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Roteiro de Estudos Cadeia de Suprimentos Aulas 1 a 6

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Prévia do material em texto

Logística 
Cadeia de Suprimentos – Aula 1 
Professora Rosinda Angela Silva 
 
 
CONVERSA INICIAL 
 
Estudar os elementos básicos da Cadeia de Suprimentos é uma 
necessidade para a compreensão dos processos de Logística 
Empresarial. 
 
Nesta primeira aula, serão apresentados os conceitos 
introdutórios de Cadeia de Suprimentos e também serão 
discutidos alguns assuntos que fazem parte do contexto 
empresarial. Além disso, será feita uma breve análise dos fatores 
que devem ser considerados na concepção de um projeto de 
uma Cadeia de Suprimentos porque atualmente tem-se a visão 
de que a competição das grandes empresas deixou de ser por 
preço e qualidade e passou a ser pela competência de suas 
Cadeias, as quais trazem agilidade e resposta rápida ao 
consumidor. 
 
Os principais objetivos dessa aula serão apresentar em linhas 
gerais: 
 Os conceitos introdutórios de Cadeia de Suprimentos 
 A Cadeia de Abastecimento como fonte de 
competitividade nas organizações 
 Os aspectos importantes do Planejamento e da Gestão da 
Cadeia 
 Os desafios futuros das Cadeias de Suprimentos 
 
 
Para saber mais sobre o que será estudado nesta aula, assista 
ao vídeo de apresentação que a professora Rosinda preparou 
para você! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P01.mp4 
 
 
CONCEITOS GERAIS SOBRE A CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
Definindo Cadeia de Suprimentos 
 
Vamos ver estas definições, inicialmente, com a professora 
Rosinda: 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P02.mp4 
 
A Cadeia de Suprimentos é entendida como um conjunto de 
atividades que envolvem empresas fornecedoras e empresas 
clientes com o foco de atender o mercado a qual fazem parte. O 
conceito de Cadeia de Suprimentos é relativamente novo para as 
organizações, pois para muitos autores, o termo evoluiu a partir 
da Logística Integrada. 
 
Em tempo: a Cadeia de Suprimentos é também chamada de 
Cadeia de Abastecimento e Supply Chain, e nesse material 
serão utilizados com frequência os dois primeiros termos. 
 
Estudiosos da área de Logística desenvolveram teorias sobre o 
surgimento da Cadeia de Suprimentos nas quais alguns 
defendem que a mesma é uma evolução dos conceitos de 
Logística, enquanto outros defendem que a Logística faz parte da 
Cadeia. Outros, ainda, afirmam que são as Cadeias que fazem 
parte da Logística. 
Enfim, cada “escola” procura definir o que é Cadeia de 
Abastecimento a partir da visão de um autor, entretanto, nesse 
material será adotada a postura de que Logística e Cadeia de 
Abastecimento não são sinônimos e terão tratativas 
diferenciadas em termos de conceituação. 
 
Então, para apresentar Cadeia de Suprimentos nesse material, 
foi escolhida a definição de Bertaglia, (2009, p. 5), o qual cita 
que: 
 
“A cadeia de abastecimento corresponde ao conjunto de 
processos requeridos para obter materiais, agregar-lhes valor de 
acordo com a concepção dos clientes e consumidores e 
disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data 
(quando) que os clientes e consumidores os desejarem. Além de 
ser um processo bastante extenso, a cadeia apresenta modelos 
que variam de acordo com as características do negócio, do 
produto e das estratégias utilizadas pelas empresas para fazer 
com que o bem chegue às mãos dos clientes e consumidores”. 
 
A partir da colocação do autor é possível perceber que Cadeia de 
Suprimentos é abrangente, pois procura promover movimentos 
sinérgicos, não apenas entre fabricantes e seus fornecedores, 
mas também com as transportadoras e os canais de distribuição 
utilizados e até mesmo com os clientes. Com isso percebe-se 
que o seu gerenciamento eficiente é um desafio para os elos 
envolvidos no processo, e estudar e compreender como se 
formaram e como atuam as Cadeias de Abastecimento se tornou 
imprescindível para toda e qualquer organização. 
 
Saiba mais sobre a Cadeia de Abastecimento e como ela surgiu, 
assistindo ao vídeo a seguir: 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P03.mp4 
 
Partindo do pressuposto que as empresas envolvidas em uma 
Cadeia de Abastecimento devem trabalhar de forma integrada, é 
necessário entender que diversos fatores contribuem para isso, 
muitos deles externos à organização, o que dificulta seu 
monitoramento e controle. 
 
Por exemplo, em uma análise macro das necessidades de uma 
Cadeia de Abastecimento entende-se que aspectos tais como 
formação técnica da mão de obra, infraestrutura logística (de 
transporte, de armazenagem e outros) e altos custos de 
operações são impeditivos para muitas organizações se 
manterem no mercado. 
 
Além disso, sabe-se que normalmente as empresas enfrentam 
dificuldades em gerenciar seu processo interno de logística, 
imagine quando fazem parte de um sistema maior, onde 
impactam e são impactados pelas externalidades. 
 
Entretanto, por mais que os desafios sejam grandes, as 
empresas têm buscado aprimorar suas performances e, para 
isso, as mesmas têm desenvolvido ferramentas e metodologias 
que resultam em melhorias para todos os atores envolvidos no 
processo. 
 
Para finalizar o tema de hoje, leia o artigo a seguir e 
complemente seus estudos! 
 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-
importancia-do-supply-chain-management-scm/48578/ 
 
 
 
 
 
 
ATORES INTERAGENTES 
 
Uma Cadeia de Suprimentos é composta por vários atores 
chamados de “elos”. Esses elos são representados pelos 
fornecedores (em diversos níveis de envolvimento com a 
Cadeia), produtores, transportadores, atacadistas, distribuidores, 
varejistas, atacarejos e também pelos clientes. 
 
O nível de complexidade é grande porque cada elo citado acima 
tem sua própria Cadeia de Abastecimento e com isso, a tarefa de 
gerenciamento torna-se desafiadora. 
 
Para ilustrar a questão dos atores envolvidos, será apresentado 
um modelo simplificado da Cadeia de Abastecimento da indústria 
moveleira (móveis de madeira). 
 
 
CADEIA DE ABASTECIMENTO DA INDÚSTRIA MOVELEIRA 
 
Ao analisar o arquétipo genérico da Cadeia de Suprimentos da 
indústria moveleira apresentado na página anterior, considere 
que cada elo “caixinha” possui seus próprios fornecedores e 
acordos comerciais. 
Isso significa dizer que cada “caixinha” terá um arquétipo próprio, 
imagine então a extensão que pode ter essa cadeia. Mas, para 
simplificar, analise apenas a caixinha “Fábrica de móveis”. 
 
 
CADEIA DE ABASTECIMENTO SOMENTE DA FÁBRICA DE 
MÓVEIS 
 
Pelo modelo simplificado, a “fábrica de móveis” é apresentada 
como “gerenciadora” da cadeia, ou seja, a empresa que é 
atendida por vários fornecedores, os quais fazem parte da sua 
Cadeia de Suprimentos. 
 
Nesse exemplo, a demanda da fábrica de móveis movimenta 
toda a cadeia e, devido a isso, a mesma determina o ritmo de 
todos os envolvidos. Vale salientar que essa análise pode e deve 
ser feita em cada elo “caixinha” e, a partir disso, ter uma ideia da 
quantidade de atividades que ocorrem nos extras e intramuros 
das organizações. Para saber mais sobre a ação colaborativa na 
Cadeia de Suprimentos, clique no botão a seguir e boa leitura! 
 
http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/acao-
colaborativa-na-cadeia-de-suprimentos/61476/ 
O maior desafio da Cadeia de Abastecimento é fazer com que 
todos oselos trabalhem de forma sincronizada porque cada um 
tem suas próprias metodologias de trabalho e seus próprios 
objetivos. 
 
Para que a Fábrica de móveis consiga o melhor desempenho de 
cada elo envolvido no seu processo terá que fazer acordos 
vantajosos com cada um para que os mesmos se comprometam 
com o seu negócio. 
 
No entanto, a confiabilidade das parcerias só virá com o tempo, o 
que significa dizer que os relacionamentos dos elos e as Cadeias 
de Suprimentos amadurecem e será o conhecimento dos 
gestores que dará o suporte para esse crescimento sustentável. 
 
A seguir, você poderá acompanhar os comentários da professora 
Rosinda acerca dos elos de uma Cadeia de Abastecimento. Não 
deixe de assistir ao vídeo! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P04.mp4 
 
CADEIA DE SUPRIMENTOS COMO FONTE DE 
COMPETITIVIDADE 
 
Melhorar a competitividade é o anseio de toda e qualquer 
empresa, independente do seu segmento de atuação. 
 
As empresas que fazem parte de uma Cadeia de Abastecimento 
conseguem alavancar sua competitividade a partir do correto 
gerenciamento de todos os processos, da melhoria nas relações 
entre empresas e através da sinergia trocada entre os “elos”. 
 
Quando as organizações envolvidas em uma Cadeia 
desenvolvem suas atividades a partir da visão do cliente, ou seja, 
daquilo que o cliente percebe como valor, as mesmas 
conseguem reduzir custos, trazer flexibilidade, otimizar os 
processos ao longo da cadeia e acima de tudo, conseguem 
transmitir a imagem de Cadeia responsiva e comprometida com 
o cliente final. 
 
