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Resumo Economia Política

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RELAÇÃO ENTRE ECONOMIA E POLÍTICA
O colunista Paulo Daniel da mídia Carta Capital fala sobre a relação entre economia e política em seu último artigo publicado, segundo ele “O Estado moderno se particulariza como prática humana justamente pela dinâmica de dominação e de conservação da ordem social”
O próprio Marx, em uma célebre passagem do prefácio à Para a crítica da Economia Política, afirma que “o modo de produção da vida material condiciona, em geral, o processo social, político e espiritual da vida”. Não se trata de afirmar que a economia é mais importante que a política, o direito, as artes etc. A esfera econômica, por si só, refere-se aos entes múltiplos e concretos da realidade predominantemente pela própria materialidade do ser social, que depende primariamente da produção e reprodução de suas condições materiais de existência, tanto em nível biológico como social.
Embora alguns sempre queiram exaltar o tecnicismo econômico, é sempre bom afirmar que a ciência econômica é uma ciência social, portanto, os modelinhos matemáticos e econométricos dificilmente explicarão ou entenderão a realidade na qual estamos inseridos que é apresentada de uma só vez em toda sua complexidade com suas múltiplas relações, determinações, reciprocidades e contradições.
O que pode caracterizar um ser social? A característica especial que distingue o ser humano de um ser meramente biológico é o trabalho, entendido como atividade orientada para uma finalidade previamente concebida e criadora de novas objetividades. A evolução do trabalho simples até a as formas mais complexas, é a base para o desenvolvimento do ser social, fazendo recuar constantemente as barreiras naturais. Acompanhando o crescente processo de socialização do ser, vários outros complexos e complexidades aparecem e se desenvolvem também para garantir sua reprodução material.
Entre as mais diversas complexidades que surgem, estão a política e o Estado cujo objetivo é regular de modo sistemático as relações econômicas entre os seres humanos, que em última instância visa a escolher os meios adequados de organização da sociedade produtora.
A sistematização dessas atividades acaba por consolidar relações de dominação, que adquirem estabilidade e autonomia frente aos processos imediatamente produtivos. Centraliza-se o controle ao mesmo tempo em que uma parte dos membros da sociedade passa a responder politicamente pelas decisões de sobrevivência daquele sistema em nível geral. Os interesses do Estado se põem como interesses em si e para si, tornando-se valores objetivos, de validade social. Esses valores, que passam a fazer parte da reprodução social, interferem na vida dos sujeitos e são impostos à comunidade a despeito de sua vontade e consciência. Disso, naturalmente, podem surgir conflitos, que o Estado dirime usando a força ou por meios não diretamente violentos.
O Estado moderno se particulariza como prática humana justamente pela dinâmica de dominação e de conservação da ordem social, ou seja, a sociedade capitalista. Continuamente, para sua própria reprodução como elemento de garantia da dominação de classe, o Estado precisa se tornar autônomo da esfera da produção e reprodução imediatas. A política é o campo em que as diferentes forças sociais lutam pelo controle desse poder de autoridade sobre as leis, o aparto militar, o orçamento etc. Essa é a gênese da autonomia relativa do político e do Estado como esferas de valores e campos específicos de atuação.
Essa autonomia é necessária para o correto funcionamento do Estado como elemento de mediação da ação humana dentro do sistema que o engendrou, que ele ajuda a manter e com o qual estabelece uma relação orgânica de existência.
Portanto, não se pode dizer, por exemplo: “até aqui vai a economia e a partir daqui segue a politica”. Por outro lado, a realidade em si mesma não é uma caótica mistura de movimentos sem direção, mas sim, um processo evolutivo que pode possuir internamente tendências mais ou menos acentuadas.
Neste sentido, cabe ao cientista social, analisar a realidade e sua totalidade para descobrir as relações existentes entre os fenômenos de modo a poder explica-los e interferir de maneira apropriada sobre eles.
