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2006 8-1 ufpr/tc405 8 8LAJES MACIÇAS DE CONCRETO ARMADO1 8.1 Introdução Na teoria das estruturas, consideram-se elementos de superfície aqueles em que uma dimensão, usualmente chamada espessura, é relativamente pequena em face das demais, podendo receber as seguintes denominações (Figura 8.1): − placas: elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais ao seu plano; − cascas: elementos de superfície não plana; e − chapas: elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações contidas em seu plano. Figura 8.1 Estruturas laminares As lajes maciças de concreto armado constituem estruturas laminares, tipo placa. Em casos especiais, onde se requer lajes com maior rigidez (maior altura), pode-se fazer uso de lajes nervuradas (Figura 8.2). Figura 8.2 Lajes maciças e nervuradas Quando for desejado que a superfície inferior das lajes nervuradas se torne contínua e plana, fecham-se os vazios com elementos inertes (tijolos, blocos vazados de concreto, isopor, etc.), como mostrado na Figura 8.3. Esta laje é denominada mista. Figura 8.3 Lajes mistas As lajes que se apóiam diretamente sobre pilares são denominadas lajes lisas e as lajes que se apóiam sobre pilares com capitéis denominam-se lajes cogumelo. Neste Capítulo somente serão abordadas as lajes maciças apoiadas em vigas. 1 Este capítulo é uma cópia adaptada da publicação LAJES USUAIS DE CONCRETO ARMADO de Roberto Dalledone Machado. placa casca chapa laje maciça laje nervurada 2006 8-2 ufpr/tc405 8.2 Vãos efetivos de lajes Segundo a ABNT NBR 6118, item 14.7.2.2, quando os apoios puderem ser considerados suficientemente rígidos quanto à translação vertical, o vão efetivo (Figura 8.4) deve ser calculado pela seguinte expressão: 210ef aa ++= ll Equação 8.1 com = = h3,0 t5,0 mina h3,0 t5,0 mina 2 2 1 1 onde: lef vão efetivo da laje; l0 distância entre faces de dois apoios (vigas) consecutivos; t comprimento do apoio paralelo ao vão da laje analisada; h espessura da laje. Figura 8.4 Vão efetivo de laje 8.3 Curvaturas de lajes As lajes maciças de concreto armado (Figura 8.5) podem apresentar: − curvatura em uma só direção; ou − curvaturas em duas direções ortogonais. Figura 8.5 Curvaturas de lajes Quando a laje apresenta curvatura em uma só direção, seu comportamento é idêntico ao de uma viga de larga base e pouca altura. As lajes com curvaturas em duas direções ortogonais têm comportamento de placa. h t2 t1 l0 lef laje viga ly lx ly lx 2006 8-3 ufpr/tc405 As lajes com curvatura em uma só direção são apoiadas nas bordas perpendiculares ao eixo da curvatura, ao passo que as lajes com curvaturas em duas direções ortogonais são apoiadas em todo seu contorno (Figura 8.5). Quando a relação entre o vão maior (ly) e vão menor (lx) superar dois, a critério do projetista, a curvatura na direção do vão maior pode ser desprezada. Nesta condição somente a curvatura (esforços) na direção do vão menor será considerada. As lajes consideradas como de curvatura em uma só direção são também chamadas lajes armadas em uma só direção. As de curvaturas em duas direções ortogonais são denominadas armadas em duas direções (Figura 8.6). Figura 8.6 Lajes armadas em uma ou duas direções 8.4 Lajes contínuas Assim como as vigas, as lajes apresentam, também, condições de continuidade. Desta forma os apoios podem ser: − apoio simples, onde a extremidade da laje é considerada rotulada, transmitindo à viga suporte somente cargas verticais (reação de apoio); − apoio contínuo, onde duas lajes contíguas transmitem somente cargas verticais (reação de apoio) para a viga suporte; e − borda livre, onde a extremidade da laje é considerada em balanço. A consideração de apoios simples em lajes de extremidade evita que sejam transmitidos momentos torçores para as vigas suportes. Na determinação dos esforços de um painel de laje, é prática comum considerar as lajes isoladamente. Como em regiões de continuidade de lajes existe momento negativo, este pode ser representado, nas lajes isoladas, por um engaste (Figura 8.7). Nesta Figura 8.7, − o apoio simples é representado por uma linha contínua; − o engaste é representado pela hachura; e − a borda livre é representada por uma linha tracejada. Ainda na Figura 8.7, − a laje L1 é considerada simplesmente apoiada nas vigas V1 e V4, contínua na direção da laje L2 (apoiada sobre a V5) e contínua na direção da laje L3 (apoiada sobre a V2); − a laje L2 é considerada simplesmente apoiada nas vigas V1 e V3, contínua na direção das lajes L1 e L3 (apoiada sobre a V5) e com uma borda livre; e − a laje L3 é considerada simplesmente apoiada nas vigas V3 e V4, contínua na direção da laje L1 (apoiada sobre a V2) e contínua na direção da laje L2 (apoiada sobre a V5). ly lx ly lx 2006 8-4 ufpr/tc405 Figura 8.7 Lajes contínuas Quando sobre um apoio comum, duas lajes contíguas apresentarem diferentes dimensões, considera-se o engaste no vão maior se este for igual ou superior a 2/3 do vão menor (Figura 8.8). Deve ser observado na Figura 8.8 que a laje L1 deverá sempre ser considerada como engastada na direção da laje L2. V1 V3 V4 V2 V5 P1 P2 P3 P4 L1 L2 L3 L1 L3 L2 V1 V2 V4 V5 V2 V5 V4 V3 V1 V5 V3 2006 8-5 ufpr/tc405 Figura 8.8 Lajes contínuas de diferentes dimensões 8.5 Espessura de lajes A fixação da espessura das lajes deve atender às exigências dos esforços solicitantes (momento fletor e força cortante) para o estado limite último, bem como às verificações do estado limite de serviço (flechas, vibrações, fissuração, etc). Segundo a ABNT NBR 6118, item 13.2.4.1, nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para as espessuras: − 5 cm para lajes de cobertura não em balanço; − 7 cm para lajes de piso ou de cobertura em balanço; − 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN; e − 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN. 8.6 Cargas atuantes nas lajes As cargas atuantes nas lajes podem ser: − permanentes, devidas ao peso próprio, contra-piso, revestimento, paredes, etc.; e − acidentais, decorrentes das condições de uso da laje (residência, escritório, escola, biblioteca, etc.). 8.6.1 Cargas permanentes Segundo a ABNT NBR 6120, os pesos específicos dos materiais de construção que eventualmente possam constituir carregamento em lajes podem ser tomados como sendo: argamassa de cal, cimento e areia ......................................................................... 19,0 kN/m3 argamassa de cimento e areia ................................................................................ 21,0 kN/m3 argamassa de gesso ............................................................................................... 12,5 kN/m3 reboco ..................................................................................................................... 20,0 kN/m3 concreto simples ..................................................................................................... 24,0 kN/m3 concreto armado ..................................................................................................... 25,0 kN/m3 21 3 2 ll ≥ L1 L2 l1 l2 L1 L2 21 3 2 ll < L1 L2 l1 l2 L1 L2 2006 8-6 ufpr/tc405 O carregamento atuante na laje (peso por unidade de área) é dado pela expressão: hg matγ= Equação 8.2 onde: g carga permanente uniformemente distribuída,geralmente em kN/m2; γmat peso específico do material, geralmente em kN/m3; e h espessura do material, geralmente em m. Para materiais de acabamento ou coberturas, podem ser adotados os seguintes valores, considerando pesos por unidade de área: cerâmica ................................................................................................................. 0,70 kN/m2 tacos ....................................................................................................................... 0,65 kN/m2 cobertura de telhas francesas (com vigamento) .................................................... 0,90 kN/m2 cobertura de telhas coloniais (com vigamento) ...................................................... 1,20 kN/m2 cobertura de fibro-cimento (com vigamento) .......................................................... 0,30 kN/m2 cobertura de alumínio (com vigamento) ................................................................. 