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Aula 05 - Frangos de Corte - Stress térmico e Sanidade

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Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Avicultura 
 
 
1 
FRANGO DE CORTE – PARTE III 
O estresse térmico é muito importante na fase final do lote, sendo que o macho é mais 
susceptível. Esse estresse pode prejudicar a eficiência alimentar, consumo de ração, taxa de 
crescimento e sobrevivência das aves. As aves fazem trocas de calor sensível, através de 
radiação, convecção e condução, e latentes, através de evaporação. Aves em estresse térmico 
entram em hiperventilação, em que aumentam sua taxa respiratória, aumentando a contração 
da musculatura, produzindo cada vez mais calor. Essa hiperventilação gera um desequilíbrio 
ácido-básico incompatível com a vida, pois ela entra em alcalose metabólica. 
Como alternativas para isso, podem ser acionados ventiladores, nebulizadores, exaustores e 
placas evaporativas. O acesso a água também deve ser facilitado, pois isso resfria a ave. Em dias 
muito quentes pode-se fazer a aspersão de água sobre as aves. 
Um bom intervalo entre lotes serve para o tratamento da cama para possibilitar sua reutilização. 
Nesse intervalo todo o galpão deve ser limpo e desinfetado, para minimizar contaminação entre 
lotes, e pode ser feito o controle de cascudinhos. O intervalo é de 15 a 20 dias, com mínimo de 
10 dias, para romper o ciclo dos patógenos. No caso de problemas sanitários, deve ser feito um 
intervalo de 21 dias, com troca da cama. 
No Brasil, a mesma cama é utilizada várias vezes, pelo custo alto, exigência de mão-de-obra para 
troca, escassez e preço do material, e alto impacto ambiental na produção da maravalha. As 
condições de umidade, densidade, regulagem de bebedouros e nebulizadores interferem na 
vida útil da cama. 
Uma cama sem problemas sanitários pode ser utilizada como fertilizante na agricultura. Entre 
um lote e outro, a cama deve ser tratada. Isso pode ser feito por enlonamento ou enleiramento 
(cobre-se a cama por 10 a 12 dias – método fermentativo), ou aplicação de cal (72 horas antes 
do alojamento – eleva o pH e mata patógenos). O ambiente fermentativo causa um aumento de 
temperatura e redução de pH que inviabiliza a sobrevivência das bactérias, mas não esteriliza o 
meio. Ela também decompõe anaerobicamente a matéria orgânica. O uso de cama de aviário é 
PROIBIDO na alimentação de ruminantes. 
Um grande problema na avicultura são os cascudinhos, que ficam por todo o galpão, 
principalmente perto de bebedouros e comedouros. Estressam muito as aves, causando 
diminuição da conversão alimentar. Podem transmitir patógenos e ainda destruir as instalações, 
pois se alimenta de madeira e até ferro. O ciclo do parasito sempre coincide com o ciclo de um 
lote, dificultando sua eliminação. O controle pode ser feito com inseticidas, mas isso é difícil pela 
toxicidade a qual as aves serão expostas, e ao período de carência dos produtos. Um aviário de 
chão batido possui muito mais cascudinhos que os com chão de concreto. O enlonamento e 
enleiramento pode diminuir a carga de cascudinhos, pois mata as larvas.

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