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Roteiro de Estudos Logística Reversa Aulas 1 a 6

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CST em Logística 
Logística Reversa – Aula 1 
 
CONVERSA INICIAL 
Olá a todos! Nesta conversa inicial, sobre Logística Reversa (LR), 
devemos aprender sobre o objetivo desta disciplina, que tem por 
objetivo trabalhar os conceitos dos caminhos reversos e o 
gerenciamento dos fluxos de materiais. 
 
Além disso, analisaremos a adequação à sustentabilidade nos 
processos de planejamento, implementação e controle do fluxo e 
custos efetivos de insumos, materiais em processo, produtos e todo 
fluxo de informações, considerando até o ponto de consumo e o 
possível retorno ao ponto de origem, com o propósito de recapturar o 
valor ou promover apropriada disposição. Tem o foco também na 
prevenção, conservação, adequação, restauração e/ou reutilização de 
materiais. 
 
Veremos que a evolução da industrialização e também da 
comunicação eletrônica (o e-commerce) trouxe essa necessidade ao 
mercado. Trouxe, também, a importante associação às atuais 
realidades das cidades no Brasil e no mundo quanto ao consumo de 
recursos naturais (que poderiam ser melhor aproveitados de diversas 
maneiras), sabendo-se que o processo de LR tem grande influência 
neste mercado também! 
 
Para entendermos um pouco melhor sobre até onde a LR pode 
chegar, o artigo em anexo nos apresenta uma leitura complementar 
sobre a LR: Oportunidade para redução de custos através do 
gerenciamento da Cadeia Integrada de Valor. Um bom início de 
leitura para todos! 
Saiba Mais 
http://www.spell.org.br/documentos/download/20527 
 
Assista ao vídeo a seguir para saber um pouco mais sobre a disciplina 
de Logística Reversa! Bons estudos! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.gru
pouninter.com.br/2015/JUL/MT40030-A01-P01.mp4 
 
Introdução 
A dinâmica dos fluxos de materiais, resultantes da industrialização, do 
poder de consumo e das características mercadológicas dos dias de 
hoje, recomendam a excelência nos canais de fluxos diretos com 
atendimento aos clientes com qualidade, custos adequados e no 
prazo. No entanto, essa demanda direta promove também um elevado 
dinamismo e a necessidade de identificação, mapeamento e inovação 
nos canais chamados de reversos, mais conhecidos como logística 
reversa. 
 
A Logística Reversa tem sido estudada de forma frequente e 
crescente nos recentes livros e pesquisas de Logística Empresarial, 
em âmbito global. Isso apresenta novos meios de contribuir para as 
oportunidades de negócios relacionados à Supply Chain empresarial: 
o Supply Chain Reverso. Dessa forma, o programa dessa disciplina 
está distribuído em assuntos principais, buscando a base literária 
teórica e prática considerando os seguintes temas: 
 A logística reversa e a logística empresarial; 
 A evolução da LR (Logística Reversa); 
 Canais reversos; 
 Tipos de LR de pós-consumo e de pós-venda; 
 Projeto de LR; 
 A LR e o sistema de gestão ambiental; 
 O efeito do desenvolvimento do produto e a LR; 
 Os impactos da coleta seletiva no planejamento da LR; 
 A adequação dos processos logísticos com as normas 
ambientais. 
 
Estudos afirmam que originalmente a LR foi associada à reinserção 
dos resíduos do pós-consumo em novos ciclos produtivos. Tal conduta 
preserva o meio ambiente e a vida, pois além de retardar a ocupação 
de aterros sanitários, diminui a extração de matérias-primas (FIEP, 
2014). 
 
 
LOGÍSTICA EMPRESARIAL X LOGÍSTICA REVERSA 
 
Usualmente, pensamos em logística como gerenciamento do fluxo de 
produtos, de seu ponto de aquisição até seu ponto de consumo. 
Conforme figura a seguir, da produção ao consumo, os produtos 
industrializados seguem um fluxo lógico: 
 
 
 
Fonte: FIEP (2014). 
 
No entanto, existe também um fluxo logístico reverso, do ponto de 
consumo até o ponto de origem, que precisa ser gerenciado, como o 
exemplo da figura a seguir: 
 
 
 
Fonte: FIEP (2014). 
 
Esse fluxo logístico reverso é comum para uma boa parte das 
empresas. Por exemplo, fabricantes de bebidas, a indústria de latas de 
alumínios, pneus, indústria de eletrônicos, vidros, baterias 
automotivas, embalagens de defensivos agrícolas, varejo e indústria 
automobilística. 
 
Esses setores, por exemplo, também têm que lidar com o fluxo de 
retorno de embalagens, de devoluções de clientes ou do 
reaproveitamento de materiais para produção de modo a reaproveitar 
os materiais sem ter que extrair recursos naturais. 
 
O processo tem custo, mas traz benefícios ambientais viáveis sob o 
ponto de vista da sustentabilidade. Há produtos que não podem ser 
reaproveitados e devem ser descartados com segurança em lugares 
próprios para evitar contaminação do solo e afetar as fontes de vida. 
 
Vamos aprofundar um pouco mais os nossos conhecimentos sobre a 
Logística Empresarial e a Logística Reversa? Então não perca o vídeo 
a seguir, no qual o professor Luiz Felipe traz algumas explicações 
sobre o assunto. 
 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.gru
pouninter.com.br/2015/JUL/MT40030-A01-P02.mp4 
 
LOGÍSTICA REVERSA – HISTÓRICO E EVOLUÇÃO 
 
Como visto no tema anterior, os registros históricos de estudos sobre 
o assunto Logística Reversa são encontrados nas décadas de 1970 e 
1980. Tinha o foco principal relacionado ao retorno de bens a serem 
processados em reciclagem de materiais, denominados e analisados 
como canais de distribuição reversos. A partir da década de 1990 o 
tema tornou-se mais visível no cenário empresarial. 
Em 1991, na Alemanha, surgiu a primeira legislação tratando do 
assunto.
 
No Brasil, entre 2000 e 2009, segmentos como embalagens de 
agrotóxicos e de óleos lubrificantes, pneus, dentre outros, 
implementaram sistemas de Logística Reversa. Em 2011, o MMA 
(Ministério do Meio Ambiente) definiu o comitê orientador para a 
implantação de LR para medicamentos, embalagens em geral, 
embalagens de óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e lâmpadas 
fluorescentes. Desde 2010, a LR é obrigatória no Brasil através da Lei 
12.305 que trata da PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos. 
 
Portanto, a reutilização de produtos e materiais não é um evento novo. 
O reaproveitamento e a reciclagem de materiais como os metais, 
plásticos e papéis são processos realizados já há tempos. Nesses 
casos, a reciclagem se justifica, pois a recuperação é algo mais viável 
economicamente do que o simples descarte. Todavia, a crescente 
preocupação com o meio ambiente e a importância do reuso vêm 
tomando maiores proporções. Ao invés de um fluxo único dos 
materiais, a ideia da logística reversa é ser cada vez mais empregada. 
Em todos os casos, a oportunidade de reutilização deu origem a um 
novo fluxo de materiais, partindo do consumidor e chegando ao 
fornecedor. O gerenciamento desse caminho inverso dos materiais, 
quando comparado ao fluxo direto da cadeia de suprimentos, é 
chamado de Logística Reversa. 
 
Dentre inúmeros termos e definições conhecidos nos dias de hoje 
sobre o tema, alguns conceitos podem ser abordados de maneira 
enfática, a saber: 
 
A Logística Reversa é definida como a parte do processo da cadeia de 
suprimento que planeja, implementa e controla de modo eficiente e 
eficaz o fluxo direto e reverso e o estoque de bens, serviços e 
informação entre o ponto de origem e o ponto de consumo com o 
propósito de atender os requisitos dos clientes (Council of Logistics 
Management – CLM, 2001, apud Gonçalves, 2006). 
 
 
Sob o ponto de vista evolutivo, a definição dada por Leite (2009) está 
coerente com as práticas atuais. Trata-se doconceito de que a 
Logística Reversa é vista como a área da Logística Empresarial que 
planeja, opera e controla o fluxo e as informações logísticas 
correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-
consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos 
canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas 
naturezas: valor econômico, de prestação de serviços, ecológico, 
legal, logístico, de imagem corporativa, dentre outros. 
 
Para finalizar os estudos deste tema, assista ao vídeo que o professor 
Luiz Felipe preparou, com mais informações sobre a evolução do 
conceito de Logística Reversa. 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.gru
pouninter.com.br/2015/JUL/MT40030-A01-P03.mp4 
 
LOGÍSTICA REVERSA - IMPORTÂNCIA 
 
O avanço tecnológico acelerou a introdução de novos produtos no 
mercado, levando a maiores condições de consumo e ao crescimento 
do descarte de produtos usados, aumentando a geração de resíduos, 
principalmente em países com menor desenvolvimento econômico e 
social. 
 
Isso ocorre porque os canais reversos de distribuição, normalmente, 
não estão estruturados, havendo desequilíbrio entre as quantidades 
de material descartado e reaproveitado. 
 
Convém lembrar que as atividades da LR para obter o 
reaproveitamento de produtos usados por meio da utilização do fluxo 
reverso podem agregar valor ao produto no mercado, pela imagem 
corporativa associada ao respeito ao meio ambiente, além de captar 
oportunidades econômicas para o processo produtivo, como a redução 
de compra de matéria-prima oriunda de recursos naturais primários. 
 