Se tornar competitiva através da Cadeia de Abastecimento não é 
tarefa fácil, principalmente porque não depende apenas de uma 
empresa e sim de vários atores envolvidos, mas é algo factível 
uma vez que já é realidade em vários segmentos. 
 
As empresas se unem em Cadeia buscando um objetivo comum 
e com isso todas as ações e decisões são tomadas no sentido de 
atender à necessidade de todos os envolvidos. As empresas 
organizadas em Cadeia buscam desenvolver constantemente 
novas estratégias e metodologias de trabalho que estão de 
acordo com as melhores práticas de mercado com o intuito de se 
perpetuar no mercado. 
 
Em um momento da economia em que os produtos possuem 
qualidade e preço similares e que a concorrência está em 
qualquer lugar do mundo, a expressão: “a competição se dá 
entre cadeias e não mais entre as empresas” é bem verdadeira, 
fazendo com que as mesmas invistam em melhoramento 
contínuo de todos, pois a força da Cadeia está representada pelo 
seu “elo mais fraco”. 
Com isso, a preocupação com o crescimento uniforme de todos 
os elos se tornou uma necessidade para manter a 
competitividade. Para ver um exemplo, leia o artigo a seguir 
sobre uma análise da competitividade na indústria têxtil e de 
calçados: 
 
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_GOL1042.pdf 
Altos investimentos têm acontecido nas áreas de Tecnologia da 
Informação e Comunicação (T.I.C.), pois são considerados os 
alicerces da logística moderna. A visão que se tem é que as 
práticas logísticas não teriam avançado tanto nos últimos trinta 
anos sem o avanço da tecnologia, e não teriam mesmo! Foi a 
partir do uso maciço das TICs nos processos logísticos que as 
empresas conheceram um desenvolvimento antes nunca visto. 
 
Com a informatização dos processos, da utilização de sistemas 
de gerenciamento e também de operacionalização das tarefas 
diárias, as organizações conseguiram melhorar seus resultados, 
tais como: 
 
 Minimizar as rupturas dos estoques nas áreas de vendas; 
 Responder rapidamente as demandas de toda a cadeia; 
 Oferecer agilidade, flexibilidade e custo adequado para 
todos os elos; 
 Maximizar o giro dos estoques para evitar custos 
desnecessários; 
 Reduzir os custos com armazenagem e desperdícios por 
toda a cadeia; 
 Ampliar o retorno dos investimentos da organização nas 
áreas logísticas e afins. 
 
É a gestão adequada de todos os processos logísticos que traz 
competitividade para a Cadeia de Abastecimento, o que não é 
alcançado de uma hora para outra. São as escolhas de 
ferramentas tecnológicas ou de gestão adequadas que darão 
suporte às decisões dos elos da Cadeia. 
 
Entretanto, o fator determinante na competitividade é o 
planejamento colaborativo e a visão de relacionamento de longo 
prazo! 
Esses são os principais desafios que as empresas envolvidas em 
uma Cadeia de Abastecimento precisam ultrapassar para crescer 
e trazer resultados satisfatórios para todos. 
 
Para aprofundar mais seus conhecimentos sobre o assunto, 
assista ao vídeo a seguir com as explicações da professora 
Rosinda. 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P05.mp4 
 
 
GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
A Cadeia de Suprimentos só será efetiva se for gerenciada de 
forma estratégica e, para isso, é importante conhecer esse viés 
estratégico. 
 
Muitas vezes, as empresas mudam drasticamente sua forma de 
trabalho com os elos da cadeia, principalmente fornecedores e 
clientes, reduzindo o número deles e até impondo regras mais 
específicas para as negociações comerciais. 
 
Entretanto, isso não é feito porque a empresa está penalizando 
fornecedores por seus custos e clientes por seus pequenos 
volumes de compras, mas sim porque precisam orientar melhor 
suas estratégias. Além disso, cada fase deve ser pensada, 
planejada e operacionalizada com responsabilidade, 
principalmente dentro do princípio da colaboração entre os elos. 
 
A gestão estratégica da Cadeia de Abastecimento exige que as 
empresas deixem de buscar objetivos individuais e fortaleçam 
sua área de especialização. Para isso, uma política “ganha-
ganha” se faz necessária. 
 
Como as empresas já estão habituadas a formatar seu 
planejamento estratégico contemplando os três níveis 
(estratégico, tático e operacional), podem e devem utilizar a 
mesma metodologia para planejar estrategicamente as ações da 
sua Cadeia de Abastecimento. 
 
Observe na tela a seguir a proposta de Ronald Ballou, importante 
estudioso da área de logística, de alguns processos que utilizam 
estratégias nos três níveis. 
Exemplos de processo de decisão estratégica, tática e 
operacional. 
Fonte: adaptado de Ballou, Ronald H., 2006 p. 53. 
 
 
A tabela anterior traz apenas algumas ações que podem ser 
organizadas estrategicamente nos três níveis, mas cada Cadeia 
(e até mesmo cada empresa) pode determinar quais são os 
fatores efetivamente representativos para o seu negócio. 
 
O fato é que as estratégias empresariais sempre buscarão, no 
mínimo, atingir três objetivos: reduzir seus custos, reduzir o 
capital aplicado principalmente em estoques e melhorar os 
serviços aos clientes. 
Para aprofundar seus conhecimentos, faça a leitura do texto que 
está disponível no botão a seguir: 
 
http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-
suprimentos-%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-
melhoria/ 
 
Mas, como a empresa que atua em Cadeia não atinge seus 
objetivos de forma individual, um gerenciamento estratégico 
efetivo se faz necessário, o que é possível com muito preparo e 
acordos comerciais efetivos entre todos os elos. 
 
Muito interessante, não acha? Então vamos continuar nossos 
estudos, assistindo às explicações da professora Rosinda sobre 
como criar novas regras e procedimentos:http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P06.mp4 
 
PLANEJAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS 
 
O planejamento é um dos principais fatores críticos de sucesso 
de uma Cadeia de Suprimentos. Não é possível garantir que 
apenas planejando tudo ocorrerá dentro do previsto, mas o fato é 
que sem planejamento não existirá Cadeia organizada e efetiva. 
Planejar estrategicamente a logística tem como foco responder 
“o que, quando e como” e, para isso, as estratégias da Cadeia de 
Abastecimento se desenvolvem nos três níveis (estratégico, 
tático e operacional). 
 
E, nesse caso, o planejamento também deve acompanhar essa 
metodologia porque cada nível exige uma perspectiva diferente. 
 
Existem três tipos de planejamento. Para visualizar suas 
características, veja a seguir: 
 
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O planejamento estratégico tem como horizonte de tempo o 
longo prazo. Nesse caso, os dados são incertos e utilizam-se 
valores médios para a tomada de decisão. 
 
PLANEJAMENTO TÁTICO 
O planejamento tático tem como horizonte de tempo o médio 
prazo, normalmente inferior a um ano. Nesse caso, exige-se 
profundo conhecimento dos problemas que ocorrem no dia a dia 
das organizações para que o planejamento tático contemple 
esses fatores e a Cadeia não seja surpreendida por dificuldades 
que poderiam ter sido ao menos previstas. 
 
PLANEJAMENTO OPERACIONAL 
O planejamento operacional tem como horizonte de tempo o 
curto e o curtíssimo prazo. Nesse ambiente de planejamento, as 
decisões são tomadas diariamente e em alguns casos, de hora 
em hora. É nesse horizonte que a logística realmente “acontece”, 
pois é onde os dados para tomadas de decisões devem ser 
precisos porque os problemas estão ocorrendo nesse exato 
momento. É também nesse ambiente onde é possível se 
certificar de que a “Cadeia” está respondendo adequadamente 
às necessidades dos clientes. 
 
Observe o Fluxo do planejamento logístico proposto por Ballou. 
No esquema, é possível observar que o lado esquerdo 
contempla as decisões que são tomadas, a princípio, de forma 
individual por cada empresa. Já no lado direito do esquema 
estão contempladas ações e/ou decisões que envolvem toda a 
Cadeia. 
 
 
 
 
Figura 4: Fluxo do planejamento logístico 
Fonte: Adaptado de: Ronald Ballou, 2006 p. 52. 
 
Em muitos casos os gestores logísticos dispendem energia 
apenas na formatação das estratégias internas à organização, 
não percebendo que o sucesso da sua estratégi
a depende do empenho de todos os elos da Cadeia. 
 
 
 
No botão a seguir, você encontra uma leitura complementar 
sobre os assuntos tratados até aqui: 
 
http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-
suprimentos-%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-
melhoria/ 
 
Segundo Ballou (2006 p. 53), as principais áreas do 
planejamento são: níveis de serviços aos clientes, localização 
das instalações, decisões sobre os estoques e decisões sobre 
transportes. Não são as únicas áreas que merecem 
planejamento, mas são consideradas prioritárias. 
 
Para saber mais sobre a Cadeia de Suprimentos e o 
Planejamento Estratégico da empresa, assista ao vídeo que a 
professora Rosinda preparou para você! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P07.mp4 
 
 
 
CADEIAS COLABORATIVAS 
 
Uma evolução natural dos princípios de Cadeia de 
Abastecimento foi a concepção de Cadeias Colaborativas. Se a 
preocupação da Cadeia tradicional é manter as empresas 
trabalhando de forma integrada e coesa, as Colaborativas 
reconhecem que, além de comprometimento e responsabilidade, 
é necessário que haja “colaboração” por parte de todos os elos. 
 
