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Apostila de Farmacologia Aplicada

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Apostila de Farmacologia II
__________________________________________________________________________________________
		Mediadores químicos da inflamação e da Alergia:
-Histamina;
-Eicosanóides (Prostanóides, leucotrienos);
- Fator de ativação das plaquetas (PAF);
- Bradicinina;
- Óxido Nítrico;
- Neuropeptídeos;
- Citocinas.
HISTAMINA
É uma amina (base) , armazenada em grânulos de mastócitos e basófilos;
É secretada pelos mastócitos quando os componentes do sistema complemento interagem com a membrana celular ou quando o antígeno interage com a IgE fixada na superfície celular;
RECEPTORES HISTAMINÉRGICOS:
- H1: MÚSCULO LISO DOS BRÔNQUIOS, BRONQUÍOLOS, ÍLEO E ÚTERO: CONTRAÇÃO. 
Redução do fluxo do ar na asma brônquica.;
Se houver grande liberação de histamina durante a gravidez, pode ocorrer aborto;
Eritrema da pele (vasodilatação das pequenas arteríolas e dos esfíncteres pré-capilares), devido a atuação em receptores H1 do endotélio vascular;
Prurido (estimulação das terminações nervosas);
SNC: Histamina funciona como neurotransmissor e está relacionada a alguns tipos de vômito.
- H2: Células parietais (estômago); Coração: Aumento da secreção ácida e da frequência cardíaca.
- H3 (pré-sináptico): Está relacionado a inibição da liberação de alguns neurotransmissores.
Principais efeitos da Histamina:
Estimulação da secreção gástrica;
Estimulação cardíaca;
Vasodilatação;
Aumento da permeabilidade vascular.
FÁRMACOS ANTAGONISTAS HISTAMINÉRGICOS (ANTI-HISTAMÍNICOS)
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1:
Prometazina (Fernegan); Não-seletivo (H1 SNCentral e periférico)
Dexclorfeniramina (Polaramine); Muito pouco seletivo.
Loratadina (Claritin); Pouco seletivo no início do tratamento.
Fexofenadina (Allegra); Muito seletivo, sobretudo para as vias aéreas.
Tratamento de reações alérgicas cutâneas; asma brônquica, rinite alérgica.
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2:
*Cimetidina (Tagamet);
*Ranitidina (Antak).
Tratamento da úlcera péptica.
FÁRMACOS ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS
INTRODUÇÃO: A ANSIEDADE
( Os ansiolíticos são utilizados por 10% da população dos países desenvolvidos.
( É difícil distinguir a ansiedade normal da patológica.
( Principais manifestações da ansiedade patológica:
( Queixa verbal
( Efeitos somáticos e autônomos: Inquietação, agitação, taquicardia, sudorese, choro, distúrbios gastrintestinais, distúrbio do sono.
( Interferência nas atividades produtivas normais.
(ANSIEDADE E DEPRESSÃO
AGENTES ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS:
(BENZODIAZEPÍNICOS: Agentes ansiolíticos e hipnóticos.
(AGONISTAS DOS RECEPTORES DE 5-HT: Ansiolíticos e muito pouco sedativos.
(BARBITÚRICOS: O uso como ansiolíticos obsoleto.
(ANTAGONISTAS (- ADRENÉRGICOS: Utilizados no tratamento de ansiedades com sintomas físicos incômodos (sudorese, tremor, taquicardia).
OUTRAS DROGAS:
- Hidrato de Cloral, paraldeído ( Obsoletos.
- Anti-histamínico ( pílulas para dormir, geralmente para crianças (Ex: Prometazina, difenidramina).
BENZODIAZEPÍNICOS (BDZ)
Diazepam, bromazepam, nitrazepam, cloxazolam, clordiazepóxido,
( EFEITOS FARMACOLÓGICOS SOBRE O SNC:
(MECANISMO:
 Os BDZ atuam potencializando a ação do GABA (neurotransmissor inibitório). Eles se ligam especificamente a um sítio regulador no receptor de GABA, aumentando a afinidade do receptor pelo neurotransmissor, levando a um aumento na freqüência de abertura dos canais de cloreto, gerando hiperpolarização, que dificulta ou impede a deflagração de potencias de ação.
( O FLUMAZENIL é um antagonista competitivo dos BDZ. Ele se liga a um sítio no receptor de GABA (orifício de ligação dos BDZ).
( ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS
Os BDZ são, em geral, bem absorvidos quando administrados por via oral;
Podem ser administrados pela via EV; A injeção IM resulta em absorção lenta;
O Metabolismo hepático gera metabolitos ativos (geralmente glicuronídeos) ( CUIDADO efeito hipnótico prolongado em IDOSOS e HEPATOPATAS.
( Drogas de ação prolongada: Hipnóticos (nitrazepan) 
(EFEITOS INDESEJADOS:
 
