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1 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Ciências Biológicas Trabalho de Conclusão de Curso Pró-Reitoria Acadêmica Curso de Ciências Biológicas Trabalho de Conclusão de Curso Enriquecimento ambiental com Urubu-rei, Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758), na Fundação Jardim Zoológico de Brasília Autora: Giovanna Carvalho Dantas Orientadora: Prof.ª. Dr.ª Lourdes M. A. El-moor Loureiro Brasília - DF 2015 2 Giovanna Carvalho Dantas Enriquecimento ambiental com Urubu-rei, Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758), na Fundação Jardim Zoológico de Brasília Monografia apresentada ao curso de Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Ciências Biológicas, ênfase em Biodiversidade. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Lourdes M. A. El-moor Loureiro Brasília – DF 2015 3 Projeto de autoria de Giovanna Carvalho Dantas, intitulado “ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL COM URUBU-REI, SARCORAMPHUS PAPA (LINNAEUS, 1758) NA FUNDAÇÃO JARDIM ZOOLÓGICO DE BRASÍLIA”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: Prof.ª Dr.ª Lourdes M. A. El-moor Loureiro Orientadora Curso de Ciências Biológicas – UCB Prof.ª Dr.ª Débora Leite Silvano Curso de Ciências Biológicas – UCB Prof.ª Dr.ª Cristiane Vieira de Assis Pujol Luz Curso de Ciências Biológicas – UCB Brasília 2015 4 Dedico este trabalho a todos que acreditaram em mim e me ajudaram a chegar nesse momento único em que posso respirar e dar um passo em direção ao fim dessa longa jornada. 5 Agradecimentos Aqui deixo meus sinceros agradecimentos a minha orientadora Prof.ª Dr.ª Lourdes M. A. El-moor Loureiro, que com paciência, me permitiu chegar à conclusão deste trabalho. Ao Sr. Vinícius, responsável pela administração do departamento de enriquecimento ambiental e da Sr.ª Ana Cristine, responsável pelo setor de Aves da Fundação Jardim Zoológico de Brasília, que prestaram grande auxílio durante a fase de experimentos deste trabalho e à própria FJBZ, por permitir a realização deste trabalho. Às minhas grandes amigas – Aline, Natasha e, principalmente, Andrea – que, sem elas, nada disso seria possível. A meu pai, que me fez chegar a essa hora tão importante e minha mãe que me deu muito apoio para estar aqui. 6 Enriquecimento ambiental com Urubu-rei, Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758), na Fundação Jardim Zoológico de Brasília Giovanna Carvalho Dantas Resumo: Zoológicos, aquários e Jardins Botânicos tem seguido a tendência mundial de se tornarem especialistas ex situ. Tendo em vista esse cenário, o enriquecimento ambiental tem sido uma ferramenta de importante valia para trazer bem estar para os espécimes mantidos em cativeiro. Sarcoramphus papa, ou urubu-rei, é uma ave pertencente à família dos Cathartidae, que assim como outros membros desse grupo, possui hábitos necrófagos. Esse trabalho visou apresentar a Sarcoramphus papa enriquecimentos ambientais para melhoria de seu bem estar. As observações foram feitas nas instalações da Fundação Jardim Zoológico de Brasília em um período de três semanas. Para a observação dos comportamentos, foi gerado um etograma e um mapa ambulatório. Após a interação do urubu-rei com o enriquecimento, observou-se a prevalência do comportamento de repouso das aves, redução do comportamento de coçar penas no período de enriquecimento e pós enriquecimento, entretanto, novos estudos são necessários para comprovar se esse evento decorre da redução do estresse, Ainda, o comportamento reprodutivo das aves foi condizente com o descrito pela literatura. Palavras-Chave: Enriquecimento ambiental, observação comportamental, cativeiro, Sarcoramphus papa. 7 Ambiental enrichment with king vulture, Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758), in Fundação Jardim Zoológico de Brasília Abstract: Zoos, aquariums and Botanical Gardens have been following the tendency in becoming ex situ specialists. In this scenery, the ambiental enrichment have been being an important tool bring welfare state to the species maintained in captive. Sarcoramphus papa or king vulture it’s a bird that belongs to the Cathartidae family that as well as other members of this group, has necrophagous habits. This study had aimed to present to Sarcoramphus papa environmental enrichment in order improve their welfare. The observations were