Outros fatores que podem impulsionar a aplicação da Logística 
Reversa são: 
 Os custos de descarte em aterros sanitários têm aumentado; 
 Considerações econômicas e ambientais estão forçando as 
empresas a utilizarem embalagens retornáveis; 
 Maior consciência das empresas com relação a todo o ciclo de 
vida de seus produtos, ou seja, ser legalmente responsável pelo 
seu destino após a entrega dos produtos ao cliente, evitando a 
geração de impacto negativo ao meio ambiente; 
 A matéria-prima nova está se tornando menos abundante e, 
consequentemente, mais cara; 
 Economias geradas para a empresa devido ao 
reaproveitamento de materiais e componentes secundários, 
além de apresentar diferenciação em serviço ao cliente à 
medida que o fabricante tem políticas mais liberais de retorno 
de produtos, apresentando uma vantagem em relação à 
concorrência; 
 Eliminação de produtos que se tornam obsoletos devido ao alto 
grau de desenvolvimento tecnológico; 
 Face às regulamentações, muitas empresas são obrigadas a 
recolherem seus produtos quando os mesmos atingem o final 
da vida útil; 
 As empresas devem desenvolver produtos “amigáveis ao meio 
ambiente”; 
 Técnicas para recuperação de produtos e gerenciamento do 
desperdício devem ser desenvolvidas. 
 
Aproveite o estudo realizado até o momento e pense na empresa onde 
você ou seus colegas trabalham. Pergunte aos representantes da 
Logística Empresarial como é a realização da LR na empresa e o que 
de fato seria o fator mais relevante quando se trata de comunicação 
reversa! É uma metodologia de análise e comparação, correto? 
 
Aproveite, também, e assista ao vídeo a seguir, pois as informações 
que o professor Luiz Felipe nos traz podem auxiliar na sua pesquisa! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.gru
pouninter.com.br/2015/JUL/MT40030-A01-P04.mp4 
 
 
LOGÍSTICA REVERSA - FATORES E ATIVIDADES TÍPICAS 
 
Existem alguns fatores que levam à aplicação da logística reversa: 
 
a. Econômicos: relacionam-se com o custo da produção, por 
necessidade de adaptação dos produtos e processos para 
evitar ou diminuir o impacto ao meio ambiente; 
b. Governamentais: relacionam-se à legislação e à política de 
meio ambiente; 
c. Responsabilidade corporativa: relacionam-se ao 
comprometimento das empresas fabricantes com a coleta de 
seus produtos ao final da vida útil; 
d. Tecnológicos: ligam-se aos avanços tecnológicos da 
reciclagem e projetos de produtos com finalidade de 
reaproveitamento após descarte pela sociedade; 
e. Logísticos: relacionam-se aos aspectos logísticos da cadeia 
reversa, como por exemplo, a coleta de produtos. 
 
Fatores econômicos 
A Logística Reversa pode trazer ganhos diretos às empresas por meio 
da recuperação de produtos e redução de custos com o descarte 
adequado de materiais usados. Como exemplo, os equipamentos 
eletrônicos, que normalmente têm vida útil bastante curta, devido ao 
acelerado avanço tecnológico. Seus componentes, no entanto, podem 
ser reutilizados. 
 
Algumas empresas estão praticando o processo de recuperação de 
produtos para prevenir-se contra futuras imposições governamentais. 
Desse modo, não estarão despreparadas ao ter que cumprir alguma 
lei e, consequentemente, não irão efetuar gastos inesperados para 
atender às exigências impostas. Toda empresa, independentemente 
do ramo, tamanho, tipos de produtos ou localização geográfica, pode 
beneficiar-se do planejamento, implementação e controle de 
atividades da Logística Reversa, mesmo que não haja imposição 
governamental. 
Os fatores econômicos apresentam-se por meio de ganhos diretos e 
indiretos. São eles: 
 
 Ganhos Diretos: reaproveitamento de materiais, redução de 
custos, adição de valor na recuperação. 
 Ganhos Indiretos: antecipação a imposições legislativas, 
proteção contra a competição de mercado, imagem corporativa 
associada à proteção ambiental, melhora de relacionamento 
fornecedor/cliente. 
 
 
Fatores governamentais 
Referem-se a qualquer imposição governamental para que as 
empresas recuperem seus produtos ou os recolham ao final da vida 
útil ou após o descarte, objetivando evitar a degradação do meio 
ambiente. 
A legislação de diversos países, principalmente da Europa, tem sido 
bastante rigorosa com os fabricantes, impondo obrigações quanto ao 
recolhimento de seus produtos para que sejam recuperados ou 
descartados adequadamente. 
 
Responsabilidade corporativa 
Está relacionada ao conjunto de valores ou princípios que levam a 
empresa a se tornar responsável perante a logística reversa. Por 
exemplo, as empresas que mantêm extensivo programa de 
recolhimento de seus produtos após o descarte - priorizando as 
responsabilidades social e ambiental. 
 
Fatores sociais 
Envolvem os governos, por meio de imposições governamentais, 
provimento de coleta seletiva urbana de resíduos sólidos, o que 
contribui para a geração de empregos e instituição de incentivos para 
 
 
empresas praticantes da Logística Reversa, as empresas, por meio da 
preocupação em dar um destino adequado a seus produtos no final da 
vida útil, e a sociedade em geral, que praticando a rotina do descarte 
de forma adequada estará contribuindo para a preservação do meio 
ambiente e para a obtenção da melhoria contínua da qualidade de 
vida. 
 
Fatores tecnológicos 
Ligam-se aos avanços tecnológicos relacionados aos bens de 
consumo desde o projeto da realização dos produtos, materiais 
consumidos na cadeia de fornecimento, abordagens tecnológicas para 
o consumo de materiais, energia e demais fontes primárias, com foco 
em prevenção ambiental até o desenvolvimento tecnológico para os 
materiais descartados pela sociedade, os quais podem ser estudados 
por técnicas, como a reciclagem, e projetos de produtos com 
finalidade de reaproveitamento após o descarte, o que será visto nos 
próximos capítulos da aula.Entretanto, esse termo é recente quando se trata de desenvolvimento 
industrial e logística. A falta de tecnologias apropriadas contribuiu para 
que gestores desconsiderassem o papel da comunicação para 
aprimoramento do desempenho logístico. No entanto, o notável 
avanço, nas últimas décadas, dos sistemas de informação alterou 
essa percepção. 
 
Novos sistemas informatizados, mais eficazes e sistêmicos, fizeram da 
comunicação um elemento estratégico no debate atual sobre logística. 
A operação com estoques reduzidos ou o planejamento mais eficiente 
das atividades de transporte na cadeia são exemplos dessa nova fase. 
Bernon e Cullen (2007) mostram que as informações geradas via 
monitoramento de satélite permitem traçar rotas mais eficientes, 
evitando congestionamentos e reduzindo tempo e consumo de 
combustível. 
 
Para eles, o contínuo desenvolvimento dos sistemas de comunicação 
informatizados oferece inúmeras oportunidades para a redução de 
custos e danos ambientais por meio dos processos de LR. Se essas 
contribuições dos sistemas de comunicação já são reconhecidas na 
literatura e nas práticas gerenciais, o papel da comunicação e da 
disponibilização de informação como indutor da participação dos 
consumidores na cadeia permanece em segundo plano. Para a 
implantação da LR de modo eficiente, ignorar esse aspecto representa 
um grande desafio, pois, muitas vezes, é o consumidor que inicia o 
fluxo reverso. 
 
Fatores logísticos 
O processo de logística reversa gera impactos na gestão da logística, 
pois muitos materiais são reaproveitados e retornam ao processo 
tradicional de suprimento, produção e distribuição. 
Esse processo geralmente é composto por um conjunto de atividades 
que uma empresa realiza para coletar, separar, embalar e expedir 
itens usados, danificados ou obsoletos dos pontos de consumo até os 
locais de reprocessamento, revenda ou descarte. 
 
Além desses fatores apresentados, Lacerda (2002) complementa com 
outros seis fatores relevantes para a Logística Reversa, que 
influenciam a eficiência do processo de logística reversa. Estes fatores 
são (clique no botão): 
 
Quanto mais ajustados esses fatores, melhor o desempenho do 
sistema logístico. O autor acredita que, devido ao processo de 
globalização, onde multinacionais adotam políticas comuns para todas 
suas filiais e os governos tendem a adotar legislações ambientais mais 
rigorosas em todos os países, em pouco tempo, as mesmas práticas 
ambientais adotadas na Europa serão implementadas no Brasil, o que 
de fato já ocorre devido às grandes exigências ambientais para o 
mercado nacional. 
a. Bons controles de entrada; 
 
 
b. Processos mapeados e formalizados; 
c. Tempo de ciclo reduzidos; 
d. Sistemas de informação; 
e. Rede logística planejada; 
f. Relações colaborativas entre clientes e fornecedores. 
 
Dentre as características e fatores importantes para esse item, a figura 
a seguir demonstra uma cadeia de abastecimento de forma direta e 
que, através de vetores diretos e reversos, pode-se observar que os 
fluxos de materiais e informações devem caminhar para os dois 
sentidos de forma objetiva, considerando os aspectos das atividades 
empresariais. 
 
 
Dentre as atividades apontadas como relevantes e conhecidas para a 
Logística Reversa, a figura a seguir apresenta um fluxo básico de 
como a abordagem do processo pode ocorrer, desde a coleta até o 
destino secundário. 
 
 
Fonte: Lacerda (2002). 
 
