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Aula 6 - Contrastes

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Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Diagnóstico por Imagem 
 
 
1 
CONTRASTE RADIOGRÁFICO 
O contraste serve para aumentar a saliência das estruturas, usado quando o contraste normal 
entre duas estruturas é pouco, mas seria necessário para a avaliação de órgãos e sistemas. Um 
contraste pode ser negativo, possuindo baixa opacidade, portanto é uma estrutura 
radioluscente. Um contraste positivo cria alta opacidade, portanto a estrutura é radiopaca. Um 
procedimento de duplo contraste é a associação entre os contrastes positivos e negativos. 
No trato alimentar, as radiografias contrastadas são esofagograma, gastrografia, gastrografia 
com contraste negativo ou positivo, gastrograma com duplo contraste, radiografia contrastada 
do cólon e pneumogastro/colongrafia. Os contrastes utilizados são sulfato de bário (mais barato, 
com excelente revestimento de mucosa, sem ser absorvido. Uma desvantagem seria a facilidade 
de se causar uma peritonite no caso de rupturas, e poder causar a morte no caso de aspiração. 
Seu trânsito no organismo é menor que o do iodo), iodo orgânico iônico (mais caro e não reveste 
a mucosa. É hipertônico, levando a uma radiopacidade gastrointestinal. Pode levar a um quadro 
de desidratação e choque) e iodo orgânico não iônico (relativamente mais novo e mais caro, não 
tem efeitos colaterais e não reveste bem a mucosa). 
Procedimentos 
 Esofagograma 
Após a ingestão via oral, é feita a radiografia ventro dorsal e lateral. Usa-se sulfato de 
bário, menos quando se apresenta rupturas. O paciente deve estar em jejum alimentar 
e hídrico de 12 horas, sedado/anestesiado. É utilizado no caso de regurgitação, disfagia, 
dilatação esofágica, etc. Método fácil e rápido, o bário reveste bem a mucosa, dando 
uma boa radiografia. No caso de rupturas, usa-se o iodo e, no caso de se descartar a 
lesão, refaz-se o exame com o bário. Antes do contraste faz-se a radiografia simples. As 
doses são de 10 a 12 ml/Kg para cães pequenos e 6 a 10 ml/Kg em cães grandes. O 
exame deve ser feito um minuto, quinze, trinta, sessenta, 2 horas, 4, 18 e 24, sempre 
nas duas projeções. Aspirações, estresse e contenção química podem complicar o 
exame, sendo que os dois últimos são por afetar a motilidade do trato gastrointestinal. 
Por causa de variações anatômicas, o tempo entre cada radiografia deve ser menor em 
gatos. 
 Urografia (pielografia) 
Serve para aumentar a sombra renal, auxiliando o diagnóstico de massas abdominais, 
mostra alterações na estrutura renal e na forma do trato. Mostra também a posição e 
tamanho dos ureteres, servindo de diagnóstico para ureter ectópico. A aplicação é 
intravenosa, com uso de sais sódicos, meglumina de iotalamato e diatrizoato, em doses 
de 1 ml/Kg em cães pequenos e 2 a 3 ml/Kg em cães grandes, em jejum total de 12 
horas. Antes da aplicação deve-se esvaziar a bexiga antes do exame, e o trato 
gastrointestinal também, através de um laxante suave. Para a técnica, podem ser 
utilizados sedativos. 
 Cistografia 
Utilizado na dose de 3 a 11 ml/Kg, com aplicação em uma sonda uretral do contraste 
iodado, diluído em água estéril, na proporção de 1:1. É o melhor procedimento para se 
diagnosticar ruptura de bexiga. 
 Pneumocistografia 
Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Diagnóstico por Imagem 
 
 
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É um exame pouco utilizado, que pode ser feito para se detectar cálculos na bexiga. O 
corante pode ser o ar, que é mais barato, ou o CO2, que é mais seguro por ser solúvel 
no sangue. 
 Cistografia de Contraste Duplo 
Deve-se sondar e esvaziar e bexiga, e aplicar de 3 a 10 ml/Kg de contraste positivo. 
Injeta-se ar ou CO2, lentamente, sendo que em uma cistite crônica a bexiga pode não se 
distender.

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