made in the installations of Fundação Jardim Zoológico de Brasília in a period of three weeks. To the behavior observations, it was made an ethogram and an ambulatory map. After the interactions of the king vulture with the enrichment, it was observed the prevalence of the resting behavior, reduction of scratching feathers in the period of enrichment and after enrichment, however, further studies are needed to confirm if this event reflects the reduction of stress. Furthermore, reproductive behavior of the birds were consistent with the one on the literature. Key words: Ambiental enrichment, behavior observations, captive, Sarcoramphus papa. 8 ÍNDICE INTRODUÇÃO................................................................................. 9 OBJETIVO....................................................................................... 13 HIPÓTESE....................................................................................... 14 METODOLOGIA............................................................................... 15 RESULTADOS.................................................................................. 20 DISCUSSÃO.................................................................................... 25 CONCLUSÃO................................................................................... 28 PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS FUTUROS.......................... 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................30 9 INTRODUÇÃO Zoológicos, Aquários e Jardins botânicos, em todo o mundo, têm adotado a tendência de se tornarem especialistas em conservação de espécies ex situ, uma vez que os habitats têm sido reduzidos pelas ações antrópicas. Entretanto, ao se tirar o animal de seu ambiente natural, a possibilidade deste desenvolver comportamentos estereotipados por causa de estresse aumenta, uma vez que não estão em contato com estímulos ambientais característicos da sua zona de ocorrência (GONÇALVES NETO; BRAGION; SILVA, 2014). Tendo em vista esse cenário, a necessidade de se criar ambientes favoráveis às espécies contidas nos zoológicos torna-se, inquestionavelmente, essencial para o bem-estar desses indivíduos. Logo, o uso das técnicas de enriquecimento ambiental abre novas margens para o tratamento e bem estar psicológico dos espécimes (WAZA, 2005). O enriquecimento ambiental tem sido considerado uma ferramenta de importância muito grande, tornando-se essencial a compreensão de seu significado. Este é um termoque remete à ideia positiva, ou seja, que traz melhoramento (NEWBERRY, 1995). Logo, pressupõe-se que enriquecimento ambiental traz benefícios para as espécies em estudo, ou seja, para seu bem estar (BROOM; MOLETO, 2004). Estudos envolvendo essas técnicas em viveiros contendo aves de grupos específicos têm demonstrado resultados positivos em relação ao seu comportamento. Redução de agressividade e de comportamentos estereotipados, além da melhora no convívio com outros indivíduos da mesma espécie presentes no mesmo recinto, são resultados visíveis do uso das técnicas de enriquecimento, acarretando a melhoria do bem-estar desses animais (DIAS et al., 2010; SILVA; VIEIRA; BARELLA, 2010; ANDRADE; AZEVEDO, 2011). O trabalho de Meehan, Garner e Mench (2011) expõe claramente que papagaios da espécie Amazona amazonica (Linnaeus, 1766) demonstraram redução nos comportamentos estereotipados em relação ao grupo controle, que não recebeu qualquer tipo de enriquecimento ambiental. Com este estudo, boas 10 evidências foram apresentadas de que o uso das técnicas de enriquecimento trouxe benefícios para os indivíduos. No trabalho de Santos et al. (2005), jaguatiricas apresentaram comportamento positivo ao entrar em contato com os enriquecimentos introduzidos, sendo estes de natureza ambiental, alimentar e sensorial/estimulatório. A reação procedeu com comportamentos que o espécime realizaria em ambiente livre, como farejar e urinar no objeto, sendo este último, um comportamento característico de marcação de território. Uma das ferramentas mais importantes de um estudo de enriquecimento ambiental é o etograma. Este nada mais é do que um grupo de descrições do comportamento e comportamentos de uma espécie ou grupo de indivíduos (DEL-CLARO, 2010). Essa ferramenta fornece dados objetivos para se observar as diferenças no comportamento em situações em que o animal é exposto ao