Vamos nos aprofundar um pouco mais? Então não deixe de assistir ao 
vídeo a seguir com as explicações do professor Luiz Felipe sobre o 
tema dos nossos estudos de hoje. 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.gru
pouninter.com.br/2015/JUL/MT40030-A01-P05.mp4 
 
LOGÍSTICA REVERSA - DESAFIOS 
 
Considerando a evolução industrial e tecnológica, o elevado nível de 
consumo e de exigência relacionada a esse mercado ordena as 
organizações a tratarem suas estratégias de modo que os critérios 
relacionados aos custos, qualidade, prazos de entrega sejam fatores 
prioritários para assegurar competitividade e sustentabilidade 
empresarial nos dias de hoje. 
 
Fora isso, temos um Código do Consumidor bastante rigoroso que 
permite ao consumidor desistir e retornar sua compra em um prazo de 
sete dias, define maiores responsabilidades das empresas por 
produtos fabricados e/ou comercializados por elas e estabelece 
normas para os recalls. Nosso consumidor tem se tornado, também, 
bastante consciente de seus direitos e das responsabilidades 
ambientais das empresas. 
 
Além de tudo isso, várias empresas (tanto varejistas como 
fabricantes), por razões competitivas, estão adotando políticas de 
devolução de produtos mais liberais. Temos também o 
reaproveitamento de materiais pelas empresas para redução de 
custos. Tudo isso, aumenta o fluxo reverso dos produtos e/ou 
materiais no canal de distribuição. 
 
Assim sendo, a Logística Reversa não é nenhum fenômeno novo e 
exemplos como o uso de sucata na produção e reciclagem têm sido 
praticados há bastante tempo. Por outro lado, tem-se observado que o 
escopo e a escala de atividades de reciclagem e reaproveitamento de 
produtos e embalagens têm aumentado consideravelmente nos 
últimos anos. 
 
Aliado a isso, as questões ambientais, cujos estudos serão 
aprofundados nos próximos capítulos, apresentou-se como força 
motriz no desenvolvimento de técnicas e inovações associadas aos 
avanços na Logística Empresarial e Reversa. 
 
A tecnologia da informação permite uma visão global, integrada, dos 
sistemas organizacionais, envolvendo a logística total, “ou seja, desde 
a concepção de produtos/serviços, seu desenvolvimento, suprimentos, 
produção, distribuição, serviços de pós-venda, até chegar à 
recuperação dos mesmos após consumo ou utilização” (RAZZOLINI e 
BERTÉ, 2009). 
 
As questões ambientais relacionadas à logística reversa são 
identificadas através do crescimento de práticas, leis e normas 
ambientais oriundas das exigências da sociedade, governantes e 
empreendedores que, ao longo dos anos, perceberam reativamente 
que os recursos atuais não suportam o padrão de consumo, além dos 
graves desastres ambientais ocorridos no século passado. Esse 
aparecimento recente da legislação e da paulatina alteração dos 
hábitos dos consumidores deverá contribuir ainda mais para o 
desenvolvimento da excelência na Logística Reversa. 
 
Portanto, os pontos altos desse nosso estudo foram o aprendizado 
sobre os diversos conceitos da LR, a evolução histórica dessa 
atividade e a significativa importância que nos dias de hoje é dada 
para a LR, considerando diversos fatores, incluindo os econômicos, 
sociais e ambientais, que em nossos próximos estudos serão 
desenvolvidos. 
 
Razzolini e Berté (2009) relatam a importância de todos nesse 
processo: 
 
“(...) No entanto, não devemos nos enganar – sem uma participação 
efetiva das organizações empresariais e públicas, não será possível 
modificarmos o quadro atual e, consequentemente, os efeitos serão 
danosos para toda a vida no planeta.” 
 
 
 
Muito bem! Chegamos ao final da nossa aula! Para finalizar nossos 
estudos, acompanhe o vídeo a seguir com bastante atenção! 
 
http://ava.grupouninter.com.br/videos/video2.php?video=http://vod.gru
pouninter.com.br/2015/JUL/MT40030-A01-P06.mp4 
 
 
SÍNTESE 
Chegamos ao final da primeira aula de logística reversa. Fizemos um 
longo caminho vendo a logística empresaria e a logística reversa, seus 
histórico e evolução, estudamos a importância da logísticareversa, 
seus fatores e atividades típicas, bem como os desafios que a 
envolvem. Espero que tenha sido proveitoso... até a próxima aula! 
 
Referências 
DE BRITO, M. P., FLAPPER, S. D. P. e DEKKER, R. Reverse 
Logistics: a review of case studies, Econometric Institute Report. EI 
2002-21, maio. 
 
DONATO, V. Logística Verde: uma abordagem socioambiental. São 
Paulo: Ciência Moderna, 2009. 
 
FLEURY, P F. et. al. Logística Empresarial: a perspectiva brasileira. 
São Paulo: Atlas, 2000. 
 
LACERDA, L. Logística Reversa – Uma visão sobre os conceitos 
básicos e as práticas operacionais. In: 
(http://www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel/new/fr-rev.htm) – Acesso em 
18/09/2015. 
 
LEITE, P.R. Logística Reversa. 2ª ed. São Paulo: Pearson/Prentice 
Hall, 2009. 
 
RAZZOLINI, E. F.; BERTÉ, R. O reverso da Logística e as 
questões ambientais no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2009. 
 
 
 
Disciplina Logística Reversa 
Aula 2 Introdução dos conceitos 
Tema 1 Conceito e tipos de fluxos logísticos 
Professor Luiz Felipe Cougo 
Coordenadora Alessandra de Paula 
 
 
 
 
Introdução 
Olá, seja bem-vindo à segunda aula da disciplina “Logística Reversa”! 
Nessa aula, veremos as características da Logística Reversa, incluindo os tipos de fluxos 
logísticos, as diferenças entre ela e a Logística Direta e os aspectos estratégicos para a correta adoção 
desta ferramenta. Vamos lá? 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
Conceito e tipos de fluxos logísticos 
 
 
 Os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998) conceituam a Logística Reversa ou Inversa como: 
 "Processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e eficácia e dos custos, dos 
fluxos de matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação relacionada, desde o 
ponto de consumo até ao ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar a deposição 
adequada". 
O desenvolvimento e progresso da Logística Inversa tem sido impulsionado, em grande parte, 
pelas questões ambientais e, mais especificamente, pelo problema da deposição das embalagens, da 
recuperação dos produtos, da destinação de partes de produtos ou materiais, das devoluções de 
produtos em fim de vida e de produtos com defeito. 
Esta área da Logística teve grande crescimento, não só devido à legislação ambiental, a qual 
impõe leis mais exigentes, mas também pela consciencialização ambiental das empresas, organizações 
e organismos públicos. Em termos econômicos e financeiros, a Logística Inversa já representa cerca de 
0,5% do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos. 
Essa vertente da Logística encontra-se em franco desenvolvimento, sendo um grande potencial 
de negócio emergente para as empresas e organizações, pois as políticas ambientais tendem a ser 
cada vez mais exigentes. Outro fator de grande importância, e que está diretamente relacionado com o 
grande aumento da Logística Inversa, é a compra de produtos através da internet, o chamado e-
commerce (Carvalho, 2003, p. 71-72). 
 
 
Com o crescimento exponencial das vendas on-line, os sistemas de Logística Inversa, no que diz 
respeito à questão da gestão das devoluções, têm crescido de forma abrupta. Isso porque, como não é 
possível visualizar o produto fisicamente, devolve-se grande parte do que é adquirido, por não 
corresponder às expectativas do cliente, o que faz acionar os sistemas de Logística Inversa. 
Podemos afirmar que a grande maioria desses sistemas são usados devido à questão das 
devoluções. Quando os produtos não corresponderem às expectativas, os clientes podem acionar o 
processo de devolução, que é disponibilizado por cada vez mais empresas, de modo a prestarem um 
serviço de pós-venda de qualidade. Assim, pode-se atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos 
clientes, tornando-o fiel. 
É muito melhor ter um fornecedor de confiança do que comprar em vários sem ter a segurança 
da qualidade, não é mesmo? 
 
Basicamente, são dois os fluxos: direto e reverso. Ambos têm a mesma parte interessada 
(clientes e fornecedores), o que muda é apenas o fluxo do material e/ou da informação. Na página 
seguinte você confere um quadro baseado em: Reverse Logistics Council (2007) apud Miquez (2010, p. 
6), que expõe as principais diferenças entre a Logística tradicional e a reversa: 
 
 
 
 
Acesse o material on-line e confira o vídeo no qual o professor Luiz traz mais informações sobre o 
conceito de Logística Reversa. 
 
 
 
 
 
 
Disciplina Logística Reversa 
Aula 2 Introdução dos conceitos 
Tema 2 A visão Estratégica da Logística Reversa 
Professor Luiz Felipe Cougo 
Coordenadora Alessandra de Paula 
 
 
Sob o ponto de vista estratégico e operacional, existem algumas questões básicas a serem 
respondidas para que a Logística Reversa seja aplicável, a saber: 
 Quais alternativas estão disponíveis para recuperar produtos, partes de produtos e materiais? 
 Quem deve realizar as diversas atividades de recuperação? 
 Como estas atividades devem ser realizadas? 
 É possível integrar as atividades típicas da Logística Reversa com sistemas de distribuição e 
produção clássicos? 
 Quais são os custos e benefícios da Logística Reversa, do ponto de vista econômico e ambiental? 
Há processos em que a Logística Reversa apresenta maneiras diferentes de aplicação, todavia, a 
abordagem estratégica deve incluir, além das questões vistas anteriormente, uma análise quanto aos 
aspectos de: 
 Recuperação de valor financeiro (retorno do investimento); 
 Seguimento de legislações; 
 Prestação de serviços aos clientes; 
 Mitigação dos riscos, reforço da imagem de marca e demonstração de responsabilidade social. 
 Fatores como esses devem necessariamente fazer parte da pauta de análise crítica da direção 
das organizações, para que a operacionalização das decisões tomadas seja adequada ao processo. 
 
