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resíduos; A distribuição eficiente, que busque economizar combustível e reduzir a emissão de poluentes; O controle das cadeias de retorno do pós-venda e pós-consumo, que atendam no mínimo às legislações aplicáveis e participe na conscientização do consumidor em seu papel dentro deste sistema sustentável. O comprometimento das empresas com relação a essas questões tem três classificações distintas. Veja a seguir quais são elas: 1. Fase reativa: são caracterizadas pelo cumprimento da legislação e dos regulamentos. Elas se adequam às pressões externas da sociedade, revelando uma visão introspectiva que não inclui em suas reflexões estratégicas os impactos de seus produtos ou processos no meio ambiente. 2. Fase proativa: apresentam a vantagem de se antecipar às novas regulamentações, influenciando- as. Assim, criam uma imagem satisfatória junto ao público e desenvolvem razoável comprometimento da hierarquia superior com os problemas ambientais. 3. Fase de agregação de valor: revelam grande comprometimento com o meio ambiente, integrando-o em sua reflexão estratégica como diferencial competitivo. São várias as ações desenvolvidas: o Utilizam a análise de ciclo de vida do produto no sentido de medir os impactos causados ao meio ambiente; o Projetam produtos para serem facilmente desmontados ou reciclados (Design for Recycling); o Criam uma relação de comprometimento com o meio ambiente em suas redes de suprimento e distribuição (EPR = Extended Product Responsability); o Incentivam as diversas áreas especializadas na concepção e operação de redes de distribuição reversas, de sistemas de reciclagens internos e em parcerias nas cadeias reversas (Reverse Supply Chain), gerando diferencial competitivo através da distribuição reversa (SHET; PARVATIYAR, 1995, p. 8-19) (LEITE, 2000). Para que se tenha um exemplo científico e aplicável da relação entre a Logística Reversa e a sustentabilidade, acesse o link a seguir e leia um artigo! Ele trata da aplicação da Logística Reversa no lixo tecnológico (lâmpadas, pilhas e baterias) da Braskem, conceituada empresa do ramo petroquímico. O estudo é simples, porém apresenta bons conceitos. Confira! http://www.web-resol.org/textos/180-489-1-pb.pdf Acesse o material on-line, confira a videoaula do professor Luiz e tenha mais informações! Síntese Em resumo, esse tema fecha a conexão com o tema anterior quanto aos aspectos dos processos, dos modelos e também das necessidades do entendimento dos fluxos pertencentes às empresas. Tratamos também da visão conjunta dos canais reversos, mostrando os passos para os modelos de pós-venda e pós-consumo, dando o pontapé inicial ao importante entendimento da associação entre a Logística Reversa e o desenvolvimento sustentável. Esse é um estudo relevante atualmente para a sobrevivência das organizações, incluindo os impactos da Logística Reversa nas dimensões ambientais, sociais e econômicas. Até a próxima aula! Referências ALVES, Carlos Alberto. A gestão eficiente dos resíduos. Porto: Publindústria, 2005. CARVALHO, José Crespo de. Logística, Supply Chain & Network Management. Lisboa: Ad litteram, 2003. DE BRITO, M. P.; FLAPPER, S. D. P.; DEKKER, R. Reverse Logistics: a review of case studies, Econometric Institute Report. 2002 DONATO, Vitório. Logística Verde: uma abordagem socioambiental. São Paulo: Ciência Moderna, 2009. LACERDA, L. 2002, Logística Reversa - Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. Disponível em: <http://www.coppead.ufrj.br/pesquisa/cel/new/fr-rev.htm>. LEITE, Paulo Roberto. Logística Reversa. 2 ed. São Paulo: Pearson / Prentice Hall, 2009. RAZZOLINI, Edelvino Filho; BERTÉ, Rodrigo. O reverso da Logística e as Questões Ambientais no Brasil. Curitiba: IBPEX, 2009. CST em Logística Logística Reversa – Aula 5 Professor Luiz Felipe Cougo Logística Reversa e o Desenvolvimento Sustentável Descrição inicial e contextualização Este ponto alto da disciplina trata dos assuntos da LR associados às questões ambientais, que inclui a influencias do desenvolvimento sustentável, das dimensões da sustentabilidade e demais importantes técnicas e ferramentas ambientais que mundialmente são reconhecidas como referencias globais para aplicação de um sistema de gestão ambiental nas empresas. Isto se reflete nas ações da LR com foco na prevenção da poluição, no atendimento à legislação ambiental e social e também no comprometimento à melhoria contínua nos processos voltados para as partes interessadas, como os clientes, os trabalhadores, a sociedade e o meio ambiente. A evolução Ambiental foi uma consequência reativa da Revolução industrial, dos índices de crescimento, exploração e graves acidentes ocorridos pela agricultura e industrias químicas. Este histórico trouxe também iniciativas que, de certo modo, buscam a prevenção da poluição e a minimização dos impactos ambientais até os dias de hoje. Dentre os aspectos conhecidos da história ambiental, destacam-se: 1972 – Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente (Estocolmo). Publicou-se, nesse ano, o relatório LIMITES DO CRESCIMENTO que previam a escassez catastróficas dos recursos naturais. A previsão feita foi que em 2010 os alimentos e a produção industrial iriam declinar e, como consequência, haveria uma diminuição da população por PENÚRIA, FALTA DE ALIMENTOS E POLUIÇÃO. O relatório dizia: “ Se se mantiverem as atuais tendências de crescimento da população mundial, industrialização, contaminação ambiental, produção de alimentos e esgotamento dos recursos, este planeta alcançará os limites de seu crescimento no curso dos próximos cem anos. O resultado mais provável será um súbito e incontrolável declínio tanto de população como da capacidade industrial. ESSE DOCUMENTO FOI CRITICADO POR MUITOS SEGMENTOS COMO “ALARMISTA” A partir das discussões que ocorreram em ESTOCOLMO muitas outras discussões foram registradas nos anos seguintes. Estocolmo teve uma importância muito grande ao lançar a preocupação com a CONSERVAÇÃO DO PLANETA e o equilíbrio do CRESCIMENTO ECONÔMICO. Convenção sobre Comércio Internacional de espécies ameaçadas da fauna e da flora (1973); Convenção Internacional para a prevenção da poluição pelos navios (1973); Conferência alimentar mundial (1974); Convenção sobre a conservação da natureza no Pacífico Sul (1976); Conferência das Nações Unidas sobre a água (1977); Conferência das Nações Unidas sobre a Desertificação (1977); Conferência Mundial sobre o Clima (1978); Conferência sobre a Conservação de espécies migrantes da fauna selvagem (1979); Convenção sobre a conservação da fauna e da flora marítimas da Antártida (1980); Muitos outros documentos foram normalizados e muitas pessoas se moblizaram nesse sentido. Em 1983, numa assembleia da ONU, criou-se a CMMAD. Foi presidida pela Primeira-Ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland e adotou-se o conceito de Desenvolvimento Sustentável em seu relatório Our Common Future (Nosso futuro comum), também conhecido como Relatório Brundtland. Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, elaborado em 1987, uma série de medidas deveriam ser tomadas pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas: Em âmbito internacional, as metas propostas foram: • Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento); • proteção dos ecossistemas supranacionais como a antártica,