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Neoplasias da mama

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NEOPLASIAS DA MAMA
Introdução
No Brasil o controle das neoplasias malignas representa para a saúde pública um grande desafio. Segundo o Ministério da Saúde (2004), o câncer é denominado por um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Essa doença é responsável por cerca de 13% de todos os óbitos no mundo e no Brasil é considerada a segunda maior causa de morte (INTERNATIONAL UNION AGAINST CANCER – UICC, 2005).
Na população feminina o tipo de câncer mais frequente é o de mama, seguido do aparelho reprodutor feminino destacando-se o de útero, ovário e vulva. Alguns órgãos são mais afetados do que outros, e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por diferenciados tipos de tumor (BRASIL – MS - INCA 2012).
A neoplasia de mama pode ser definida como uma doença causada pelo crescimento anormal e desordenado das células que compõem os tecidos da mama, sendo considerada uma patologia temida pela maioria da população feminina, devido à associação com a mutilação física e as alterações que ocorrem no estilo de vida da mulher (ALVES et al., 2011). 
O câncer de mama é a neoplasia maligna responsável pelo maior número de óbitos em mulheres, aproximadamente 1,4 milhões de novos casos dessa neoplasia foram esperados para o ano de 2008 no mundo. Em 2012 no Brasil foram diagnosticados 52.680 novos casos com o risco estimado de 52 casos a cada 100 14 mil mulheres e para o nordeste foram esperados 32 casos para cada 100 mil mulheres (BRASIL - MS, 2012).
Prevenção
O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente por conta do diagnóstico tardio (INCA 2014).
Sintomas
Detecção
Além das características clínicas do tumor, pesquisas apontam para a necessidade de conhecer o perfil socioeconômico demográfico das mulheres acometidas por tumores de mama, uma vez que as peculiaridades de crenças religiosas e culturais podem influenciar na maior ou menor aderência terapêutica
Diagnóstico
O diagnóstico tardio e, por vezes, a terapêutica inadequada, contribuem para que o câncer de mama continue sendo a principal causa de morte entre as mulheres brasileiras. Quando diagnosticados em fases iniciais (carcinoma in situ e tumores com até 2cm de diâmetro, sem metástases nem comprometimento de linfonodo), os tumores de mama têm grandes chances de cura (MORAES, 2006).
Tratamentos
A radioterapia, quimioterapia/braquiterapia e remoção ou ressecção cirúrgica são procedimentos de tratamento do câncer extremamente invasivos que resultam em efeitos colaterais amplamente adversos a qualidade de vida do paciente sem, no entanto, serem eficazes em 100% dos casos (Dierssen et al., 2006). 
Tipos de câncer
Existem dois tipos de neoplasias de mama: receptor de estrógeno (RE) positivo e negativo (Weigel e Dowsett, 2010). Pacientes com tumores mamários RE-positivos têm pior prognóstico e por isso o tratamento das neoplasias mamárias deve ser específico para cada paciente, levando em consideração as características individuais de cada tumor como independência ou não ao estímulo estrogênico. Com essas informações em mente, o médico deve optar ou não pela mastectomia radical ou parcial e prescrever o tratamento adjuvante com um medicamento da família dos bloqueadores seletivos de receptores de estrógenos (SERMs). Os SERMs como tamoxifeno e raloxifeno têm eficácia restrita aos tumores mamários RE-positivos (Silverman, 2010). 
Fatores de risco
Entre os principais fatores associados ao risco de desenvolver a doença para sexo feminino estão: residir em área urbana, mulheres que tiveram menarca antes dos 11 anos, menopausa tardia, após 55 anos, nuliparidade, primeira gestação a termo, após os 30 anos, ciclos menstruais inferiores há 21 dias, mãe ou irmã com histórico de câncer de mama, elevado padrão socioeconômico, ausência de atividade sexual, e ser de cor branca (BRASIL - MS, 2002).
REFERÊNCIAS
ALVES, PC; BARBOSA, ICFJ; CAETANO, JA; FERNANDES, AFC.. Cuidados de enfermagem no pré-operatório e reabilitação de mastectomia: revisão narrativa da literatura. Rev Bras Enferm, Brasilia-DF 2011 jul-ago; 
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Instituto Nacional de Câncer. ABC do câncer, Abordagem Básicas Para o Controle do Câncer. 2ª Ed., Rio de Janeiro: Inca, 2012.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Instituto Nacional de Câncer. Falando sobre Câncer de Mama. Rio de Janeiro: Inca, 2002.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Instituto Nacional de Câncer. Estimativas de câncer no Brasil 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Câncer de Mama. 2014. 
Cintra JRD, Guerra MR, Bustamante-Teixeira MT. Sobrevida específica de pacientes com câncer de mama não-metastático submetidas à quimioterapia adjuvante. Rev Assoc Med Bras (1992) [Internet]. 2008 [acesso 2013 fev 12]; 54(4):339-346. Disponível em: http:// www.scielo.br/pdf/ramb/v54n4/19.pdf.
Dierssen J.W.; DE Miranda, N.F.; Mulder, A.; Van Puijenbroek, M.; Verduyn, W.; Claas, F.H.; Van de Velde, C.J.; Jan Fleuren, G.; Cornelisse, C.J.; Corver, W.E.; Morreau, H. High-resolution analysis of HLA class I alterations in colorectal cancer. BMC Cancer 6 (2006) 233.
International Union Against Cancer: Introduction UICC Global Cancer Control. Geneve, Switzerland, UICC, 2005.
Moraes AB, Zanini RR, Turchiello MS, RiboldI J, Medeiros LRL. Estudo da sobrevida de pacientes com câncer de mama atendidas no hospital da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad saúde pública [Internet]. 2006 [acesso 2007 jul 01]; 22(10):2219-28. Disponível em: http://www.scielosp. org/pdf/csp/v22n10/21.pdf. 
SILVERMAN, S.L. New selective estrogen receptor modulators (SERMs) in development. Curr. Osteoporos. Rep., v.8, p.151-3, 2010. 
WEIGEL, M.T.; DOWSETT, M. Current and emerging biomarkers in breast cancer: prognosis and prediction. Endocr. Relat. Cancer, v.17, p.245-62, 2010.

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