 
É importante destacar alguns aspectos operacionais, ou seja, aqueles que envolvem o uso das 
principais ferramentas de Logística aplicadas à Logística Reversa, como a localização de instalações; a 
roteirização e a gestão de estoques, de transporte e de armazenagem. 
A Logística Reversa, por meio de sistemas operacionais, tem por objetivo tornar possível o 
retorno dos bens ou de seus materiais constituintes ao ciclo produtivo de negócios. Ou seja, busca 
agregar valor econômico, de serviço, ecológico, legal e de localização ao planejar redes reversas. 
Além disso, ao operacionalizar esse fluxo, organiza as respectivas informações, desde a coleta 
dos bens de pós-consumo ou de pós-venda, por meio dos processamentos logísticos de consolidação, 
separação e seleção, até a reintegração ao ciclo. 
 Portanto, como característica complementar ao fluxo direto, a figura abaixo mostra o fluxo 
reverso necessário, sob o aspecto operacional, que deve ser mapeado na logística dos materiais e de 
informações. 
 
 
 
Os chamados canais reversos devem ser criados de maneira que incluam todas as hipóteses e 
cenários, considerando a viabilidade do negócio. As opções são inúmeras, como mostra o exemplo da 
figura abaixo: 
 
Acesse o material on-line e aprofunde os estudos a respeito do que foi trabalhando nesse tema 
assistindo à videoaula do professor Luiz! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina Logística Reversa 
Aula 2 Introdução dos conceitos 
Tema 3 Canais Reversos 
Professor Luiz Felipe Cougo 
Coordenadora Alessandra de Paula 
 
 
Como visto no tema anterior, o estudo dos canais reversos de distribuição interessa às empresas 
pela oportunidade de recuperação de custos envolvidos e pela diferenciação dos níveis de serviçosoferecidos em mercados globalizados e extremamente competitivos. 
Resumidamente, existem três grandes categorias de bens produzidos, classificados de acordo 
com a sua vida útil: os bens descartáveis, os bens semiduráveis e os bens duráveis. Essas definições 
são fundamentais para um melhor entendimento das atividades dos canais reversos de distribuição. 
 Bens descartáveis: Apresentam vida útil média de algumas semanas, raramente superior a 
seis meses. São exemplos de bens descartáveis embalagens, brinquedos, materiais para 
escritório, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas de equipamentos 
eletrônicos, fraldas, jornais, revistas etc. 
 Bens duráveis: Apresentam vida útil variando de alguns anos a algumas décadas. Exemplos: 
automóveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, máquinas, equipamentos industriais, edifícios, 
aviões, navios etc. 
 Bens semiduráveis: Apresentam vida útil de alguns meses, raramente superior a dois anos. 
Sob o enfoque dos canais reversos de distribuição dos materiais, apresenta características ora de 
bens duráveis ora de bens descartáveis. Exemplos: baterias de veículos, óleos lubrificantes, 
baterias de celulares, computadores e seus periféricos, revistas especializadas etc. 
 
 
 
Alguns fatores têm feito com que as empresas precisem se diferenciar pela constante inovação. 
Alguns deles são: 
 Acelerado desenvolvimento tecnológico vivenciado pela sociedade nas últimas décadas; 
 Introdução de novos materiais, que têm substituído outros com melhoria de desempenho 
técnico do produto e de sua embalagem; 
 Redução de custo dos produtos, associado ao acirramento da competitividade, como 
consequência da globalização e da própria tecnologia. 
Como consequência, tem-se a redução drástica do ciclo de vida dos produtos, causando um alto 
grau de obsolescência e a alta tendência à descartabilidade, o que acarreta modificações nos hábitos 
mercadológicos e logísticos das empresas modernas, exigindo alta velocidade no fluxo de distribuição 
física dos produtos. 
Além disso, o ciclo de compra fica reduzido, e observa-se um aumento das quantidades de 
produtos devolvidos nas cadeias reversas de pós-venda, exigindo um sistema mais eficiente. 
Por outro lado, com os ciclos de vida cada vez menores, os produtos ditos duráveis serão 
descartados mais rapidamente, transformando-se em semiduráveis. Da mesma forma, os produtos 
semiduráveis se tornarão descartáveis. Assim sendo, os produtos de pós-consumo aumentam e 
exaurem os meios de disposição final, tornando-se necessário equacionar o problema de retorno dos 
bens de pós-consumo. 
Existem dois tipos de canais reversos de distribuição, como você pode ver a seguir: 
 
 
 
 
Logística Reversa de Pós-Consumo 
Os canais de distribuição reversos de pós-consumo são constituídos pelo fluxo reverso de uma 
parcela de produtos e de materiais constituintes originados no descarte dos produtos após a sua 
utilização pelo usuário original e retornando ao ciclo produtivo. Segundo Leite (2009), esses canais têm 
como principais características: 
 Equacionamento do retorno de produtos consumidos; 
 Produtos voltam por canais reversos distintos daqueles que o levaram ao mercado. 
Logística Reversa de Pós-Venda 
Os canais reversos de pós-venda são constituídos pelas diferentes formas e possibilidades de 
retorno de uma parcela de produtos, com pouco e nenhum uso, que fluem no sentido inverso, do 
consumidor ao varejista ou ao fabricante, do varejista ao fabricante, entre as empresas, motivado em 
geral por problemas de qualidade, garantia, processos comerciais entre empresas e retornando ao ciclo 
de negócios de alguma forma. Segundo Leite (2009), esses canais têm como principais características: 
 Equacionamento do retorno de produtos não consumidos; 
 Produtos voltam pelos mesmos canais reversos que os levaram ao mercado. 
 
 
 
Trocando Ideias 
Aqui é um bom momento para desenvolver uma prática de estudo relevante sobre o tema. 
Convém que, dentro dos processos organizacionais, as situações de Logística Reversa de pós-consumo 
e de pós-venda estejam bem definidas e mapeadas. Qual é a utilização delas no seu local de trabalho? 
Elas são aplicadas da forma como foi descrito ou existem “adaptações”? 
Entre no fórum e deixe seu relato. Aproveite também para ver o que seus colegas têm a dizer! 
Após a leitura e conhecimento desta aula, existe um texto interessante que você tem acesso no 
link a seguir. Trata-se do artigo chamado “Um novo cenário para a LR nos produtos usados no Brasil”. 
É de grande aprendizado! 
http://www.clrb.com.br/site/midia.asp?id=98 
 
 
Antes de finalizar os estudos desse tema, acesse o material on-line e confira o vídeo do professor 
Luiz! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina Logística Reversa 
Aula 2 Introdução dos conceitos 
Tema 4 Canais de distribuição diretos e reversos 
Professor Luiz Felipe Cougo 
Coordenadora Alessandra de Paula 
 
 
A Logística Reversa de Pós-Consumo deverá planejar, operar e controlar o fluxo de retorno dos 
produtos de pós-consumo ou de seus materiais constituintes, classificados em função de seu estado de 
vida e origem. Clique em cada um para mais informações: 
 Em condições de uso: refere-se às atividades em que o bem durável e semidurável apresenta 
interesse de reutilização, sendo sua vida útil estendida, por meio da entrada no canal reverso de 
reuso, em mercado de segunda mão, até atingir o fim de sua vida útil. 
 Fim de vida útil: a logística reversa poderá atuar em duas áreas não destacadas: dos bens 
duráveis ou descartáveis. Os duráveis ou semiduráveis entrarão no canal reverso de 
Desmontagem e Reciclagem Industrial, sendo desmontados na etapa de Desmanche. Seus 
componentes poderão ser aproveitados ou remanufaturados, retornando ao mercado secundário 
ou à própria indústria, que o reutilizará, sendo uma parcela destinada ao canal reverso de 
Reciclagem. 
Os produtos são retornados por meio do canal reverso de Reciclagem Industrial, onde os 
materiais constituintes são reaproveitados e se constituirão em matérias-primas secundárias, 
que retornam ao ciclo produtivo pelo mercado correspondente. 
 Destino Final: no caso de não haver as condições mencionadas, serão destinadas ao Destino 
Final, ou seja, os aterros sanitários, os lixões e a incineração com recuperação energética. 
 
 
Fluxograma da Logística Reversa de Pós-Consumo 
 
 
Uma parcela dos bens de pós consumo será reintegrada ao ciclo produtivo e irá fluir pelos canais 
reversos de reciclagem. Com a revalorização dos seus materiais constituintes, estes podem ser 
reintegrados ao ciclo produtivo na fabricação de um produto similar ao que lhe deu origem ou de um 
produto distinto. Em função dessa diferença, há a distinção de duas categorias de ciclos reversos de 
retorno ao ciclo produtivo, que você confere nas próximas páginas: 
 
 
Canais de distribuição reversos de ciclo aberto 
 São constituídos pelas diversas etapas de retorno dos materiais constituintes dos produtos de 
pós-consumo, tais como plásticos, papéis, vidros, metais etc., que são reintegrados ao ciclo produtivo 
e substituem as matérias-primas virgens necessárias para a fabricação de itens diversos. Pode-se citar 
como exemplo os eletrodomésticos descartados, de onde são extraídos diversos componentes, sendo 
um deles o material ferroso que será reintegrado como matéria-prima secundária na fabricação de 
chapas de aço, barras de ferro e vigas, entre outros. 
No canal de ciclo aberto, a matéria-prima extraída será utilizada na elaboração de produtos 
diferentes daqueles dos quais os materiais foram extraídos, pois nessa categoriao material é 
primeiramente reprocessado para depois se tornar uma nova matéria-prima. 
Canais de distribuição reversos de ciclo fechado 
São constituídos por bens de pós-consumo em que os materiais constituintes de determinado 
produto descartado são extraídos seletivamente e aproveitados na fabricação de um produto similar ao 
de origem. Das baterias de veículos descartadas, por exemplo, podem ser extraídas a liga de chumbo e 
a carcaça de plástico, materiais que são reutilizados na fabricação de uma nova bateria. 
No canal de ciclo fechado, após seleção, o material classificado como aproveitável é separado e 
colocado em um novo produto similar, que poderá ser novamente disponibilizado no mercado. 
 