enriquecimento. Entretanto, ao se buscar na literatura, etogramas para espécies em cativeiro, não é possível encontrar grande diversidade, e ao se buscar etogramas sobre o objeto de estudo deste trabalho, não é possível encontrar nenhum. O urubu-rei, Sarcoramphus papa (Linnaeus, 1758), possui características que o tornam um bom objeto de estudo de comportamento de animais em cativeiro. Por ser uma ave de grande porte, há facilidade em sua observação dentro do cativeiro. Ainda, conforme é possível observar na literatura (CUNEO, 1968), existem registros de reprodução em cativeiro com resultados em que o ovo chega ao estágio de rachar e o filhote vingar, tendo uma saudável vida adulta. Esta característica sugere estarem bem adaptados ao cativeiro, o que torna esta espécie de interesse potencial em projeto de reintrodução em ambiente natural (livre). Pertencente à Família dos Cathartidae, S. papa, compartilha com outras aves do grupo, o hábito carniceiro e características morfológicas como, por exemplo, pés que servem para pisar um animal morto, onde o dedo opositor é curto e voltado para a frente, o que dá força para pisar na carne pútrida; bico perfurado (não há um septo interno separando as narinas) e não possuírem siringe (apesar de não emitirem vocalização, aves desse grupo podem bufar). 11 Uma diferença que pode ocorrer entre os sexos é o macho ser maior que a fêmea. E ainda, efetuam a urohidrose, técnica de regulagem da temperatura corporal, que consiste em urinar nas próprias pernas. Este grupo é conhecido por possuir alta acuidade visual e por voar por muitas horas sem ter grandes gastos de energia (SICK, 2001; WIKIAVES, 2015; ORR, 1986). Ao observar suas características físicas, nota-se a cabeça vivamente colorida, e seu corpo repleto de penas brancas na fase adulta. Possui comportamentos solitários, mas pode vir a ser encontrado com outras espécies de urubus (IÑIGO, 1999). A corte desta ave consiste em baixar e abrir as asas exibindo as cores vívidas do vértice, hábito também coincidente com o de investigação em relação a algo (SICK, 2001). Animais de parentesco e hábitos próximos ao Urubu-rei, como é o caso de Sarcogyps calvus (Scopoli, 1786), tendem a passar a maior parte de seu dia (51,7%) em repouso, descansando. Também foi observado que, quando em repouso, este grupo tolera outras espécies da mesma ordem no mesmo ambiente onde se encontra empoleirado (KHATRI, 2015). Observando-se a nidificação desta ave em ambiente livre, esta espécie costuma botar seus ovos no chão, em troncos ocos de árvores mortas e em paredões de rocha (PETRI et al., 2013; CARVALHO FILHO; ZORZIN; SPECHT, 2004). Conforme as observações in situ de Carvalho Filho, Zorzin e Specht (2004), esta ave pôs ao menos um ovo, exibindo o comportamento de cuidado parental com a prole. Esse grupo também é conhecido por ter grande acuidade visual, uma vez que alguns membros deste grupo tem a capacidade de distinguir um objeto de 30 centímetros a alturas superiores a 2500 metros. Fazem uso de correntes térmicas para gastar o mínimo possível de energia com o voo, fazendo-os permanecer no ar por horas sem interrupção (WIKIAVES, 2014; SICK, 2001). O Urubu-rei ocorre não somente no Brasil, mas também em toda América Latina. A sua distribuição se estende por todo o território nacional (IUCN, 2014), entretanto seu status de preservação em localidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais são: vulnerável; em perigo; criticamente em perigo e; espécie presumivelmente ameaçada (TORTATO; 12 RUPP, 2007; ICMBio, 2008). É sensível à fragmentação de habitat, sendo importante a criação de projetos de reintrodução destes indivíduos (TORTATO; RUPP, 2007; ICMBio, 2008). Para este trabalho, objetiva-se o estudo do enriquecimento ambiental desta espécie de rapinante, o urubu-rei (Sarcoramphus papa), no Jardim Zoológico de Brasília. 13 Objetivo Avaliar o comportamento de espécimes de Sarcoramphus papa do Jardim Zoológico de Brasília quando submetidos ao enriquecimento ambiental. Objetivos específicos 1. Gerar um etograma para Sarcoramphus papa, como ferramenta de descrição e comparação dos comportamentos nas diversas etapas do estudo. 2. Observar o comportamento dos exemplares de Sarcoramphus papa sob situação de enriquecimento ambiental. 3. Comparar o comportamento dos exemplares de Sarcoramphus papa antes, durante e depois do enriquecimento ambiental. 