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Maurício Bunazar - Direito Civil

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Direito Civil – Maurício Bunazar
Considerações antes de começar a aula
Ao nascer com vida, a pessoa adquire personalidade civil, mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro.
Embora o Código Civil afirme que o início da personalidade dá-se com o nascimento com vida, doutrina e jurisprudência reconhecem que o nascituro já é titular de direitos de personalidade.
O STJ, em mais de uma oportunidade, reconheceu que o nascituro pode sofrer dano moral.
Capacidade
Ao nascer com vida, a pessoa adquire capacidade de direito ou gozo, que é a capacidade de ser titular de direitos e deveres perante a sociedade.
Não se confunde com a capacidade de fato, de exercício, de agir ou de obrar, que é a capacidade de exercer por si só tais direitos e deveres.
Teoria da Incapacidade:
Somente se refere à incapacidade de fato, pois, de direito, todos são capazes. Não há, no Brasil, a pena de morte civil.
A doutrina vê na indignidade resquício de morte civil, pois exclusivamente para fins sucessórios o indigno é tratado como se morto fosse.
A partir dos 18 anos o sujeito é presumido plenamente capaz, e esta presunção somente acaba após decisão judicial em ação de interdição, oportunidade em que o juiz, declarando a incapacidade, nomeará curador ao incapaz (art. 1767).
Atenção TUTELA é o instituto protetivo que se aplica aos menores que, por serem menores, são incapazes.
Já a CURATELA é um instituto protetivo que se aplica aos maiores, que apesar de maiores, são incapazes.
Obs.: Não há no Brasil presunção de incapacidade pelo simples fato da idade avançada. O Estatuto do Idoso, em seu artigo 96 tipifica como crime as condutas de impedir ou dificultar que idoso contrate.
CUIDADO! O artigo 1641, II, do Código Civil diz que o maior de 70 anos deve casar sob regime de separação obrigatória.
Incapacidade Absoluta
(Art. 3º, CC)
O absolutamente incapaz é representado, o ato que praticar sozinho é nulo.
São eles:
Os menores de 16 anos;
Os que, por enfermidade ou doença mental, não tenham discernimento para a vida civil;
Os que, ainda que por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Incapacidade Relativa
(Art. 4º, CC)
O relativamente incapaz é assistido.
São relativamente incapazes para certos atos ou para a maneira de os exercer.
São eles:
Os menores entre 16 e 18 anos;
O ébrio habitual, o viciado em tóxico e o deficiente mental, desde que tenham o discernimento reduzido;
O excepcional sem o desenvolvimento mental completo;
O pródigo (art. 1782).
Emancipação
(Art. 5º, parágrafo único)
É a antecipação da capacidade plena, e não da maioridade.
Formas de emancipação:
Voluntária: É realizada pelo pai e pela mãe por escritura pública, desde que o menor tenha pelo menos 16 anos completos.
Não há qualquer participação do Juiz.
Judicial: É realizada pelo tutor desde que o menor tenha pelo menos 16 anos completos. O juiz decide após ouvir o M.P.
Legal: 
Dá-se pelo casamento. O fim do casamento não influenciará a emancipação, salvo se o casamento for anulado e aquele que se emancipou reputado de má fé.
Colação de grau em nível superior;
Pelo exercício de emprego público efetivo;
Se o menor, com pelo menos 16 anos, tiver economia própria em razão do seu trabalho.
Domicílio
Local em que a pessoa reside com ânimo definitivo.
O conceito exige 2 elementos:
Objetivo: Residência
Subjetivo: Ânimo definitivo
O Domicílio pode ser plúrimo ou plural.
Aquele que não tem residência será domiciliado no local em que for encontrado.
Domicílio Profissional
Para as relações profissionais considera-se o domicílio o local em é exercida.
Domicílio de Eleição (Voluntário Especial)
É o que as partes estabelecem num contrato, determinando o local onde se exercerão as obrigações respectivas.