Isso é alcançado com muito esforço e trabalho por parte da 
coordenação da Cadeia, pois intermediar os relacionamentos 
entre os elos não é tarefa fácil. Entenda um pouco mais com a 
leitura do artigo a seguir! Clique no botão: 
 
http://www.ibralog.org.br/index.php?option=com_content&view=a
rticle&id=583%3Agestao-de-cadeias-de-suprimento-
colaborativas-ii&catid=12%3Aartigos&Itemid=14&lang=br 
 
 
A tarefa contínua de desenvolver parcerias e alianças 
estratégicas com fornecedores e clientes requer bastante 
preparo e uma base de confiança entre os membros da Cadeia, 
pois os trade offs internos e externos são frequentes. 
 
Além disso, para atingir status de Cadeia Colaborativa, muitas 
vezes as mudanças devem iniciar dentro da própria empresa, 
pois nem sempre os departamentos estão integrados e são 
colaborativos uns com os outros como deveriam. Dessa forma, é 
recomendado mapear como está a cooperação entre os 
processos-chave da organização que interagem com a Cadeia, 
tais como: Marketing, Vendas, Pesquisa e Desenvolvimento de 
produtos e projetos, Engenharia de produtos, Produção e as 
atividades de intralogística. É imperativo saber que, para criar 
 
 
uma Cadeia Colaborativa, o primeiro desafio será integrar os 
processos internos. 
 
Observe a figura a seguir e veja uma sequência interessante e 
simples que serve de apoio no momento de pensar em como 
transformar uma Cadeia de Abastecimento tradicional em Cadeia 
Colaborativa. 
 
 
Modelo de gerenciamento. 
Fonte: http://modeloscm.blogspot.com.br/p/scm.html 
 
Os passos apresentados são simples e podem ser utilizados em 
processos internos e externos de integração dos elos. 
Outro método simples que pode ser útil é o Ciclo PDCA (Plan, 
Do, Check, Act), o qual é amplamente utilizado pelas áreas de 
gestão. Independentemente do método utilizado, o importante é 
que o gestor se prepare para atuar ativamente nos processos 
colaborativos com os membros da Cadeia. 
 
Para mais informações, assista ao vídeo a seguir, no qual a 
professora Rosinda ensina como a Cadeia pode se tornar 
Colaborativa. 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P08.mp4 
 
 
 
NOVOS DESAFIOS DAS CADEIAS 
 
Conhecer o futuro sempre fez parte da curiosidade humana, 
mas, mais importante do que conhecê-lo, é estar preparado. 
Como os empresários não possuem bola de cristal para suas 
previsões e precisam tomar hoje as decisões que determinarão o 
futuro da empresa, o fato é que alguma metodologia deve ser 
utilizada. 
 
Não é pretensão deste material determinar o que acontecerá 
com as Cadeias de Abastecimento no futuro, mas sim chamar o 
gestor para uma reflexão sobre as tendências que podem ser 
observadas no presente. Estar atento aos movimentos da 
sociedade do consumo e os avanços tecnológicos nas áreas 
ligadas à logística certamente facilitarão esse preparo. 
 
Inúmeros estudos têm sido realizados para sondar como serão 
as Cadeias de Suprimentos e alguns resultados serão citados 
aqui com o intuito de nortear as decisões dos envolvidos nos 
processos de gerenciamento das Cadeias. 
Clique no botão a seguir para ler um desses estudos: 
http://www.ibm.com/br/services/cio/ciostudy/files/global_supply_c
hain_office_study_2009.pdf 
 
 
Como está a Cadeia de Abastecimento hoje: 
 
• A visão dos elos ainda não está totalmente integrada; 
• A teoria “ganha-ganha” ainda está em fase de perpetuação; 
• Ainda em desenvolvimento, pois muitas empresas ainda não 
se consideram “parte de uma Cadeia”; 
• As soluções dos problemas ainda são muito básicas, o que 
não cria inteligência logística; 
 
 
• Alguns processos de intralogísticaainda são ineficientes, 
como altos níveis de estoques, necessidades de grandes 
espaços para armazenagem e desperdícios em vários elos da 
Cadeia; 
• Ainda em fase de amadurecimento em várias organizações; 
• A visão de relacionamento de longo prazo ainda está em 
fase de reconhecimento dos seus benefícios; 
• Grande número de pessoas em fase de capacitação nas 
áreas de logística; 
• Investimentos robustos têm sido realizados em softwares, 
hardwares e pessoas; 
• A gestão de riscos é incipiente em algumas empresas e 
inexistentes na maioria das organizações. 
 
 
Como será a Cadeia de Abastecimento do futuro (clique no 
botão): 
 
• Inteligente, interconectada e interagente; 
• Mais equipada tecnologicamente (uso intenso de T.I.C.); 
• Efetivamente colaborativa, principalmente com os clientes; 
• Gerenciamento de riscos efetivos; 
• Envolvida com processos sustentáveis; 
• Envolvida com o cliente; 
• Planejamento sincronizado entre todos os elos; 
• Globalizadas; 
• Gerenciadas por executivos com dedicação exclusiva. 
 
A pergunta que surge é: como se preparar para fazer parte de 
uma Cadeia de Abastecimento futurista se a volatilidade dos 
mercados é cada vez maior? Um estudo realizado por David L. 
Anderson, Frank F. Britt e Donavon J. Favre traz sete princípios 
que auxiliarão as empresas a se organizarem melhor e se 
preparem para as Cadeias de Abastecimento do futuro. 
 
Princípio 1: segmentação de clientes com base nas 
necessidades de grupos distintos de serviços e adaptação à 
cadeia de abastecimento para atender a esses segmentos de 
forma lucrativa. 
Princípio 2: personalize a rede logística para as exigências de 
serviço e rentabilidade de segmentos de clientes. 
Princípio 3: ouvir os sinais do mercado e alinhar o planejamento 
de demanda nesse sentido em toda a cadeia de abastecimento, 
garantindo previsões consistentes e alocação de recursos. 
Princípio 4: diferenciar o produto mais perto da conversão do 
cliente e a velocidade em toda a cadeia de abastecimento. 
Princípio 5: gerenciar fontes de abastecimento estrategicamente 
para reduzir o custo total de propriedade de materiais e serviços. 
Princípio 6: desenvolver uma estratégia de tecnologia para a 
cadeia de suprimentos que suporte vários níveis de tomada de 
decisão e que forneça uma visão clara do fluxo de produtos, 
serviços e informações. 
Princípio 7: adotar medidas de desempenho de abrangência 
para medir o sucesso coletivo em chegar ao usuário final de 
forma eficaz e eficiente. 
 
O material original na íntegra está disponível tanto em inglês 
quanto em português. Clique nos botões a seguir para acessar: 
 
http://www.scmr.com/images/01.SevenPrinciples_.pdf 
 
http://xa.yimg.com/kq/groups/22727361/1078416207/name/Suppl
y+-+Os+Sete+princ%C3%ADpios.pdf 
 
 
Esses e outros fatores podem ser incorporados nas análises dos 
responsáveis por “idealizarem” as Cadeias de Suprimentos do 
 
 
futuro. O fato é que não somente as organizações 
(representadas pelos elos) devem se ocupar disso e, sim, toda a 
sociedade, o poder público e as instituições envolvidas em 
projetos de desenvolvimento local sustentável. 
 
 
No vídeo a seguir, a professora Rosinda explica com mais 
detalhes quais são as tendências para as Cadeias de 
Suprimentos. Não deixe de assistir! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P09.mp4 
 
 
SÍNTESE 
Nesta aula, vários temas foram abordados para ambientar o 
aluno com os assuntos pertinentes à Cadeia de Suprimentos. 
Fizemos um apanhado geral dos principais conteúdos, sendo 
que alguns serão aprofundados nos próximos capítulos. 
A gestão da Cadeia de Abastecimento tornou-se estratégica para 
as organizações e a aquisição de conhecimento dos principais 
conceitos tornou-se vital para o gestor desenvolver uma visão 
mais holística do negócio da companhia. 
 
Como as melhores práticas de gestão tendem a melhorar 
continuamente, uma evolução natural de algumas Cadeias foi 
tornarem-se Cadeias Colaborativas, metodologia que necessita 
de muito mais preparação e técnica de todos os elos envolvidos. 
 
 
Para finalizar os estudos desta aula, assista às considerações 
finais da professora Rosinda no vídeo a seguir: 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A01-P10.mp4 
 
 
 
Referências 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos/Logística Empresarial. Porto Alegre, 20066. 
 
BERTAGLIA, Paulo R. Logística e Gerenciamento da Cadeia 
de Abastecimento. 2º ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 
2009. (4ª tiragem – 2011) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=CtuJSVCJygI&list=PL48ECD9
AFE768DAED&index=3 
 
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/18154/18154_3.PDF 
 
https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/11102013_144041_
nataly.pdf 
 
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_p
t/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set321012.pdf 
 
http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/competicao-
entre-cadeias-de-suprimentos-o-papel-do-dominio-da-tecnologia-
para-melhores-praticas/77066/ 
http://www.scielo.br/pdf/gp/v10n1/a02v10n1 
 
http://www.unisantos.br/mestrado/gestao/egesta/artigos/41.pdf 
 
http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-
suprimentos-%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-
melhoria/ 
 
http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-
suprimentos-%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-
melhoria/ 
 
http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/acao-
colaborativa-na-cadeia-de-suprimentos/61476/ 
 
https://www.youtube.com/watch?v=_mPCdicQpwU 
 
https://www.youtube.com/watch?v=3Z_o6F5P9jI 
 
 
 
Logística 
Cadeia de Suprimentos 
Aula 2 
Professora Rosinda Angela Silva 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Para que uma Cadeia de Abastecimento se torne efetiva, a 
mesma necessita de uma rede logística organizada e sólida, pois 
uma das características das Cadeias são os vínculos entre os 
elos. Como estruturar as redes que a compõem é uma das 
principais deliberações que uma Cadeia faz porque leva em 
consideração os seus processos-chave, os quais devem ser 
organizados de forma que sustente a sua estratégia competitiva. 
 