14 Hipótese As aves iriam exibir redução de comportamentos indicativos de stress depois de expostas ao enriquecimento ambiental. 15 Metodologia 1. Local de estudo O estudo foi realizado na Fundação Jardim Zoológico de Brasília, localizado próximo a cidade satélite de Candangolândia, (15° 50' 51" S, 47° 56' 21" O), em dois viveiros ocupados por exemplares de urubu-rei. Os viveiros onde se encontravam as aves possuíam metragem de 128,4 m². No viveiro um, estavam presentes um macho e uma fêmea de Sarcoramphus papa, enquanto no viveiro dois estavam presentes dois exemplares de fêmeas da mesma espécie. Ainda, no viveiro onde se encontravam o par de fêmeas, estas o dividiam com dois indivíduos da espécie Geranoaetus albicaudatus (Vigors, 1824) também popularmente conhecido como Gavião-de-cauda-branca. Em ambos os viveiros haviam poleiros e arbustos, o chão era composto em sua maior parte por areia e algumas folhas, os viveiros e apresentavam uma base onde o alimento era exposto e uma fonte de águas para as aves beberem água.Figura 1. Viveiro 1, ocupado pelo casal de Sarcoramphus papa no Jardim Zoológico de Brasília. Imagem efetuada pela autora. 16 2. Elaboração do Etograma Para a base de elaboração do etograma, foram previamente analisados os comportamentos da Haliaeetus leucocephalus (Linnaeus, 1766, também conhecida como águia careca e do Speothos venaticus (Lund, 1842), que se encontravam na literatura (TURRIN, 2011; OEHLMEYER; SANTOS, 2006). A partir desses etogramas, foram registrados os itens comportamentais de S. papa em observações em campo e por meio de vídeos (ver item 4), compreendendo todo o período do estudo. Ainda para poder fazer uma avaliação do posicionamento das aves em seus viveiros, foi utilizado o sistema de quadrantes (Figura 3) para criar um mapa ambulatório e assim saber qual o ponto onde as aves permanecem com maior frequência (COSTA; PINTO SOBRINHO; FERMOSELI, 2013; RODRIGUES et al., 2010). Figura 2. Viveiro 2, ocupado por duas fêmeas de Sarcoramphus papa no Jardim Zoológico de Brasília. Imagem efetuada pela autora. 17 3. Enriquecimento Para o enriquecimento, foram utilizadas caixas de sapato, em um total de oito ao fim do experimento, e dois cocos com guizos em seu interior. Esses objetos foram escolhidos por trabalharem a parte física e sensorial dos animais. As caixas foram distribuídas da seguinte forma: No primeiro dia de apresentação destas, duas caixas com carne em seu interior foram postas no viveiro um e mais duas no viveiro dois. No terceiro dia, quando as caixas foram apresentadas novamente, mais duas caixas com carne em seu interior foram postas no viveiro um assim como no viveiro dois. A apresentação dos objetos às aves ocorreu na parte da tarde, uma vez que um dos objetos de enriquecimentos utilizados, a caixa, dependia do alimento ofertado apenas nesse horário. O enriquecimento com caixas contou com uma caixa sendo posta no chão e outra sendo posta na base de alimentação das aves, lugar onde é normalmente posto o alimento. Viveiro 2 Viveiro 1 Figura 3. Esquema dos quadrantes dos viveiros, indicados pelos números de 1 a 4. No viveiro um e dois, as letras indicam os objetos já presentes, não pertencente ao enriquecimento. No viveiro um: a. tronco; b. árvore; c. fonte de água; d. área de cambiamento e área de ferramentas; e. poleiro; f. casinha; g. poleiro-balanço. No viveiro dois: a. poleiro-balanço; b. árvore; c. base de alimentação; d. fonte de água; e. poleiro; f. árvore; g. escada apoiada na árvore; h. pequeno tronco. 18 4. Coleta de dados 4.1– Em campo As atividades de observação foram efetuadas no período de três semanas ocorrendo no final do mês de junho e no início do mês de julho, divididas em três etapas, sendo estas: pré-enriquecimento, enriquecimento e pós-enriquecimento. Durante a semana, os dias utilizados foram segunda-feira, terça-feira e quarta- feira, com extensão para quinta-feira em caso de imprevisto. Esses dias foram selecionados por haver menos pessoas visitando o viveiro e, portanto, menos interferência no comportamento das aves. Nos dias mais próximos ao final de semana, poderia haver mais visitação do público acarretando em modificações do comportamento das aves. Cada fase do trabalho contou com três dias de observação, três horas no período da manhã e três horas no período da tarde. A primeira semana contou com um dia a mais, pois o primeiro, foi utilizado para a averiguação