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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL CAMPUS MACEIÓ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADNA MÉRCIA LIRA DE ALMEIDA XAVIER COSTA INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA E NO DOMÍNIO ECONÔMICO MACEIÓ – ALAGOAS 2015 ADNA MÉRCIA LIRA DE ALMEIDA XAVIER COSTA INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA E NO DOMÍNIO ECONÔMICO Trabalho apresentado a Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL,como requisito de obtenção de nota na disciplina Direito Administrativo II. Professor : Lúcio MACEIÓ - ALAGOAS 2015 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. DA CONSTITUIÇÃO 3. FUNDAMENTOS DA INTERVENÇÃO 4. MODALIDADES DE INTERVENÇÃO Servidão administrativa Requisição Ocupação temporária Limitação administrativa Tombamento Desapropriação 5. ATUAÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO Formas de atuação Estado Regulador Natureza de atuação Competências Repressão ao abuso do poder econômico Monopólio Controle de abastecimento Tabelamento de preços Criação de empresas estatais Estado Executor Exploração Direta Exploração Indireta 6. CONCLUSÃO REFERÊNCIAS 1. INTRODUÇÃO O Estado moderno não é limitado pela manutenção da segurança externa e paz interna, não visa ações individuais. Mais que isso, o Estado contemporâneo, saindo da posição de indiferença de outrora, assume a tarefa de assegurar a prestação de serviços fundamentais, ampliando seu espectro social, preocupa-se assim, com o bem-estar da coletividade. Para que tal fim ocorra, preciso é que o Poder Público intervenha na propriedade particular, para então limitar alguns interesses individuais em prol do interesse público, da sociedade, do coletivo. E segundo José dos Santos Carvalho Filho (2008, p. 393), “a regra que atualmente guia essa relação é a da supremacia do interesse público sobre o particular”. Ou seja, tal intervenção tem como bússola o interesse maior da coletividade, implicando na estrita observância dos meios e procedimentos autorizados na Constituição e também nas leis reguladoras, caso contrário o Estado age na ilegitimidade, ofendendo direitos individuais dos cidadãos. 2. DA CONSTITUIÇÃO Conforme artigo 5º, XXII é garantido o direito de propriedade, e no artigo 5º, XXII, que a propriedade atenderá a sua função social. Ou seja, se a propriedade não estiver atendendo à função social, poderá o Estado intervir para vê-la atendida. Eis o primeiro embasamento constitucional. Também o artigo 182 diz que: Art.182 - A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. § 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor. (BRASIL. CF 1988) E em seu artigo 5º, XXV, a Constituição garante que - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. 3. FUNDAMENTOS DA INTERVENÇÃO Um dos fundamentos para a intervenção do Estado na propriedade particular é a supremacia do interesse público. Onde o Estado age de forma vertical, criando imposições que restringem o uso da propriedade. É natural, quando o particular sofre a intervenção do Estado, sua reação de insatisfação, pois seu interesse foi contrariado. Mas, toda intervenção visa ao atendimento de um interesse público, assim, justifica-se a ação estatal, mesmo contrária ao interesse do particular. Havendo, então, a prevalência do interesse público sobre o privado. A função social da propriedade também é apresentada com um dos fundamentos da intervenção do Estado na propriedade particular. Quando o constituinte condiciona a propriedade ao atendimento da função social, possibilita ao Estado intervir na propriedade sempre que esta não estiver dentro dos parâmetros constitucionais. O sistema vigente tenta conciliar os interesses individuais e sociais e somente quando há conflitos o Estado prioriza estes últimos. A propriedade deve atender à função social, sendo assegurado o direito do proprietário de proteção à sua propriedade se consonante com essa função, e é dever do Estado respeitar tais condições. No entanto, o dispositivo constitucional dá garantias ao Estado de intervir na propriedade, se esta perder o prumo que deve estar alinhado às funções sociais. Competência A competência para legislar sobre direito de propriedade, desapropriação e requisição é privativa da União: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra. (BRASIL. CF 1988) A competência administrativa é repartida entre todos os entes federativos, para impor restrições e condicionamentos ao uso da propriedade do particular. Tal competência privativa da União relaciona-se à regulação da matéria, que é competência tipicamente legislativa, não devendo ser confundida com a competência administrativa, para a prática de atos relacionados com a restrição e o condicionamento do uso da propriedade. 