTERIOR PARA PODER ENTRAR COM O ATENTADO. PROCESSO ANTERIOR + DECISÃO JUDICIAL + VIOLAÇÃO + PREJUÍZO = ATENTADO. Sentença suspense o ato.. STATO QUO ANTO (determina a restituição do estado anterior). Proibição de falar nos autos quem entrou com o atentado. ART 888 CPC – somente aplica-se alguns incisos.
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