do melhor equipamento a ser usado e montagem do etograma. Portanto, ao total, cada semana teve cerca de 18 horas de observação. Para o registro das atividades, foram utilizadas câmeras filmadoras e fotográficas além de um gravador de voz e caderno para o registro das atividades. As câmeras utilizadas foram Nikon Coolpix S6200, Câmera traseira do Sansung Galaxy Note 3, e Sansung Flashcam SMX – C10. Quando não foi possível gravar em uma parte do dia, esta foi adiada para o dia seguinte no mesmo horário. Para a primeira semana de observações, foram observados os comportamentos no período da manhã e da tarde e, assim, analisados para saber se não haveria diferenças expressivas para os comportamentos observados. Ainda, pelo fato das aves se alimentarem no período da tarde, houve preferência por aplicar o enriquecimento apenas neste período. 19 4.2 Coleta de dados pós-campo Para cada vídeo gerado, foi registrado o comportamento das aves a cada dois minutos. Para boa caracterização do comportamento executado, se observou a ação destas durante dez segundos antes da pausa do vídeo. Em seguida, esses dados obtidos forneceram a frequência de ocorrência de cada comportamento em cada vídeo. 5 - Análise de dados Como cada vídeo possuía um tempo diferente de gravação, variando de dois minutos e cinquenta segundos a quarenta e nove minutos e cinquenta e oito segundos, fez-se a padronização da frequência de ocorrência dos comportamentos por unidade de tempo. Para tanto, a duração de cada vídeo foi transformada em hora decimal e, então, realizada a regra de três para padronização em uma hora. A realização da análise de dados foi efetuada com observação das médias e desvios-padrão gerados a partir das frequências obtidas do etograma. 20 Resultados A partir da observação dos comportamentos e análise da literatura, o etograma produzido estabeleceu 29 itens relacionados ao comportamento e interação, que podem ser observados na tabela 1. Importante distinguir que a diferença entre ESB e EBES se deve ao fato do primeiro, as aves esfregarem o bico no poleiro enquanto no segundo, as aves esfregam o bico uma na outra. Tabela 1: Tabela contendo os comportamentos apresentados por S. papa e divididos em categorias de comportamento. Os comportamentos destacados em negrito foram os mais frequentes. Categoria Itens comportamentais Comportamentos de atividade ABA Abrir Asas ANBA Andar de asas Abertas ASA Asa Semiaberta ATR Atrito BAG Beber Água BOI Bicar Outro Indivíduo CAP Caminhar no Poleiro CMC Caminhar no Chão COOV Caminhando e Observando outro Viveiro CPL Cópula CRT Corte ENC Ensaio de escalada ESC Escalada ICE Interagir com o Enriquecimento PNC Pousar no Chão VOA Voar Comportamentos de repouso CBA CHO Em Cima da Base de Alimentação Chocar Ovo EBES Esfregando o Bico Entre Si EMP Empoleirado EPT Esperando Tratador ESB Esfregar o Bico IEC Interagir com Elementos do Chão OBA Observando o Ambiente PDNC Parado no Chão PECC Parado em Cima da Casinha PGS Pegar Sol STC Sentado no Chão Comportamentos estereotipados COP Coçar Penas PXT Puxar Tela 21 A comparação entre os períodos da manhã e da tarde (figuras 4 e 5) da fase pré-enriquecimento, mostra que, apesar do período da manhã ter maior diversidade de comportamentos, suas frequências eram baixas em relação aos comportamentos de grande expressão, que eram os mesmos nos dois períodos: EMP, OBA e COP. Também é importante destacar que OBA foi um comportamento que ocorria associado a outro, sendo esse, EMP ou PDNC, ambos comportamentos de repouso. Com exceção de ESB e BAG, todos os outros comportamentos observados no período da tarde também ocorreram pela manhã. PDNC e CMC tiveram frequência um pouco maior no período da manhã, entretanto, não há alteração nos itens de maior frequência devido a estes. Em relação a comparaçãodo período da tarde com a manhã, OBA reduziu sua frequência assim com PDNC e PXT. EMP não demonstrou variação expressiva. Figura 4. Gráfico com as médias e desvios-padrão de cada item comportamental de Sarcoramphus papa, no período da manhã antes do enriquecimento. No eixo Y, a frequência de ocorrências por hora. No eixo X, estão listados os comportamentos observados, sendo as abreviações as mesmas do texto. 