Para compreender o quão importante é a estrutura de uma rede 
logística dentro da Cadeia de Suprimentos, é necessário 
conhecimento, preparo e esforço por parte de todos os membros 
da cadeia. Os principais objetivos dessa aula serão apresentar 
em linhas gerais: 
 
• A importância da formação das redes na logística; 
• A formação das redes: Suprimentos, Produção, Distribuição e 
Reversa; 
• A concepção das redes globais e as cadeias colaborativas 
• A busca pela integração dos projetos de rede. 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE REDES 
 
Uma organização não sobrevive sozinha no mercado. Inúmeras 
atividades ocorrem desde a concepção do produto até chegar as 
 
 
áreas de vendas dos varejistas. É fato que parte dessas 
atividades ocorre internamente, entretanto operações vitais são 
de responsabilidade de entes externos à organização, 
representados pelos fornecedores e prestadores de serviços. 
 
Devido a isso, cada vez mais as empresas buscam desenvolver 
parcerias sólidas e confiáveis para colocar o seu produto mais 
rapidamente no mercado. Atualmente, esse conceito está ainda 
mais dinâmico e as empresas se organizado em redes para se 
tornarem mais competitivas. 
 
Ao pensar em um produto manufaturadoqualquer, é possível 
imaginar a quantidade de provedores que se envolvem para 
garantir que esse produto chegue ao mercado consumidor. A 
imagem a seguir representa uma rede genérica onde é possível 
identificar a quantidade de elos participantes. 
 
Figura 1: Estrutura conceitual de redes de uma cadeia de 
suprimentos 
 
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
530X2005000100010&script=sci_arttext 
 
 
Analisando a figura é possível pensar na complexidade que é a 
companhia trabalhar em sistema de rede, mas o ganho para as 
empresas organizadas dessa maneira compensa o esforço inicial 
para a padronização exigida. Segundo Alain Martel e Darli Vieira 
(2008, p. 175): 
 
Uma empresa em rede se organiza e gerencia suas operações 
de maneira flexível, coordenando em sinergia suas redes 
internas e externas, visando melhorar sua competitividade. A 
empresa em rede é aquela que expande atuação ampliando suas 
ações, além de suas próprias atividades internas. 
 
As empresas necessitam desenvolver estratégias de trabalhos 
em redes que agreguem valor ao cliente de forma efetiva para 
não se comprometer com algo que não possam cumprir. 
 
Por exemplo: 
 
Os clientes estão cada vez mais interativos com os fornecedores, 
ou seja, cada vez mais solicitam produtos customizados, muitas 
vezes, produtos únicos. Imagine que a empresa consiga atender 
o cliente nesse quesito, mas ocorre falha na entrega do produto. 
A insatisfação do cliente será com a empresa que vendeu o 
produto e não com a empresa responsável pela entrega. Dessa 
forma, vale a pena refletir sobre a qualidade dos relacionamentos 
entre os elos da Cadeia que estão envolvidos nessa rede. 
 
Segundo Ballou (2006, p. 485), os dados mínimos para o 
planejamento de redes são (clique no botão): 
 
 Uma relação de todos os itens da linha de produtos; 
 Localizações de clientes, pontos de estocagem; 
 Demanda de cada produto conforme a localização dos 
clientes; 
 Tarifas ou custos dos transportes; 
 
 
 Tempos de viagem, tempos de transmissão de pedidos e 
tarifas de atendimento de pedidos; 
 Tarifas ou custos de armazenagem; 
 Custos de produção/entrega; 
 Tamanhos dos embarques por produto; 
 Níveis de estoques por local por produto, e os métodos 
para controlá-los; 
 Padrões de pedidos por frequência, tamanho, 
sazonalidade e conteúdo; 
 Custos de processamento de pedidos e os pontos em que 
ocorrem; 
 Custo de capital; 
 Metas de serviço aos clientes; 
 Equipamento e instalações disponíveis, com os 
respectivos limites de capacidade; 
 Padrões de distribuição da realização das vendas. 
 
Os dados apresentados são suficientes para que o gestor de 
logística consiga levantar inúmeras informações cruciais para o 
sucesso da implementação, mas vale destacar que não são os 
únicos. Outro aspecto importante é que as empresas podem 
desenvolver suas redes em: Redes de Suprimentos, de 
Distribuição, de Transporte, Redes Globais e outras. Os tipos de 
redes serão detalhados nos próximos tópicos. 
 
Para complementar seus estudos, leia o caso da Indústria 
Petroquímica Brasileira como exemplo de planejamento de redes 
logísticas (clique no botão): 
 
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_GOL127.pdf 
 
 
Para entender mais sobre o assunto que foi estudado, veja o 
vídeo que a professora Rosinda preparou para você! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P01.mp4 
 
REDES DE SUPRIMENTOS 
 
Apenas para facilitar a compreensão, as redes serão 
apresentadas separadamente nesse material, pois já foi citado 
que, na realidade, a concepção de rede abrange todos os 
aspectos, desde a concepção do produto até a entrega do 
mesmo ao cliente final. 
 
A Rede de Suprimentos será apresentada como os provedores 
da organização em foco. Esses fornecedores podem ser de 
matérias-primas, componentes, peças de reposição, materiais de 
uso e consumo e também provedores de serviços de diversas 
naturezas. Para saber mais, assista ao vídeo a seguir: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=i499kjCqLGA 
 
Em uma empresa de manufatura o número de fornecedores é 
mais restrito que em uma empresa de varejo, por exemplo. Isso 
ocorre porque as indústrias adquirem matérias-primas e 
componentes para abastecer suas linhas de produção. Sendo 
assim, é prática comum negociar apenas com fornecedores já 
desenvolvidos e homologados que garantam a qualidade da 
matéria-prima, o que resultará em um produto final de boa 
qualidade. 
 
Para trabalhar em rede de suprimentos, o foco atual é oferecer 
customização ao cliente, possuir visão sistêmica e colaborativa, 
investir em tecnologia, oferecer agilidade e flexibilidade, além de 
buscar constantemente a redução do fluxo de materiais. Para 
isso, a prática Just in Time (JIT) ainda é uma metodologia 
bastante útil para as indústrias. 
 
 
 
Os fatores-chave das cadeias de abastecimento (e das demais 
também) são: 
■ Instalações; 
■ Transportes; 
■ Estoques; 
■ Informação; 
■ Sourcing; 
■ Preços. 
 
Segundo Chopra (2011, p. 115), a configuração da rede na 
Cadeia de Suprimentos: 
 
Tem um impacto significativo no desempenho, pois estabelece 
restrições dentro das quais outros fatores-chave de cadeia 
podem ser usados ou para diminuir seu custo ou para aumentar 
a responsividade. Todas as decisões de projeto de rede afetam 
umas às outras e precisam ser feitas levando esse fato em 
consideração. 
 
Dessa forma, a tomada de decisão deve ser no estilo 
colaborativo para atender às expectativas de todos os 
envolvidos. 
 
Para saber mais sobre como o JIT auxilia na Rede de 
Suprimentos, não deixe de assistir às explicações da professora 
Rosinda no vídeo que segue: 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P02.mp4 
 
 
 
REDES DE DISTRIBUIÇÃO 
 
A rede de distribuição da Cadeia de Abastecimento é um passo 
determinante para o sucesso de uma cadeia, isso porque os 
atores dessa etapa são os responsáveis por colocar o produto no 
mercado. Chopra (2011, p. 73) define distribuição como “os 
passos tomados para mover e armazenar um produto desde o 
estágio do fornecedor até o estágio do cliente na cadeia de 
suprimentos”. 
 
Clique no botão a seguir e veja uma análise da rede de 
distribuição de materiais para serviço de bordo: 
 
http://www.tecnologistica.com.br/artigos/analise-da-rede-de-
distribuicao-de-materiais-para-servico-de-bordo-atraves-de-
programacao-linear/ 
 
Normalmente, os custos de distribuição são representativos para 
toda e qualquer organização o que faz com que a busca pela 
redução seja constante e que o mesmo seja o vetor número um 
de qualquer projeto. Mas, mesmo assim, é necessária uma 
profunda análise dos outros fatores-chave também para que a 
configuração da rede de distribuição tenha o desempenho 
esperado. 
 
Segundo Chopra (2011, p. 74), dois pontos são cruciais no 
momento da configuração da rede de distribuição. São eles: a) 
as necessidades dos clientes que serão atendidas; b) o 
custo do atendimento dessas necessidades dos clientes. A 
partir desses dois pressupostos, é possível definir quais fatores 
impactam na formatação da rede. Ainda segundo o autor, os 
principais são (clique no botão): 
 
 Tempo de resposta; 
 Variedade de produto; 
 Disponibilidade de produto; 
 Experiência do cliente; 
 Tempo de lançamento ao mercado (timeto Market); 
 Visibilidade do pedido; 
 Facilidade de devolução. 
 