0,16 kN/m2 8.6.2 Cargas acidentais A ABNT NBR 6120 apresenta uma série de valores que podem ser assumidos para as cargas acidentais que venham a constituir carregamento em lajes. Alguns valores são reproduzidos a seguir: arquibancadas .......................................................................................................... 4,0 kN/m2 bibliotecas sala de leitura .................................................................................................. 2,5 kN/m2 sala para depósito de livros ............................................................................ 4,0 kN/m2 sala com estantes ........................................................................................... 6,0 kN/m2 cinemas platéia com assentos fixos .............................................................................. 3,0 kN/m2 estúdio e platéia com assentos móveis .......................................................... 4,0 kN/m2 banheiro .......................................................................................................... 2,0 kN/m2 corredores com acesso ao público .................................................................................... 3,0 kN/m2 sem acesso ao público .................................................................................... 2,0 kN/m2 edifícios residenciais dormitório, sala, copa, cozinha e banheiro ..................................................... 1,5 kN/m2 dispensa, área de serviço e lavanderia ........................................................... 2,0 kN/m2 escadas com acesso ao público .................................................................................... 3,0 kN/m2 sem acesso ao público .................................................................................... 2,5 kN/m2 escolas anfiteatro, corredor e sala de aula .................................................................. 3,0 kN/m2 outras salas ..................................................................................................... 2,0 kN/m2 escritórios ................................................................................................................. 2,0 kN/m2 forros sem acesso de pessoas ................................................................................. 0,5 kN/m2 ginásio de esportes .................................................................................................. 5,0 kN/m2 hospitais dormitório, enfermarias, sala de recuperação ou cirurgia, banheiro ............... 2,0 kN/m2 corredor ........................................................................................................... 3,0 kN/m2 lojas .......................................................................................................................... 4,0 kN/m2 restaurantes ............................................................................................................. 3,0 kN/m2 teatros palco ............................................................................................................... 5,0 kN/m2 platéia com assentos fixos .............................................................................. 3,0 kN/m2 estúdio e platéia com assentos móveis .......................................................... 4,0 kN/m2 banheiro .......................................................................................................... 2,0 kN/m2 2006 8-7 ufpr/tc405 Exemplo 8.1: Determinar o carregamento em uma laje de edifício comercial. A laje terá de 10 cm de espessura, contra-piso (argamassa de cimento e areia) de 1 cm, acabamento superior com tacos e acabamento inferior com forro de gesso com 1 cm de espessura. Solução: As cargas permanentes (Equação 8.2) e acidentais deverão ser determinadas por unidade de área (kN/m2). Os pesos do concreto armado, conta-piso e gesso correspondem a 25 kN/m3, 21 kN/m3 e 12,5 kN/m3, respectivamente. Os tacos pesam 0,65 kN/m2. A carga acidental de um edifício comercial deve ser considerada como sendo 2 kN/m2. a. Dados uniformização de unidades (kN e m) 3armconc m/kN25=γ 3piso cont m/kN21=γ 3gesso m/kN5,12=γ 2taco m/kN65,0g = m10,0cm10h armconc == m01,0cm1h piso cont == m01,0cm1hgesso == 2com edif m/kN2q = b. Carga permanente pp: .................... 25,0 x 0,10 = 2,50 kN/m2 contra-piso: ...... 21,0 x 0,01 = 0,21 kN/m2 gesso: .............. 12,5 x 0,01 = 0,13 kN/m2 tacos: ................................... = 0,65 kN/m2 gk = 3,49 kN/m2 (≈ 3,50 kN/m2) c. Carga acidental qk = 2,00 kN/m2 d. Carga total gk = 3,50 kN/m2 qk = 2,00 kN/m2 pk = 5,50 kN/m2 8.6.3 Paredes O peso das paredes depende do tipo de tijolo (maciço ou furado) e da espessura do reboco. Este peso normalmente é apresentado por metro quadrado de parede (parede de 1 m de largura por 1 m de altura), como mostrado na Figura 8.9. O peso por unidade de área de uma parede rebocada em ambas as faces pode ser representado por: rebrebtijtijpar e2ep γ+γ= Equação 8.3 onde ppar peso da parede por unidade de área, geralmente em kN/m2; γtij peso específico do tijolo, geralmente em kN/m3; etij espessura (menor dimensão em planta) do tijolo, geralmente em m. γreb peso específico do reboco, geralmente em kN/m3; e ereb espessura do reboco, geralmente em m. tacos contra-piso (1 cm) concreto armado (10 cm) gesso (1 cm) 2006 8-8 ufpr/tc405 Figura 8.9 Carga de paredes Para materiais componentes de parede, podem ser usados os seguintes valores: tijolo de furado ........................................................................................................... 12 kN/m3 tijolo de maciço .......................................................................................................... 16 kN/m3 reboco ....................................................................................................................... 20 kN/m3 A Tabela 8.1 mostra alguns valores de peso de parede. Na Tabela foi considerado reboco de 2,5 cm de espessura por face. parede sem reboco parede com reboco tijolo (cm) tijolo furado (kN/m2) tijolo maciço (kN/m2) parede (cm) tijolo furado (kN/m2) tijolo maciço (kN/m2) 10 1,20 1,60 15 2,20 2,60 12 1,44 1,92 17 2,44 2,92 15 1,80 2,40 20 2,80 3,40 20 2,40 3,20 25 3,40 4,20 Tabela 8.1 Pesos de paredes 8.6.3.1 Cargas de paredes em lajes de dupla curvatura As cargas de paredes apoiadas em lajes de dupla curvatura (Figura 8.10) podem ser consideradas como equivalentes a uma carga uniformemente distribuídaem toda esta laje. Para este caso, considera-se o peso total da parede e divide-se este valor pela área total da laje, como apresentado a seguir: yx parparpar par hp g ll l × ×× = Equação 8.4 onde: gpar carga uniformemente distribuída, devida à parede, por unidade de área, atuando em toda laje, geralmente em kN/m2; ppar peso da parede por unidade de área, geralmente em kN/m2; lpar largura da parede, geralmente em metro; hpar altura da parede, geralmente em metro; e hpar 1 m 1 m lpar 2006 8-9 ufpr/tc405 lx menor dimensão da laje, geralmente em metro; e ly maior dimensão da laje, geralmente em metro. Figura 8.10 Parede sobre laje de dupla curvatura Exemplo 8.2: Determinar a carga das paredes atuantes na laje abaixo representada. A altura das paredes corresponde a 2,7 m e são constituídas de tijolo furado de 10 cm, reboco de 1,5 cm em cada face. Solução: O peso por metro quadrado de parede é determinado pela Equação 8.3 e a carga uniformemente distribuída sobre a laje é determinada pele Equação 8.4. a. Dados uniformização de unidades (kN e m) 3tij m/kN12=γ 3reb m/kN20=γ m10,0cm10etij == m015,0cm5,1ereb == m7,42,25,2par =+=l m7,2hpar = m5,3x =l m0,6y =l b. Curvatura da laje curvaturadupla271,1 5,3 0,6 x y ⇒<== l l c. Peso por metro quadrado de parede rebrebtijtijpar e2ep γ+γ= ( ) ( ) 2par m/kN80,1015,020210,012p =××+×= 2, 2 m 3, 5 m 6,0 m 2,5 m ly lx lpar gpar (kN por m2 de laje) 2006 8-10 ufpr/tc405 d. Carga uniformemente distribuída na laje yx parparpar par hp g ll l × ×× = 2par m/kN09,100,650,3 70,270,480,1g = × ×× = 8.6.3.2 Cargas de paredes em lajes de uma só curvatura As cargas de paredes apoiadas em lajes de uma só curvatura se situam em duas condições: − paredes paralelas ao lado maior da laje;e − paredes paralelas ao lado menor da laje. A carga de parede paralela ao lado maior é considerada como