 
No entanto, sob o aspecto econômico e ambiental, ainda é válida a redução de consumo. O mais 
comum é as pessoas associarem consumo às compras, o que está correto, mas incompleto, pois não 
engloba todo o sentido do verbo. 
A compra é apenas uma etapa do consumo. Antes dela, temos que decidir o que consumir, por 
que consumir, como consumir e de quem consumir. Depois de refletir a respeito desses pontos é que 
partimos para a compra. E, após a compra, existe o uso e o descarte do que foi adquirido. 
Considerando todos esses aspectos do consumo, percebe-se que ele está presente praticamente 
o tempo todo. Quer um exemplo? 
 Ao acordar, utiliza-se o banheiro e consome-se água, eletricidade, pasta de dente e sabonete. 
Depois toma-se o café da manhã com café, pão, manteiga, geleia, frutas, água, eletricidade e água 
para fazer o café e para lavar a louça. Quando saímos para o trabalho, a menos que se vá a pé ou de 
bicicleta, consumimos combustível, mesmo que seja do ônibus, e no caso do metrô, energia elétrica. 
Dependendo da ocupação de cada um, haverá diferentes tipos de consumo, mas é quase certo 
que haverá uso de eletricidade, papel e cafezinho, por exemplo. Portanto, mesmo que passe o dia todo 
sem sequer abrir a carteira, terá consumido muita coisa. 
Por isso, o consumo é algo muito importante e que provoca diversos impactos: 
 
 
 
O consumo é um dos nossos grandes instrumentos de bem-estar, mas precisamos aprender a 
produzir e consumir os bens e serviços de uma maneira diferente da atual, visto que o modelo de 
produção e consumo utilizado hoje contribuiu para aprofundar alguns aspectos da desigualdade social 
e do desequilíbrio ambiental. 
Agora que você já sabe que muitos dos nossos atos são atos de consumo e que eles impactam a 
sua vida e as condições da vida no planeta, chegou a hora de saber como é possível usar suas 
escolhas de consumo para ajudar a construir um mundo social e ambientalmente melhor. 
O caminho passa pela adoção do consumo consciente, que é consumir levando em 
consideração os impactos provocados pelo consumo. Explicando melhor: o consumidor pode, por meio 
de suas escolhas, buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos dos seus atos de 
consumo, e desta forma contribuir para construir um mundo melhor. Isso é consumo consciente. Em 
poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade. 
O consumidor consciente: 
 Busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade do planeta, lembrando 
que a sustentabilidade implica um modelo ambientalmente correto, socialmente justo e 
economicamente viável; 
 Reflete a respeito de seus atos de consumo e como eles irão repercutir não só sobre si mesmo, 
mas também sobre as relações sociais, a economia e a natureza; 
 Busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos 
gestos de consumo realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes 
transformações. 
 
 
O consumo consciente pode ser praticado no dia a dia, por meio de gestos simples que levem em 
conta os impactos da compra, do uso e do descarte de produtos ou serviços. Tais gestos incluem: 
 O uso e descarte de recursos naturais como a água; 
 A compra, uso e descarte dos diversos produtos ou serviços; 
 A escolha das empresas das quais comprar, em função de sua responsabilidade socioambiental. 
Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a 
sustentabilidade da vida no planeta. 
E aí, você é um consumidor consciente? Quer tal avaliar seus hábitos de consumo? 
A seguir serão apresentados alguns exemplos dos tipos de canais reversos de bens de pós-
consumo mais frequentes no ambiente organizacional. Confira com atenção! 
Reuso 
São os canais em que se tem a extensão do uso de um produto de pós-consumo ou de seu 
componente, com a mesma função para a qual foi originalmente concebido, ou seja, sem nenhum tipo 
de remanufatura. Pós-consumo, neste caso, é adotado como sinônimo de bem usado. Veículos, 
eletrodomésticos, produtos de informática, vestuário são alguns exemplos. 
Possuem mercados de segunda mão instituídos em todas as regiões do planeta. Após os bens 
atingirem seu fim efetivo de vida útil, passam por um fluxo reverso por meio de dois grandes sistemas 
de canais reversos de revalorização: o de remanufatura e o de reciclagem. Na impossibilidade dessas 
revalorizações, os bens de pós-consumo encontram a disposição final em aterros sanitários ou são 
incinerados. 
 
 
Desmanche 
É um processo industrial no qual um produto durável de pós-consumo é desmontado em seus 
componentes. Os componentes em condições de uso ou de remanufatura são separados e destinados 
à remanufatura industrial e os materiais para os quais não existem condições de revalorização são 
enviados para a reciclagem industrial. 
Os componentes em condições de uso são enviados, diretamente ou após a remanufatura, ao 
mercado de peças usadas, enquanto os materiais inservíveis são destinados a aterros sanitários ou são 
incinerados. 
 
Remanufatura 
Em geral, algumas condições devem ser cumpridas para que um bem seja considerado 
remanufaturado: 
 Os componentes primários deverão ser advindos de um produto usado; 
 O produto usado deverá ser desmontado na extensão necessária para se determinar as 
condições de seus componentes; 
 Os componentes do produto usado deverão ser completamente limpos e livres de ferrugem e 
corrosão; 
 Todas as peças faltantes, defeituosas, quebradas ou desgastadas deverão ser restauradas, 
substituídas por novas ou usadas de forma que apresentem boas condições de funcionamento; 
 
 
 O produto deverá passar por operações como usinagem, rebobinagem, acabamento entre outras 
para chegar a plenas condições de funcionamento; 
 O produto deverá ser remontado e operar com a mesma segurança e eficiência de um produto 
novo. 
Para alguns segmentos da indústria, outros termos são sinônimos de remanufaturado, desde que 
sejam satisfeitos os requisitos mínimos acima. Deve-se ter em mente que se trata de um processo 
industrial específico, por isso a definição irá variar dependendo do tipo de produto. Atualmente, há 
diversos termos correlatos aos bens remanufaturados. Na próxima página você vai conhecer alguns: 
 
 Bem reconstruído (rebuilt): é sinônimo de remanufaturado quando aplicado a peças de 
motores e a sistemas automotivos, mas não ao veículo todo. 
 Bem recarregado (recharged): também é sinônimo de remanufaturado, geralmente aplicado 
a produtos de imagem, como cartuchos de tinta. 
 Bem recondicionado (refurbished): esse termo se refere sobretudo àqueles produtos que 
apresentaram defeito ainda dentro da fábrica e são ali mesmo reparados. Tal termo é utilizado 
principalmente para artigos eletrônicos. 
 
No material on-line você tem acesso a um vídeo complementar, confira!Disciplina Logística Reversa 
Aula 2 Introdução dos conceitos 
Tema 5 Reciclagem 
Professor Luiz Felipe Cougo 
Coordenadora Alessandra de Paula 
 
 
 Reciclagem 
Como vimos, o objetivo principal da Logística Reversa é atender aos princípios de 
sustentabilidade ambiental, como o da produção limpa, ou seja, quem produz deve responsabilizar-se 
também pelo destino final dos produtos gerados, de forma a reduzir o impacto ambiental que eles 
causam. 
Para isso, as empresas organizam canais reversos, ou seja, meios de retorno dos materiais, a 
fim de que tenham melhor destinação, seja por reparo, reutilização ou reciclagem. 
A reciclagem é o reaproveitamento dos materiais como matéria-prima para um novo produto. 
Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o 
plástico. A palavra reciclagem difundiu-se na mídia a partir do final da década de 1980, quando foi 
constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se 
esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para disposição de lixo e de outros dejetos. 
A expressão vem do inglês recycle (re = repetir e cycle = ciclo) e seus resultados são expressivos 
no campo ambiental, econômico e social: 
 
No Brasil, existem os carroceiros ou catadores de papel, que vivem da venda de sucatas, papéis, 
alumínio e outros materiais recicláveis deixados no lixo. Eles também trabalham na coleta ou na 
classificação de materiais para a reciclagem. 
 
 
Como é um serviço penoso, pesado e sujo, não tem grande poder atrativo para as fatias mais 
qualificadas da população. Assim, para muitas das pessoas que trabalham na reciclagem, trata-se da 
única alternativa de ganhar o seu sustento. 
A seguir, você vai entender como é feita a reciclagem de alguns materiais, vamos lá? 
Aço 
O aço utilizado em objetos que já não estão funcionando pode ser matéria-prima de novos 
produtos, desde latas até carros. Sua reciclagem é tão antiga quanto a própria história de sua 
utilização. Pode ser reciclado infinitas vezes, com custo menor e usando menos energia do que na sua 
criação inicial. Ele pode ser separado de outros resíduos por diversos processos químico-industriais e 
voltar a ser utilizado sem perder suas características iniciais. 
 