Fonte: http://www.jornalregistra.com/index.php/cidadania/economia/773
MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA
(Prof Miguel Jeronymo Filho)
O mundo, hoje, é formado por 225 países amplamente diferenciados em termos econômicos, sociais, políticos e culturais. Há nações ricas, pobres e as atualmente denominadas de “emergentes”. Diversos também são os regimes políticos, compreendendo monarquias e repúblicas, estas divididas em regimes parlamentarista ou presidencialista, além de democracias e ditaduras. Para entendermos a estrutura do mundo atual, no presente tópico, estudaremos o capitalismo e, no seguinte, o socialismo, modos de produção que edificaram a realidade contemporânea. Definimos capitalismo como o modo de produção no qual existe uma separação entre os meios de produção e também os de reprodução do capital, apropriados pela burguesia, e os produtores, que formam o proletariado, setor social que, nada tendo a oferecer ao mercado, vende sua força de trabalho. Como sistema sócio-econômico, o capitalismo apresenta as seguintes características básicas:
- A PRODUÇÃO É VOLTADA AO MERCADO — no capitalismo, os bens econômicos conhecem dois valores, o de uso, quando consumidos pelas pessoas e grupos sociais, e o de troca, ou seja, quando eles, circulando no mercado, geram acumulação de capital nas mãos dos donos dos meios de produção. Assim, o produto, para adquirir efetivo valor econômico, é transformado em mercadoria;
- ECONOMIA MONETÁRIA — no capitalismo, a moeda desempenha dois papeis fundamentais, de padrão de troca e o de aferição de ganho ou perda numa operação comercial. Noutros termos, a moeda é um meio pelo qual as mercadorias circulam e os lucros ou prejuízos são avaliados;
- GERENCIAMENTO PRIVADO DA PRODUÇÃO E DOS SERVIÇOS — o capitalista, direta
ou indiretamente, através de quadros burocráticos (administradores, contadores, gerentes, etc.), controla todas as etapas da produção de gêneros e da oferta de serviços, dominando assim o processo do trabalho. Ele define a tecnologia a ser aplicada, o ritmo da produção, a admissão ou demissão de trabalhadores e a política salarial;
- O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO — no início do capitalismo, o proprietário investia na produção apenas seu próprio capital. Com o desenvolvimento quantitativo e qualitativo da produção, foram demandados crescentes investimentos. Maiores lucros exigiam aplicações mais volumosas.
Até o século XVIII, o capitalista aplicava seus rendimentos na ampliação da produção. Já no século seguinte, houve a integração entre o capital financeiro e o industrial. O burguês tomava empréstimos nos bancos para investir em suas fábricas ou firmas prestadoras de serviços e aplicava seus lucros na rede bancária para acelerar exponencialmente sua acumulação de capital.
A ORIGEM E AS ETAPAS DO CAPITALISMO
O início do capitalismo é causa e decorrência da desintegração do feudalismo. Este último, marcado, grosso modo, pelo particularismo político e por uma produção voltada, basicamente, à subsistência dos moradores do feudo, foi vitimado, a partir do século XII e XIII, pelo crescimento demográfico gerador de escassez de gêneros, pelo êxodo rural, pelo crescimento demográfico urbano, pelo incremento da economia monetária e pela aceleração das trocas comerciais inter-regionais. Quanto à produção de bens, o mercado, que passou a conhecer um extraordinário aumento da demanda, foi progressivamente destruindo os regimes arcaicos de trabalho. O artesanato, sistema caracterizado pela inexistência de uma cisão entre o produtor e os meios de produção, já que o artesão é dono da matéria prima, da oficina, das ferramentas e do produto, não mais atendia à crescente sede de consumo do homem europeu ocidental. Numa fase posterior, surgiria o regime doméstico de produção, no qual o trabalho era dividido entre os membros dafamília. Progressivamente, nasceria o sistema manufatureiro, já caracterizado pelo assalariamento e pela divisão social do trabalho. Para o capitalista, o regime manufatureiro tinha o defeito de valorizar a
habilidade manual, o que proporcionava um amplo poder de barganha salarial por parte do produtor. 