uma carga linear uniformemente distribuída ao longo de sua largura (Figura 8.11), cujo valor é dado por: parparpar hpg ×= Equação 8.5 onde: gpar carga uniformemente distribuída, devida à parede, por unidade de comprimento (linear), atuando ao longo da largura da parede, geralmente em kN/m; ppar peso da parede por unidade de área, geralmente em kN/m2; e hpar altura da parede, geralmente em metro. Figura 8.11 Parede paralela ao lado maior da laje A carga de parede paralela ao lado menor é considerada como uma carga uniformemente distribuída na área de dimensões lx por 0,5 lx (Figura 8.12), cujo valor é dado por: 2 hp g x x parparpar par l l l × ×× = Equação 8.6 onde: gpar carga uniformemente distribuída, devida à parede, por unidade de área, atuando na área de dimensões lx por 0,5 lx, geralmente em kN/m2; ppar peso da parede por unidade de área, geralmente em kN/m2; lpar largura da parede, geralmente em metro; hpar altura da parede, geralmente em metro; e lx menor dimensão da laje, geralmente em metro. lx ly lpar gpar (kN por metro de laje) 2006 8-11 ufpr/tc405 Figura 8.12 Parede paralela ao lado menor da laje Exemplo 8.3: Determinar a carga das paredes atuantes nas lajes abaixo representadas. A altura das paredes corresponde a 2,7 m e são constituídas de tijolo furado de 12 cm, reboco de 1,5 cm em cada face. Solução: O peso por metro quadrado de parede é determinado pela Equação 8.3. A carga linear uniformemente distribuída sobre a laje L1 é determinada pela Equação 8.5 e a carga uniformemente distribuída na região lx por 0,5 lx da laje L2 é determinada pela Equação 8.6. a. Dados uniformização de unidades (kN e m) 3tij m/kN12=γ 3reb m/kN20=γ m12,0cm12etij == m015,0cm5,1ereb == m2,2par1 =l m7,1par2 =l m7,2hh 2parpar1 == 2 xl ly lx gpar (kN por m2 de laje) lpar 1,6 m 2,5 m 6 m 2,4 m 2, 2 m L1 3,6 m 6 m 2,4 m 1,7 m L2 2006 8-12 ufpr/tc405 m4,2x2x1 == ll m0,6y2y1 == ll b. Curvatura da laje curvaturasóuma250,2 4,2 0,6 x y ⇒>== l l c. Peso por metro quadrado de parede rebrebtijtijpar e2ep γ+γ= ( ) ( ) 2par m/kN04,2015,020212,012p =××+×= d. Laje L1 - peso por metro linear de parede parparpar hpg ×= m/kN51,570,204,2gpar =×= e. Laje L2 peso por metro quadrado de parede 2 hp g x x parparpar par l l l × ×× = 2par m/kN25,3 2 40,240,2 70,270,104,2g = × ×× = f. Carregamentos 8.6.4 Parapeitos e balcões Ao longo dos parapeitos e balcões devem ser consideradas aplicadas, uma carga horizontal de 0,8 kN/m na altura do corrimão e uma carga vertical mínima de 2 kN/m (ABNT NBR 6120, item 2.2.15), como mostrado na Figura 8.13. Figura 8.13 Parapeitos e balcões 2 kN/m 0,8 kN/m 1,6 m 2,5 m 6 m 2,4 m 2, 2 m L1 5,51 kN/m L2 1,2 m 6 m 2,4 m 3,25 kN/m2 1,7 m 3 m 2006 8-13 ufpr/tc405 8.6.5 Redução de cargas acidentais em pilares e fundações No cálculo dos pilares e das fundações de edifícios para escritórios, residências e casas comerciais não destinadas a depósitos, as cargas acidentais podem ser reduzidas de acordo com os valores indicados na Tabela 8.2 (ABNT NBR 6120, item 2.2.1.8). Nº de pisos que atuam sobre o elemento Redução percentual das cargas acidentais 1, 2 e 3 0% 4 20% 5 40% 6 ou mais 60% Tabela 8.2 Redução de cargas acidentais Na aplicação da Tabela 8.2, o forro deve ser considerado como piso (Figura 8.14). Figura 8.14 - Redução de cargas acidentais 8.7 Determinação de esforços em lajes Para a determinação dos esforços em lajes maciças de concreto armado, duas simplificações são admitidas: − existe uma separação virtual entre as lajes e as vigas que suportam o painel de lajes; e − a reação de apoio das vigas suporte do painel de lajes se faz de forma uniformemente distribuída. Embora concretadas de forma monolítica, admite-se que as lajes e vigas sejam separadas virtualmente, de tal forma que possam ser projetadas individualmente (Figura 8.15). As vigas suporte das lajes são consideradas como apoios indeslocáveis. g + 1,0 q g + 1,0 q g + 1,0 q g + 0,8 q g + 0,6 q g + 0,4 q g + 0,4 q g + 0,4 q 2º 1º (cob) 3º 4º 5º 6º 7º iº 2006 8-14 ufpr/tc405 Figura 8.15 Separação virtual entre lajes e vigas Uma vez que as vigas suportes das lajes são consideradas como indeslocáveis, pode-se admitir que as reações de apoio existentes nas interfaces lajes/vigas sejam consideradas como uniformemente distribuídas (Figura 8.16). Rigorosamente isto não ocorre pois existe uma tendência de levantamento nos cantos das lajes. Figura 8.16 Reação de apoio de lajes 8.7.1 Lajes isoladas A determinação dos esforços em lajes isoladas pode ser feita por processos aproximados (MARCUS), pela teoria das placas (BARES), pela teoria das charneiras plásticas (LANGENDONCK), etc.. Dentre o conjunto de soluções apresentadas na literatura mundial, destacam-se as tabelas de CZERNY, para determinação dos momentos fletores atuantes em lajes isoladas. A notação a ser usada para CZERNY está mostrada na Figura 8.17 e o conjunto de tabelas é apresentado em 8.11. Figura 8.17 Notação das tabelas de CZERNY As tabelas de CZERNY foram confeccionadas para varias condições de contorno e carga. Os momentos fletores são dados pelas seguintes expressões: y 2 x by y 2 x y x 2 x bx x 2 x x pmpm pmpm β = α = β = α = ll ll Equação8.7 lx mby ly mbx my mx 2006 8-15 ufpr/tc405 onde: lx menor vão; ly maior vão; mx momento fletor positivo na direção x; my momento fletor positivo na direção y; mbx momento fletor negativo (borda) na direção x; mby momento fletor negativo (borda) na direção y; p carga uniformemente distribuída em toda laje; αx coeficiente para definição do momento fletor positivo na direção x; αy coeficiente para definição do momento fletor positivo na direção y; βx coeficiente para definição do momento fletor negativo (borda) na direção x; e βy coeficiente para definição do momento fletor negativo (borda) na direção y. Se a carga uniformemente distribuída corresponder a um valor característico (pk = gk + qk) os momentos fletores resultarão característicos (mk). Se a carga corresponder a um valor de cálculo (pd = γg gk + γq qk), os momentos fletores resultarão de cálculo (md). 8.7.2 Lajes contínuas Como as tabelas de CZERNY determinam momentos fletores isolados em bordas que são contínuas em um painel de lajes, torna-se necessário uniformizar estes momentos negativos atuantes nestas regiões de continuidade de lajes (Figura 8.18). Figura 8.18 Momentos fletores em lajes continuas O momento negativo de borda, atuante na junção das lajes Li e Lj, é dado pela seguinte expressão: bibj bj bjbi bij mm m8,0 2 mm maxm > + = Equação 8.8 A uniformização dos momentos fletores negativos atuantes na junção das lajes Li e Lj implica em alterações (correções) nos momentos fletores positivos mi e mj (Figura 8.19). O momento mi tem seu valor reduzido ao passo que o momento mj tem seu valor aumentado. Figura 8.19 Momentos fletores uniformizados em lajes continuas lxi lyi lyj lxj Li Lj mi mj mbi mbj lxi lyi lyj lxj Li Lj mbij mbj mi,cor mj,cor 2006 8-16 ufpr/tc405 O ajuste de momentos fletores positivos nas lajes Li e Lj corresponde a: bibj bijbj jcor,j icor,i mm 2 mm mm mm > − += = Equação 8.9 Como pode ser observado na Equação 8.9, a correção de momentos positivos só é feita para o momento mj (momento que sofre acréscimo). Caso mbi seja maior que mbj, os índices i e j devem ser invertidos na Equação 8.8 e na Equação 8.9. Deve ser observado também que na Figura 8.18 e na Figura 8.19, bem como na Equação 8.8 e na Equação 8.9, os índices x e y correspondentes as direções das lajes Li e Lj não foram considerados (aprecem na Figura 8.17). A relação entre os valores apresentados sem os índices x e y (direções) corresponde a: mi myi momento fletor positivo na direção y da laje Li; mj mxj momento fletor positivo na direção x da laje Lj; mbi mbyi momento fletor negativo na direção y da laje Li; e mbj mbxj momento fletor negativo na direção x da laje Lj. Exemplo 8.4: Determinar os momentos fletores de cálculo atuantes no painel de lajes abaixo indicado. Considerar: − estado limite último, combinações últimas normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4 e γq = 1,4); − carga permanente uniformemente distribuída (gk): 4 kN/m2: e − carga acidental uniformemente distribuída (qk): 2 kN/m2. Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 8.7 para a determinação dos momentos fletores em lajes isoladas. A uniformização dos momentos negativos nas regiões de continuidade de lajes é feita com a utilização da Equação 8.8. Para a correção dos momentos positivos deve-se usar a Equação 8.9. a. Carregamento das lajes (valores de cálculo) qqkgd qgp γ+γ= 2d m/kN4,80,24,10,44,1p =×+×= b. Laje L1 m8,1x1 =l m0,4y1 =l =β =β =α =α ⇒⇒== 00,12 00,8 20,40 20,14 tab22,2 8,1 0,4 1y 1x 1y 1x x1 y1 l l 4 m 1,2 m 5m 3 m 1,8 m L1 L2 L3 L4 ly1 = 4 m lx1 = 1,8 m L1 mbx1 mx1 my1 mby1 2006 8-17 ufpr/tc405 m/kNm92,1 20,14 8,14,8pm 2 1x 2 1xd d,1x = × = α = l m/kNm68,0 20,40 8,14,8pm 2 1y 2 1xd d,1y = × = α = l m/kNm40,3 00,8 8,14,8pm 2 1x 2 1xd d,1bx −= × −= β −= l m/kNm27,2 00,12 8,14,8pm 2 1y 2 1xd d,1by −= × −= β −= l c. Laje L2 m0,3x2 =l m0,4y2 =l =β =β =α =α ⇒⇒== 50,17 00,13 83,47 87,27 tab33,1 0,3 0,4 2y 2x 2y 2x x2 y2 l l m/kNm71,2 87,27 0,34,8pm 2 2x 2 2xd d,2x = × = α = l m/kNm58,1 83,47 0,34,8pm 2 2y 2 2xd d,2y = × = α = l m/kNm82,5 00,13 0,34,8pm 2 2x 2 2xd d,2bx −= × −= β −= l m/kNm32,4 50,17 0,34,8pm 2 2y 2 2xd d,2by −= × −= β −= l d. Laje L3 m0,4x3 =l m0,5y3 =l =β =β =α =α ⇒⇒== 90,12 10,11 40,34 90,24 tab25,1 0,4 0,5 3y 3x 3y 3x x3 y3 l l m/kNm40,5 90,24 0,44,8pm 2 3x 2 3xd d,3x = × = α = l m/kNm91,3 40,34 0,44,8pm 2 3y 2 3xd d,3y = × = α = l m/kNm11,12 10,11 0,44,8pm 2 3x 2 3xd d,3bx −= × −= β −= l m/kNm42,10 90,12 0,44,8pm 2 3y 2 3xd d,3by −= × −= β −= l e. Laje L4 (laje isostática laje em balanço) m2,1x4 =l m/kNm05,6 2 2,14,8 2 pm 22 4xd d,4bx −= × −=−= l ly2 = 4 m lx2 = 3 m L2 mbx2 mx2 my2 mby2 lx3= 4 m ly3 = 5 m L3 mby3 my3 mbx3 mx3 lx4= 1,2 m L4 mbx4 2006 8-18 ufpr/tc405 f. Uniformização de momentos fletores Lajes L1/L2 d,1bd,2b d,2b d,2bd,1b d,12b mm m8,0 2 mm maxm > + = × + = 82,58,0 2 82,540,3 maxm d,12b = 66,4 61,4 maxm d,12b m/kNm66,4m d,12b = ◄ d,1bd,2b d,12bd,2b d,2cor,d,2 mm2 mm mm > − += 2 66,482,571,2m cor,d,2 − += m/kNm29,3m cor,d,2 = ◄ g. Uniformização de momentos fletores Lajes L2/L3 d,2bd,3b d,3b d,3bd,2b d,23b mm m8,0 2 mm maxm > + = × + = 42,108,0 2 42,1082,5 maxm d,23b = 34,8 12,8 maxm d,23b m/kNm34,8m d,23b = ◄ d,2bd,3b d,23bd,3b d,3cor,d,3 mm2 mm mm > − += 2 34,842,1091,3m cor,d,3 − += m/kNm95,4m cor,d,3 = ◄ h. Uniformização de momentos fletores Lajes L1/L4 Como a laje L4 corresponde a um trecho isostático (laje em balanço), obrigatoriamente o momento fletor atuante na junção das lajes L1 e L4 é o da laje L4 (6,05 kNm/m). Não há correção do momento positivo da laje L1 pois o momento da borda desta laje (2,27 kNm/m) é inferior ao momento da borda da laje L4 (6,05 kNm/m). m/kNm05,6mm d,4bd,14b == ◄ m/kNm68,0m d,1 = ◄ L1 3,40 1,92 L2 5,82 2,71 5,82 L1 L2 3,29 5,82 1,92 4,66 L2 L3 3,91 5,82 10,42 3,29 4,66 L2 3,29 L3 4,95 8,34 4,66 L1 L4 0, 68 2, 27 6, 05 L1 L4 0, 68 6, 05 2006 8-19 ufpr/tc405 i. Uniformização de momentos fletores Lajes L2/L4 Como a laje L4 corresponde a um trecho isostático (laje em balanço), obrigatoriamente o momento fletor atuante na junção das lajes L2 e L4 é o da laje L4 (6,05 kNm/m). Não há correção do momento positivo da laje L2 pois o momento da borda desta laje (4,32 kNm/m) é inferior ao momento da borda da laje L4 (6,05 kNm/m). m/kNm05,6mm d,4bd,24b == ◄ m/kNm58,1m d,2 = ◄j. Uniformização de momentos fletores Lajes L3/L4 Como a laje L4 corresponde a um trecho isostático (laje em balanço), obrigatoriamente o momento fletor atuante na junção das lajes L3 e L4 é o da laje L4 (6,05 kNm/m). Há correção do momento positivo da laje L4 pois o momento da borda desta laje (10,42 kNm/m) é superior ao momento da borda da laje L4 (6,05 kNm/m). m/kNm05,6mm d,4bd,34b == ◄ d,4bd,3b d,34bd,3b d,4cor,d,4 mm2 mm mm > − += 2 05,611,1240,5m cor,d,4 − += m/kNm43,8m cor,d,4 = ◄ k. Momentos fletores (kNm/m) na direção L1/L2/L3 L2 L4 1, 58 4, 32 6, 05 L2 L4 1, 58 6, 05 L3 L4 5, 40 12 ,1 1 6, 05 L3 L4 8, 43 6, 05 L1 L2 L3 L4 1,92 3,29 4,95 4,66 8,34 2006 8-20 ufpr/tc405 l. Momentos fletores (kNm/m) nas direções L1/L4, L2/L4 e L3/L4 m. Observação Embora a relação entre o vão maior (4 m) e o vão menor (1,8 m) da laje L1 supere dois, a dupla curvatura desta laje foi considerada. Caso a curvatura na direção do vão maior fosse desprezada (consideração de laje armada em uma só direção), o resultado final praticamente não se alteraria pois o momento fletor positivo na direção do balanço resultou bem próximo de zero (0,68 kNm/m) e o momento fletor negativo (6,05 kNm/m) foi definido pela laje em balanço. 8.8 Armadura de flexão 8.8.1 Armadura principal e armadura secundária Para as lajes armadas em duas direções (curvatura em duas direções ortogonais), todas as armaduras de flexão (armaduras longitudinais) são consideradas como principal. Para as lajes armadas em uma só direção (uma só curvatura na direção do vão menor), a armadura considerada como principal é aquela posicionada na direção do vão menor. Na direção do vão maior deve-se, obrigatoriamente, colocar uma armadura de distribuição denominada armadura secundária (Figura 8.20). Figura 8.20 Armadura principal e secundária de lajes L1 L2 L3 L4 6, 05 6, 05 6, 05 0, 68 8, 43 1, 58 ly ly lx lx armadura principal armadura secundária 2006 8-21 ufpr/tc405 8.8.2 Equações gerais Na determinação da armadura de flexão (momentos fletores) de lajes devem ser seguidos os mesmos princípios estabelecidos no Capítulo [5]. A armadura será determinada para cada metro de laje (bw = 1 m). Para a determinação da altura útil é conveniente adotar-se a altura útil da armadura mais afastada da borda tracionada (Figura 8.21). Figura 8.21 Seção transversal de laje ( )lφ+−= 5,1chd nom Equação 8.10 Para as lajes de pouca altura, as armaduras de compressão devem ser evitadas. Desta forma as equações para determinação ou verificação da armadura longitudinal de lajes correspondem a: x yds cdw s min,s ydsz 1Rd s x x x yd s x s xz ck ck cd 2 w 1Rd x s z ck ck cd 2 w 1Rd c 1RdRdSd lim,1RdSd w ckcd 2 w ckcd 2 w lim,1Rd fA fdb68,0 A fd mA 259,00,15,31 f E 259,00,1 4,01 MPa35f400,0 MPa35f500,0 fdb272,0 m5625,125,1 ou tab MPa35f228,0 MPa35f272,0 fdb m mmm compressão de armadura de enecessidad há nãomm cm100b MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 m β =β ≥ ββ = >β≤× β β− ≤β =β β−=β > ≤ ≤−−=β β β ⇒⇒ > ≤ ≤=β == ⇒≤ = > ≤ = Equação 8.11 8.8.3 Armadura mínima Os valores das armaduras mínimas para lajes maciças de concreto armado estão estabelecidos no item 19.3.3.3 da ABNT NBR 6118 e correspondem a: − armadura negativa c yd cd min,s Af f035,0A = (por metro de laje) Equação 8.12 h d = h (cnom + 1,5 φl) bw = 100 cm φl 2006 8-22 ufpr/tc405 − armadura positiva de lajes armadas em duas direções c yd cd min,s Af f023,0A = (por metro de laje) Equação 8.13 − armadura positiva (principal) de lajes armadas em uma direção c yd cd min,s Af f035,0A = (por metro de laje) Equação 8.14 − armadura positiva (secundária) de lajes armadas em uma direção = c yd cd 2 princ,s min,s A f f018,0 cm9,0 A20,0 maxA (por metro de laje) Equação 8.15 8.8.4 Diâmetro da armadura de flexão Segundo o item 20.1 da ABNT NBR 6118, qualquer barra de armadura de flexão de lajes deve ter seu diâmetro limitado a 1/8 da espessura da laje (Figura 8.22 e Equação 8.16). Figura 8.22 Diâmetro máximo da armadura de flexão 8 h ≤φl Equação 8.16 8.8.5 Espaçamento da armadura de flexão ABNT NBR 6118, item 20.1 As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento no máximo igual 2h ou 20 cm, prevalecendo o menor desses dois valores na região dos maiores momentos fletores. A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20% da armadura principal, mantendo-se, ainda, um espaçamento entre barras de, no máximo, 33 cm. A emenda dessas barras deve respeitar os mesmos critérios de emenda das barras da armadura principal. A Figura 8.23 mostra os espaçamentos máximos da armadura de flexão para lajes maciças de concreto armado. Figura 8.23 - Espaçamento máximo da armadura de flexão h φl 8 h ≤φl φl armadura principal ≤ h2 cm20 mins armadura secundária cm33s ≤ 2006 8-23 ufpr/tc405 Deve ser observado também que o item 20.1 da ABNT NBR 6118 não faz referência ao espaçamento mínimo entre as barras de flexão de lajes de concreto armado. Por razões construtivas, é conveniente não se posicionar barras com afastamentos inferiores a 7 cm. De modo geral, pode-se estabelecer para as barras de flexão de lajes de concreto armado: − armadura principal ≤≤ h2 cm20 minscm7 Equação 8.17 − armadura secundária cm33scm10 ≤≤ Equação 8.18 Observar que na Equação 8.18 o espaçamento mínimo para armadura secundária foi fixado em 10 cm. Exemplo 8.5: Determinar as armaduras necessárias para o painel de lajes abaixo representada. Dados: − concreto: C25; e − aço: CA-60. Considerar: − estado limite último, combinações últimas normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4 γq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15); − espessura das lajes (h): 12 cm; − cobrimento nominal (cnom): 2,5 cm; − barras de flexão não alternadas; − carga permanente uniformemente distribuída (gk): 5 kN/m2: e − carga acidental uniformemente distribuída (qk): 1,5 kN/m2. Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 8.7 para a determinação dos momentos fletores em lajes isoladas. A uniformização dos momentos negativos na região de continuidade de lajes é feita com a utilização da Equação 8.8. Para a correção dos momentos positivos deve-se usar a Equação 8.9. As armaduras devem ser determinadas com a aplicação da Equação 8.10, Equação 8.11, Equação 8.12, Equação 8.13, Equação 8.14, Equação 8.15, Equação 8.16, Equação 8.17 e Equação 8.18. a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,5MPa 25f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm 79,11,40 2,5ff == γ = 2yk kN/cm 60MPa 600f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 5 m 6m 4 m 2 m L1 L2 L3 2006 8-24 ufpr/tc405 2 s yk yd kN/cm 2,521,15 60ff == γ = cm 010bw = cm 12h = cm5,2cnom = ( )lφ+−= 5,1chd nom ( ) cm80,15,15,212d =×+−= (assumido φl = 10 mm) 2wc cm 002112100hbA =×== armaduranegativa c yd cd min,s Af f 035,0A = m/cm44,11200 2,52 79,1035,0A 2min,s =××= armadura positiva de lajes armadas em duas direções c yd cd min,s Af f023,0A = m/cm95,01200 2,52 79,1023,0A 2min,s =××= armadura positiva (principal) de lajes armadas em uma direção c yd cd min,s Af f035,0A = m/cm44,11200 2,52 79,1035,0A 2min,s =××= armadura positiva (secundária) de lajes armadas em uma direção = c yd cd 2 princ,s min,s A f f018,0 cm9,0 A20,0 maxA =×× = m/cm74,01200 2,52 79,1018,0 cm9,0 A20,0 maxA 2 2 princ,s min,s = m/cm90,0 A20,0 maxA 2 princ,s min,s 8 h ≤φl mm5,12cm50,1 8 12 max, =φ⇒=≤φ ll ≤≤ h2 cm20 minscm7 =× ≤≤ cm24122 cm20 minscm7 cm20scm7 ≤≤ (armadura principal) cm33scm10 ≤≤ (armadura secundária) MPa35ffdb272,0m ckcd 2 wlim,1Rd ≤= 2006 8-25 ufpr/tc405 m/kNcm116379,18100272,0m 2lim,1Rd =×××= m/kNm16,31m lim,1Rd = ⇐ máximo momento permitido na laje para que não haja armadura de compressão b. Carregamento das lajes (valores de cálculo) qqkgd qgp γ+γ= 2d m/kN1,95,14,10,54,1p =×+×= c. Laje L1 m0,2x1 =l m0,5y1 =l =β =α =α ⇒⇒== 00,8 50,42 20,14 tab50,2 0,2 0,5 1x 1y 1x x1 y1 l l m/kNm56,2 20,14 0,21,9pm 2 1x 2 1xd d,1x = × = α = l m/kNm86,0 50,42 0,21,9pm 2 1y 2 1xd d,1y = × = α = l m/kNm55,4 00,8 0,21,9pm 2 1x 2 1xd d,1bx −= × −= β −= l d. Laje L2 m0,4x2 =l m0,5y2 =l =β =α =α ⇒⇒== 70,12 20,48 40,26 tab25,1 0,4 0,5 2x 2y 2x x2 y2 l l m/kNm52,5 40,26 0,41,9pm 2 2x 2 2xd d,2x = × = α = l m/kNm02,3 20,48 0,41,9pm 2 2y 2 2xd d,2y = × = α = l m/kNm46,11 70,12 0,41,9pm 2 2x 2 2xd d,2bx −= × −= β −= l e. Laje L3 m0,5x3 =l m0,6y3 =l =β =α =α ⇒⇒== 10,10 80,23 00,22 tab20,1 0,5 0,6 3y 3y 3x x3 y3 l l m/kNm34,10 00,22 0,51,9pm 2 3x 2 3xd d,3x = × = α = l m/kNm56,9 80,23 0,51,9pm 2 3y 2 3xd d,3y = × = α = l m/kNm52,22 10,10 0,51,9pm 2 3y 2 3xd d,3by −= × −= β −= l ly1 = 5 m lx1 = 2 m L1 mbx1 mx1 my1 ly2 = 5 m lx2 = 4 m L2 mbx2 mx2 my2 mbx2 lx3 = 5 m ly3 = 6 m L3 my3 mx3 mby3 2006 8-26 ufpr/tc405 f. Uniformização de momentos fletores Lajes L1/L2 d,1bd,2b d,2b d,2bd,1b d,12b mm m8,0 2 mm maxm > + = × + = 46,118,0 2 46,1155,4 maxm d,12b = 17,9 01,8 maxm d,12b m/kNm17,9m d,12b = d,1bd,2b d,12bd,2b d,2cor,d,2 mm2 mm mm > − += 2 17,946,1152,5m cor,d,2 − += m/kNm67,6m cor,d,2 = g. Uniformização de momentos fletores Lajes L2/L3 d,2bd,3b d,3b d,3bd,2b d,23b mm m8,0 2 mm maxm > + = × + = 52,228,0 2 52,2246,11 maxm d,23b = 02,18 99,16 maxm d,23b m/kNm02,18m d,23b = d,2bd,3b d,23bd,3b d,3cor,d,3 mm2 mm mm > − += 2 02,1852,2256,9m cor,d,3 − += m/kNm81,11m cor,d,3 = h. Momentos fletores (kNm/m) na direção L1/L2/L3 L1 2,56 L2 11,46 5,52 11,46 4,55 L1 2,56 L2 6,67 11,46 9,17 L2 L3 9,56 22,52 9,17 6,67 11,46 L2 L3 11,81 18,02 9,17 6,67 L2 L3 11,81 18,02 9,17 L1 2,56 6,67 2006 8-27 ufpr/tc405 i. Momentos fletores (kNm/m) das lajes sem continuidades (L1, L2 e L3) j. Armadura para os momentos fletores na direção L1/L2/L3 mSd = 2,56 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm56,2 Sd ⇒< 321 m/kNcm256mmm 1RdRdSd === MPa35f272,0 fdb m ck cd 2 w 1Rd c ≤≤=β OK272,0022,0 79,18100 256 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 987,0 022,0 s z tabela c 321 min,s ydsz 1Rd s Afd mA ≥ ββ = m/cm95,0A 2min,s = m/cm95,0m/cm62,0 2,52000,18987,0 256A 22s <=××× = m/cm95,0A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ mSd = -9,17 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm17,9 Sd ⇒< 321 m/kNcm917mmm 1RdRdSd === OK272,0080,0 79,18100 917 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 950,0 080,0 s z tabela c 321 m/cm44,1A 2min,s = OKm/cm44,1m/cm31,2 2,52000,18950,0 917A 22s >=××× = L1 0,86 L2 3,02 L3 10,34 φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►5 0,196 ►20 0,98 s cm → 0,196 cm2 100 cm → 0,95 cm2 2006 8-28 ufpr/tc405 m/cm31,2A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ mSd = 6,67 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm67,6 Sd ⇒< 321 m/kNcm667mmm 1RdRdSd === OK272,0058,0 79,18100 667 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 964,0 058,0 s z tabela c 321 m/cm95,0A 2min,s = OKm/cm95,0m/cm66,1 2,52000,18964,0 667A 22s >=××× = m/cm66,1A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ mSd = -18,02 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm02,18 Sd ⇒< 321 m/kNcm1802mmm 1RdRdSd === OK272,0157,0 79,18100 1802 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 897,0 157,0 s z tabela c 321 m/cm44,1A 2min,s = OKm/cm44,1m/cm81,4 2,52000,18897,0 1802A 22s >=××× = m/cm81,4A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ mSd = 11,81 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm81,11 Sd ⇒< 321 m/kNcm1181mmm 1RdRdSd === φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) 5 0,196 8 2,45 ►6 0,283 ►12 2,36 7 0,385 16 2,41 φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►5 0,196 ►11 1,78 6 0,283 17 1,66 φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►8 0,503 ►10 5,03 10 0,785 16 4,91 s cm → 0,196 cm2 100 cm → 2,31 cm2 2006 8-29 ufpr/tc405 OK272,0103,0 79,18100 1181 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 935,0 103,0 s z tabela c 321 m/cm95,0A 2min,s = OKm/cm95,0m/cm02,3 2,52000,18935,0 1181A 22s >=××× = m/cm02,3A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ k. Armadura para os momentos fletores na direção das lajes sem continuidades (L1, L2 e L3) mSd = 0,86 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm86,0 Sd ⇒< 321 m/kNcm86mmm 1RdRdSd === OK272,0008,0 79,18100 86 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 996,0 008,0 s z tabela c 321 m/cm95,0A 2min,s = m/cm95,0m/cm21,0 2,52000,18996,0 86A 22s <=××× = m/cm95,0A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ mSd = 3,02 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm02,3 Sd ⇒< 321 m/kNcm302mmm 1RdRdSd === OK272,0026,0 79,18100 302 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 984,0 026,0 sz tabela c 321 m/cm95,0A 2min,s = m/cm95,0m/cm73,0 2,52000,18984,0 302A 22s <=××× = φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►6 0,283 ►9 3,14 8 0,503 16 3,14 φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►5 0,196 ►20 0,98 2006 8-30 ufpr/tc405 m/cm95,0A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ mSd = 10,34 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm16,31 lim,1Rd m/kNm34,10 Sd ⇒< 321 m/kNcm1034mmm 1RdRdSd === OK272,0090,0 79,18100 1034 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 944,0 090,0 s z tabela c 321 m/cm95,0A 2min,s = OKm/cm95,0m/cm62,2 2,52000,18944,0 1034A 22s >=××× = m/cm62,2A 2s = ◄ cm20scm7 ≤≤ l. Armadura positiva φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►5 0,196 ►20 0,98 φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) 5 0,196 7 2,80 ►6 0,283 ►10 