O leitor

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Letícia Souza Leite – matrícula: 01410366 – 4º CMA
Direito Processual Civil I – Professor João José Custódio da Silveira
Resenha do livro: O Leitor - Bernhard Schlink
O livro de Bernhard Schlink foi escrito em 1995 e se passa na Alemanha pós-nazista em 1958.
Tudo começa quando o garoto, Michael Berg de 15 anos, é socorrido por uma senhora, Hanna de 36 anos. E depois de algum tempo o garoto vai agradecer essa senhora. Com isso começa uma conversa, um relacionamento.
O garoto saía da aula e passava no apartamento dessa senhora e namoravam ate o fim o dia. Mas antes deles praticarem o ato sexual ela sempre pedia para ele ler alguns livros, algumas histórias.
 Esse relacionamento acaba deixando o garoto com uma autoestima melhor, ganha amigos e acredita que ele não é ruim em tudo que faz. 
Um dia essa senhora acaba sumindo sem deixar nenhuma pista após recusar uma proposta de emprego e Michael acaba sofrendo com a perda de seu grande amor. 
Depois de algum tempo o garoto começa a estudar direito e a estagiar. Com o estágio ele teve que acompanhar um processo de julgamento de crimes cometidos durante a guerra, e Hanna estava no meio dos réus. 
Com isso ele vai descobrindo um pouco sobre a vida dela. 
Hanna era guarda na S.S e com isso ela trabalha na fabrica de munição. E uma vez por mês, as meninas que trabalhavam nessa fabrica, escolhiam 60 mulheres para serem enviadas para o campo de concentração para serem mortas. Só que em certo dia elas tiveram que transferir essas prisioneiras nessa fabrica para outro lugar e durante essa transferência pararam num povoado abandonado e com isso ocorre um bombardeio atingindo as prisioneiras e a casa onde os agentes que faziam a segurança estavam (inclusive a Hanna). E a Hanna estava encarregada de fazer a segurança dessas prisioneiras mas a igreja onde elas estavam estava pegando fogo. E as sobreviventes foram apenas duas pessoas. Uma mãe com a filha. E essas duas mulheres estavam no julgamento e as outras acusadas do processo falam que quem era culpada pela morte das prisioneiras era a Hanna porque ela que não liberou as prisioneiras. A empresa S.S disponibilizou um relatório dizendo que a Hanna autorizou o fechamento da igreja e Hanna assinou esse relatório. 
Por fim, Hanna confessou o crime e foi condenada a pena perpetua. 
Depois disso o garoto de casou e teve uma filha, mas o relacionamento não dava certo por o garoto continuava apaixonado pela Hanna. 
Oito anos depois, ele começou a ler os livros e gravava e manda para Hanna para ela escutar. Com isso ela pedia os livros na biblioteca e acompanhava com a gravação e foi assim que Hanna aprendeu a escrever e a ler. Com isso ela mandava cartas para ele pedindo mais gravações de livro. 
Quando completaram 18 anos que ela estava presa, ela recebeu a notícia que iria ser libertada e a diretora da penitenciária entra em contato com ele dizendo que ela iria ser libertada e como ele era a única pessoa que tinha contato com Hanna para ele ajudar ela a reconstruir uma vida fora da cadeia. 
E quando ele chega para busca-la ele recebe a noticia que ela tinha se suicidado e com isso a diretora da penitenciária leva ele para conhecer a cela onde ela tinha ficado todos esses anos. 
Ela contou para Michael também que Hanna tinha aprendido a ler e escrever com suas gravações e que também, Hanna tinha deixado um bilhete dizendo para que Michael levasse o dinheiro que ela tinha guardado a vida toda para a filha que sobreviveu do incêndio e mandou apenas um cumprimento a Michael. E ele foi atrás dessa filha em nova Iorque e contou toda sua historia com a Hanna e o que tinha acontecido com ela. E ela se nega a receber esse dinheiro e devolve esse dinheiro para ele falando que ele podia fazer o que ele quisesse com esse dinheiro, para ele doar para alguma instituição.Então ele doa esse dinheiro a uma instituição judaica de analfabetismo. 
É Um romance bem envolvente e fácil de ser lido. 
Esse livro mostra muito como é constituído o poder judiciário, mostrando detalhadamente como é feito um julgamento. O autor descreve perfeitamente sobre o julgamento e sobre as acusações sofridas por Hanna das outras envolvidas. 
Um dos momentos mais tensos do livros é no interrogatório de Hanna. O juiz acaba perguntando por que Hanna tinha deixado essa catástrofe acontecer com as prisioneiras e ela a acaba perguntando ao juiz: “O que você faria no meu lugar?”
O Grande segredo de Hanna é que ela era analfabeta e isso a incomodava muito. Quando ela percebia que crianças mais novas lia até cardápios de restaurantes, Hanna se sentia, de uma certa maneira, até humilhada. 
Com isso, no seu julgamento, Hanna poderia ter contado ao juiz que era analfabeta e essa característica poderia ter à salvado da prisão, mas como essa submissão a envergonhava, Hanna preferiu ficar calada. 
Esse tema abordado no livro, o analfabetismo, infelizmente é a realidade de muitas pessoas, principalmente nos países de terceiro mundo como é no caso do Brasil. Temos que observar, que Hanna, não contava para ninguém que era analfabeta, como se isso fosse um terrível defeito, e isso a prejudicava no dia-a-dia, no convívio em uma sociedade. Ou seja, temos que entender que, em nossa realidade, à pessoas com essa dificuldade e devemos ajudá-las e não criticá-las por essa condição. 
Em relação a proposta do trabalho, tenho que salientar que foi muito interessante lermos um livro não tecnicamente jurídico. E que sair dessa rotina de leituras técnicas foi ótimo, pois além de distrair, podemos perceber fatos da nossa realidade em um livro de romance.