4. DAS MODALIDADES DE INTERVENÇÃO A intervenção restritiva é aquela em que o Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade, sem retirar do dono. Que conservará a propriedade para o Estado e subordinar-se-á às imposições estatais. Tais modalidades aqui classificadas são: Servidão administrativa Servidão administrativa é o direito real público que autoriza o Poder Público a usar da propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo. Sendo três, as suas características: ônus real, incidente sobre um bem particular (imóvel alheio), com a finalidade de permitir uma utilização pública. Embora a regra seja a instituição de servidão administrativa sobre imóvel particular, há possibilidade de, em situações peculiares, poder incidir sobre bem público. São exemplos de servidão administrativa: a instalação de redes elétricas, de redes telefônicas e a implantação de gasodutos e oleodutos em áreas privadas para a execução de serviços públicos; a colocação em prédios privados de placas e avisos para a população, como nome de ruas; a colocação de ganchos em prédios públicos para sustentar a rede elétrica etc. A base legal para sua instituição da servidão administrativa é o art. 40 do Decreto-Lei nº 3.365, de 1941, que o entendimento é de que, por força desse dispositivo, aplicam-se ao procedimento de servidão as regras para a desapropriação por utilidade pública, no que couber. Requisição Requisição é o instrumento de intervenção estatal onde, em situação de perigo público iminente, o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particulares com indenização ulterior, se houver dano. A requisição administrativa pode ser civil ou militar. A requisição militar objetiva o resguardo da segurança interna e a manutençãoda soberania nacional, diante de conflito armado, comoção intestina etc.; a requisição civil visa a evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade, diante de inundação, incêndio, sonegação de gêneros de primeira necessidade, epidemias, catástrofes etc. Ocupação temporária Ocupação temporária é a forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos. É o que normalmente ocorre quando a Administração tem a necessidade de ocupar terreno privado para depósito de equipamentos e materiais destinados à realização de obras e serviços públicos nas vizinhanças. É o que ocorre, também, na época das eleições ou campanhas de vacinação pública, em que o Poder Público usa de escolas, clubes e outros estabelecimentos privados para a prestação dos serviços. Limitação administrativa Limitações administrativas são determinações de caráter geral, por meio das quais o Poder Público impõe a proprietários indeterminados obrigações positivas, negativas ou permissivas, para o fim de condicionar as propriedades ao atendimento da função social. As limitações administrações derivam do poder de polícia da Administração e se exteriorizam em imposições unilaterais e imperativas, sob a modalidade positiva, negativa ou permissiva. No primeiro caso, o particular fica obrigado a realizar o que a Administração lhe impõe; no segundo, deve abster-se do que lhe é vedado; no terceiro, deve permitir algo em sua propriedade. As limitações administrativas devem ser gerais, dirigidas a propriedades indeterminadas. Para situações particulares que conflitem com o interesse público, deve ser empregada pelo Poder Público a servidão administrativa ou a desapropriação, mediante justa indenização – nunca a limitação administrativa, cuja característica é a gratuidade e a generalidade da medida protetora dos interesses da coletividade. Essas limitações podem atingir não só a propriedade imóvel e seu uso como quaisquer outros bens e atividades particulares que tenham implicações com o bem-estar social, com os bons costumes, com a segurança e a saúde da coletividade, com o sossego e a higiene da cidade e até mesmo com a estética urbana. São exemplos de limitações administrativas: a obrigação de observar o recuo de alguns metros das construções em terrenos urbanos; a proibição de desmatamento de parte da área de floresta em cada propriedade rural; obrigação imposta aos proprietários de efetuarem limpeza de terrenos ou a que impõe o parcelamento ou a edificação compulsória do solo; proibição de construir além de determinado número de pavimentos etc. Tombamento Tombamento é a modalidade de intervenção na propriedade por meio da qual o Poder Público procura proteger o patrimônio cultural brasileiro. No tombamento, o Estado intervém na propriedade privada para proteger a memória nacional, protegendo bens de ordem histórica, artística, arqueológica, cultural, científica, turística e paisagística. A maioria dos bens tombados é de imóveis de valor arquitetônico de épocas passadas em nossa história. É comum, também, o tombamento de bairros ou até mesmo de cidades, quando retratam aspectos culturais do passado. O tombamento pode, ainda, recair sobre bens móveis. A Constituição Federal estabelece, expressamente, a autorização para essa modalidade de intervenção na propriedade, nos seguintes termos : O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação”. (CF, art. 216, § 1º). A