 A lata de aço é uma das embalagens mais utilizadas em todo mundo para acondicionar alimentos 
e produtos diversos. Ela pode ser biodegradada pelo próprio ambiente, através do processo de 
ferrugem, num prazo médio de três anos. Porém o aço, se aproveitado, pode gerar economias e 
diminuir a agressão ao meio ambiente. 
Você sabia? 
Estudos dizem que a cada 75 latas de aço recicladas, uma árvore é salva, pois, do contrário, 
viraria carvão vegetal. O aço também é muito utilizado na construção civil para sustentar estruturas de 
concreto. A reciclagem de entulho da construção civil também é bastante importante. 
No link a seguir você tem acesso a um interessante infográfico que mostra os passos do processo 
de reciclagem do aço de maneira detalhada. 
 http://www.abeaco.org.br/reciclagemacotexto.html 
 
 
Papel 
A seguir você tem algumas informações iniciais importantes sobre a reciclagem do papel: 
 Como ela feita? Pode-se reaproveitar as fibras celulósicas do papel para produção de um novo 
artefato. 
 Onde o papel reciclado é aplicado? O papel reciclado pode ser aplicado em caixas de 
papelão, sacolas, embalagens para ovos, bandejas para frutas, papel higiênico, cadernos, livros, 
material de escritório, envelopes, papel para impressão, entre outros usos. 
 Que tipo de papel não pode ser reciclado? Os papéis para fins sanitários (toalhas e 
higiênicos) não são encaminhados para reciclagem, assim como papéis vegetais, parafinados, 
carbono, plastificados e metalizados. 
Para a reciclagem, o papel tem algumas classificações, que você confere a seguir: 
 Papel branco: papéis de carta, folhetos, papéis de copiadoras e impressoras. 
 Papel-jornal: produzido com menos celulose e mais fibras de madeira, obtidas na primeira 
etapa da fabricação do papel, sendo, por isso, de menor qualidade. 
 Papel misto: apresenta diferentes fibras e cores e é encontrado nas revistas. 
 Papelão ou papel ondulado: utilizado em caixas para transportar produtos em fábricas, 
depósitos, escritórios e residências. Esse material apresenta uma camada intermediária de papel 
entre suas partes exteriores, disposta em ondulações, na forma de uma sanfona. 
 
 
 
 Longa vida, cartonado ou multicamadas: é composto por várias camadas de papel, 
polietileno de baixa densidade e alumínio. Esses materiais em camadas criam uma barreira que 
impede a entrada de luz, ar, água, microrganismos e odores externos, preservando o aroma dos 
alimentos dentro da embalagem. 
No link a seguir é possível entender como acontece a reciclagem do papel: 
http://www.alpambiental.com.br/reciclagem/papel-papelao-e-derivados/reciclagem-2/ 
 
 
Vidro 
Segundo a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (ABIVIDRO), a 
reciclagem possui papel de destaque na indústria vidreira. Com um quilo de vidro se faz outro quilo de 
vidro, com perda zero e sem poluição para o meio ambiente. Além da vantagem do reaproveitamento 
de 100% do caco, a reciclagem permite poupar matérias-primas naturais como areia, barrilha e 
calcário. 
Como normalmente os vidros de embalagem são do tipo sodo-cálcico, apenas as sucatas de vidro 
com essa natureza química são aceitas para reciclagem, como garrafas, potes e frascos. Os vidros de 
janelas, espelhos, cristais, pirex e similares podem ser reciclados, porém não devem ser incluídos junto 
com os vidros de embalagem. O vidro tem um ciclo infinito, sabia? No link a seguir você tema mais 
informações: 
http://www.abividro.org.br/video-explicativo/a-quimica-do-fazer-vidro 
 
 
Alumínio 
No link a seguir você confere o processo de reciclagem do alumínio: 
http://festivalda63.blogspot.com.br/2012/05/voce-sabe-como-e-feita-reciclagem-de.html 
Como acontece a reciclagem do alumínio? 
O processo de reciclagem do alumínio se resume no derretimento do metal, o que é muito menos 
dispendioso e consome muito menos energia do que produzir o alumínio através da mineração de 
bauxita. A mineração e o refino desse material requerem enormes gastos de eletricidade, enquanto a 
reciclagem requer apenas 5% da energia. Por isso, a reciclagem se tornou uma atividade importante 
para a indústria. 
Que tipo de alumínio pode ser reciclado? 
O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por produtos de vida útil 
esgotada como de sobras do processo produtivo. O alumínio reciclado pode ser obtido a partir de 
esquadrias de janelas, componentes automotivos, eletrodomésticos, latas de bebidas, entre outros. A 
reciclagem não danifica a estrutura do metal, que pode ainda ser reciclado infinitamente e reutilizado 
na produção de qualquer produto com o mesmo nível de qualidade de um alumínio recém-produzido 
por mineração. 
Quais os benefícios dessa prática? 
Pelo seu valor de mercado, a sucata de alumínio permite a geração de renda para milhares de 
famílias brasileiras envolvidas da coleta à transformação final. Desta forma, a reciclagem do alumínio 
gera benefícios para o país e para o meio ambiente, além de ser menos custoso de obter do que 
através da sua produção por mineração. 
 
 
Você sabia? 
 O alumínio líquido (700 °C) demora até duas horas e meia para atingir o estado sólido, 
dependendo do volume de metal, da temperatura ambiente, do local de armazenagem etc. 
 Um quilo de alumínio reciclado evita a extração de cinco quilos de bauxita. 
 Ociclo médio de vida de uma lata de alumínio é de 30 dias, desde sua colocação na prateleira 
do supermercado até seu retorno reciclada. 
 A reciclagem de uma única lata de alumínio pode economizar a energia necessária para manter 
um televisor ligado durante 3 horas ou uma lâmpada de 100 watts por 20 horas. 
 Em média, um quilo equivale a 74 latas. 
 
Plástico 
Existem três tipos de reciclagem do plástico. Interaja com o infográfico a seguir e conheça cada 
um deles: 
 Reciclagem primária ou pré-consumo: é feita com os materiais termoplásticos provenientes 
de resíduos industriais, que são limpos e fáceis de identificar. Tecnologias convencionais de 
processamento transformam esses resíduos em produtos com características de desempenho 
equivalentes às daqueles fabricados a partir de resinas virgens. 
 Reciclagem secundária ou pós-consumo: acontece com os resíduos plásticos recolhidos em 
lixões, sistemas de coleta seletiva, sucatas etc. É feita com os mais diversos tipos de materiais e 
resinas, que são separados e passam por um processo ou por uma combinação de operações 
para serem transformados em outros produtos. 
 
 
 Reciclagem terciária: é a conversão de resíduos plásticos em produtos químicos e 
combustíveis, por processos termoquímicos. Esses plásticos são convertidos em matérias-primas 
que podem originar novamente as resinas virgens ou outras substâncias interessantes para a 
indústria, como gases e óleos combustíveis. 
Para se reciclar o plástico, é preciso separar, moer e lavar o material, secar com batedores e 
sopradores (que farão uma secagem parcial) e depois com aglutinadores (que farão a secagem 
definitiva). Depois esse material será fundido, resfriado, granulado e transformado, enfim, em matéria-
prima. 
Essa “nova” substância poderá ser utilizada na fabricação de inúmeros produtos, como garrafas, 
frascos, baldes, cabides, pentes, “madeira plástica”, cerdas, vassouras, sacolas, filmes, painéis para a 
construção civil etc. 
 
Veja, a seguir, quais plásticos são recicláveis e quais não são: 
 
 
 
A seguir você confere algumas indicações de material complementar! 
 Modelo do ciclo de vida do plástico: 
http://www.termotecnica.ind.br/potencial-de-reciclagem-do-plastico-em-destaque-na-interplast-
2014 
 Ciclo de reciclagem do plástico: 
 http://profacamilagoncalves.blogspot.com.br/2011/07/ecofashion.html 
 Modelos de reutilização: 
 http://blog.ecobrindes.com.br/?p=844 
A necessidade de um programa de coleta seletiva foi determinada através da legislação, 
considerando o Programa de Gestão / Gerenciamento de Resíduos, e também da lei associada ao 
Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que relaciona a coleta seletiva com os aspectos da Logística 
Reversa. 
 Além disso, vale destacar que a Logística Reversa de pós-consumo, dita por Barbieri e Dias 
(2002) “Logística Reversa Sustentável”, também resulta em benefícios econômicos, como a geração de 
lucro, e é qualificada como um negócio inteligente (CALDWELL, 1999), já que o crescimento 
econômico de longo prazo depende de atitudes sustentáveis. 
 
