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UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DE PERNAMBUCO 
ENGENHARIA AGRICOLA E AMBIENTAL
DISCENTE: Gabrielli Renata Barbosa da Silva
REVISÃO DE LITERATURA SOBRE PROTEÍNAS
RECIFE
2015
Introdução
O seu nome deriva da palavra Grega proteios, que significa “de principal
importância” As proteínas desempenham um papel fundamental nos sistemas
biológicos, estando associadas a todas as formas de vida. Apesar da informação
para a evolução e organização biológica das células estar contida no ADN, os
processos químicos que sustentam a vida de uma célula/organismo são
desempenhados exclusivamente por enzimas. Cada enzima (das milhares de
enzimas já descobertas) cataliza uma reacção biológica altamente específica nas
células. Além da sua função enzimática, as proteínas desempenham outras funções
igualmente vitais: 
1. São componentes estruturais de células e organismos complexos (ex.: colagénio,
queratina, elastina);
2. São preparadas e secretadas de forma a permitir a comunicação intercelular
(hormonas e citocinas, componentes do sistema imunitário);
3. São produzidas e secretadas pelo fígado (proteínas plasmáticas) para estabilizar
o sangue (pela formação de uma solução com a viscosidade e a osmolaridade
apropriadas) e para transportar uma grande variedade de compostos através do
sangue;
4. A interacção complexa entre folhas inteiras de proteínas musculares permite o seu
deslizamento para trás e para a frente, sendo a base da contracção muscular e de
todos os aspectos da nossa mobilidade. Por sua vez, a contracção muscular permite
o bombeamento de oxigénio e nutrientes através do corpo, a inspiração e a
expiração nos nossos pulmões, e o movimento;
5. São parte integrante do sistema imunológico (anticorpos);
6. São importantes para o metabolismo energético (1 g de proteína fornece 4 kcal),
constituindo a segunda maior reserva de energia do nosso organismo, a seguir ao
tecido adiposo.
Conceito
A proteína é uma macromolécula formada por pequenas moléculas de
aminoácidos. São as moléculas orgânicas mais abundantes e importantes nas
células e perfazem 50% ou mais de seu peso seco. São encontradas em todas as
partes de todas as células, uma vez que são fundamentais sob todos os aspectos da
estrutura e função celulares. Existem muitas espécies diferentes de proteínas, cada
uma especializada para uma função biológica diversa. Além disso, a maior parte da
informação genética é expressa pelas proteínas. Podem ser de origem vegetal ou
animal. Vegetal: consideradas incompletas por serem pobres em variedade de
aminoácidos essenciais (aqueles que o corpo não é capaz de produzir).
Animal: considerada completa por conter todos os aminoácidos essenciais. As
proteínas existentes em todas as formas de vida são construídas a partir de 20
aminoácidos. A natureza das proteínas é determinada pelo tipo de aminoácidos que
as constituem e pela ordem em que estes aminoácidos se ligam. Cada um dos
aminoácidos tem destinos metabólicos diferentes, diferentes atividades em
diferentes vias metabólicas em diferentes órgãos, e diferentes composições em
diferentes proteínas. Quando os aminoácidos de origem alimentar são absorvidos, o
corpo toma uma série de decisões complexas no que diz respeito ao destino desses
aminoácidos: oxidar para a obtenção de energia, incorporar em proteínas, ou utilizar
na formação de outros compostos que contêm azoto (N). Os aminoácidos são as
unidades básicas estruturais das proteínas. Relativamente à estrutura, as proteínas
apresentam quatro níveis de estrutura, ou seja, primária, secundária, terciária e
quaternária. À medida que passam da estrutura primária (linear) para a estrutura
terciária e quaternária, as cadeias polipeptídicas das proteínas retraçam-se, dobram-
se e ligam-se no espaço tridimensional, produzindo centros que facilitam as reações
bioquímicas da vida que, na sua ausência, decorreriam sem controle ou pura e
simplesmente não existiriam.