22 Os gráficos das três semanas, pertencentes ao período da tarde, (figuras 5 a 7) demonstram maior frequência dos comportamentos EMP, OBA, COP, PDNC e CAP, sendo que houve pequena variação em suas médias. Os resultados demonstraram que EMP e OBA mantiveram sua predominância em relação aos outros comportamentos, sendo portanto os mais frequentes. Também torna-se importante ressaltar que COP teve redução no período de enriquecimento e leve aumento no pós-enriquecimento. Entretanto, em relação a primeira semana, essa média se manteve menor. Outro item a ser salientado foi PDNC, sendo que este teve aumento em sua frequência no período durante e pós enriquecimento. ICE, o comportamento relativo a interação com os objetos introduzidos aparece no período de enriquecimento deixando claro a interação das aves com estes. Os gráficos das três semanas ainda evidenciaram diferença na frequência de COP. Na primeira semana, a média de COP foi elevada, enquanto nas semanas seguintes, esta diminuiu. A diferença entre as semanas de enriquecimento e pós enriquecimento foi que na primeira, a frequência teve alta redução enquanto na segunda, esta teve ligeiro aumento em relação a segunda semana. Figura 5. Gráfico com as médias e desvios-padrão de cada item comportamental de Sarcoramphus papa, no período da tarde antes do enriquecimento. No eixo Y, a frequência de ocorrências por hora. No eixo X, estão listados os comportamentos observados, sendo as abreviações as mesmas do texto. 23 Na terceira semana de observação, a frequência de EMP permaneceu semelhante a primeira. OBA demonstrou variação, onde na primeira semana, a frequência deste comportamento no período da manhã era maior e na segunda semana, essa ocorrência se inverteu. Ainda, a frequência de COP na primeira semana demonstrou alterações significativas ao comparar o período da manhã e da tarde da primeira semana de observação, diferente dos dados observados na terceira semana onde sua variação foi mínima. PDNC foi observado com menor frequência no primeiro período do experimento, com baixas alterações em suas ocorrências na parte da manhã, sendo esta, um pouco mais frequente Figura 7. Gráfico com as médias e desvios-padrão de cada item comportamental de Sarcoramphus papa, no período da tarde depois do enriquecimento. No eixo Y, a frequência de ocorrências por hora. No eixo X, estão listados os comportamentos observados, sendo as abreviações as mesmas do texto. Figura 6. Gráfico com as médias e desvios-padrão de cada item comportamental de Sarcoramphus papa, no período da manhã durante o enriquecimento. No eixo Y, a frequência de ocorrências por hora. No eixo X, estão listados os comportamentos observados, sendo as abreviações as mesmas do texto. 24 na manhã que na tarde. Na segunda e terceira semana do experimento, a frequência de PDNC aumenta, porém sem grandes disparidades na média entre eles. A diferença entretanto, se observa no desvio-padrão. S. papa exibiu comportamento de interação com os itens enriquecimento (ICE) quando estes estavam presentes, assim como pode ser observado na Figura 6. Ao serem expostas as caixas, as aves vieram a abri-las e obter alguns pedaços de carne de seu interior. Os urubus, quando em contato com o coco com guizo, vieram a empurrar este com o bico por um tempo. Essa interação com este enriquecimento foi observada apenas nas aves presentes no viveiro um. No viveiro dois, as aves presentes apenas circundaram o objeto e depois não interagiram mais. Figura 8 - Gráfico contendo a média e o desvio padrão da ocorrência nos quadrantes nos diversos períodos do estudo. No eixo Y, a frequência de ocorrências por hora. No eixo Y, estão indicados os quadrantes. 25 Outros comportamentos – ABA, ANBA, VOA, BOI e ENC – também foram observados durante a semana de enriquecimento, sendo BOI, um comportamento que ocorreu apenas na semana de enriquecimento. Ao comparar as frequências dos quadrantes (Figura 8), observa-se que entre a primeira e a segunda semana, não há um padrão entre eles, entretanto, observa-se que as aves tiveram baixa frequência no quadrante um em todas as fases do experimento. Uma frequência importante de ser destacada, uma vez que teve grande expressão durante a semana do enriquecimento, foi o quadrante quatro, onde este teve a maior frequência em relação a todas as semanas. Durante o desenvolvimento deste trabalho foram observados comportamentos reprodutivos. O comportamento de corte consistia no macho abaixar a cabeça, exibindo o pescoço colorido, e andar em torno da fêmea, com as asas abertas. A fêmea ficava de asas semiabertas, com