Assim, os trabalhadores altamente qualificados tinham condições de exigir uma alta remuneração. No século XVIII, com a Revolução Industrial marcada pela produção por meio de máquinas, cuja operação era tecnicamente simples, ocorreu, não só o aumento da produção como também a desvalorização dos salários, ampliando os lucros dos capitalistas. Consolidava-se, dessa maneira, o modo de produção capitalista.
Do séculos XII e XIII ao XVIII, o capitalismo conheceu a fase comercial ou mercantil, ao longo da qual o pólo principal de acumulação de capital não foi o produtivo, mas o circulador de mercadorias. Neste período, ocorre a acumulação primitiva de capital que, calcada em formas de produção ainda pré-capitalistas, antecedeu e propiciou a plena implantação do capitalismo como modo de produção. Nesta etapa, a burguesia, além de destruir e criar sucessivos regimes de produção, também navegou pelos oceanos em busca de metais preciosos e de gêneros comercializáveis na Europa, quando da expansão ultramarina moderna. Para apoiar os esforços dos comerciantes, os estados absolutistas europeus adotaram uma política econômica mercantilista, cujos elementos definidores são:
PROTECIONISMO — os governos barravam a entrada de gêneros estrangeiros, por meio de alta tributação ou proibição explicita, isentando, simultaneamente, de impostos os produtos nacionais enviados aos mercados externos, que assim passavam a ter preços competitivos. O slogan do mercantilismo era “vender sempre, comprar nunca ou quase nunca”;
- BALANÇA DE COMÉRCIO FAVORÁVEL—o interesse dos estados nacionais e de suas burguesias era obter um superávit financeiro nas suas trocas com os demais países, o que implicava a aceleração da acumulação de capital. Dessa maneira, as burguesias ficavam mais ricas e os governos mais poderosos;
- METALISMO—os metais preciosos tornaram-se padrões de medida da acumulação de capital e a quantidade de metais amoedáveis tornou-se o símbolo da riqueza nacional.
No século XVIII, fruto das transformações econômicas e sociais ocasionadas pelo capital mercantil, o capitalismo, particularmente o britânico, entrou na fase industrial, marcada pela produção levada a efeito por máquinas. O extraordinário crescimento econômico do período, calcado no sacrifício da classe operária, obrigada a longas horas de trabalho e a verter o sangue e o suor de suas mulheres e crianças, alterou o mundo. Os mercados, agora, são globais e isto leva à independência política dos países americanos. A economia, as idéias liberais e as instituições políticas européias começavam a se mundializar.
A partir de meados do século XIX, a Europa, os Estados Unidos da América e o Japão experimentavam aSegunda Revolução Industrial, marcada:
PELA DIFUSÃO DA INDÚSTRIA—de fato, se a Primeira Revolução Industrial foi um fenômeno inglês, agora o uso de máquinas se alastrava pela França, Bélgica, norte da Itália, Estados Unidos, Rússia e também ocorrendo no Japão;
POR NOVAS FONTES ENERGÉTICAS — a Primeira Revolução Industrial fora movida pelo carvão e pelas máquinas a vapor. A Segunda se basearia no petróleo e no aproveitamento da eletricidade;
PELA INTEGRAÇÃO ENTRE AS INDÚSTRIAS E OS BANCOS— os capitalistas passaram a captar no sistema financeiro recursos para o incremento da produção e, ao mesmo tempo, investiam seus lucros nos mercados financeiros buscando a aceleração da acumulação de capital. Esta, agora, amplamente aumentada, possibilitaria o aparecimento de grandes fortunas, tais como os Morgan, Rockefeller, e os Rothschild, dentre outros;
PELO SURGIMENTO E A CONSOLIDAÇÃO DO CAPITALISMO OLIGOPOLISTA 