2,83 7 0,385 14 2,75 L1 L2 φ 5 mm @ 20 cm L3 φ 5 mm @ 11 cm φ 6 mm @ 9 cm φ 5 mm @ 20 cm φ 5 mm @ 20 cm φ 6 mm @ 10 cm 2006 8-31 ufpr/tc405 m. Armadura negativa n. Consideração da laje L1 com curvatura em uma só direção Embora a relação entre o vão maior (5 m) e o vão menor (2 m) da laje L1 supere dois, a dupla curvatura desta laje foi considerada, resultando na armadura mostrada no item m (todas armaduras consideradas como principais). Caso a curvatura na direção do vão maior fosse desprezada (consideração de laje armada em uma só direção), os momentos fletores da laje L1 resultariam: m0,2x1 =l m0,5y1 =l 0,250,2 0,2 0,5 x1 y1 >== l l m/kNm56,2 2,14 0,21,9 2,14 pm 22 1xd d,1x = × == l m/kNm55,4 0,8 0,21,9 0,8 pm 22 1xd d,1bx −= × −=−= l Como não houve modificações nos momentos fletores na direção L1/L2, a distribuição de momentos e armadura nesta direção permanecerá inalterada para todo o painel de laje. ly1 = 5 m lx1 = 2 m L1 mbx1 mx1 B A l p 8 pm 2 B l −= 2,14 pm 2 AB l += L2 L3 11,81 18,02 9,17 L1 2,56 6,67 L1 L2 φ 6 mm @ 12 cm L3 φ 8 mm @ 10 cm 2006 8-32 ufpr/tc405 A única modificação deverá ser feita para a laje L1, na direção do maior vão (5 m), onde não haverá momento positivo atuando e deverá ser posicionada apenas uma armadura de distribuição, função do momento positivo na outra direção (2,56 kNm/m). É importante observar que a armadura positiva para o momento fletor positivo da laje L1 (2,56 kNm/m) resultou em 0,95 cm2/m, correspondente ao valor de armadura mínima para laje armada em duas direções. Como agora a laje será armada em uma só direção, o valor da armadura mínima deve ser alterado para 1,44 cm2/m (1 φ de 5 mm @ 13 cm). Para a armadura de distribuição, tem-se: = m/cm90,0 A20,0 maxA 2 princ,s min,s m/kNm56,2mm/cm44,1A Sd 2 princ,s == =× = m/cm90,0 m/cm29,044,120,0 maxA 2 2 min,s m/cm90,0A 2min,s = ◄ cm33scm10 ≤≤ A distribuição de armaduras do painel de lajes fica como a seguir indicado. armadura positiva φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►5 0,196 ►21 0,93 6,3 0,312 33 0,95 L1 L2 3,02 L3 10,34 L1 L2 φ 5 mm @ 13 cm L3 φ 5 mm @ 11 cm φ 6 mm @ 9 cm φ 5 mm @ 21 cm φ 5 mm @ 20 cm φ 6 mm @ 10 cm 2006 8-33 ufpr/tc405 armadura negativa (inalterada) 8.8.6 Comprimento de barras 8.8.6.1 Armadura positiva 8.8.6.1.1 Barras não alternadas Os comprimentos horizontais das armaduras positivas (cbx e cby) de barras não alternadas devem seguir o indicado na Figura 8.24. O comprimento total das barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado aos comprimentos dos ganchos das extremidades. Figura 8.24 Comprimento de barras não alternadas armadura positiva Observar na Figura 8.24 que as barras que constituem a armadura positiva das lajes maciças de concreto devem terminar em gancho. Isto deve ser feito para melhorar as condições de ancoragem. O gancho de 90°, como mostrado na Figura 8.24, é o mais conveniente, embora nem sempre possa ser usado. A ponta superior deste gancho deve, também, respeitar o cobrimento nominal, o que nem sempre é possível. Quando o gancho de 90º não puder ser utilizado, pode-se fazer uso dos ganchos de 135° ou 180º, como mostrado na Figura [7.7] e na Figura 8.25. c b y = l 0y + b w y1 + b w y2 2 c no m - φ l b w y1 b w y2 l 0 y cbx = l0x + bwx1 + bwx2 2 cnom - φl bwx2 l0x bwx1 cbx cby bw cnom cnom φl ≥ cnom L1 L2 φ 6 mm @ 12 cm L3 φ 8 mm @ 10 cm 2006 8-34 ufpr/tc405 Figura 8.25 Ganchos da armadura positiva O diâmetro interno da curvatura (D) dos ganchos das armaduras longitudinais de tração deve ser pelo menos igual ao estabelecido na Tabela [7.4] e na Tabela 8.3. Tipo de Aço Bitola (mm) CA-25 CA-50 CA-60 <20 4φ 5φ 6φ ≥20 5φ 8φ - Tabela 8.3 Diâmetro dos pinos de dobramento 8.8.6.1.2 Barras alternadas Os comprimentos horizontais das armaduras positivas (cbx e cby) de barras alternadas, para lajes contínuas, devem seguir o indicado na Figura 8.26. O comprimento total das barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado ao comprimento do gancho da extremidade que chega ao apoio. Figura 8.26 Comprimento de barras alternadas armadura positiva para lajes contínuas 2φ D φ a) 4φ D φ b) 8φ D φ c) c b y = l 0y + b w y1 + b w y2 - 0, 2 l x b w y1 b w y2 l 0 y cbx = l0x + bwx1 + bwx2 0,2 lx bwx2 l0x bwx1 cbx cby bw 2006 8-35 ufpr/tc405 Os comprimentos horizontais das armaduras positivas (cbx e cby) de barras alternadas, para lajes sem continuidade, devem seguir o indicado na Figura 8.27. O comprimento total das barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado ao comprimento do gancho da extremidade que chega ao apoio. Figura 8.27 Comprimento de barras alternadas armadura positiva para lajes sem continuidade Para as lajes que apresentam continuidade em uma só direção, os comprimentos horizontais das armaduras positivas (cbx e cby) de barras alternadas, devem ser determinados de tal forma que: − na direção da continuidade, seja seguido o indicado na Figura 8.26; e − na direção onde não existe continuidade, seja seguido o indicado na Figura 8.27. É importante observar que a ABNT NBR 6118, item 20.1, não faz referência aos espaçamentos máximo e mínimo da armadura de flexão de lajes maciças de concreto constituídas por barras alternadas. Como o mínimo de três barras por metro de laje deve ser mantido, o espaçamento máximo das barras alternadas deve seguir o indicado na Figura 8.28 {[3 bar x (2 x 17 cm )]= 102 cm ≈ 1 m}. Figura 8.28 Espaçamento máximo da armadura de flexão barras alternadas armadura principal ≤ h2 cm17 mins bw cnom cnom φl ≥ cnom c b y = l 0y + b w y1 + b w y2 0 ,1 l x b w y1 b w y2 l 0 y cbx = l0x + bwx1 + bwx2 0,1 lx bwx2 l0x bwx1 cbx cby 2006 8-36 ufpr/tc405 Quanto ao espaçamento mínimo deve-se ser mantido o estabelecido na Equação 8.17. Desta forma, pode-se estabelecer para armadura de flexão de lajes maciças de concreto constituídas por barras alternadas: ≤≤ h2 cm17 minscm7 Equação 8.19 8.8.6.2 Armadura negativa 8.8.6.2.1 – Lajes contínuas - barras não alternadas Os comprimentos horizontais das armaduras negativas (cb) de barras não alternadas de lajes contínuas devem seguir o indicado na Figura 8.29. O comprimento total das barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado aos comprimentos dos ganchos das extremidades. Figura 8.29 - Comprimento de barras não alternadas de lajes contínuas armadura negativa As barras que constituem a armadura negativa das lajes continuas devem terminar em gancho de 90°, com mostrado na Figura 8.29. Os detalhes do gancho devem respeitar o indicado na Figura 8.25 e na Tabela 8.3. 8.8.6.2.2 – Lajes contínuas - barras alternadas Os comprimentos horizontais das armaduras negativas (cb) de barras alternadas de lajes contínuas devem seguir o indicado na Figura 8.30. O comprimento total das barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado aos comprimentos dos ganchos das extremidades. cb = 0,5 lx,maior cb l x i lxk 0,25 lx,maior 0,25 lx,maior lxj l x li cnom ≥ cnom 2006 8-37 ufpr/tc405 Figura 8.30 - Comprimento de barras alternadas de lajes contínuas armadura negativa 8.8.6.2.3 Lajes em balanço – barras não alternadas Os comprimentos horizontais das armaduras negativas (cb) de barras não alternadas de lajes em balanço devem seguir o indicado na Figura 8.31. O comprimento total das barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado aos comprimentos dos ganchos das extremidades. As barras que constituem a armadura negativa das lajes em balanço devem terminar em gancho de 90°, com mostrado na Figura 8.31. Os detalhes do gancho devem respeitar o indicado na Figura 8.25 e na Tabela 8.3. Figura 8.31 Comprimento de barras não alternadas de lajes em balanço armadura negativa 8.8.6.2.4 Lajes em balanço – barras alternadas Os comprimentos horizontais das armaduras negativas (cb,maior e cb,menor) de barras alternadas de lajes em balanço devem seguir o indicado na Figura 8.32. O comprimento total das barras, antes das dobras, será igual ao comprimento horizontal somado aos comprimentos dos ganchos das extremidades. cnom cnom lbal ≥ cnom bal x25,0max l l lbal bal bal x b 25,0 maxc l l l + = cb lx cnom ≥ cnom cb = 0,375 lx,maior cb l x i 0,25 lx,maior 0,25 lx,maior lxj 2006 8-38 ufpr/tc405 Figura 8.32 Comprimento de barras alternadas de lajes em balanço armadura negativa 8.8.6.3 Armadura