 
Tachizawa (2002, p. 24) comenta ainda que as práticas sociais e sustentáveis ajudam as 
organizações a se manterem competitivas no mercado, seja qual for o setor. Tais benefícios se fazem 
por intermédio do reaproveitamento ou da revenda dos componentes retornados no mercado 
secundário; da economia de insumos; da geração de empregos pela atividade; do reconhecimento da 
imagem corporativa pela credibilidade atribuída pela sociedade, entre outros (LEITE, 2009; MIGUEZ, 
2010). 
Acesse o material on-line e confira o vídeo do professor Luiz! 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina Logística Reversa 
Aula 2 Introdução dos conceitos 
Tema 6 Canais Reversos - Pós-Venda 
Professor Luiz Felipe Cougo 
Coordenadora Alessandra de Paula 
 
 
Os canais reversos de pós-venda abrigam os fluxos estratégicos e operacionais dos bens de pós-
venda. Esses, por sua vez, são os bens com pouco ou nenhum uso que, após triagem, retornam pelos 
elos diretos da cadeia de suprimentos ou, dependendo do nível de dano, são direcionados aos canais 
de pós-consumo (LEITE, 2009). 
A figura abaixo exemplifica de modo simplificado o ciclo dos produtos no pós-venda: 
 
 
 
No lado direito, é apresentado o fluxo direto comum de bens pela cadeia, iniciando-se no 
fornecedor de matéria-prima, passando pelo atacadista, varejista e chegando, por fim, ao consumidor 
final. As setas de sentido oposto se referem ao retorno dos produtos pós-venda, que fazem o uso dos 
próprios elos da cadeia direta de distribuição. 
Já no lado esquerdo, estão dispostas as fases pelas quais os produtos, já em estado de pós-
venda, são submetidos até que sejam redirecionados aos seus respectivos destinos. Assim, o produto 
pode ser considerado irrecuperável e direcionado ao desmanche, tendo o mesmo destino dos bens de 
pós-consumo: a reciclagem. Pode ser redirecionado diretamente ou via remanufatura ao mercado 
secundário ou mesmo retornar ao consumidor final (mercado primário), após sofrer algum reparo ou 
conserto se necessário. 
 
Conforme já citado no movimento reverso de pós-consumo, a redução do ciclo de vida dos 
produtos também influi no movimento reverso de pós-vendas. Isso se deve pois, em coexistência com 
o fator de respeito à preservação ambiental pelo destino apropriado dos produtos, o grau de 
obsolescência das mercadorias está inversamente relacionado à capacidade de retorno desse produto 
para recomercialização no mercado, principalmente em nichos nos quais a atualização tecnológica é 
condição de existência (CARDOSO et al., 2007; LEITE, 2009). 
Embora a PNRS, a qual será abordada doravante, seja direcionada de forma específica ao campo 
do pós-consumo, ela também se relaciona ao campo de pós-venda. Isso se deve à necessidade de 
manutenção de tais produtos, dos resíduos resultantes da assistência técnica ou mesmo do tratamento 
das embalagens utilizadas nos produtos de pós-venda (LEITE, 2011). 
 
 
Os excedentes de pós-venda devem ser administrados, a fim de equacionar o fluxo dos bens por 
intermédio de um relatório de ciclo de vida dos produtos, capaz de minimizar os custos com o fluxo 
reverso (HORNGREEN et al. 2000). 
Acesse o material on-line e confira a videoaula do professor Luiz! 
Referências 
DE BRITO, M. P.; FLAPPER, S. D. P.; DEKKER, R. Reverse Logistics: a review of case studies, 
Econometric Institute Report, 2002. 
DONATO, Vitório. Logística Verde: uma abordagem socioambiental. São Paulo: Ciência Moderna, 
2009. 
FLEURY, P. F. et al. Logística Empresarial: A perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000. 
LACERDA, L. Logística Reversa: Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. 
Disponível em: http://www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel/new/fr-rev.htm Acesso em 28 set. 2015. 
LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa. 2 ed. São Paulo: Pearson / Prentice Hall, 2009. 
RAZZOLINI, Edelvino Filho; BERTÉ, Rodrigo. O reverso da Logística e as Questões Ambientais no 
Brasil. Curitiba: IBPEX, 2009. 
CST em Logística 
Logística Reversa – Aula 3 – parte 1 
Professor Luiz Felipe Cougo 
 
Introdução 
Bem-vindo(à) à aula 03 da disciplina de Logística Reversa! 
Nesta aula, falaremos sobre os seguintes assuntos: 
 Logística reversa, os processos e a realização dos produtos e serviços 
 O Planejamento da Logística Reversa 
 Modelos de redes e cadeias reversas 
 Requisitos legais e outros subscritos pela organização 
 Regras gerais dos processos 
Logística reversa, os processos e a realização dos produtos e serviços 
 
Paraestruturarmos nossa terceira aula, é necessário: 
 
 Estudar as demandas dos negócios dos dias de hoje e também dos processos associados às 
empresas; 
 Entender dos principais modelos de projetos voltados à Logística Reversa (LR); 
 Entender as técnicas e ferramentas de abordagem estratégica e tática nos processos de Supply 
Chain; 
 Criar cenários e hipóteses da necessidade da aplicação da LR. 
 
 
 
No mercado globalizado, a logística desempenha, de forma decisiva, papel de destaque organizacional. 
Esse cenário não se aplica apenas a empresas que mantêm a logística como core business, mas também 
àquelas que a posicionam como atividade-meio no negócio, podendo ser alocada como ferramenta 
diferenciadora competitiva (PIRES, 2009, apud PONTINI, 2011). 
 
A configuração de uma rede logística envolve decisões estratégicas que terão impacto de longo prazo 
para os resultados financeiros organizacionais. Dentre as principais decisões, podem-se citar a 
determinação do número, da localização e do tamanho dos depósitos, bem como a alocação de espaços 
conforme o tipo de produto. 
 
Um dos objetivos desse planejamento é obter eficiência com a redução de custos como os de 
manutenção, de operação e de transportes (LEVI, 2003). 
 
Compare: 
 
 
Transportes 53%
Estocagem 26%
Armazenagem 21%
 
Fonte: ILOS, 2010 
Custos 
logísticos 
EUA BRASIL 
8,7% 
do PIB 
11,6% 
do PIB 
Leve ascendência em 
comparação a 2006 (11,5%) 
Custos logísticos no Brasil 
(2009) 
Confira alguns itens importantes da Logística Reversa! 
 
Redução de custos 
Segundo Lacerda (in CEL 2000), os processos de logística reversa tem trazido consideráveis retornos 
para as empresas. O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornáveis têm 
trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforços em desenvolvimento e melhoria 
nos processos de logística reversa. 
 
Aumento dos custos 
Ao contrário do que vimos no item anterior, não podemos ignorar os custos que o processo de logística 
reversa pode acarretar para as empresas quando não é feito de forma intencional, isto é, no item 
anterior percebemos que a logística reversa é utilizada em prol da empresa, transformando materiais, 
que seriam inutilizados, em matéria-prima, reduzindo assim, os custos para a empresa; acontece que, o 
contrário também pode acontecer e é o que notamos com mais frequência, isto é, materiais que voltam 
aos seus centros produtivos devido a falhas na produção, pedidos emitidos em desacordo com aquilo que 
o cliente queria, troca de embalagens, etc. Este tipo de processo reverso da logística acarreta custos 
adicionais, muitas vezes altos para as empresas, uma vez que, processos como armazenagem, 
separação, conferência, distribuição serão feitos em duplicidade, e assim como os processos, os custos 
também são duplicados. 
 
Concorrência 
Lacerda (in CEL 2000) defende que os clientes valorizam empresas que possuem políticas de retorno de 
produtos, pois isso, garante-lhes o direito de devolução ou troca de produtos. 
Este processo envolve uma estrutura para recebimento, classificação e expedição de produtos 
retornados, bem como um novo processo no caso de uma nova saída desse mesmo produto. 
Dessa forma, empresas que possuem um processo de logística reversa bem gerido, tendem a se 
sobressair no mercado, uma vez que estas podem atender seus clientes de forma melhor e diferenciada 
de seus concorrentes. Como já é de conhecimento da Logística direta, os fluxos logísticos executam 
papel fundamental na atividade, apoiando o serviço ao cliente e entregando valor (LEITE, 2009), A 
logística reversa apresenta o mesmo significado. 
 
Requisitos do cliente 
O atendimento aos requisitos do cliente é capaz de promover os vínculos necessários entre fornecedor e 
o comprador, tangíveis e intangíveis, capazes de fortalecer o grau de relacionamento entre as partes e 
estendê-la em regime de longo prazo, objetivando a rentabilidade na atividade (CHRISTOPHER, 2001, p. 
56). Ainda segundo o autor, a logística tem plenas condições de oferecer um nível de diferenciação por 
intermédio de serviços, influenciando diretamente na qualidade percebida pelo cliente. 
 
Ballou (2008) comenta que a logística apresenta caráter de valor agregado direto nos processos, uma 
vez que um produto ou serviço de qualidade, se não disponibilizado ao consumidor no momento e 
local/acesso adequados, passa a ser imperceptível e questionável aos olhos do cliente. 
O autor também menciona o serviço ao cliente no campo logístico como “resultado de todas as 
atividades logísticas ou dos processos da cadeia de suprimentos” (2006, p. 93). Visto isso, o 
posicionamento e o planejamento dos canais de estrutura logística direta e reversa a serem adotados 
impactam diretamente na satisfação e no processo de fidelização (Pontini, 2011). 
 
 
 
CST em Logística 
Logística Reversa – Aula 3 – parte II 
Professor Luiz Felipe Cougo 
 
O Planejamento da Logística Reversa 
 
A gestão de retorno de produtos é mais do que decidir o que fazer com eles: envolve a captura de 
informações que permitam entender os motivos do seu retorno e com isto atuar sobre as 
causas da insatisfação dos clientes, contribuindo para reduzir os retornos futuros. Além disso, 
um processo rápido e eficiente para os clientes aumenta a credibilidade. 
 
 
 
Estas informações podem ajudar tanto na fabricação, na embalagem e nas ações de marketing 
(promoções com produtos de retorno em determinados mercados, e melhoria do produto/serviço). 
 