Nasciam, no período, os oligopólios, ou seja, enormes conglomerados empresariais que dominam os diversos ramos da produção econômica e da oferta de serviços. Estes oligopólios se apresentam em três formas. A primeira são os “trusts”, isto é, grupos capitalistas que formam uma única organização, cujo controle administrativo e financeiro está nas mãos de seus proprietários—se a firma for patrimonial—ou dos acionistas, se ela é anônima, visando monopolizar a produção de um determinado produto ou a oferta de um tipo de serviço em plano nacional ou mundial. As “holdings”, empresas cuja única finalidade é administrar todas as demais de um mesmo grupo empresarial. E, por fim, os “cartéis” que consistem em várias empresas que, atuando num mesmo ramo de produção ou de oferta de serviços, estabelecem acordos para definir áreas geográficas de atuação, uma política comum de preços, regras de concorrência e publicidade e impedir a entrada de concorrentes nos mercados;
PELA CISÃO ENTRE PROPRIEDADE E ADMINISTRAÇÃO — nas antigas empresas patrimoniais, o dono ou os donos controlavam a administração da produção e gerenciamento de suas firmas. A crescente complexidade do capitalismo, com a implantação de enormes conglomerados, tornou necessária a criação das sociedades anônimas, apropriadas pelos detentores de ações. Nelas, os donos (acionistas) não mais administram e os quadros burocráticos administrativos não são proprietários, tendo com o capital da empresa um vínculo empregatício e salarial. O presidente e os diretores de empresas como a General Motors, a Volkswagen e a Mitsubishi, por exemplo, são, embora recebendo bons salários, meros empregados. Dentre os motivos da formação das sociedades anônimas está o fato de que, nelas, os acionistas não respondem com seu patrimônio, o que permite vôos empresarias de alto risco. Um bom exemplo disto foi a criação da empresa construtora do canal de Suez, que exigia enormes investimentos e oferecia graves riscos. Nenhuma capitalista, por mais próspero que fosse, estava disposto a arriscar seus bens em caso da falência da empreiteira que assumisse a edificação do canal. Vendidas ações no mercado financeiro, milhares e milhares de ingleses e franceses raciocinaram, que se o projeto tivesse êxito, ficariam ricos. Se ocorresse o contrário, perderiam somente os poucos francos e libras investidos nas ações. Uma conseqüência dessa separação entre a propriedade e a administração das empresas foi a emergência de uma “nova classe média”, não mais o pequeno proprietário, o profissional liberal e o funcionário público, mas um segmento social que possuía “saber especializado” para vender ao capital ( engenheiros, técnicos, executivos, etc ). O surgimento desse novo setor social, contrariando a profecia de Karl Marx de que ocorreria o desaparecimento das classes médias pela concentração de capital nas mãosde alguns e pela proletarização crescente da maioria da sociedade, foi um fator que impediu a revolução socialista na Europa Ocidental e nos Estados Unidos da América;
PELA CORRIDA NEOCOLONIALISTA E O IMPERALISMO — o extraordinário aumento da produção, em razão de uma tecnologia crescentemente sofisticada, gerou excedentes que superavam a demanda dos mercados dos países ricos; além disso, os lucros dos capitalistas proporcionaram excedentes de capital que precisavam ser aplicados no setor de serviços dos países periféricos ao Continente Europeu. Também as nações hegemônicas se viam diante do desafio da explosão demográfica e necessitavam de áreas externas para a fixação de contingentes populacionais e, por fim, a indústria dos países centrais ainda precisava de matérias primas produzidas pelas áreas periféricas. Todas estas razões levaram à corrida imperialista em direção à Ásia e à África que consubstanciou a fase imperialista do capitalismo.
Fonte: http://espacoeconomicotocolando.blogspot.com.br/2010/04/modo-de-producao-capitalista.html
CAPITALISMO
Chamamos de capitalismo o sistema socioeconômico em que os meios de produção (terras, fábricas, máquinas, dinheiro, etc.) são propriedades privadas. Os proprietários dos meios de produção - umaminoria da sociedade - são os burgueses ou capitalistas; os não-proprietários dos meios de produção - a maioria da sociedade - são os proletários ou trabalhadores, que vivem dos salários recebidos por seu trabalho.
