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REDES SOCIAIS

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Estruturas em Rede
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 Segundo Inojosa (1999), as estruturas em rede podem ser classificadas em dois tipos, com base nos resultados a que se propõem: 
1. Redes de Mercado: São aquelas em que os parceiros articulam-se em função da produção e apropriação de um bem ou serviço que faz parte da finalidade de sua existência: rede de serviços educacionais, rede de lojas, rede automotiva,... 
A condição de parceria é oferecer, no todo ou em parte, um bem ou serviço;
Nesse tipo de rede convivem a competição e a cooperação.
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2. Redes de Compromisso Social
Articulam-se a partir de uma idéia-força e a definição de seu “produto” será definido no próprio processo de compartilhamento dessa idéia e na explicitação do propósito de sua existência, que vai configurando o seu projeto de atuação. 
É com esse tipo de rede que a sociedade tem buscado trabalhar questões sociais.
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 Uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns. 
 "Redes não são, portanto, apenas uma outra forma de estrutura, mas quase uma não estrutura, no sentido de que parte de sua força está na habilidade de se fazer e desfazer rapidamente." (Duarte; Frei, 2008)
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As redes sociais podem operar em diferentes níveis, tais como:
Redes comunitárias: estabelecidas em bairros ou cidades, em geral tendo a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes, melhorar a situação do local ou prover outros benefícios;
Redes profissionais: que procuram fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando futuros ganhos pessoais ou profissionais;
Redes de relacionamento: que buscam construir e refletir relações sociais entre pessoas que compartilham interesses e/ou atividades.
 (Duarte; Quandt e Souza, 2008)
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Exemplos da ação de Redes na vida contemporânea:
A Made in Forest - misto de rede social para empresas, instituições e usuários. Lançada em fevereiro de 2011, congrega empresas de qualquer porte que fabriquem ou utilizem eco produtos, que prestem eco serviços, agências de ecoturismo, universidades que tenham pesquisas sobre ecologia e meio ambiente, e usuários.
“Queremos organizar de maneira prática aqueles que trabalham com meio ambiente e sustentabilidade” A renda do empreendimento vem da publicidade.(Mauro, empresário e fundador). 
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	As Redes Sociais podem ser definidas como sendo uma estrutura horizontal, democrática, participativa e aberta, que une indivíduos e/ou organizações em torno de valores e objetivos compartilhados, sem que as partes percam autonomia e identidade. (Kuriki, Toyama e Pluciennik, 2006) 
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A horizontalidade das redes é uma contraposição à estrutura piramidal e às relações tradicionais de poder e representação (AMARAL, 2003); 
Segundo Martinho (2003), as redes não têm uma estrutura central de poder, cada ponto que a forma é um centro em potencial de poder; 
Os conectores são os detentores do poder (CASTELLS, 2002).
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Os participantes da rede não são limitados por hierarquias. A diversidade de talentos e experiências dos participantes autônomos e independentes gera o “caldo criativo” e transformador do grupo, que é sua força motriz (AYRES, 2002).
Na rede não há subordinação, sendo que todos são iguais e ao mesmo tempo diferentes entre si (MARTINHO, 2002). 
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No entanto, como ressalta Ayres (2003), a horizontalidade não precisa ser absoluta. Podem existir figuras de liderança ou de secretaria numa rede.
 Todavia, as lideranças devem surgir de forma legítima, assumindo e mantendo compromissos firmados e, também, atuando como seguidores de forma democrática diante da vontade do conjunto. 
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 A rede social deve ser também democrática e participativa...
A participação efetiva e pró-ativa se traduz na principal ferramenta de concretização de uma democracia (Amaral, 2003)
O empoderamento é o resultado da união entre democracia e participação, pressuposto básico para a realização do trabalho em rede (Kuriki, Toyama e Pluciennik, 2006).
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Redes são estruturas abertas... 
Sistemas abertos estão em constante diálogo com o ambiente ao seu redor, o que lhes confere a capacidade de a todo momento se adaptar às influências externas. São estruturas que possuem flexibilidade para mudar, para se auto-organizar, sem perder sua identidade (Wheatley).
A abertura da rede está ainda relacionada à liberdade dos indivíduos e/ou organizações entrarem e saírem dela quando lhes convier.
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Valores e objetivos compartilhados
Uma rede social deve possuir objetivos e propósitos comuns que justifiquem a sua existência. Em uma rede de compromisso social as relações nascem e se nutrem de uma visão comum sobre a sociedade ou sobre determinada questão social e da necessidade de uma ação solidária (INOJOSA, 2000)
No entanto, objetivo comum é condição necessária, mas não são suficiente para a sustentabilidade de uma rede. É preciso também que os participantes compartilhem valores (Toro, 1995)
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As organizações e indivíduos que participam de uma rede não devem deixar de ter identidade própria e autonomia para suas decisões dentro e fora da rede. Adequar a autonomia e a independência à realização efetiva de ações conjuntas e à concretização dos objetivos da rede é, portanto, um dos grandes desafios do trabalho estruturado em rede (Kuriki, Toyama e Pluciennik, 2006).
Por fim, destaca-se o indiscutível fato de que uma “rede” é sempre capaz de potencializar a ação individual, uma vez que organiza ações conjuntas, somando forças e idéias.
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