 (TOXICIDADE AGUDA (SUPERDOSAGEM AGUDA)
- Em superdosagem, os BDZ causam sono prolongado sem depressão cardiorespiratoria grave. Mas na presença de outros depressores do SNC, ocorre potencialização do efeito farmacológico.
(EFEITOS COLATERAIS DURANTE O USO TERAPEUTICO
- Sonolência, confusão, amnésia, diminuição da coordenação motora.
(TOLERÂNCIA E DEPENDÊNCIA
BARBITÚRICOS
Fenobarbital, ciclobarbital.
( MECANISMO
( Os barbitúricos se ligam em um sítio no receptor do GABA (diferente do sítio dos BZD), levando a um amento na freqüência de abertura dos canais de Cl( (cloreto).
( Superdosagem perigosa; alto grau de tolerância e dependência; indução microssomal.
 (Utilizados na anestesia e tratamento da epilepsia.
( Os barbitúricos podem promover parada cardiorrespiratória em doses elevadas!! Este efeito pode ser pronunciado se forem ingeridas bebidas alcoólicas ou se forem administradas outras drogas depressoras do SNC!!!!!
DROGAS ANTIEPILÉTICAS
(anticonvulsivantes)
INTRODUÇÃO: A EPILEPSIA
Afeta a 5% da população;
-Evento característico: CRISE, que se pode estar associada à convulsão;
-A crise é causada por uma descarga normal de alta freqüência de um grupo de neurônios, começando localmente e propagando-se em uma extensão variável, afetando outras áreas do cérebro.
-As crises podem ser parciais ou generalizadas. O ataque envolve fenômenos motores, sensoriais ou comportamentais.
( CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE CRISES CONVULSIVAS
CRISES PARCIAIS
Crises parciais simples;
Crises complexas parciais;
Crises parciais secundariamente generalizadas
CRISES GENERALIZADAS
Crises tônico-clônicas generalizadas (“grande mal”);
Crises de ausência (“pequeno mal”);
Crises tônicas;
Crises atônicas;
Crises clônicas e mioclônicas;
Espasmos infantis
“MAL EPILÉTICO:” Condição fatal em que a atividade convulsiva torne-se ininterrupta. 
OBS: Descarga epilética repetida pode causar morte neuronal (excitotoxidade).
(As terapias farmacológicas disponíveis mostram-se eficazes em 70-80% dos pacientes.
MECANISMO DE AÇÃO DAS DROGAS ANTIEPILÉTICAS
(FENITOÍNA (Hidantal() ( Bloqueio uso-dependente dos canais de sódio, inibindo a propagação da descarga. Bloqueia as descargas repetidas de alta freqüência.
(EXCETO crises de ausência 
EFEITOS ADVERSOS: Hirsutismo; Anemia Megaloblástica.
( CARBAMAZEPINA (Tegretol)( ( Bloqueio uso-dependente dos canais de Na+ (sódio)
( TODOS os casos, EXCETO crises de ausência.
(VALPROATO (Depakene() (Bloqueio dos canais de Na( e inativação da GABA-aminotransferase, levando ao aumento dos níveis de GABA.
				 (Náuseas, queda capilar, etc...
Utilizado nas crises de ausência concomitantes a quadros tônico-clônicos generalizados.
( ETOSSUXIMIDA ( Inibição da Na/K ATPase; inibição da GABA-aminotransferase.
Podem ocorrer distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos e dores), letargia, cefaléia, tonteira e euforia transitória.
(EXCLUSIVA para os casos de crise de ausência.
( FENOBARBITAL (gardenal() ( Potencialização da ação do GABA.
(TODOS os tipos de epilepsia, EXCETO ausência.
(BENZODIAZEPÍNICOS (Potencialização da ação do GABA.
Diazepam IV( Controle do estado de mal epilético.
DROGAS BLOQUEADORAS NEUROMUSCULARES
INTRODUÇÃO
	Bloqueio Neuromuscular:
Não é utilizado como terapêutica.
Adjuvante da anestesia quando se dispõe de ventilação artificial.
NEUROFISIOLOGIA
REFLEXOS SIMPLES DE CONTRAÇÃO EM RESPOSTA A ESTÍMULOS SENSORIAIS:
NEUROTRANSMISSORES INIBITÓRIOS: GABA, GLICINA.
DROGAS QUE INFLUENCIAMO TÔNUS DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
	(SNC (Córtex Motor Cerebral)
Miotonolíticos
	Diminuem o tônus muscular, através da estimulação dos interneurônios inibitórios. 
Exemplos:
Benzodiazepínicos (Diazepam, bromazepam, etc.) Aumentam a afinidade do receptor pelo neurotransmissor.
Baclofen (Baclofen(, Lioresal(- agonista do receptor de GABA
Convulsivantes
	Aumentam o tônus muscular através da diminuição da inibição mediada pelos interneurônios inibitórios.
Exemplos:
Estricnina: É um antagonista do receptor de glicina. Gera convulsão motora.
Toxina tetânica (Clostridium tetani): Inibe a liberação de glicina. Promove convulsão motora. Risco de vida devido a disordem nos músculos respiratórios.
(INIBIDORES DA LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA
MAGNÉSIO (Mg2+) Este cátion tem seus níveis elevados em algumas patologias.
TOXINA BOTULÍNICA ( Clostridium botulinum ) É um dos venenos mais potentes. Ocasiona paralisia dos músculos respiratórios, podendo levar a morte. 
Dose letal para adultos: 0,000003 mg (3 x 10-6)
RELAXANTES MUSCULARES
Promovem paralisia flácida.
Ajudam a garantir que os procedimentos cirúrgicos não sejam atrapalhados por contrações musculares dos pacientes.
São adjuvantes dos anestésicos locais.
Se dividem em duas classes:
Agentes bloqueadores não-despolarizantes e
Agentes bloqueadores despolarizantes.
HISTÓRICO
Índios da América do Sul: CURARE embebido em flechas para caçar e combater os inimigos.
O curare é uma mistura de alcalóides de ocorrência naturalencotrados em diversas plantas. O princípio ativo é a D-TUBOCURARINA.
A D-TUBOCURARINA não é utilizada na clínica.
A partir dela foram desenvolvidos análogos sintéticos, com menos efeitos colaterais:
Galamina
Pancurônio (nome comercial: Pavulon, Pancuron)
Vecurônio (Norcuron)
Atracúrio (Tracur, Tracrium)
Mivacúrio
EFEITOS INDESEJADOS:
Indução da liberação de histamina pelos mastócitos (não imunogêncica), levando a um quadro de broncoconstrição, urticária e hipotensão.
Bloqueio ganglionar que gera redução da pressão arterial.
ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS
A administração é feita pela via endovenosa. Oque varia de uma droga para a outra é o tempo de início de ação e a duração do efeito relaxante muscular.
O metabolismo principalmente hepático. Alguns são excretados de modo inalterado na urina. O atracúrio sofre hidrólise espontânea no plasma. O mivacúrio é hidrolisado pela colinesterase plasmática.
MECANISMO
Os bloqueadores não-despolarizantes atuam como antagonistas competitivos dos receptores nicotínicos de acetilcolina da placa terminal ou neuromuscular.
EFEITOS
Paralisia motora. Os primeiros músculos a serem paralisados são os oculares extrínsecos (causando visão dupla) e os pequenos músculos da face, extremidades e faringe (traz dificuldade de deglutição).
Os músculos respiratórios são os últimos a serem afetados e os primeiros a se recuperarem.
	