Histórico
Já no século XV, o comércio era a principal atividade econômica na Europa. Assim, nesse período, o capitalismo (mercantil ou comercial) estruturava-se definitivamente a partir da necessidade e do interesse dos países europeus ou algumas cidades européias em aumentar seu mercado para além dos limites nacionais e continentais. 
A ampliação do comércio internacional consolidou o sistema capitalista dentro de uma sociedade de classes, na qual, de um lado, surgia e se fortalecia uma burguesia mercantil que, em aliança com os reis, detinha o poder e a riqueza (capital), e, de outro lado, o proletariado que, separado do capital e de seus meios de produção, tinha a oferecer sua força de trabalho em troca de salário. 
O capitalismo se formou a partir da decadência do feudalismo; a servidão da gleba (obrigações feudais dos servos) foi substituída pelo trabalho assalariado, e a primazia dos senhores feudais coube então à burguesia mercantil e ao rei. 
Foram dois séculos de amadurecimento até a Revolução Industrial (1750). As inovações técnicas (maquino- faturas) aliadas às riquezas provenientes das áreas colonizadas acabaram por promover um acúmulo de capital e uma crescente expansão da economia. 
Surgiu, assim, a necessidade de garantir o fornecimento de matérias-primas, dominar os mercados consumidores e aplicar o capital de maneira segura, aumentando a capacidade de produzir e, conseqüentemente, os lucros. A riqueza provinha, então, da capacidade de produzir mercadorias e não mais do comércio. 
Assim, o capitalismo industrial provocou a disputa pelas áreas fornecedoras de matérias-primas, pelos mercados compradores e pelos locais de investimentos seguros, levando as grandes potências dos séculos XIX e XX (Inglaterra, França, Bélgica, Japão, EUA e tardiamente Itália e Alemanha) a competir pela dominação política e econômica do mundo (neocolonialismo) e pela partilha dos territórios asiáticos e africanos, de acordo com seus próprios interesses. 
O resultado da competição foi o imperialismo expresso pelo domínio econômico de uma nação sobre outra, na tentativa de manter o abastecimento de matérias-primas e os mercados consumidores, o que teve como conseqüências o militarismo, o nacionalismo, o racismo e a hierarquização das nações. 
A partir da Segunda Guerra Mundial, com as potências européias enfraquecidas e em crise, surgem os EUA como grandes investidores externos, graças ao acúmulo de capital e a seu crescente poder político-militar. O capitalismo entra em uma nova fase, financeira ou monopolista, com a expansão de grandes empresas (corporações multinacionais, hoje chamadas transnacionais), o incessante acúmulo de capitais em escala mundial, o monopólio e a internacionalização da produção, passando a ter como características marcantes:
Características do Capitalismo
Dentre as múltiplas características do modo de produção capitalista, destacam-se:
• Venda da força de trabalho - Nesse sistema os trabalhadores não dispõem de instrumentos ou meios de produção para garantir sua sobrevivência. Por isso, são obrigados a vender a sua força de trabalho em troca de um salário.
• Função comercial - A produção se destina, em primeira instância, à venda e não ao uso pessoal ou familiar. Por isso, os produtos são definidos como mercadorias.
• Comércio monetarizado - Com a consolidação do capitalismo, o comércio sofreu uma impressionante expansão, e o dinheiro se tornou a base das trocas nacionais e internacionais. Esse fator contribuiu para a crescente importância dos bancos e demais intermediários financeiros.
• Controle financeiro - Inicialmente, o capitalista investia na produção apenas recursos financeiros próprios. Como a lógica capitalista pressupõe que quanto mais investimentos forem feitos, maior será a produção (havendo mais lucros), estimulam-se investimentos cada vez maiores. Esse é um dos motivos que gerou o mecanismo de crédito, que permite ao capitalista utilizar recursos de outras pessoas para aplicar na sua empresa e aumentar as suas possibilidades de acumulação: ele pode hipotecar propriedades para conseguir financiamento, tomar empréstimos, emitir ações, receber subsídios governamentais, etc.