intervenção supressiva é onde o Estado transfere coercitivamente a propriedade para si. Sendo a modalidade dessa intervenção, a desapropriação. Desapropriação Desapropriação é o procedimento de direito público pelo qual o Poder Público transfere para si a propriedade de terceiro, por razões de utilidade pública, de necessidade pública, ou de interesse social, normalmente mediante o pagamento de justa e prévia indenização. Trata-se da mais gravosa modalidade de intervenção do Estado na propriedade, com a efetivação da transferência do domínio do particular para o Poder Público. Ao contrário das demais formas de intervenção na propriedade estudadas, em que o Poder Público apenas condicionava o uso da propriedade, na desapropriação o objetivo da atuação estatal é a transferência do bem desapropriado para o acervo do expropriante. 5. ATUAÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO Segundo José dos Santos Carvalho Filho, A intervenção do Estado o capacitou a regular a economia, ou seja, o Poder Público produz uma estratégia sistemática de forma a participar efetivamente dos fatos econômicos [...] Com esse tipo de atuação o Estado procura garantir melhores condições de vida aos mais fracos, sem considerar seu status no mercado de trabalho, estabelecendo parâmetros a serem observados na ordem econômica. (FILHO. 2008, p. 862). Na vigente Constituição, a disciplina de Ordem Econômica e Financeira está no Título VII, artigos 170 a 192, sendo dividida em quatros capítulos, a saber, o primeiro destinado aos princípios gerais da atividade econômica (artigos 170 a 181); o segundo que é destinado à política urbana (artigos 182 a 183); o terceiro, sendo destinado à política agrícola e fundiária e à reforma agrária (artigos 184 a 191); sendo o quarto capítulo, destinado ao sistema financeiro (artigo 192). Essa normas visam formar um sistema geral da ordem econômica, e, dentro de suas diversas disciplinas algumas apontam formas de atuação e de intervenção estatal no domínio econômico. Formas de atuação O Estado atua de duas formas na ordem econômica. Na primeira, ele atua como agente regulador da ordem econômica, onde ele cria normas, restrições e diagnostica as condições econômicas, no âmbito social. Na outra forma, ele executa atividades econômicas que, inicialmente estão voltadas à iniciativa privada, não se limitando a fiscalizar atividades econômicas, mas ingressar efetivamente no plano da sua execução. Estado Regulador É aquele que, através do regime interventivo, se incumbe de estabelecer as regras disciplinadoras da ordem econômica com o objetivo de ajustá-lo aos ditames da justiça social. Em seu artigo 174, a Carta Magna reza que, “como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado”. Natureza de atuação O Estado não deixa sua posição interventiva quando atua como regulador. A intervenção se verifica através das imposições normativas destinadas principalmente aos particulares, assim como, mecanismos jurídicos preventivos e repressivos para coibir eventuais condutas abusivas. Assim, a função do Estado-Regulador pode ser caracterizada como intervenção direta no domínio público. Competências Na partilha constitucional de atribuições, a competência é quase que absoluta para a atuação do Estado-Regulador é da União Federal. Repressão ao abuso do poder econômico A Constituição em vigência é expressa sobre a necessidade de reprimir o abuso econômico, prescrevendo que “a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros” (CF, art.173, § 4º). José dos Santos Carvalho diz que: Usualmente o abuso de poder econômico é cometido pela iniciativa privada, onde alguns dos setores do empresariado, com ambição desmedida de lucros e total indiferença de justiça social, procuram executar fórmulas altamente danosas ao público em geral[..] Podemos definir, pois, a repressão ao abuso de poder econômico como o conjunto de estratégias adotadas pelo Estado que, mediante intervenção na ordem econômica , têm o objetivo de neutralizar os comportamentos causadores de distorção nas condições normais de mercado em decorrência do acúmulo de riquezas. (FILHO, 2008, p. 870). As principais formas de dominação abusiva dos mercados são os trustes, os cartéis e o dumping. Truste (trust) é a imposição das grandes empresas sobre os concorrentes menores, visando a afastá-los do mercado ou obrigá-los a concordar com a política de preços do maior vendedor. No truste, há a dominação do mercado por uma grande empresa, que afasta seus concorrentes ou os obriga a seguir sua política de preços. É um meio de imposição do grande sobre o pequeno empresário. Cartel é a composição voluntária dos rivais sobre certos aspectos do negócio comum, normalmente sobre o preço do produto por eles ofertado. Os “concorrentes” estabelecem uma composição de preços e outras condições com o fim de eliminar a concorrência efetiva e aumentar arbitrariamente seus lucros. O dumping é uma prática abusiva, normalmente de cunho