o pescoço inclinado para frente, assim como o macho, entretanto, esta ficava “ajoelhada” para o macho. Quando o aceitava, permitia que este a montasse, realizando portanto a cópula. Na terceira semana de observação, um o ovo se encontrava no viveiro no período da manhã onde, macho e fêmea se revezaram na guarda e no chocar do ovo. Enquanto uma ave realizava a guarda do ovo, a outra ficava empoleirada, observando o ambiente ou caminhando pelo viveiro. No entanto, o ovo foi retirado pela equipe de tratamento do Zoológico, de modo que o comportamento não pode ser registrado no período da tarde; por esta razão, consta no etograma, mas está ausente na figura 7. 26 Discussão A alta frequência de EMP, OBA e PDNC demonstram uma preferência das aves por permanecerem em estado de repouso durante a maior parte do período de observação. Uma preferência, talvez, que decorra do fato da ave não ter espaço suficiente para voar como ocorre com indivíduos da família Accipitridae mantidos em cativeiros como é o caso de Gyps fulvus (Hablizl, 1783), descrito no trabalho de Pinheiro (2013). Por outro lado, é conhecido que alguns abutres tendem a passar a maior parte de seu dia em repouso (KHATRI, 2015). Ao expô-las aos enriquecimentos, os exemplares de S. papa demonstraram interagir com estes (ICE), caminhando em torno dos objetos com as asas abertas e interagindo com o bico. No caso das caixas, as aves chegaram a abrir e arrancar alguns pedaços de carne, evento observado nos dois dias em que houve exposição ao enriquecimento e ainda interagiram com o coco com guizo, empurrando-o com o bico. No trabalho de Pinheiro (2013), também houve relato da interação da ave com os elementos expostos − onde no caso, poleiros foram introduzidos − dando maior opção as aves de estarem empoleiradas em níveis diferentes e pontos diferentes do viveiro; segundo este autor, o estímulo causado pelo enriquecimento gerava maior conforto, resultando na ave ficar parada. Uma característica de OBA é ser um comportamento onde a ave se encontra parada. No caso de COP, as aves também se encontravam em repouso, entretanto, o “Coçar penas” destas, demonstravam avidez e em alguns casos passavam alguns segundos efetuando esse comportamento. A frequência de COP está provavelmenteassociada a parasitas presentes no ambiente, estes sendo possivelmente dípteros da família Hippoboscidae (GREDILHA et al., 2008; WALKER; ROTHERHAM, 2010; SICK, 2001). Durante as gravações do experimento, não somente foi possível visualizar esses insetos emergindo das penas e indo para novos hospedeiros, assim como também se observou esses caminhando pelo corpo das aves. Possivelmente, COP é um indicador de estresse, entretanto, teste averiguando o nível de cortisol dos indivíduos deveria ter sido efetuado para maior precisão dos dados (SILVA, 2011). 27 Depois da aplicação do enriquecimento, a redução de COP se manteve, apesar de ter um discreto aumento na semana posterior. Em relação a esse fenômeno, é possível que tenha ocorrido pelas aves estarem interagindo com o enriquecimento, assim como observado por Meehan, Garner e Mench (2011) em Amazona aestiva (Linnaeus, 1758). No referido experimento, as aves reduziram seus comportamentos de movimentação no poleiro e na tela devido à presença do enriquecimento e, posteriormente, aumentaram de forma proeminente. Nos resultados aqui obtidos com Sarcoramphus papa, ao contrário, o aumento do comportamento sugestivo de estresse não foi superior ao da fase pré- enriquecimento. Observando a disposição dos objetos presentes no viveiro, nota-se que há uma semelhança na disposição dos itens presentes nos dois recintos. A base de alimentação que está entre o quadrante um e quatro, uma árvore presente no quadrante um, uma fonte de água entre o quadrante dois e três e poleiros no quadrante quatro. Em ambos os viveiros, a árvore presente foi utilizada em alguns momentos como poleiro. Entretanto, as aves não ficaram nelas por muito tempo, principalmente as do viveiro dois. Possivelmente, esse fato ocorreu por haver aves da espécie Geranoaetus albicaudatus empoleiradas na árvore o que pode ter feito com que as fêmeas de urubu-rei evitassem o quadrante. No caso do viveiro um, por haver poucas bases para se empoleirar, possivelmente, esse foi um fato que fez com que as aves não utilizassem o quadrante um desse viveiro. Ao se tratar de um animal com comportamentos