• Gerenciamento da produção - O capitalista tem o controle das propriedades e do capital e, conseqüentemente, domina o processo de produção. Esse domínio define, entre outros pontos: admissões e demissões de trabalhadores, opção por uma política salarial, escolha de técnicas e tecnologias a serem aplicadas na produção, determinação das condições de trabalho e controle do volume de produção. Durante o século XX, os sindicatos conquistaram vários avanços em diversos dos itens enumerados acima, mas o controle final é do capitalista. 
São ainda características do capitalismo: 
aplicação dos principais investimentos na indústria e nos recursos naturais; 
distribuição da produção e dos lucros; 
nova divisão internacional do trabalho. 
propriedade privada ou particular dos meios de produção; 
trabalho assalariado; 
livre concorrência e livre iniciativa (economia de mercado); 
lucro como objetivo; 
presença de duas classes sociais: burguesia e proletariado. 
Por: Paulo Magno da Costa Torres
Fonte: http://www.coladaweb.com/historia/capitalismo
MODOS DE PRODUÇÃO
Quando vamos a um supermercado e compramos gêneros alimentícios, bebidas, calçados, material de limpeza, etc., estamos adquirindo bens. Da mesma forma, quando pagamos a passagem do ônibus ou uma consulta medica, estamos pagando um serviço. 
Ao viverem em sociedade, as pessoas participam diretamente da produção, da distribuição e do consumo de bens e serviços, ou seja, participam da vida econômica da sociedade. Assim, o conjunto de indivíduos que participam da vida econômica de uma nação é o conjunto de indivíduos que participam da produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Ex: operários quando trabalham estão ajudando a produzir, quando, com o salário que recebem, compram algo, estão participando da distribuição, pois estão comprando bens e consumo. E quando consomem os bens e os serviços que adquiriram, estão participando da atividade econômica de consumo de bens e serviços.
Modos de Produção
O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e os distribui. O modo de produção de uma sociedade é formado por suas forças produtivas e pelas relações de produção existentes nessa sociedade. 
Modo de produção = forças produtivas + relações de produção 
Portanto, o conceito de modo de produção resume claramente o fato de as relações de produção serem o centro organizador de todos os aspectos da sociedade.
Modo de produção primitivo:
O modo de produção primitivo designa uma formação econômica e social que abrange um período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa cinco milênios. 
Na comunidade primitiva os homens trabalhavam em conjunto. Os meios de produção e os frutos do trabalho eram propriedade coletiva, ou seja, de todos. Não existia ainda a idéia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição proprietários x não proprietários. 
As relações de produção eram relações de amizade e ajuda entre todos; elas eram baseadas na propriedade coletiva dos meios de produção, a terra em primeiro lugar. 
Também não existia o estado. Este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros. O estado surgiu como instrumento de organização social e de dominação. 
Modo de produção escravista:
Na sociedade escravista os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, assimcomo um animal ou uma ferramenta. 
Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de sujeição: senhores x escravos. Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravos, que não tinham nenhum direito. 
Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravos), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho. 
Modo de produção asiático:
O modo de produção asiático predominou no Egito, na China, na Índia e também na África do século passado. 
Tomando como exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar que a parte produtiva da sociedade era composta pelos escravos, que era forçados, e pelos camponeses, que também eram forçados a entregar ao Estado o que produziam. A parcela maior prejudicando cada vez mais o meio de produção asiático. 
Fatores que determinaram o fim do modo de produção asiático: 
A propriedade de terra pelos nobres; 
O alto custo de manutenção dos setores improdutivos; 
A rebelião dos escravos. 
Modo de produção feudal:
A sociedade feudal era constituída pelos senhores x servos. Os servos não eram escravos de seus senhores, pois não eram propriedade deles. Eles apenas os serviam em troca de casa e comida. Trabalhavam um pouco para o seu senhor e outro pouco para eles mesmos. 
