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LEITE Manoel Chagas LEITE – é uma mistura homogênea de muitas substâncias, algumas na forma de emulsão (lipídeos e substâncias associadas), outras em suspensão (as caseínas ligadas a sais minerais), outras ainda em solução (lactose, vitaminas hidrossolúveis, proteínas do soro e minerais) Do ponto de vista biológico, é o produto da secreção das glândulas mamárias de fêmeas mamíferas, cuja função natural é a alimentação dos recém-nascidos LEITE CONCEITO PROTEÍNAS GORDURAS GLICÍDIOS MINERAIS VITAMINAS LEITE COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL CASEÍNAS •, , γ, κ – não coagulam com o calor • GLOBULINAS • ALBUMINAS ENZIMAS • FOSFATASES • PEROXIDASES O teor de proteínas no leite está entre 2,5 a 3,5% coagulam com o calor LEITE PROTEÍNAS FATORES DE DESNATURAÇÃO • CALOR • RENINA (Enzima proteolítica) • ÁCIDO (adição) • ÁCIDO (fermentação) PROTEÍNAS LEITE PROTEÍNAS LEITE Desnaturação pelo calor • Globulinas • Albuminas • Enzimas diversas O calor não desnatura as caseínas PROTEÍNAS LEITE Desnaturação pela ação da renina (enzima proteolítica) As caseínas α, β e γ são mais fosfatadas que a κ-caseína. A renina ataca a κ-caseína, quebrando-a em dois peptídeos. Essa quebra expõe as outras caseínas (α, β e γ) ao cálcio, havendo a precipitação (desnaturação) PROTEÍNAS LEITE Desnaturação pela ação de ácidos • Adição direta do ácido – as proteínas atingem seus pontos isoelétricos (PI) – doce de leite. • Fermentação microbiana do leite – produção de ácido lático, até o PI. Ex.: Coalhada caseira. GORDURAS LEITE O teor varia com a espécie do animal – 3% é o padrão Forma de emulsão glóbulos de 3 e 4m Lecitina, glicolipidios, lipoproteínas, vit. Carotenos e colesterol A gordura está como triglicerídios de CC 4 a 10 átomos de C Butírico, capróico, caprílico, cáprico GORDURAS LEITE GLICÍDEOS LEITE LACTOSE – 4 a5,5% 1/6 do sabor doce da sacarose Mantém meio propício para bactérias benéficas ao intestino Glicose – 0,1% MINERAIS LEITE Fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio, potássio e magnésio. Função fisiológica importante, principalmente do fosfato de cálcio, na formação de ossos e dentes. VITAMINAS LEITE A, D e E, misturadas ao conteúdo lipídico. Tiamina, Riboflavina e cobalamina COMPOSIÇÃO DO LEITE DE DIFERENTES ESPÉCIES Espécies Densidade Água Proteínas Gordura Lactose Extr. seco Minerais Mulher 1.031 88,12 1,90 4,50 5,30 11,88 0,18 Égua 1.031 88,80 2,70 2,50 5,50 11,20 0,50 Cabra 1.032 87,54 3,70 4,20 4,00 12,46 0,56 Ovelha 1.038 80,41 6,52 6,86 5,23 19,59 0,98 Jumenta 1.033 90,45 1,70 1,55 5,80 9,55 0,50 Búfala 1.034 82,05 4,00 7,98 5,18 17,95 0,79 Vaca 1.030 87,25 3,50 3,80 4,80 12,75 0,65 LEITE COMPOSIÇÃO COMPARATIVA CLASSIFICAÇÃO PARA CONSUMO LEITE LEITE LEITE TIPO A LEITE TIPO C CLASSIFICAÇÃO PARA CONSUMO LEITE MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO PASTEURIZAÇÃO • Lenta: 60°C por 30 min • Rápida: 72°C por 15 seg. Indicadores da pasteurização Enzimas • fosfatases – destruídas a 63 – 650C • peroxidases – destruídas a 850C LEITE MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO ESTERILIZAÇÃO O leite é submetido a uma alta temperatura em curto tempo (UHT) e depois refrigerado a 40C Há discussão sobre a perda de nutrientes sensíveis do leite pois a temperatura é muito elevada para produtos nutritivos: vitaminas, proteínas, etc. DERIVADOS LEITE QUEIJO MINAS FRESCAL – é o mais simples dos queijos • Leite • Renina • Cloreto de Cálcio (CaCl2) • Desnaturação e separação do sólido (coalhada) QUEIJOS LEITE QUEIJO RICOTA – Depois da desnaturação e separação do sólido do queijo minas frescal, sobra o “soro”, parte líquida, onde estão misturadas as proteínas hidrossolúveis (albuminas e globulinas). Coloca-se um pouco de leite nesse líquido e leva ao fogo. Essas proteínas desnaturam-se, forma precipitados que são colhidos com uma escumadeira e colocados em uma forma. QUEIJOS LEITE Do ponto de vista das proteínas, qual a diferença básica entre o frescal e o ricota? COALHADA LEITE Deixar o leite em repouso à temperatura ambiente. A microbiota normal do leite (bactérias e leveduras) fermentam a lactose, transformando-a em ácido lático. IOGURTE LEITE Tratar o leite com Streptococus thermophilus e Lactobacilus bulgaricus. LEITE REFERÊNCIA CONSULTADA 1. Ordónez, Juan A. Tecnologia de Alimentos: componentes dos alimentos e processos, Porto Alegre: Artmed, 2005. 2. Salinas, Rolando. Alimentos e Nutrição : Introdução à Bromatologia 3 ed São Paulo: Artmed, 2002.
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