É natural as empresas buscarem equilibrar o que podem oferecer 
em termos de atendimento ao cliente e o custo que isso terá. É 
fato que quanto mais itens são considerados vitais pelo cliente, 
maior será o custo do processo, os quais devem ser identificados 
e contemplados no planejamento da operação em rede. 
 
Saiba mais sobre como reduzir os custos de distribuição 
assistindo ao vídeo que segue: 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P03.mp4 
 
 
 
 
REDES DE TRANSPORTE 
 
Um passo importante no projeto de redes de operações é a 
definição da “Rede de Transporte”. Quando se analisa o 
arquétipo de uma Cadeia de Abastecimento, percebe-se quão 
importante é o fator transporte para as organizações, pois 
geralmente o local da produção não coincide com o local de 
consumo. E se a empresa for uma exportadora ou importadora 
esse hiato é muito maior. 
 
Leia o artigo a seguir para entender mais sobre a importância da 
manutenção das rodovias para o sistema de redes logísticas: 
 
http://pg.utfpr.edu.br/dirppg/ppgep/ebook/2009/CONGRESSOS/N
acionais/2009%20-%20enegep/1.pdf 
 
Segundo Bertaglia (2009, p. 292): 
 
A atividade de transporte gera os fluxos físicos desses bens ou 
serviços ao longo dos canais de distribuição e é responsável 
pelos movimentos de produtos, utilizando modalidades de 
transporte que ligam as unidades físicas de produção ou 
armazenagem até os pontos de compra ou consumo. 
 
Os fatores de impacto no transporte são o tempo e a distância. 
Para um melhor planejamento, o gestor deve conhecer o tempo 
necessário para percorrer determinada distância. Isso será útil 
para definir o nível de serviço ao cliente, bem como o custo que 
incorrerá com essa operação. 
 
Para determinar como será organizada a rede de transporte 
algumas informações são necessárias tais como: 
 
 
 
1. Se a empresa utilizará frota própria ou terceirizará sua 
distribuição porque isso determinará o valor aplicado em 
ativo fixo (caminhões, equipamentos de movimentação 
interna); em pessoas (motoristas, ajudantes); e em custos 
envolvidos na operação de transporte, como combustíveis, 
manutenção, pedágio e outros. 
 
2. Modais de transporte disponíveis nas regiões de atuação. 
Segundo Chopra (2011, p. 375), as Cadeias de 
Abastecimento costumam utilizar os seguintes modos de 
transporte (clique no botão): 
 Aéreo; 
 Transportadoras de encomendas expressas; 
 Caminhão; 
 Ferrovia; 
 Marítimo; 
 Dutoviário; 
 Intermodal. 
O fato é que nem sempre esses modais estão disponíveis na 
região, então, além da função custo (que sempre é a primeira a 
ser avaliada), as funções disponibilidade e frequência também 
tem sua importância. Mas, além dos modais de transporte, a 
infraestrutura logística também impacta nas decisões da rede de 
transporte tais como: 
 
 As condições das vias de acesso e rodovias; 
 As capacidades de portos e aeroportos; 
 A malha ferroviária e lacustre disponível. 
 
Chopra (2011, p. 383-387) cita, ainda, que as principais 
formatações de redes de transporte são: 
 
 Rede de remessa direta; 
 Rede de remessa direta com milk runs; 
 Todas as remessas via Centro de Distribuição 
Central (CD); 
 Rede de remessa via CD usando milk runs; 
 Rede de remessa interurbana com cross-docking; 
 Rede sob medida. 
 
As redes de transporte devem ser configuradas de forma que 
atenda o maior número de objetivos definidos pela organização 
envolvida no projeto em redes (ou pelas organizações envolvidas 
nos projetos). 
 
No vídeo a seguir, a professora Rosinda fala dos prós e contras 
das diferentes redes de transporte. Assista e fique por dentro do 
assunto! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P04.mp4 
 
 
 
REDES REVERSAS 
 
Um tema que deve ser incorporado à realidade das redes da 
Cadeia de Abastecimento é o Reverso da Logística. As 
empresas costumam se preocupar em abastecer as indústrias, 
atacadistas, distribuidores e varejistas, entretanto, poucas estão 
habituadas a incluir em seus planejamentos estratégicos o 
caminho inverso dos seus produtos após o consumo. 
 
Lentamente, percebe-se um movimento de mudança da visão de 
que a logística reversa é um problema para as organizações e 
passa a ser vista como uma oportunidade de aumentar a 
competitividade e melhoria na imagem da empresa. Para saber 
mais sobre a implementação da logística reversa, leia o artigo a 
seguir: 
 
http://www.uniabeu.edu.br/publica/index.php/gs/article/view/407/p
df_192 
 
Os autores Figueiredo, Fleury e Wanke (2008, p. 476) 
apresentam algumas causas que têm feito com que as empresas 
tenham mudado de visão. O texto abaixo parte dos títulos dos 
autores, mas com proposições da autora desse material. As 
causas são: 
 
 Questões ambientais: por força da legislação ambiental 
que tem se consolidado e pela fiscalização dos órgãos 
competentes, as empresas têm buscado se qualificar para 
reduzir cada vez mais os impactos no meio ambiente. Além 
disso, a própria sociedade, por mais consumista que seja 
atualmente, demonstra certa preocupação com os fatores 
ecológicos e de preservação. 
 
 
 
 Concorrência – diferenciação por serviço: Os 
profissionais de marketing perceberam que o cliente simpatiza 
com as empresas que se responsabilizam pelo retorno dos 
produtos, principalmente no tocante à devolução dos produtos 
que chegam às suas mãos danificados ou que necessitam de 
troca. Isso é muito importante quando o cliente da indústria é o 
distribuidor ou varejista, o qual se sente mais seguro quando a 
negociação de devolução é facilitada. Esse sentimento de 
segurança por parte do varejista é transmitido ao cliente final. 
 
 Redução de Custo: sem dúvida que a palavra custo tem 
efeito imediato sobre as empresas que buscam reduzi-los 
constantemente por questões até de sobrevivência. Fazer 
com que a logística reversa se transforme em fator de 
redução de custo é o sonho de consumo de qualquer 
gestor e isso é possível com as economias alcançadas 
através da reutilização de embalagens e materiais que 
apresentam essa possibilidade. 
 
Ainda segundo os autores, o processo de logística reversa é 
geralmente composto de atividades que uma empresa realiza 
para coletar, separar, embalar e expedir itens usados, 
danificados ou obsoletos, dos pontos de consumo até os locais 
de reprocessamento, revenda ou de descarte. Observe abaixo a 
representação gráfica das atividades envolvidas na logística 
reversa de uma organização. 
 
Figura 2: Modelo Conceitual das atividades típicas do processo 
logístico reverso 
 
Fonte: Figueiredo, Fleury e Wanke, 2008, p. 478 
A partir do esquema apresentado, é possível pensar o quanto é 
complexo para a Cadeia de Abastecimento, que está desenhada 
para levar o produto para o mercado, se responsabilizar pela 
rede de retorno dos produtos em várias categorias (obsoletos, 
devoluções, pós-uso, pós-consumo, embalagens contaminadas, 
resíduos de medicamentos e outros) para seus pontos de 
origem. 
 
No cenário atual, é possível observar que as Cadeias não estão 
preparadas para assumir todo o complexo do reverso da 
logística. O que o mercado tem no momento são algumas 
empresas que conseguem utilizar o mesmo canal de distribuição 
para fazer sua logística reversa “leve” (embalagenslimpas, leves 
ou retráteis, devoluções e trocas dos seus produtos). 
 
Mas em um futuro próximo, não apenas por conta da legislação, 
mas sim por necessidades das próprias organizações, serão 
desenvolvidas novas soluções para as Cadeias de 
Abastecimento incorporarem definitivamente a rede reversa. 
Esses assuntos são muito interessantes, não acha? Para dar 
continuidade aos estudos sobre o tema, assista ao vídeo a seguir 
com as explicações da professora Rosinda! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P05.mp4 
 
 
 
 
REDES GLOBAIS 
 
Um dos desafios atuais das Cadeias de Abastecimento é 
desenvolver projetos de redes que atuem globalmente, pois os 
riscos são altos e o gerenciamento precisa ser muito efetivo para 
garantir que não faltem matérias-primas, componentes ou até 
mesmo produtos para venda. 
 
É sabido que a globalização trouxe inúmeras benesses para as 
empresas que iniciaram o processo de internacionalização, mas 
por outro lado tornou o risco da falta dos produtos mais latente e 
isso faz com que muitas organizações se protejam acumulando 
estoques. O fato é que dependendo do tipo do produto, manter 
estoques também é arriscado e, dessa forma, o trade off logístico 
é de difícil equilíbrio. 
 
Saiba mais sobre o assunto, lendo o artigo a seguir: 
 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2000_E0082.PDF 
 
Segundo Chopra (2011, p. 154-155), os principais riscos das 
cadeias que atuam globalmente, os quais devem ser 
contemplados nos projetos de redes, são: 
 
• Interrupções de fornecimento – podem ocorrer por 
inúmeras razões; 
• Atrasos no fornecimento – fatores internos e externos ao 
fornecedor; 
• Flutuações na demanda – se o lead time for muito longo; 
• Flutuações no preço – práticas internacionais diferentes do 
Brasil; 
• Riscos de sistema – falha na infraestrutura de informação; 
• Riscos de previsão – ciclos de vida curtos, entre outros; 
 
 
• Risco de propriedade intelectual – terceirização e 
mercados globais; 
• Risco de aquisição – fornecedor único, preço, frete e 
outros; 
• Risco de contas a receber – número de clientes, poder 
financeiro dos mesmos; 
• Risco de estoques – taxa de obsolescência; 
• Risco de capacidade – custo e flexibilidade dessa 
capacidade; 
• Taxa cambial – uma incógnita! 
Para a formatação de uma rede global para Cadeia de 
Abastecimento, o gestor de logística precisa ter conhecimento e 
informação sobre todos esses assuntos e muitos outros. Uma 
alternativa é fazer benchmarking com redes já em funcionamento 
e, claro, idealizar essa rede global através de um projeto para 
organizar as informações necessárias e pensar em todos os 
recursos necessários. 
 