Atenção: O contrato tem de ser escrito.
Domicílio Necessário
É domicílio necessário:
Do incapaz: O dos pais, representantes ou assistentes. Os pais representam os filhos menores absolutamente incapazes e assistem os menores relativamente incapazes.
Do servidor público: O local em que exercer permanentemente suas funções;
Militar: Se for do Exército, o local onde servir. Se for da Marinha ou da Aeronáutica, a Sede do Comando a que estiver subordinado.
Marítimo: O local em que o navio estiver matriculado.
Preso: O local em que estiver cumprindo a sentença.
Obs.: O Agente Diplomático que for citado no exterior e alegar extraterritorialidade sem indicar seu domicílio no Brasil poderá ser citado no Distrito Federal ou no local em que teve seu último domicílio no Brasil.
Defeitos do Negócio Jurídico
(Arts. 138 a 167, CC)
O único defeito que é causa de nulidade absoluta é a simulação, todos os outros são meras causas de nulidade relativa (erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo e fraude contra credores).
O prazo para ajuizar a ação anulatória é de 4 anos, contados da celebração.
Obs.: Em se tratando de coação, o prazo começa de quando cessar a ameaça. Em se tratando de coação para casamento, o prazo começa do casamento.
Obs2.: Em se tratando de casamento, o prazo para anulá-lo por erro é de 3 anos.
O casamento só será nulo em duas hipóteses:
Se for contraído pelo enfermo mental, sem discernimento para a vida civil;
Se for contraído com violação de impedimento;
Os impedimentos tem 3 grande causas:
Incesto;
Bigamia;
Pretender casar com o condenado por tentativa de homicídio ou homicídio doloso contra ex-cônjuge;
Simulação
Caracteriza-se pela existência de um desacordo intencional entre o que se declara querer, e o que se quer realmente.
Classifica-se em:
Absoluta: Há uma declaração de vontade, mas em verdade não quer se realizar negócio algum.
Relativa: Há dois negócios jurídicos: o Simulado (que é o que aparece aos olhos de todos) e o Dissimulado (que é o que se quer realmente).
Obs.: Se o negócio dissimulado for válido, será conservado.
Ex.: Casal gay, relação escondida do pai. “A” quer dar um carro para “B”, no entanto, se o fizer, o pai vai desconfiar da relação, então “A” faz um contrato de compra e venda (simulado) e “vende” o carro para “B”, que não paga o carro, só fica com o carro (dissimulado). Nesse caso, o dissimulado seria conservado, pois é válido.
Obrigações
Duas teorias Gerais:
Se a realização da prestação se tornar impossível, a obrigação se extingue.
Se a impossibilidade ocorreu:
Por culpa do devedor: Responde pelo equivalente + Perdas e Danos;
Sem culpa do devedor: Não pagará Perdas e Danos, apenas terá de restituir o que eventualmente havia recebido.
Favor Debitori
O Direito parte da premissa de que o credor está em vantagem quanto ao devedor, e por isso, sempre que possível, busca favorecer o devedor.
Assim, na dúvida entre duas questões, optar pelo mais favorável ao devedor.
Atenção: O credor não é obrigado a receber coisa diversa da combinada, ainda que mais valiosa. O credor não é obrigado a receber em partes e nem o devedor a assim pagar, se combinaram pagamento integral.
Exceção: Art. 745 – A, CPC.
Pactos adjetos à Compra e Venda (Cláusulas Especiais)
(Arts. 505 a 532, CC)
Preferência: Prelação, preempção.
O beneficiário, por esta cláusula, tem o direito de receber a oferta do bem em igualdade de condições caso seu dono pretenda vendê-la.
Retrovenda:
O titular de um imóvel, ao vendê-lo, se reserva o direito de recompra-lo no prazo máximo de 3 anos, pagando o preço mais as despesas do contrato.