de fissuração – vigas de contorno Nas vigas de contorno, embora consideradas como apoio simples (sem momento negativo), é sempre conveniente colocar uma armadura de fissuração como indicado na Figura 8.33. Figura 8.33 Vigas de contorno armadura de fissuração cnom cnom lbal ≥ cnom lbal bal bal x maior,b 25,0 maxc l l l + = cb,maior lx bal x25,0max l l cb,menor + = bal bal x menor,b 25,0 max5,0c l l l cnom ≥ cnom 8φ l b cb φ bw cb = 0,2 lxi + 0,5 bw cb l x i 0,2 lxi 0,2 lxi Li cb Asy,fiss A s x, fis s 2006 8-39 ufpr/tc405 A armadura de fissuração, como mostrada na Figura 8.33, deverá corresponder a: = c yd cd 2 pos,sx fiss,sx A f f018,0 cm9,0 A25,0 maxA (por metro de laje) = c yd cd 2 pos,sy fiss,sy A f f018,0 cm9,0 A25,0 maxA (por metro de laje) Equação 8.20 8.9 Reações de apoio Segundo a ABNT NBR 6118, item 14.7.6.1, as reações de apoio das lajes maciças retangulares com carga uniformemente distribuída, em cada apoio, são as correspondentes às cargas atuantes nos triângulos ou trapézios determinados por retas inclinadas, a partir dos vértices com os seguintes ângulos: − 45° entre dois apoios do mesmo tipo; − 60° a partir do apoio considerado engastado, se o outro for considerado simplesmente apoiado; e − 90° a partir do apoio, quando a borda vizinha for livre. A Figura 8.34 mostra o esquema para cálculo de reações de apoio de lajes. Figura 8.34 − Reações de apoio de lajes Para a viga Vn, sobre a qual as lajes mostradas na Figura 8.34 estão apoiadas, a reação de apoio será dada por: i nk Vn Apr l = Equação 8.21 onde: rVn reação de apoio na viga Vn; pk valor característico da carga uniformemente distribuída na laje; An área n definida pelo trapézio de base li da Figura 8.34; li vão da laje e da viga Vn, correspondente a base do trapézio da Figura 8.34. A Equação 8.21 é válida para qualquer trapézio ou triângulo mostrado na Figura 8.34. A reação de apoio em qualquer viga suporte das lajes mostradas na Figura será sempre dada pelo produto da carga uniformemente distribuída pela área do triângulo ou trapézio onde atua esta carga, dividido pela base do trapézio ou triângulo (vão da viga suporte). 60° 45° 60° 45° An Vn li 60° 90° 90° 45° An Vn li 2006 8-40 ufpr/tc405 Exemplo 8.6: Determinar os esquemas de carregamento das vigas do painel abaixo representado. Determinar, também, os carregamentos nos pilares. Dados: − carga permanente atuante nas lajes (peso próprio incluído): 3,5 kN/m2; − carga acidental atuante nas lajes: 1,5 kN/m2; − paredes atuantes sobre as vigas de contorno (tijolo furado de 10 cm, reboco de 1,5 cm e 2,5 m de altura): 4,5 kN/m; e − peso próprio das vigas (20 cm x 50 cm): 2,5 kN/m. Solução: A solução do problema consiste na determinação, para as lajes, dos triângulos e trapézios conforme o item 14.7.6.1 da ABNT NBR 6118. Os carregamentos sobre as vigas são determinados pela aplicação da Equação 8.21. Os carregamentos nos pilares são determinados pelo cálculo das reações de apoio das vigas. a. Laje L1 - carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) 21A m 928,22 464,14A =×= 23 m 177,5464,12 072,25A =× += 24 m 967,8536,22 072,25A =× += 22A m 928,22 464,14A =×= OKm20928,2967,8177,5928,2A 2n =+++=∑ 1,464 5 m A1A A2A A3 A4 45° 45° 60° 60° V4 V3 V2A V1A 4 m 1, 46 4 2,536 1, 46 4 2, 07 2 AL1 = 4 m x 5 m = 20 m 2 PL1 = 20 m2 x 3,5 kN/m2 = 70 kN P1 P3 P4 P2 V4 V3 V2B V2A V1B V1A L1 L2 4 m 7 m 5 m 2006 8-41 ufpr/tc405 i nk Vn Apr l = kN/m 562,2 4 928,25,3rV1A = × = kN/m 624,3 5 177,55,3rV3 = × = kN/m 277,6 5 967,85,3rV4 = × = kN/m 562,2 4 928,25,3rV2A = × = OKkN70)562,24()277,65()624,35()562,24(Pn =×+×+×+×=∑ b. Laje L2 - carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) 21B m 088,12500,22 670,27A =× += 24 m 825,102 330,45A = ×= 22B m 088,12500,22 670,27A =× += OKm35088,12825,10088,12A 2n =++=∑ 5 m 2,562 kN/m 2,562 kN/m 3, 62 4 kN /m 6, 27 7 kN /m V4 V3 V2A V1A 4 m L1 AL2 = 5 m x 7 m = 35 m2 PL2 = 35 m2 x 3,5 kN/m2 = 122,5 kN 4,330 5 m A1B A2B A4 60° 60° 90° 90° V4 V2B V1B 7 m 2, 50 0 2,670 2, 50 0 2006 8-42 ufpr/tc405 i nk Vn Apr l = kN/m 044,6 7 088,125,3rV1B = ×= kN/m 578,7 5 825,105,3rV4 = × = kN/m 044,6 7 088,125,3rV2B = × = OKkN5,122)044,67()578,75()044,67(Pn =×+×+×=∑ c. Painel de lajes - carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) 5 m V4 V2B V1B 7 m 6,044 kN/m 6,044 kN/m 7, 57 8 kN /m 06 ,2 77 k N /m 07 ,5 78 k N /m 13 ,8 55 k N /m P1 P3 P4 P2 V4 V3 V2B V2A V1B V1A L1 L2 4 m 7 m 5 m 2,562 kN/m 3, 62 4 kN /m 2,562 kN/m 6,044 kN/m 6,044 kN/m 2006 8-43 ufpr/tc405 d. Painel de lajes - carga acidental (qk = 1,5 kN/m2) Os procedimentos para a obtenção dos valores mostrados no painel de carga acidental são os mesmos efetuados para o painel de cargas permanentes (itens a, b e c). Trocou-se a carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) pela carga acidental (qk = 1,5 kN/m2). Como não há variação de cargas de uma laje para a outra, o painel mostrado neste item foi obtido do painel mostrado no item c, na proporção 1,5/3,5 (carga acidental / carga permanente). e. V3 carregamento e reações de apoio carga acidental: qk = 1,553 kN/m carga permanente: reação da laje: 03,624 kN/m parede: 04,500 kN/m peso próprio da viga: 02,500 kN/m gk = 10,624 kN/m kN560,26 2 5624,10GG 3P,kP1k, = × == kN883,3 2 5553,1QQ 3P,kP1k, = × == f. V4 carregamento e reações de apoio carga acidental: qk = 5,938 kN/m carga permanente: reação da laje: 13,855 kN/m peso próprio da viga: 02,500 kN/m gk = 16,355 kN/m 2, 69 0 kN /m 3, 24 8 kN /m 5, 93 8 kN /m P1 P3 P4 P2 V4 V3 V2B V2A V1B V1A L1 L2 4 m 7 m 5 m 1,098 kN/m 1, 55 3 kN /m 1,098 kN/m 2,590 kN/m 2,590 kN/m P3 P1 V3 5 m qk = 1,553 kN/m gk = 10,624 kN/m Gk,P1 = 26,560 kN Qk,P1 = 3,883 kN Gk,P3 Qk,P3 2006 8-44 ufpr/tc405 kN888,40 2 5355,16GG 2V,kV1k, = × == kN845,14 2 5938,5QQ 2V,kV1k, = × == g. V1 = V2 carregamento e reações de apoio V1A carga acidental: qk = 1,098 kN/m carga permanente: reação da laje: 02,562 kN/m parede: 04,500 kN/m peso próprio da viga: 02,500 kN/m gk = 9,562 kN/m V1B carga acidental: qk = 2,590 kN/m carga permanente: reação da laje: 06,044 kN/m parede: 04,500 kN/m peso próprio da viga: 02,500 kN/m gk = 13,044 kN/m kN926,112 11 7888,40 11 5,37044,13 11 94562,9560,26GG 3P,kP1k, = ×+ ××+ ××+== kN078,84 11 4888,40 11 5,77044,13 11 24562,9GG 4P,kP2k, = ×+ ××+ ××== kN692,22 11 7845,14 11 5,37590,2 11 94098,1883,3QQ 3P,kP1k, = ×+ ××+ ××+== V2 V1 V4 5 m qk = 5,938 kN/m gk = 16,355 kN/m Gk,V1 = 40,888 kN Qk,V1 = 14,845 kN Gk,V2 Qk,V2 V1B 7 m P1 P2 V1A 4 m Gk,P2 = 84,078 kN Qk,P2 = 18,558 kN Gk,P1 = 112,926 kN Qk,P1 = 22,692 kN qk = 2,590 kN/m gk = 13,044 kN/m qk = 1,098 kN/m gk = 9,562 kN/m Qk = 3,883 kN Gk = 26,560 kN Qk = 14,845 kN Gk = 40,888 kN 2006 8-45 ufpr/tc405 kN558,18 11 4845,14 11 5,77590,2 11 24098,1QQ 4P,kP2k, = ×+ ××+ ××== h. Verificação carga permanente: lajes: (20 m2 + 35 m2) x 3,5 kN/m2 ................................ 192,5 kN pp das vigas: [2 x (4 m + 7 m + 5 m)] x 2,5 kN/m ........... 80,0 kN paredes: {[2 x (4 m + 7 m)] + 5 m} x 4,5 kN/m ............. 121,5 kN total: .............................................................................. 394,0 kN carga acidental: lajes: (20 m2 + 35 m2) x 1,5 kN/m2 .................................. 82,5 kN carga permanente (V1 + V2): 2 x (Gk,P1 + Gk,P2) = 2 x (112,926 + 84,078) .................. 394,0 kN carga acidental (V1 + V2): 2 x (Qk,P1 + Qk,P2) = 2 x (22,692 + 18,558) ...................... 82,5 kN i. Observação Neste exemplo foram usados números com três casas decimais, o que não é necessário para cálculos normais de estruturas de concreto. Este número exagerado de casas decimais foi usado para demonstrar a precisão da verificação apresentada no item h. 8.10 Força cortante em lajes maciças de concreto armado Segundo o item 19.4.1 da ABNT NBR 6118, as lajes maciças podem prescindir de armadura transversal para resistir aos esforços de tração oriundos da força cortante, quando a força cortante solicitante de cálculo obedecer à expressão1: 1RdSd vv ≤ Equação 8.22 onde: vSd força cortante solicitante de cálculo (por metro de laje), podendo ser assumidas as reações de apoio como mostrado em 8.9; e vRd1 força cortante resistente de cálculo (por metro de laje). A força cortante resistente de cálculo2 é dada por: ( )[ ]d402,1kv 1Rd1Rd ρ+τ= Equação 8.23 onde: τRd tensão resistente de cálculo ao cisalhamento; k coeficiente função da taxa de armadura existente na região próxima ao apoio onde está sendo considerada a força cortante; ρ1 taxa de armadura existente na região próxima ao apoio onde está sendo considerada a força cortante; e d altura útil da laje. A tensão resistente de cálculo ao cisalhamento é dada por: MPa em ff0525,0 ck3 2 ck c Rd γ =τ Equação 8.24 1 A ABNT NBR 6118 apresenta a equação de verificação de força cortante como sendo VSd ≤ VRd1, ou seja, verificação de forças pontuais (kN). A Equação 8.22 faz a verificação de forças cortantes por unidade de comprimento (kN/m). 