Funções
Fornece material tanto para a construção como para a manutenção de todos
os nossos órgãos e tecidos.
Função Construtora: Pois participam da formação de hormônios, enzimas e 
anticorpos.
Função Reparadora: Se a pele de uma pessoa estiver em desequilíbrio pela falta de 
aminoácidos, a mesma deverá ingerir alimentos ricos em proteínas, porém com a 
ingestão devida de água, pois os mesmos serão benéficos para a sua recuperação. 
Isso vale não somente para a pele, mas para todo o corpo. Além de outras funções, 
como:
Proteínas transportadoras:
Podemos encontrar proteínas transportadoras nas membranas plasmáticas e 
intracelulares de todos os organismos. Elas transportam substâncias como glicose, 
aminoácidos, etc. através das membranas celulares. Também estão presentes no 
plasma sanguíneo, transportando íons ou moléculas específicas de um órgão para 
outro. A hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos transporta gás oxigênio para 
os tecidos. O LDL e o HDL também são proteínas transportadoras.
Proteínas estruturais:
As proteínas participam da arquitetura celular, conferindo formas, suporte e 
resistência, como é o caso da cartilagem e dos tendões, que possuem a proteína 
colágeno.
Proteínas de defesa:
Os anticorpos são proteínas que atuam defendendo o corpo contra os organismos 
invasores, assim como de ferimentos, produzindo proteínas de coagulação 
sanguínea como o fibrinogênio e a trombina. Os venenos de cobras, toxinas 
bactérias e proteínas vegetais tóxicas também atuam na defesa desses organismos.
Proteínas reguladoras:
Os hormônios são proteínas que regulam inúmeras atividades metabólicas. Entre 
eles podemos citar a insulina e o glucagon, que possuem função antagônica no 
metabolismo da glicose.
Proteínas nutrientes ou de armazenamento:
Muitas proteínas são nutrientes na alimentação, como é o caso da albumina do ovo 
e a caseína do leite. Algumas plantas armazenam proteínas nutrientes em suas 
sementes para a germinação e crescimento.
Proteínas de motilidade ou contráteis:
Algumas proteínas atuam na contração de células e produção de movimento, como 
é o caso da actina e da miosina, que se contraem produzindo o movimento 
muscular.
Classificação das proteínas
Quanto a Composição: 
- Proteínas Simples: Por hidrólise liberam apenas aminoácidos.
- Proteínas Conjugadas: Por hidrólise liberam aminoácidos mais um radical não 
peptídico, denominado grupo prostético. Ex: metaloproteínas, hemeproteínas, 
lipoproteínas, glicoproteínas, etc.
Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas:
- Proteínas Monoméricas: Formadas por apenas uma cadeia polipeptídica.
- Proteínas Oligomérica: Formadas por mais de uma cadeia polipeptídica; São as 
proteínas de estrutura e função mais complexas.
Quanto à Forma:
- Proteínas Fibrosas: Na sua maioria, as proteínas fibrosas são insolúveis nos 
solventes aquosos e possuem pesos moleculares muito elevados. São formadas 
geralmente por longas moléculas mais ou menos retilíneas e paralelas ao eixo da 
fibra. A esta categoria pertencem as proteínas de estrutura, como colágeno do tecido
conjuntivo, as queratinas dos cabelos, as esclerotinas do tegumento dos artrópodes,
a conchiolina das conchas dos moluscos, ou ainda a fibrina do soro sanguíneo ou a 
miosina dos músculos. Algumas proteínas fibrosas, porém, possuem uma estrutura 
diferente, como as tubulinas, que são formadas por múltiplas subunidades 
globulares dispostas helicoidalmente.
- Proteínas Globulares: De estrutura espacial mais complexa, são mais ou menos 
esféricas. São geralmente solúveis nos solventes aquosos e os seus pesos 
moleculares situam-se entre 10.000 e vários milhões. Nestacategoria situam-se as 
proteínas ativas como as enzimas, transportadores como a hemoglobina, etc.