Num determinado momento, as relações feudais começaram a dificultar o desenvolvimento das forças produtivas. Como a exploração sobre os servos no campo aumentava, o rendimento da agricultura era cada vez mais baixo. Na cidade, o crescimento da produtividade dos artesãos era freado pelos regulamentos existentes e o próprio crescimento das cidades era impedido pela ordem feudal.Já começava a aparecer às relações capitalistas de produção. 
Modo de produção capitalista:
O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
O capitalismo compreende quatro etapas: 
Pré-capitalismo: o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem relações capitalistas. 
Capitalismo comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado torna-se mais comum. 
Capitalismo industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser investido basicamente nas industrias, que se tornam à atividade econômica mais importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente. 
Capitalismo financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas, através de financiamentos à agricultura, a industria, à pecuária, e ao comercio.  
Modo de produção socialista:
A base econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é, os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas privadas. A finalidade da sociedade socialista é a satisfação completa das necessidades materiais e culturais da população: emprego, habitação, educação, saúde. Nela não há separação entre proprietário do capital (patrão) e proprietários da força do trabalho (empregados). Isto não quer dizer que não haja diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários desiguais em função de o trabalho ser manual ou intelectual.
Taylorismo:
Taylorismo ou Administração científica é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro estadunidense Frederick Winslow Taylor (1856-1915), que é considerado o pai da administração científica.
Taylor pretendia definir princípios científicos para a administração das empresas. Tinha por objetivo resolver os problemas que resultam das relações entre os operários, como conseqüência modifica-se as relações humanas dentro da empresa, o bom operário não discute as ordens, nem as instruções, faz o que lhe mandam fazer.
Organização Racional do Trabalho:
- Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: objetivava a isenção de movimentos inúteis, para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função, estabelecendo um tempo médio. 
-Estudo da fadiga humana: a fadiga predispõe o trabalhador à diminuição da produtividade e perda de qualidade, acidentes, doenças e aumento da rotatividade de pessoal. 
-Divisão do trabalho e especialização do operário 
-Desenho de cargos e tarefas: desenhar cargos é especificar o conteúdo de tarefas de uma função, como executar e as relações com os demais cargos existentes. 
-Incentivos salariais e prêmios por produtividade 
-Condições de trabalho: O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade 
-Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a uniformidade e reduzir os custos 
-Supervisão funcional: os operários são supervisionados por supervisores especializados, e não por uma autoridade centralizada. 
-Homem econômico: o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e materiais. 
A empresa era vista como um sistema fechado, isto é, os indivíduos não recebiam influências externas. O sistema fechado é mecânico, previsível e determinístico.
Fordismo:
Idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company, o fordismo se caracteriza por ser um método de produção caracterizado pela produção em série, sendo um aperfeiçoamento do taylorismo.
Ford introduziu em suas fábricas as chamadas linhas de montagem, nas quais os veículos a serem produzidos eram colocados em esteiras rolantes e cada operário realizava uma etapa da produção, fazendo com que a produção necessitasse de altos investimentos e grandes instalações. O método de produção fordista permitiu que Ford produzisse mais de 2 milhões de carros por ano, durante a década de 1920. O veículo pioneiro de Ford no processo de produção fordista foi o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como "Ford Bigode".
O fordismo, teve seu ápice no período posterior à Segunda Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, que ficaram conhecidas na história do capitalismo como Os Anos Dourados. A crise sofrida pelos Estados Unidos na década de 1970 foi considerada uma crise do próprio modelo, que apresentava queda da produtividade e das margens de lucros. A partir da década de 1980, esboçou-se nos países industrializados um novo padrão de desenvolvimento denominado pós-fordismo ou modelo flexível (toyotismo), baseado na tecnologia da informação.
Princípios fordista: 
Intensificação; 
Produtividade; 
Economicidade.
Toyotismo:
O toyotismo é um modo de organização da produção capitalista que se desenvolveu a partir da globalização do capitalismo na década de 1980. Surgiu no Japão após a II Guerra Mundial, mas só a partir da crise capitalista da década de 1970 é que foi caracterizado como filosofia orgânica da produção industrial (modelo japonês), adquirindo uma projeção global.