2 A expressão apresentada pela ABNT NBR 6118 corresponde a ( )[ ] db15,0402,1kV wcp1Rd1Rd σ+ρ+τ= . Nesta expressão estão incluídos o valor de bw, para que a expressão resulte em força pontual (kN), e o valor σcp, relativo à força de protensão. A Equação 8.23 não tem bw (resulta em força cortante por unidade de comprimento - kN/m) e não tem σcp (não considera força de protensão). OK OK 2006 8-46 ufpr/tc405 O coeficiente k deve ser determinado da seguinte forma: a. para elementos onde 50% da armadura inferior não chega até o apoio: 0,1k = Equação 8.25 b. para os demais casos: metros em d 0,1 d6,1 maxk − = Equação 8.26 A taxa de armadura ρ1, na região próxima ao apoio onde está sendo considerada a força cortante, é dada pela expressão: =ρ %2 db A min w 1s 1 Equação 8.27 onde: As1 área da armadura de tração que se estende até não menos de d + lb,nec além da seção considerada (Figura 8.35)1; bw largura mínima da seção ao longo da altura útil d (1 metro); e d altura útil da laje. Figura 8.35 Armadura a ser considerada na verificação de força cortante em lajes De modo geral pode-se adotar para valores de As1: a. 100% da armadura principal que chega ao apoio onde está sendo considerada a força cortante, para o caso de armadura não alternada; e b. 50% da armadura principal que chega ao apoio onde está sendo considerada a força cortante, para o caso de armaduraalternada. Exemplo 8.7: Verificar, para o painel abaixo representado, se as lajes podem prescindir de armadura transversal para resistir aos esforços de tração oriundos da força cortante. Dados: − concreto: C25; e − aço: CA-60. Considerar: - estado limite último, combinações últimas normais, edificação tipo 2 (γg = 1,4 γq = 1,4, γc = 1,4 e γs = 1,15); − espessura das lajes (h): 10 cm; − cobrimento nominal (cnom): 2,5 cm; − barras de flexão alternadas; − carga permanente atuante nas lajes (peso próprio incluído): 3,5 kN/m2; e − carga acidental atuante nas lajes: 1,5 kN/m2. 1 Alguns autores preferem considerar, sempre, a armadura positiva que chega ao apoio, ignorando as armaduras tracionadas negativas. d seção considerada As d + lb,nec As1 d seção considerada As d + lb,nec As1 2006 8-47 ufpr/tc405 Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 8.7 para a determinação dos momentos fletores em lajes isoladas. A uniformização dos momentos negativos na região de continuidade de lajes é feita com a utilização da Equação 8.8. Para a correção dos momentos positivos deve-se usar a Equação 8.9. As armaduras devem ser determinadas com a aplicação da Equação 8.10 a Equação 8.19. A determinação das reações de apoio das lajes (força cortante) deve ser feita conforme o item 14.7.6.1 da ABNT NBR 6118, com a aplicação da Equação 8.21. A verificação da força cortante é feita com o uso da Equação 8.22 a Equação 8.27. a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,5MPa 25f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm 79,11,40 2,5ff == γ = 2yk kN/cm 60MPa 600f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 2,521,15 60ff == γ = cm 010bw = cm 10h = cm5,2cnom = ( )lφ+−= 5,1chd nom ( ) cm3,68,05,15,210d =×+−= (assumido φl = 8 mm) 2wc cm 000110100hbA =×== armadura negativa c yd cd min,s Af f035,0A = m/cm20,11000 2,52 79,1035,0A 2min,s =××= armadura positiva de lajes armadas em duas direções c yd cd min,s Af f023,0A = m/cm79,01000 2,52 79,1023,0A 2min,s =××= P1 P3 P4 P2 V4 V3 V2B V2A V1B V1A L1 L2 4 m 4 m 5 m V5 2006 8-48 ufpr/tc405 armadura positiva (principal) de lajes armadas em uma direção c yd cd min,s Af f035,0A = m/cm20,11000 2,52 79,1035,0A 2min,s =××= armadura positiva (secundária) de lajes armadas em uma direção = c yd cd 2 princ,s min,s A f f018,0 cm9,0 A20,0 maxA =×× = m/cm62,01000 2,52 79,1018,0 cm9,0 A20,0 maxA 2 2 princ,s min,s = m/cm90,0 A20,0 maxA 2 princ,s min,s 8 h ≤φl mm5,12cm25,1 8 10 max, =φ⇒=≤φ ll ≤≤ h2 cm17 minscm7 (barras alternadas) =× ≤≤ cm20102 cm17 minscm7 cm17scm7 ≤≤ (armadura principal, barras alternadas) cm33scm10 ≤≤ (armadura secundária) MPa35ffdb272,0m ckcd 2 wlim,1Rd ≤= m/kNcm932179,13,6100272,0m 2lim,1Rd =×××= m/kNm32,19m lim,1Rd = ⇐ máximo momento permitido na laje para que não haja armadura de compressão b. Carregamento das lajes (valores de cálculo) qqkgd qgp γ+γ= 2d m/kN0,75,14,15,34,1p =×+×= c. Laje L1 m0,4x1 =l m0,5y1 =l =β =α =α ⇒⇒== 9,9 2,35 4,21 tab25,1 0,4 0,5 1x 1y 1x x1 y1 l l m/kNm23,5 4,21 0,40,7pm 2 1x 2 1xd d,1x = × = α = l m/kNm18,3 2,35 0,40,7pm 2 1y 2 1xd d,1y = × = α = l l y 1 = 5 m lx1 = 4 m L1 mbx1 mx1 my1 2006 8-49 ufpr/tc405 m/kNm31,11 9,9 0,40,7pm 2 1x 2 1xd d,1bx −= × −= β −= l d. Momentos fletores das lajes com continuidade (L1/L2) A uniformização de momentos é feita pela própria simetria do painel de lajes. e. Momentos fletores das lajes sem continuidades (L1 e L2) f. Armadura para os momentos fletores mSd = 5,23 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm32,19 lim,1Rd m/kNm23,5 Sd ⇒< 321 m/kNcm523mmm 1RdRdSd === MPa35f272,0 fdb m ck cd 2 w 1Rd c ≤≤=β OK272,0074,0 79,13,6100 523 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 954,0 074,0 s z tabela c 321 min,s ydsz 1Rd s Afd mA ≥ ββ = m/cm79,0A 2min,s = OKm/cm79,0m/cm67,1 2,52000,13,6954,0 523A 22s >=××× = m/cm67,1A 2s = ◄ L1 11,31 kN/m 5,23 kN/m L2 5,23 kN/m L1 L2 3, 18 k N /m 3, 18 k N /m 2006 8-50 ufpr/tc405 cm17scm7 ≤≤ mSd = -11,31 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm32,19 lim,1Rd m/kNm31,11 Sd ⇒< 321 m/kNcm1131mmm 1RdRdSd === OK272,0159,0 79,13,6100 1131 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 896,0 159,0 s z tabela c 321 m/cm20,1A 2min,s = OKm/cm20,1m/cm84,3 2,52000,13,6896,0 1131A 22s >=××× = m/cm84,3A 2s = ◄ cm17scm7 ≤≤ mSd = 3,18 kNm/m { compressãodearmaduradeenecessidadhánãomm m/kNm32,19 lim,1Rd m/kNm18,3 Sd ⇒< 321 m/kNcm318mmm 1RdRdSd === OK272,0045,0 79,13,6100 318 2c <=×× =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 973,0 045,0 s z tabela c 321 m/cm79,0A 2min,s = OKm/cm79,0m/cm99,0 2,52000,13,6973,0 318A 22s >=××× = m/cm99,0A 2s = ◄ cm17scm7 ≤≤ φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) 6 0,283 7 4,04 7 0,385 10 3,85 ►8 0,503 ►13 3,87 s cm → 0,283 cm2 100 cm → 3,84 cm2 φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►5 0,196 ►11 1,78 6 0,283 16 1,77 7 0,385 17 2,26 s cm → 0,196 cm2 100 cm → 1,67 cm2 φ (mm) As,bar (cm2) s (cm) As,ef (cm2/m) ►5 0,196 ►17 1,15 6 0,283 17 1,66 2006 8-51 ufpr/tc405 g. Armadura h. Reação de apoio - laje L1 - carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) - valores característicos 21A m 928,22 464,14A =×= 23 m 177,5464,12 072,25A =× += 24 m 967,8536,22 072,25A =× += 22A m 928,22 464,14A =×= OKm20928,2967,8177,5928,2A 2n =+++=∑ i nk Vn Apr l = kN/m 562,2 4 928,25,3rV1A = × = kN/m 624,3 5 177,55,3rV3 = × = kN/m 277,6 5 967,85,3rV4 = × = kN/m 562,2 4 928,25,3rV2A = × = 1,464 5 m A1A A2A A3 A4 45° 45° 60° 60° V4 V3 V2A V1A 4 m 1, 46 4 2,536 1, 46 4 2, 07 2 AL1 = 4 m x 5 m = 20 m 2 PL1 = 20 m2 x 3,5 kN/m2 = 70 kN L1 L2 φ 5 mm @ 17 cm 1,15 cm2/m φ 5 mm @ 11 cm 1,78 cm2/m φ 8 mm @ 13 cm 3,87 cm2/m 2006 8-52 ufpr/tc405 OKkN70)562,24()277,65()624,35()562,24(Pn =×+×+×+×=∑ i. Painel de lajes - carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) - valores característicos j. Painel de lajes - carga acidental (qk = 1,5 kN/m2) valores característicos Os procedimentos para a obtenção dos valores mostrados no painel de carga acidental são os mesmos efetuados para o painel de cargas permanentes (itens h e i). Trocou-se a carga permanente (gk = 3,5 kN/m2) pela carga acidental (qk = 1,5 kN/m2). Como 5 m 2,562 kN/m 2,562 kN/m 3, 62 4 kN /m 6, 27 7 kN /m V4 V3 V2A
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