Síntese 
A síntese de proteínas é um processo rápido, que ocorre em todas as células
do organismo, mais precisamente, nos ribossomos, organelas encontradas no
citoplasma e no retículo endoplasmático rugoso. Esse processo pode ser dividido
em três etapas:
Transcrição:
A mensagem contida no cístron (porção do DNA que contém a informação genética
necessária à síntese proteica) é transcrita pelo RNA mensageiro (RNAm). Nesse
processo, as bases pareiam-se: a adenina do DNA se liga à uracila do RNA, a timina
do DNA com a adenina do RNA, a citosina do DNA com a guanina do RNA, e assim
sucessivamente, havendo a intervenção da enzima RNA-polimerase. A sequencia de
3 bases nitrogenadas de RNAm, forma o códon, responsável pela codificação dos
aminoácidos. Dessa forma, a molécula de RNAm replica a mensagem do DNA,
migra do núcleo para os ribossomos, atravessando os poros da membrana
plasmática e forma um molde para a síntese proteica.
Ilustração 1: Proteínas Globulares e 
Fibrosas
Ativação de aminoácidos:
Nessa etapa, atua o RNA transportador (RNAt), que leva os aminoácidos dispersos
no citoplasma, provenientes da digestão, até os ribossomos. Numa das regiões do
RNAt está o anticódon, uma sequência de 3 bases complementares ao códon de
RNAm. A ativação dos aminoácidos é dada por enzimas específicas, que se unem
ao RNA transportador, que forma o complexo aa-RNAt, dando origem ao anticódon,
um trio de códons complementar aos códons do RNAm. Para que esse processo
ocorra é preciso haver energia, que é fornecida pelo ATP.
Tradução:
Na fase de tradução, a mensagem contida no RNAm é decodificada e o ribossomo a
utiliza para sintetizar a proteína de acordo com a informação dada.
Os ribossomos são formados por duas subunidades. Na subunidade menor, ele faz
ligação ao RNAm, na subunidade maior há dois sítios (1 e 2), em que cada um
desses sítios podem se unir a duas moléculas de RNAt. Uma enzima presente na
subunidade maior realiza a ligação peptídica entre os aminoácidos, o RNA
transportador volta ao citoplasma para se unir a outro aminoácido. E assim, o
ribossomo vai percorrendo o RNAm e provocando a ligação entre os aminoácidos.
O fim do processo se dá quando o ribossomo passa por um códon de terminação e
nenhum RNAt entra no ribossomo, por não terem mais sequencias complementares
aos códons de terminação. Então, o ribossomo se solta do RNAm, a proteína
específica é formada e liberada do ribossomo.
Para formar uma proteína de 60 aminoácidos, por exemplo, é necessário 1 RNAm,
60 códons (cada um corresponde a um aminoácido), 180 bases nitrogenadas (cada
sequência de 3 bases dá origem a um aminoácido), 1 ribossomo e 60 RNAt (cada
RNAt transporta um aminoácido). Pode-se notar, então, que se trata de um processo
altamente complexo, já que há a intervenção de vários agentes.
Bibliografia 
BOBBIO, F. & BOBBIO, P. A. Introdução à Química de Alimentos. Livraria Varela. 3ª.
Edição, 2003. 
UCKO, D. Química: para as ciências da saúde - uma introdução à química geral,
orgânica e biológica. 2ª. Edição. Editora Manole Ltda. 1992. 
http://www.esb.ucp.pt/nutribrinca/docs/Unidade_2.2_guia_proteinas.pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6vQAA/proteinas-conceitos-aplicacoes
http://www.brasilescola.com/quimica/estruturas-das-proteinas.htm
http://www.infoescola.com/bioquimica/sintese-de-proteinas/
Ambos os sites foram acessados em 06 de Novembro de 2015.
	Proteínas transportadoras:
	Proteínas estruturais:
	Proteínas de defesa:
	Proteínas reguladoras:
	Proteínas nutrientes ou de armazenamento:
	Proteínas de motilidade ou contráteis:
	Tradução:

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