Vamos entender melhor a redução de risco sob medida durante o 
projeto de rede? Então não perca o vídeo a seguir, no qual a 
professora Rosinda fala um pouco mais sobre este assunto! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P06.mp4 
 
 
 
INTEGRAÇÃO DAS REDES DE OPERAÇÕES 
 
Agora que as principais partes de uma rede logística foram 
apresentadas, é possível entender a necessidade de integração 
entre elas. As empresas querem evoluir e chegar ao status de 
Cadeia Colaborativa e, para isso, é preciso compreender que é 
através da sincronicidade de todas as partes apresentadas que 
os serviços de qualidade acontecem. Isso deve ser um dos 
princípios norteadores do processo decisório. 
 
Clique no botão a seguir e conheça um exemplo de integração 
das redes de operações. Boa leitura! 
 
http://www.dhl.com.br/content/dam/downloads/br/logistics/CaseSt
udy_SupplyChainIntegration_Nike_Retail_Brazil_DHL_Port.pdf 
 
As Cadeias de Suprimentos que estão no mercado no momento 
são extremamente eficientes, mas ainda precisam melhorar 
alguns aspectos porque muitas empresas ainda trabalham em 
formatações antigas e burocráticas que levam aos desperdícios 
de tempo, pessoas e recursos de outras naturezas. As principais 
oportunidades de melhorias são: 
 
 Problemas com organizações convencionais: a 
empresa quer atuar de forma flexível e dinâmica, mas não 
quer mudar seu modelo de gestão arcaico, onde há 
centralização de poder. 
 
 A formação de estoques: por falta de confiança nos 
provedores da Cadeia, optam por fazer estoques, aplicar 
programas de melhorias e indicadores de performance 
para com seus fornecedores. 
 
 
 
 Falta de transparência: as empresas que fazem parte da 
Cadeia não são transparentes em vários aspectos, 
principalmente em custos. 
 
 Sentimento de pertencimento: a partir de uma visão 
tradicional de setor, os colaboradores agem como se os 
mesmos os pertencessem, sem levar em consideração 
que é a empresa que perde com essa postura e 
consequentemente o cliente final. 
 
 Falta de uniformidade e unicidade: dentro da própria 
empresa é possível encontrar diversos pontos de vista sob 
o mesmo assunto, diversas ordens e diversas 
informações, demonstrando falta de convergência com os 
objetivos da organização. 
 
Esses obstáculos devem ser vencidos pelas empresas que 
desejam trabalhar em redes, principalmente as Colaborativas, e 
a Tecnologia da Informação (T.I.) é o elemento-chave para 
promover isso, pois é fato que para integrar diversas atividades e 
empresas, a T.I torna-se imprescindível. 
Para Chopra (2011, p. 468-469), a informação precisa ter as 
características a seguir para ser útil na tomada de decisões por 
todos na Cadeia: 
 A informação precisa ser exata; 
 A informação precisa ser acessível de maneira oportuna; 
 A informação precisa ser do tipo correto; 
 A informação precisa ser compartilhada. 
 
Se as informações não apresentarem essas características, elas 
podem mais atrapalhar o processo decisório do que auxiliar, por 
isso há preocupação em investir em ferramentas tecnológicas 
capazes de acelerar com qualidade o fluxo das informações pela 
Cadeia. É essa a principal função da T.I dentro da Cadeia de 
Suprimentos: disponibilizar as informações de tal forma que 
embase as tomadas de decisões estratégicas, táticas e 
operacionais. 
 
A partir do entendimento desses conceitos as empresas que 
trabalham nos sistemas de Redes/Cadeias buscam melhorar 
seus desempenhos e relacionamentos constantemente, o que é 
positivo, pois a velocidade das mudanças faz com que as 
empresas de melhores práticas estejam sempre alerta. 
Entretanto, para que a integração dos elementos da rede 
logística seja efetiva, a Cadeia de Suprimentos necessita de 
gerenciamento. 
 
Furlanetto (2002) fez uma comparação do desempenho de várias 
Cadeias em sua tese de doutorado e, de acordo com suas 
pesquisas, concluiu que um modelo ideal de gerenciamento da 
Cadeia de Suprimentos possui os seguintes elementos: 
 
 Os agentes são identificados e possuem preferência nas 
transações futuras; 
 Há a existência de ações conjuntas que envolvem 
cooperação entre os agentes; 
 Os contratos são predominantemente de longo prazo, 
flexíveis e renegociáveis; 
 As informações fluem nos dois sentidos (a montante e a 
jusante); 
 As ações ao longo da cadeia seguem uma padronização 
própria; 
 Existe um responsável pela coordenação – o coordenador 
da cadeia; 
 Os conflitos são geralmente negociados entre as partes; 
 Há uma estratégia para a cadeia; 
 Existem esforços no sentido de construir-se uma marca 
para cadeia; 
 As recompensas decorrentes dos esforços cooperativossão repassadas a todos os segmentos. 
 
 
 
 
Nas conclusões do pesquisador, é possível perceber que a 
integração entre os elos da Cadeia/Rede é bastante influenciada 
pelos modelos de negociações comerciais de longo prazo e 
espera-se colaboração, parceria e gerenciamento por parte da 
empresa coordenadora. 
 
A integração e excelência da gestão da Cadeia serão atingidas 
através de alianças sérias entre as empresas que fazem parte da 
rede e que possuem como objetivo comum o atendimento ao 
cliente, o crescimento das organizações e a perpetuidade dos 
negócios. 
 
O material completo para consulta encontra-se disponível a 
seguir: 
 
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4871/00041657
9.pdf?sequence=1&locale=en 
 
Para finalizar os estudos deste tema, assista ao vídeo a seguir, 
no qual a professora Rosinda fala sobre os desafios da 
integração das redes. Não perca! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P07.mp4 
 
SÍNTESE 
Na aula de hoje, foram abordados assuntos relacionados à 
formação e desenvolvimento das redes logísticas para suportar a 
Cadeia de Abastecimento. 
 
Inicialmente foi comentado sobre a importância da formação das 
redes e posteriormente foram apresentadas as principais 
características de cada parte para que o aluno consiga identificar 
as diferenças e também quais tipos de decisões são tomados em 
cada fase da rede que compõe a Cadeia. 
 
Além das redes tradicionais (abastecimento, distribuição e 
transporte), foram apresentadas também as redes reversas, 
globais e colaborativas, as quais fomentam a integração dessas 
redes. 
 
Para rever os principais conteúdos trabalhados neste tema, 
assista ao vídeo que a professora Rosinda preparou para você! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vo
d.grupouninter.com.br/2015/JUN/MT40031-A02-P08.mp4 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentos/Logística Empresarial. Porto Alegre, 20066. 
 
BERTAGLIA, Paulo R. Logística e Gerenciamento da Cadeia 
de Abastecimento. 2º ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 
2009. (4ª tiragem – 2011) 
 
https://www.youtube.com/watch?v=CtuJSVCJygI&list=PL48ECD9AFE768DAE
D&index=3 
 
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/18154/18154_3.PDF 
 
https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/11102013_144041_nataly.pdf 
 
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Ar
quivos/conhecimento/bnset/set321012.pdf 
 
http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/competicao-entre-
cadeias-de-suprimentos-o-papel-do-dominio-da-tecnologia-para-melhores-
praticas/77066/ 
 
http://www.scielo.br/pdf/gp/v10n1/a02v10n1 
 
http://www.unisantos.br/mestrado/gestao/egesta/artigos/41.pdf 
 
http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-suprimentos-
%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-melhoria/ 
 
http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-suprimentos-
%E2%80%93-conceitos-tendencias-e-ideias-para-melhoria/ 
http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/acao-colaborativa-na-
cadeia-de-suprimentos/61476/ 
 
https://www.youtube.com/watch?v=_mPCdicQpwU 
 
https://www.youtube.com/watch?v=3Z_o6F5P9jI 
 
 
Logística 
Cadeia de Suprimentos 
Aula 3 – parte I 
Professora Rosinda Angela Silva 
 
O surgimento das Cadeias de Suprimentos mudou significativamente o formato 
das negociações comerciais entre as empresas, pois se outrora as empresas 
preferiam atuar de forma isolada no mercado, atualmente a maioria delas optam 
por operar em rede, para se fortalecerem e ampliarem sua competitividade. 
 
E é claro que elas compreenderam que para isso é necessário: cultura de 
cooperação, transparência nas negociações e confiança entre os elos. 
 
Mas apenas conhecer os elementos chaves para a integração não é o suficiente, 
e sim, conhecer os membros da Cadeia, para juntos, estabelecer as atividades 
que efetivamente agregam valor para o cliente e para isso, será utilizado como 
referencial a Cadeia de Valor de Porter. 
 