Um modelo de planejamento deve seguir os dados anteriores para que as ações relacionadas ao fluxo de 
materiais e informações esteja adequado, deve-se considerar ainda, os fatores de tomadas de decisão 
quando se utilizar dos verbos associados à LR estratificando-os de modo que o planejamento cumpra 
com as necessidades. 
Pensando nisso, reflita: 
 
 Se considerar a ideia que a LR aplicada na empresa estará sob sua responsabilidade, o que de fato 
deveria ser visualizado e executado dentro das suas atribuições e responsabilidades? 
 
 Como enxergar que todas as hipóteses foram mapeadas para que caso ocorra alguma necessidade 
de aplicação, ela será feita da melhor maneira, com o menor custo possível, com qualidade e 
prazos adequados? 
 
O método funciona como um mapeamento 
destas atividades, onde ficará estabelecido:
 
O que será feito 
Quem fará o quê 
Em qual período de tempo 
Em qual área da empresa 
Os motivos pelos quais a atividade 
deve ser feita 
Pois bem, existe uma ótima ferramenta que 
precisamos ler, entender e aplicar como técnica de 
mapeamento que associa os principais agentes 
executores da LR com a estratificação das ações, 
chamada 5W2H. 
O 5W2H, basicamente, é um checklist de 
determinadas atividades que precisam ser 
desenvolvidas com o máximo de clareza possível 
por parte dos colaboradores da empresa. 
 
 
Em um segundo momento, deverá figurar em uma tabela como será feita esta atividade e quanto 
custará aos cofres da empresa tal processo. Esta ferramenta é extremamente útil para as empresas, uma 
vez que elimina por completo qualquer dúvida que possa surgir sobre um processo ou sua atividade. 
 
Em um meio ágil e competitivo como é o ambiente corporativo, a ausência de dúvidas agiliza e muito as 
atividades a serem desenvolvidas por colaboradores de setores ou áreas diferentes. Afinal, um erro na 
transmissão de informações pode acarretar diversos prejuízos à sua empresa, por isso é preciso ficar 
atento à essas questões decisivas, e o 5W2H é excelente neste quesito!O nome desta ferramenta foi assim estabelecido por juntar as primeiras letras dos nomes (em inglês) das 
diretrizes utilizadas neste processo. Veja a seguir cada uma delas e o que elas representam: 
 
5W 
What O que será feito? Etapas 
Why Por que será feito? Justificativa 
Where Onde será feito? Local 
When Quando será feito? Tempo 
Who Por quem será feito? Responsabilidade 
2H 
How Como será feito? Método 
How much Quanto custará fazer? Custo 
 
Há ainda outros 2 tipos de nomenclatura para esta ferramenta: 
 
 5W1H: onde exclui-se o “H” referente ao “How much”. 
 5W3H: alternativa mais recente, onde inclui-se o “H” referente ao “How many”, ou quantos. 
 
 
Todas elas podem ser utilizadas perfeitamente dependendo da necessidade do gestor, respeitando 
sempre as características individuais. 
 
Ao planejar determinada atividade gerencial, você deve responder às 7 perguntas com clareza e 
objetividade. Logo após, você deverá elaborar uma tabela explicativa sobre tudo o que foi planejado. 
 
 
 
A ferramenta 5W2H é uma das mais fáceis de ser implementada e traz grandes benefícios para os 
gestores e suas atividades organizacionais. Por isso, não deixe de utilizá-la em seu dia a dia empresarial. 
 
Para visualizar a técnica, que tal aplica-la onde trabalha e tentar mapear as atividades que 
você hoje executa? 
 
Quando se tratar de LR, a tomada de decisão sobre o que fazer, ou seja, a utilização dos verbos, devem 
ser complementadas com perguntas importantes para criação do processo da LR. 
 
 
 
 
 
Alguns exemplos de verbos associados a LR e que devem ser considerados para o planejamento no item 
O que fazer (What): 
 
 Reverter 
 Devolver 
 Recusar 
 Rejeitar 
 Reutilizar 
 Reciclar 
 Descartar 
 Segregar 
 Destinar 
 Etc.... 
 
Para o sucesso no planejamento, devem ser incluídos também fatores importantes quando da utilização 
dos verbos e que podem condicionar a necessidade de tornar possível o fluxo reverso e também 
modificar a estrutura e organização destes canais reversos. 
 
 
 
1. Custos 
Ainda não bem definidos e de difícil avaliação. 
2. Oferta 
De materiais reciclados, permitindo a continuidade industrial necessária. 
3. Qualidade 
Adequada ao processo industrial e constante para garantir rendimentos operacionais economicamente 
competitivos. 
4. Tecnologia 
Tecnologia e o teor de determinada matéria-prima podem variar em função do produto de pós-consumo 
utilizado, redundando em custos diferentes e orientando o mercado de pós-consumo para aquele que se 
apresente mais conveniente. 
5. Logística 
A característica logística das matérias de pós-consumo, e em particular a transportabilidade dos mesmos, 
revela-se de enorme importância na estruturação e eficiência dos canais reversos. 
6. Mercado 
É necessário que haja quantitativa e qualitativamente mercado para os produtos fabricados com 
materiais reciclados. 
7. Meio Ambiente 
Novos comportamentos passam a exigir novas posições estratégicas das empresas sobre o impacto de 
seus produtos e processos industriais. 
8. Governo 
Legislação, subsídios que afetam o interesse nos materiais reciclados. 
9. Responsabilidade Social 
Valorização social e possibilidade de produção e consumo de produtos ecologicamente corretos. 
Sob forma esquemática, pode-se observar os fatores conforme modelo da figura a seguir: 
 
 
 
Portanto, para aproveitar o retorno de produtos do mercado de forma sincronizada e executar ações 
adequadas é necessário disponibilizar e sincronizar as informações para a alta administração da empresa, 
que sob o ponto de vista estratégico, toma as decisões necessárias para que o fluxo da LR seja feito no 
menor tempo possível, reduzindo a perda de valor do produto por conta de inúmeros fatores como por 
exemplo a depreciação de mercado e pelo aumento da eficiência. 
 
 
CST em Logística 
Logística Reversa – Aula 3 – parte III 
Professor Luiz Felipe Cougo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Modelos de redes e cadeias reversas 
 
Neste tema, vamos conhecer alguns modelos de LR conhecidos e aplicados em processos conforme a 
demanda e a atividade da organização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste primeiro modelo, nota-se o fluxo do 
produto de forma simples e direta. O que 
pode gerar gargalos maiores neste 
processo é o fluxo de informações, onde o 
desgaste do cliente e a burocratização são 
fatores que podem influenciar na próxima 
compra do cliente. 
 
 
No modelo a seguir, os atores relacionados a LR são maiores, incluindo o ponto de venda, o Centro de 
Distribuição até o fornecedor que então fará o processo do fluxo direto novamente, agora, no entanto, 
com as opções dos canais de pós-venda (mercado original, secundário, etc). 
 
 
 
 
No modelo de Conserto / Reparo e também no de Reuso/Remanufatura, os processos mapeados devem 
contemplar os cenários existentes acerca das características do fluxo do material e também do produto, 
para se ter precisão em situações de demandas dos clientes. 
 
 
Modelo LR Embalagens Retornáveis 
 
 
 
 
 
 
Modelo LR Duráveis (Pós consumo) 
 
 
Modelo LR Descartáveis (Pós consumo) 
 
 
 
 
 
Estes são modelos que devem ser considerados, contudo, há inúmeras hipóteses que demandam de um 
mapeamento do fluxo de valor dependendo do escopo da organização. O que fazer, como fazer, quando, 
onde, por quê, quem será o responsável e também o importante quanto irá custar deve estar presente 
em todos os cenários. 
 
O processo de logística reversa tem que ser sustentável, pois trata de questões muito mais amplas que 
simples devoluções. Os materiais envolvidos nesse processo geralmente retornam ao fornecedor, são 
revendidos, recondicionados, reciclados ou simplesmente descartados e substituídos, entre outros. 
 
Segundo BARBIERI e DIAS (2002), a logística reversa deve ser concebida como um dos instrumentos de 
uma proposta de produção e consumo sustentáveis. Por exemplo, se o setor responsável desenvolver 
critérios de avaliação ficará mais fácil recuperar peças, componentes, materiais e embalagens 
reutilizáveis e reciclá-los. 
 
 
CST em Logística 
Logística Reversa – Aula 3 – parte IV 
Professor Luiz Felipe Cougo 
 
Requisitos legais e outros subscritos pela organização 
Devido ao processo de globalização, nas quais multinacionais adotam políticas comuns para todas suas 
filiais e os governos tendem a adotar legislações ambientais mais rigorosas em todos os países, em 
pouco tempo, as mesmas práticas ambientais adotadas na Europa serão implementadas no Brasil. 
Até 2010, não existia no Brasil nenhuma legislação que cobrasse diretamente esta questão. Até então o 
processo de logística reversa estava em difusão e não era encarado pelas empresas como um processo 
“necessário”, visto que a maioria das empresas não possuem um departamento específico para gerir essa 
questão e até hoje ainda é deficitário. 
 
 
Assim, algumas Resoluções são utilizadas, como por exemplo: 
Conama nº258 de 26/08/99 
Estabelece que as empresas fabricantes e as importadoras de pneus ficam obrigadas a coletar 
e dar destinação final, ambientalmente adequada, aos pneus inservíveis, proporcionalmente às 
quantidades fabricadas e importadas definidas nesta Resolução, o que praticamente obriga as empresas 
desse segmento à sustentarem políticas de logística reversa. BARBIERI e DIAS (2002). 
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) 
Instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010 e regulamentada

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