O Japão foi o berço da automação flexível pois apresentava um cenário diferente do dos Estados Unidos e da Europa: um pequeno mercado consumidor, capital e matéria-prima escassos, e grande disponibilidade de mão-de-obra não-especializada, impossibilitavam a solução taylorista-fordista de produção em massa. A resposta foi o aumento na produtividade na fabricação de pequenas quantidades de numerosos modelos de produtos, voltados para o mercado externo, de modo a gerar divisas tanto para a obtenção de matérias-primas e alimentos, quanto para importar os equipamentos e bens de capital necessários para a sua reconstrução pós-guerra e para o desenvolvimento da própria industrialização. O sistema pode ser teoricamente caracterizado por quatro aspectos:
mecanização flexível, uma dinâmica oposta à rígida automação fordista decorrente da inexistênciade escalas que viabilizassem a rigidez. 
processo de multifuncionalização de sua mão-de-obra, uma vez que por se basear na mecanização flexível e na produção para mercados muito segmentados, a mão-de-obra não podia ser especializada em funções únicas e restritas como a fordista. Para atingir esse objetivo os japoneses investiram na educação e qualificação de seu povo e o toyotismo, em lugar de avançar na tradicional divisão do trabalho, seguiu também um caminho inverso, incentivando uma atuação voltada para o enriquecimento do trabalho. 
implantação de sistemas de controle de qualidade total, onde através da promoção de palestras de grandes especialistas norte-americanos, difundiu-se um aprimoramento do modelo norte-americano, onde, ao se trabalhar com pequenos lotes e com matérias-primas muito caras, os japoneses de fato buscaram a qualidade total. Se, no sistema fordista de produção em massa, a qualidade era assegurada através de controles amostrais em apenas pontos do processo produtivo, no toyotismo, o controle de qualidade se desenvolve por meio de todos os trabalhadores em todos os pontos do processo produtivo. 
sistema just in time que se caracteriza pela minimização dos estoques necessários à produção de um extenso leque de produtos, com um planejamento de produção dinâmico. Como indicado pelo próprio nome, o objetivo final seria produzir um bem no exato momento em que é demandado. 
O Japão desenvolveu um elevado padrão de qualidade que permitiu a sua inserção nos lucrativos mercados dos países centrais e, ao buscar a produtividade com a manutenção da flexibilidade, o toyotismo se complementava naturalmente com a automação flexível.
A partir de meados da década de 1970, as empresas toyotistas assumiriam a supremacia produtiva e econômica, principalmente pela sua sistemática produtiva que consistia em produzir bens pequenos, que consumissem pouca energia e matéria-prima, ao contrário do padrão norte-americano. Com o choque do petróleo e a conseqüente queda no padrão de consumo, os países passaram a demandar uma série de produtos que não tinham capacidade, e, a princípio, nem interesse em produzir, o que favoreceu o cenário para as empresas japonesas toyotistas. A razão para esse fato é que devido à crise, o aumento da produtividade, embora continuasse importante, perdeu espaço para fatores tais como a qualidade e a diversidade de produtos para melhor atendimento dos consumidores.
Conclusão
Para produzir os bens de consumo e de serviço de que necessitamos, os homens estabelecem relações uns entre os outros. As relações que se estabelecem entre os homens na produção, na troca e na distribuição dos bens são as relações de produção.
Nos últimos anos temos visto uma revolução tecnológica crescente e que tem trazido novos direcionamentos econômicos, culturais, sociais e educacionais à sociedade. A acelerada transformação nos meios e nos modos de produção, causada pela revolução tecnológica focaliza uma nova era da humanidade onde as relações econômicas entre as pessoas e entre os países e a natureza do trabalho sofrem enormes transformações.
Por: Karla Roberta Neumann
Fonte: http://www.coladaweb.com/economia/modos-de-producao

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