Os principais objetivos dessa aula são: 
 
 Apresentar a Cadeia de Valor de Porter sob o viés da Cadeia de 
Suprimentos. 
 Discutir a importância de mapear a Cadeia de Suprimentos. 
 Explicar os tipos de fornecedores e clientes na Cadeia de 
Suprimentos. 
 Expor a importância da integração entre os elos da Cadeia. 
 Descrever as barreiras da integração na Cadeia. 
 
 
 
 
 
Logística 
Cadeia de Suprimentos 
Aula 3 – parte II 
Professora Rosinda Angela Silva 
 
Cadeia de valor e cadeia de abastecimento 
 
A utilização do conceito de Cadeia de Valor é relativamente recente nas 
organizações, mas tem trazido resultados interessantes, pois é uma maneira de 
analisar, avaliar e validar as atividades que realmente agregam valor para o 
cliente final. 
 
A ideia é que, quanto maior o fluxo do processo, maiores serão as chances de 
existir tarefas que não agregam nenhum valor, nem para o cliente, nem para o 
empreendimento. 
 
Para Porter (1989, p.33): 
”toda empresa é uma reunião de atividades que são executadas para projetar, 
produzir, comercializar, entregar e sustentar seu produto. Todas estas atividades 
podem ser representadas fazendo-se o uso de uma Cadeia de Valores. 
 
A Cadeia de Valor desagrega uma empresa nas suas atividades de relevância, 
para que possa compreender o comportamento dos custos e as fontes 
existentes e potenciais de diferenciação. Uma empresa ganha vantagem 
competitiva, executando estas atividades estrategicamente importantes de forma 
mais eficaz”. 
 
Então, a partir da visão do autor, pode-se dizer que o papel da Cadeia de Valor 
é propiciar o entendimento de que a empresa é um conjunto de atividades 
interagentes que objetivam agregar valor ao cliente final. 
 
 
Por intermédio da análise criteriosa da sua Cadeia de Valor, uma empresa 
consegue compreender seus principais processos como um todo e a partir disso 
é possível desenvolver ações para ampliar o valor percebido pelo cliente, com 
foco no retorno financeiro do negócio. 
 
Para isso, os processos devem ser analisados desde as fontes de matérias-
primas, passando pelas Cadeias de produção, de distribuição até o produto 
chegar ao cliente final. E nesse momento é possível identificar as atividades que 
são exaustivamente estudadas no conceito de Cadeia de Suprimentos. 
 
 
Observe que na primeira parte da figura têm-se as atividades de apoio, tais 
como Recursos Humanos, T.I e Aquisição, as quais são vitais para que a 
empresa consiga executar suas tarefas diárias com maestria e oferecer suporte 
as atividades primárias, que por sua vez são reconhecidamente elementos 
ganhadores de pedido. 
 
No modelo conceitual essas atividades primárias são: Logística Interna, 
Operações, Logística Externa, Marketing e Vendas, Atendimento ao Cliente. É 
claro que as atividades apresentadas no modelo conceitual são genéricas e 
devem ser adaptadas ou organizadas de acordo com o tipo de negócio. 
 
Os elementos ganhadores de pedido (atividades primárias) estão dispostos de 
uma forma lógica e direcionados para excelência do atendimento ao cliente. 
 
Entretanto são nessas atividades que os maiores riscos de falhas acontecem. 
Essas falhas nem sempre ocorrem por ingerências internas, pois, como uma 
Cadeia de Abastecimento é composta também de partícipes externos, nem 
sempre é possível evitar alguns problemas.Se não é possível evitar completamente a ocorrência de falhas nos processos 
entre os elos, certamente é possível identificar os pontos mais críticos dos 
processos e utilizar métodos de prevenção. 
 
Isso é importante ficar claro porque, quando se trabalha em Cadeia, os 
transtornos atingem todos os membros. Dessa forma, compete aos responsáveis 
em estabelecer a Cadeia de Valor identificar os processos críticos dentro dessas 
atividades para que possam desenvolver planos de contingência 
antecipadamente. 
 
A partir da análise detalhada das atividades apresentadas no modelo conceitual 
da Cadeia de Valor de Porter, é possível perceber que ela abrange todos os 
macros processos de uma organização, com ênfase na logística, que aparece 
em vários pontos. 
 
Assim sendo, a Cadeia de Valor tem por objetivo ajudar a empresa a identificar 
as atividades que efetivamente agregam valor ao cliente, seja no momento da 
aquisição de um bem, seja no recebimento de uma prestação de serviço. 
 
A proposta desse material é fazer com que o gestor compreenda a Cadeia de 
Valor pelo viés logístico e dessa forma identifique os possíveis gargalos entre os 
elos, e que com essas informações consiga desenvolver estratégias coerentes 
com os objetivos da empresa e com as competências e capacidades dos elos da 
Cadeia de Abastecimento. 
4 
 
 
Logística 
Cadeia de Suprimentos 
Aula 3 – parte III 
Professora Rosinda Angela Silva 
 
Mapeamento da cadeia de suprimentos 
 
Para visualizar a importância da Cadeia de Valor sob o viés logístico, é 
necessário mapear os processos que ocorrem entre os membros para garantir o 
efetivo controle das operações e maximizar o valor para o cliente. E isso pode 
ser realizado através da análise do mapeamento das atividades de valor que 
ocorrem entre os elos de uma Cadeia de Suprimentos. 
 
Mapear uma Cadeia de Abastecimento é “investigar” os membros para conhecê-
los melhor com objetivo de compreender todos os processos que permeiam as 
atividades. 
 
Esse mapeamento normalmente é desenvolvido pela empresa focal, pois é 
quem tem maior interesse em saber com quem está se relacionando e assegurar 
se seus pares estão “executando tarefas” que são compreendidas pelo cliente 
como valor agregado. 
 
Após um mapeamento detalhado, é comum concluir que muitas atividades 
podem e devem ser eliminadas, pois não fazem a menor diferença no resultado 
final, apenas deixam o fluxo mais longo e elevam os custos operacionais. 
 
Atualmente, as empresas de melhores práticas buscam conhecer seus 
fornecedores em todos os níveis para diagnosticar quão forte e efetiva é, ou 
poderá ser, a Cadeia a qual faz parte. E isso não é apenas o desejo de “manter 
o controle” e sim, uma preocupação pertinente com o desempenho e a 
competência dos seus pares para se salvaguardar de futuros conflitos. 
 
 
 
Muitas informações são necessárias para que uma empresa focal possa planejar 
seu crescimento, por isso o conhecimento sobre as capacidades dos elos é 
primordial, pois uma empresa não cresce sozinha, ela necessita que seus 
fornecedores possam atendê-la com o incremento necessário. 
 
Além disso, outra preocupação pertinente das empresas focais com os elos da 
sua Cadeia é o estágio de desenvolvimento que os fornecedores mais distantes 
estão. (Nesse caso, os fornecedores dos seus fornecedores). 
 
Os motivos que levam as empresas focais investir no mapeamento da sua 
Cadeia são inúmeros, mas seguem os mais representativos: 
 
 Conhecer a capacidade produtiva 
 A capacidade de atendimento 
 As tecnologias envolvidas nos processos 
 A idoneidade da gestão de seus provedores 
 Os impactos ao meio ambiente que a empresa produz 
 As condições de trabalho que oferecem aos seus colaboradores 
 
Os dois últimos itens citados são de extrema relevância, pois uma empresa focal 
necessita ter certeza que em sua Cadeia não há ocorrência de trabalho escravo 
e/ou trabalho infantil e que tampouco seus provedores fazem uso de processos 
produtivos que agridem o meio ambiente. 
 
Essas preocupações não são “modismos” de empresas que querem fazer 
propaganda de quão “responsáveis são suas Cadeias”, mas, modelos de gestão 
responsáveis, socialmente e ambientalmente. É isso que a sociedade espera 
das organizações na atualidade. E no futuro, essa cobrança será ainda maior. 
 
A visão é que de nada adianta a empresa focal ter todas as certificações 
internacionais possíveis e títulos como “a melhor empresa para se trabalhar”, ou 
o “sonho profissional do jovem”, o que a torna uma referência empresarial, se os 
elos da sua Cadeia não têm a mesma visão, o mesmo preparo e as mesmas 
preocupações. 
 
É fato que existem outros motivos que podem ser averiguados durante o 
mapeamento de acordo com as características do negócio, porém se a empresa 
focal conseguir levantar no mínimo esses dados, já terá recursos suficientes 
para diagnosticar qual o comportamento padrão da sua Cadeia. 
E para que servem essas informações? 
 
Esse mapeamento é imprescindível para que a empresa focal possa planejar 
estrategicamente seu futuro, fato esse que impactará ou será impactado pelos 
elos da Cadeia. 
 
 
 
Logística 
Cadeia de Suprimentos 
Aula 3 – parte IV 
Professora Rosinda Angela Silva 
 
Níveis de fornecedores na cadeia de abastecimento 
 
Na Cadeia de Suprimentos, os fornecedores e clientes estão classificados por 
níveis ou por camadas e interagem com a empresa focal de forma 
horizontalizada. Sendo assim, quanto mais próximos estiverem da empresa 
focal, mais estreitos serão os relacionamentos, fato esse constatado quando se 
visualiza a estrutura da Rede que compõe uma Cadeia de Suprimentos. 
 
Entender os motivos pelos quais as redes se organizam dessa forma é 
imprescindível para o correto gerenciamento das operações. Devido a isso, 
serão apresentados alguns aspectos de impacto na Cadeia de Abastecimento e 
o relacionamento com seus fornecedores. 
 