internacional, em que a empresa recebe subsídio oficial de seu país de modo a baratear excessivamente o custo do produto; como o preço subsidiado fica muito inferior ao das empresas que arcam com seus próprios custos, estas são afastadas do mercado internacional, por impossibilidade de concorrer com o preço ofertado pela empresa subsidiada. Monopólio O monopólio estatal é atribuição conferida ao Estado para o desempenho exclusivo de certa atividade do domínio econômico, tendo em vista as exigências do interesse público. Enquanto o monopólio privado, não admitido constitucionalmente, tem por fim o aumento dos lucros e o interesse privado, o monopólio estatal tem sempre por intuito a proteção do interesse público. Como a vigente Constituição privilegia a iniciativa privada e a livre concorrência na exploração de atividade econômica, o monopólio estatal só é permitido nas hipóteses constitucionalmente enumeradas, como, por exemplo, no art. 177 da Carta Política. Controle de abastecimento Controle de abastecimento é a forma de atuação do Estado no domínio econômico visando a manter no mercado consumidor produtos e serviços suficientes para atender à demanda da coletividade. Tabelamento de preços Os preços classificam-se em privados (que se originam das condições normais do próprio mercado) e públicos (estabelecidos unilateralmente pelo poder público, mediante a fixação de tarifa ou preço público). A atuação do Estado no tabelamento de preços dá-se em relação aos preços privados, nas condições estabelecidas em lei, quando o preço formado no mercado, ante a lei da oferta e da procura, não atender ao interesse público. Criação de empresas estatais O Estado também pode atuar na ordem econômica por meio da criação, por meio de lei específica, de entidades estatais, tais como sociedades de economia mista e empresas públicas, (CF, art. 37, XIX). A criação dessas entidades, porém, só está constitucionalmente autorizada quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, definidos em lei (CF, art. 173). Modernamente, têm sido criadas as chamadas Agências Reguladoras, normalmente com a roupagem jurídica de autarquia, para a atuação em segmentos específicos da ordem econômica (exercício de atividade regulatória). Estado Executor O Estado também age exercendo, e não apenas regulando, atividades econômicas. Naturalmente, que tal exercício não é constituído como regra geral. A Carta Magna estabelece limites à atuação de tal natureza, com a intenção de preservar a liberdade da iniciativa concedida aos particulares em geral. (art 170, parágrafo único, CF). O Estado-Executor pode assumir duas posições; a primeira é aquela em que o próprio Estado se incumbe de explorar a atividade econômica através de seus órgãos internos, e na segunda posição, o Estado cria pessoas jurídicas a ele vinculadas, destinadas mais apropriadamente à execução de atividades mercantis. Exploração Direta Conforme artigo 173, CF/88: “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. A exploração de atividade econômica cabe, como regra, à iniciativa privada, um dos postulados fundamentais do regime capitalista. Assim, a possibilidade prevista no artigo 173, é de caráter excepcional. Segundo José dos Santos Carvalho Filho a Constituição aponta três pressupostos que legitimam a intervenção: segurança nacional, de natureza política. Interesse coletivo relevante, de conceito jurídico indeterminado. E um terceiro pressuposto, [...] implícito no texto, onde o dispositivo, ao ressalvar os casos previstos na Constituição, está admitindo que só o fato de haver disposição em que haja permissividade interventiva contida no texto constitucional é suficiente para autorizar a exploração da atividade econômica pelo Estado, independentemente de ser hipótese se segurança nacional ou de interesse coletivo relevante. Há de fato, interesse coletivo presumido, porque constante da Constituição, muito embora não tenha sido ele definido em Lei. (FILHO,2008, p. 889). Exploração Indireta A forma mais comum que o Estado intervém no domínio econômico é através de suas empresas paraestatais. As sociedades de economias mistas e as empresas públicas são entidades vinculadas ao Estado que às quais se atribui a tarefa de intervir no domínio econômico. 6. CONCLUSÃO Os meios de atuação do Estado na ordem econômica aqui discriminados não são taxativos, uma vez que, o interesse público exige outras manifestações interventivas por parte do Poder Público, como por exemplo o caso do estabelecimento de política tributária específica para determinado setor, com o fim de estimular ou desestimular a atividade, por meio do manejo das alíquotas de tributos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Importação (II) etc. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do. Editora Manole, 2015. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Lumens Juris. 21ª edição, revista, ampliada e atualizada, 2008.
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