Venda com reserva de domínio:
O vendedor de bem móvel transfere ao comprador a posse da coisa, mas conserva para si o domínio. Pago o preço, a propriedade passa a ser do comprador.
Atenção: Ainda que a coisa não seja do comprador, é ele quem correrá os riscos de sua perda.
Venda a contento ou sujeita à prova:
Por esta cláusula a compra e venda somente se reputa perfeita após o comprador manifestar seu contentamento com a coisa.
Responsabilidade Civil
(Arts. 186 e 187/927 e ss, CC)
Aspectos Gerais
A responsabilidade civil pode ser classificada em:
Subjetiva: Somente haverá o dever de indenizar se o agente agiu com dolo ou culpa;
Objetiva: Haverá o dever de indenizar independentemente de dolo ou culpa, bastando que fiquem demonstrados:conduta, dano e nexo.
Será Objetiva em duas hipóteses (Art. 927, parágrafo único):
Se a lei disser que é;
Se a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os direitos de outrem.
Atenção: O caso fortuito exclui o nexo de causalidade. Porém, em se tratando de fortuito, ligado à atividade do fornecedor (fortuito interno) não haverá exclusão, e o fornecedor responderá (Ver Súmula 479, STJ).
Obs.: Fortuito = Força Maior.
Teoria Geral dos Direito Reais de Garantia: Penhor, Hipoteca e Anticrese
Atenção: A hipoteca incide sobre bens imóveis e sobre dois bens móveis: navio e aeronave. Somente aquele que pode alienar pode dar em garantia; somente aquilo que pode ser alienado pode ser dado em garantia.
Obs.: É nula a cláusula que permite ao credor ficar com o bem da garantia caso não haja pagamento na data do vencimento. Mas vencida a dívida, o devedor pode dar a coisa em pagamento.
Princípio da indivisibilidade
Salvo disposição expressa, o pagamento parcial da dívida não gera liberação proporcional.
Depois de excutido o penhor ou executada a hipoteca, se os bens não bastarem para satisfação do credor, o devedor continuará obrigado, agora, como devedor quirografário.
Família
Aspectos gerais nos regimes de bens
(Arts. 1639 a 1657)
Salvo pacto antenupcial, o regime de bens será o da comunhão parcial (o regime da separação obrigatória será aplicado nos casos do artigo 1641).
Atenção: A violação de causa suspensiva não invalida o casamento, apenas impõe o regime da separação obrigatória.
Para ser válido, o pacto tem de ser por escritura pública;
Para ter eficácia perante terceiros, deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis do domicílio do casal.
Feito o pacto, se a ele não se seguir o casamento, será meramente ineficaz.
Salvo no regime da separação absoluta ou no da participação final dos aquestos (neste último caso, com previsão expressa com dispensa de outorga) o cônjuge depende da outorga do outro (uxória ou marital) para:
Alienar ou gravar de ônus real bem imóvel;
Prestar fiança ou aval;
Fazer doação não remuneratória de bens comuns;
Litigar como autor ou réu acerca de bens imóveis.
Sucessões
Temos 4 classes de herdeiros (arrolados segundo a ordem de evocação hereditária):
Descendentes;
Ascendentes;
Cônjuge;
Colaterais/Companheiro
Obs.: A classe dos colaterais vai até o 4º grau (irmão – 2º grau; Tio/Sobrinhos – 3º grau; Primos/Tios-avôs – 4º grau)
Obs2.: Tio e sobrinho estão no mesmo grau, mas entre eles, herda o sobrinho.
Obs3.: Companheiro(a) e colateral não são herdeiros necessários e por isso não tem direito à legítima, podendo ser afastados por testamento.
Regra: Dentro de uma mesma classe, o herdeiro de grau mais próximo exclui o de grau mais remoto.
Exemplos:
Entre o filho e o neto: herda o filho;
Entre o pai e o avô, herda o pai;
Entre irmão e o primo, herda o irmão.

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