Os fornecedores são vitais para o sucesso das operações de uma Cadeia de 
Suprimentos, pois na prática estes são os responsáveis pelo “movimento” da 
Cadeia. 
 
Considerando que as empresas dispostas dessa forma apresentam 
necessidades distintas, nesse caso isso significa que fornecedores de vários 
segmentos fazem parte da Rede, tais como: provedores de matérias primas (o 
mais reconhecido), de serviços de apoio, de transporte, de armazenagem, de 
manutenção, entre outros. 
 
É possível questionar se a empresa focal não se torna refém de seus 
fornecedores. Mas o fato é que uma Cadeia de Abastecimento não chega a ser 
 
 
tornar dependente dos seus fornecedores porque investe em gerenciamento de 
qualidade, monitoramento de desempenho dos seus pares e evita política de 
fornecedor exclusivo, principalmente para os itens críticos. 
 
Apesar de todos os cuidados com o sistema de fornecimento de uma Cadeia, 
mesmo assim as empresas focais despendem atenção especial ao 
relacionamento com seus fornecedores, porque de certa forma eles são 
responsáveis pelo atendimento de todas as suas necessidades. 
 
A seguir serão apresentadas algumas características dos relacionamentos com 
os fornecedores, dependendo da proximidade com a empresa focal. 
 
Fornecedores de 1º nível 
O relacionamento com esses fornecedores costuma ser amistoso, porém o nível 
de cobrança é bastante alto porque estes são vistos como responsáveis pela 
qualidade do atendimento a indústria. Normalmente o planejamento da produção 
da empresa focal é desenvolvido em parceria com esses provedores, os quais 
necessitam atender todasas prerrogativas previstas (normalmente 
contempladas nos contratos de fornecimento). 
 
Esses fornecedores costumam ser convidados a participar dos projetos de 
desenvolvimento de novos produtos e serviços, o que se torna vantajoso para 
ambas as partes. Quando os fornecedores são envolvidos desde a fase 
embrionária do projeto, as possibilidades de surgirem soluções com custos 
menores são maiores do que quando iniciam a interação no meio ou no final do 
projeto. Isso ocorre porque os provedores disponibilizam seu know-how e 
também colaboram com pesquisas de novos suprimentos e até novas 
tecnologias para o novo produto. 
 
Os fornecedores de 1º nível são incentivados para investir em novas 
tecnologias, melhorias de processos e também em modelos de gestão modernos 
para acompanhar a empresa focal com o desempenho esperado. O correto 
planejamento das atividades em conjunto com empresa focal facilitará a 
construção de bons relacionamentos e que juntos encontrem soluções para 
 
reduções de custos e de volume de estoques. Claro que para isso todas as 
empresas envolvidas nesse processo precisam ter a mesma visão. 
 
Fornecedores de 2º nível 
 
Esses fornecedores estão um pouco mais afastados da empresa comandante da 
Cadeia, mas ainda possuem alto grau de envolvimento com os projetos dela. A 
quantidade de fornecedores de 2º nível costuma ser bem maior que o número de 
fornecedores do 1º nível, mas isso tem uma explicação simples, que veremos na 
próxima tela. 
 
Por exemplo, uma indústria (empresa focal da Cadeia de Abastecimento) possui 
5 fornecedores críticos de 1º nível. Esses 5 fornecedores possuem outros 5 
fornecedores (críticos para estes), então já se tem 25 empresas distintas 
envolvidas no processo de fornecimento dessa indústria. 
 
Como os fornecedores de 1º nível são responsáveis por oferecer qualidade 
indiscutível para a empresa focal, da mesma forma exigem adequação dos 
processos dos seus provedores e isso se torna um círculo virtuoso, o que é 
formidável para que os produtos que chegam ao mercado atendam as 
expectativas do consumidor. 
 
O detalhe é que os fornecedores de 2º nível também possuem seus próprios 
fornecedores e assim sucessivamente, mas não há necessidade de detalhar 
tudo isso, é apenas como ponto de reflexão para compreender a complexidade 
que existe nesse processo de gerenciamento da qualidade dos provedores. 
 
Normalmente a gerenciadora da Cadeia procura conhecer os elos de forma que 
possam identificar onde existe a possibilidade de falhas, pois já foi constatado 
que a força de uma Cadeia de Abastecimento é representada pelo seu elo mais 
frágil, ou seja, pelo seu gargalo. 
 
O gargalo pode ser interno, como suas atividades de intralogística, por exemplo. 
O gargalo pode ser externo, quando envolve os elos da Cadeia. 
 
 
Além disso, os gargalos da Cadeia podem ser de ordens estruturais e de gestão. 
Para um bom gerenciamento dos fornecedores e se proteger dos gargalos, 
compete à gestão da Cadeia fazer o mapeamento adequado e utilizar as 
informações de forma inteligente para implantar melhorias. 
 
 
Logística 
Cadeia de Suprimentos 
Aula 3 – parte V 
Professora Rosinda Angela Silva 
 
Níveis de clientes na cadeia de abastecimento 
Os clientes são a razão da existência de todas as organizações. Todos os 
esforços (investimentos, melhorias, inovações, entre outros) são direcionados 
para que as empresas possam oferecer produtos de última geração e com alto 
nível de serviço agregado para o consumidor final. 
Para atingir esse objetivo as empresas se unem e formam as Cadeias para se 
fortalecerem e se organizarem de forma que consigam abastecer o mercado 
antes da concorrência. 
O cliente também é categorizado por nível, pois, dependendo da extensão da 
Cadeia, existem muitos intermediários envolvidos no processo. 
As empresas focais costumam acompanhar o comportamento do consumidor 
final do seu produto, independentemente da quantidade de intermediários, pois 
são eles que ditam as regras de mercado. 
Vamos observar a seguir alguns detalhamentos sobre esse importante elo da 
Cadeia de Abastecimento: O cliente! 
Clientes de 1º Nível 
A definição de cliente de primeiro nível dependerá do tamanho da Cadeia 
estudada. Se tomar como exemplo uma indústria que não vende diretamente 
para o consumidor, ela pode ter um Canal de Distribuição com muitos níveis. 
 
 
 
Para facilitar o entendimento: Uma grande indústria de calçados não realiza 
vendas diretas para o consumidor final, então sua cadeia ficaria como o 
esquema simples a seguir: 
 
Indústria de 
Calçados 
Atacadista ou 
Distribuidor 
Varejista/ 
Lojas 
Consumidor 
Final 
 
O esquema pode ter muitos outros atravessadores, então avalie quão difícil pode 
ser a tarefa de gerenciar as atividades integradoras desses elos e como manter 
todos comprometidos, em termos de qualidade e preço, se estão distantes da 
realidade da fábrica. 
Esse é um dos maiores desafios de uma Cadeia de Suprimentos: Manter todos 
voltados para o mesmo objetivo! 
 
Clientes de 2º Nível 
Os fornecedores de 2º nível já são entendidos como intermediários na Cadeia de 
Abastecimento, mas a empresa focal deve acompanhar as práticas negociais 
destes para garantir que seu produto não se torne inviável comercialmente. 
 
Para facilitar o entendimento: Quando a indústria vende seu produto para seu 
cliente de 1º nível, ela coloca uma margem de lucratividade para o seu produto. 
Da mesma forma, esse cliente também colocará uma margem para vender para 
o próximo nível e assim, sucessivamente. 
Cliente de 
1º nível 
Cliente de 
2º nível 
Cliente de 
3º nível 
Empresa 
focal 
 
Indústria de 
Calçados 
Atacadista ou 
Distribuidor 
Varejista/ 
Lojas 
Consumidor 
Final 
 
 
Isso significa que quanto mais intermediários houver na Cadeia, mais alto pode 
se tornar o preço do item no mercado, ocasionando retração nas vendas. 
Esses e outros detalhes são essenciais para gerenciar melhor as operações e 
atingir bom relacionamento com esses importantes membros da Cadeia! 
$ $$ 
 
$$$ 
 
 
 
Logística 
Cadeia de Suprimentos 
Aula 3 – parte VI 
Professora Rosinda Angela Silva 
Parcerias e integração entre os elos da cadeia 
O mercado consumidor está muito mais exigente que outrora e esse é um dos 
principais desafios para as empresas que estão organizadas em Cadeia, porque 
de certa forma, uma decisão impacta em todos os membros. 
Embora um dos objetivos da Cadeia de Abastecimento seja buscar 
constantemente formas de melhorar os processos e consequentemente a 
competitividade dos seus membros, nem todos têm a mesma visão. Então para 
evitar aborrecimentos futuros, a escolha dos parceiros comerciais é primordial. 
O desenvolvimento de parcerias vai muito além dos contratos de fornecimento, 
pois é necessário compreender os principais elementos envolvidos. Vejamos na 
lista a seguir: 
O fornecedor apresentará maior comprometimento se conhecer o produto desde 
o projeto. 
A relação da parceria deve estar pautada em transparência e confiança. 
O fluxo de informações necessita ser ágil e assertivo. 
O respaldo da indústria para com seus provedores deve ser efetivo. 
O modelo de gestão dos envolvidos na Cadeia precisa ser similar. 
O planejamento e a organização devem abranger todos os elos (pelo menos dos 
níveis de maior envolvimento). 
A busca por soluções de conflitos entre os elos deve ser imediata. 
A busca constante por inovação e redução de custos precisa ocorrer com todos 
os membros. 
 
 
O entendimento

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