carnívoros (SICK, 2001), S. papa demonstrou interesse pelo enriquecimento envolvendo a caixa, que dentro continha a carne utilizada na dieta do animal em cativeiro. Os comportamentos de reprodução do urubu-rei foram muito semelhantes ao descrito em Wikiaves (2015). O cortejo ocorreu no período de junho e julho conforme o previsto pela literatura, período em que as aves realizam a corte em ambiente livre. Seus modos quanto a forma como procedeu a corte também foi semelhante à descrita na literatura. No presente trabalho, por causa da alimentação das aves ocorrer apenas à tarde, foi este o período escolhido para as observações. Este fato não influenciou 28 negativamente o experimento, pois os comportamentos mais frequentes eram os mesmos em ambos os períodos. A escolha de um período do dia para apresentação do enriquecimento tem sido utilizada por Meehan, Garner e Mench (2011). Neste caso, a avaliação foi feita à tarde por ser o período com maiores atividades do grupo de estudo. Entretanto, ao se fazer a opção de aplicar somente em uma parte do dia, se limita a avaliação do impacto do enriquecimento nos demais períodos. 29 Conclusão Ao final do trabalho, observa-se a prevalência do comportamento de repouso das aves onde estas optaram por ficar na maior parte do tempo empoleiradas. Também constata-se que o comportamento COP foi reduzido durante o período de enriquecimento, o que pode sugerir a redução de estresse; contudo, a relação entre COP e estresse ainda requer mais estudos para sua confirmação. Finalmente, o comportamento reprodutivo observado nesse trabalho foi condizente com o relatado pela literatura. Por fim, apesar de fraca, foi possível constatar a corroboração da hipótese, uma vez que COP se manteve reduzido em relação a semana pré- enriquecimento. 30 Perspectivas de trabalhos futuros Ao se analisar o trabalho, deixa-se a sugestão de gerar um guia de como se preparar para as observações em campo. Nesse guia, sugestões de qual tipo de câmera utilizar; gravadores de voz; utilizar câmera do celular, como usar; Levar um caderno caso haja algum problema com os equipamentos eletrônicos; computador para descarregar as imagens quando os cartões estiverem cheios. Uma pessoa acompanhando pode ser de grande valia caso os equipamentos eletrônicos estejam distribuídos em áreas onde estes podem vir a ser subtraídos. Um acréscimo que poderia ser feito seria o de aumentar o período de pós enriquecimento, para averiguar se as mudanças dos comportamentos se perdurariam por mais tempo em relação as duas primeiras fases do experimento. Outro ponto importante que poderia ter sido explorado, foi o teste das fezes das aves para averiguar o cortisol. Alguns trabalhos acadêmicos, para comprovar a situação de estresse ou de bem estar dos animais, fizeram uso do teste de cortisol em conjunto com observação dos hábitos dos indivíduos estudados. Esses testes garantiram mais subsídios para embasar as argumentações quanto aos resultados (SANTOS et al.,2005; SILVA, 2011). Apesar do etograma ter cumprido com sua função, a sua análise posterior sugere que alguns itens comportamentais poderiam ter sido agrupados. Um exemplo, seriam os comportamentos EBES e EBT seriam incluídos em ESB o que, portanto, não vincularia a ideia onde as aves esfregariam o bico, mas sim, o fato de o terem esfregado. Outro conjunto possível, seriam ABA e ASA, pois ambos referem-se a alguma forma de abertura da asa. Também é importante ressaltar que para melhor compreensão dos comportamentos das aves, um prazo de observação maior seria recomendável, como verificado em outros trabalhos (MENDONÇA-FURTADO, 2006; MORAES et al., 2012; PEREIRA; OLIVEIRA, 2010). 31 6 REFERÊNCIAS ANDRADE, A. A.; AZEVEDO, C. S. Efeitos do enriquecimento ambiental na diminuição de comportamentos anormais exibidos por papagaios verdadeiros (Amazona aestiva, Psittacidae) cativos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 1, n. 19, p.56-62, mar. 2011. BROOM, D. M.; MOLETO, C. F. M. Bem-estar animal: conceito e questões relacionadas – revisão. Archives of Veterinary Science. v. 9, n. 2, p. 1-11, 2004. CARVALHO FILHO, E. P. M.; ZORZIN, G.; SPECHT, G. V. A. Breeding biology of the King vulture (Sarcoramphus papa) in southeastern Brazil. Ornitologia Neotropical, v. 15, p.219-224, 2004. COSTA, B. S. A.; PINTO SOBRINHO, J. P.; FERMOSELI, A. F. O. 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