DROGA
	VELOCI-DADE DE INÍCIO
	
DURA-ÇÃO
	
PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS
	
TUBOCURARI-NA*
	Lenta 
(> 5 Min)
	Prolongada (1 - 2 h)
	-Hipotensão (bloqueio ganglionar + liberação de histamina);
-Broncoconstrição
	
GALAMINA*
	Lenta
	Prolongada
	-Taquicardia ( antagonismo M2)
	
PANCURÔNIO*
	Intermediária
 (2-3 min.)
	Prolongada
	-Sem hipotensão! ;
- Taquicardia discreta
	
VECURÔNIO*
	Intermediária
	Intermediária 
(30- 40 min.)
	- Poucos efeitos colaterais.
	
ATRACÚRIO*
	Intermediária
	Intermediária
 (< 30 min.)
	-Hipotensão transitória (liberação de histamina).
	
MIVACÚRIO*
	Rápida
 (1- 2 min)
	Curta
(15 min)
	-Hipotensão transitória (liberação de histamina).
	
SUXAMETÔNIO
(Bloqueador despolarizante)
	Rápida
	Curta
	-Bradicardia (agonista M2); 
- Arritmias cardíacas;
-Elevação da pressão intra-ocular (agonista nicotínico dos músculos extra-oculares);
-Dor muscular após cirurgia.
* Droga bloqueadora não-despolarizante.
AGENTES BLOQUEADORES DESPOLARIZANTES
Geram despolarização permanente na placa terminal da fibra muscular, impossibilitando a repolarização e a abertura dos canais de sódio. Há perda de excitabilidade elétrica.
Ocorre espasmo muscular transitório (ou fasciculação) logo após a administração. Porque a despolarização inicial da placa terminal causa descarga de potenciais de ação na fibra muscular.
FARMACOCINÉTICA
Curta duração por serem hidrolisados pela colinesterrase plasmática.
DROGAS
# Decametônio: Caiu em desuso por ter ação muito prolongada.
# Suxametônio: Constitui-se por duas moléculas de acetilcolina unidas através do grupo acetil. 
MECANISMO
	Agonista dos receptores nicotínicos 
EFEITOS INDESEJADOS
Bradicardia (efeito agonista M2);
Liberação de potássio (perda);
Aumento da pressão intra-ocular (contração dos músculos extra-oculares que exercem pressão sobre o globo ocular);
Paralisia prolongada:
*Uso de anticolinesterásicos !(pacientes com glaucoma);
*Recém-nascidos e hepatopatas! (possuem baixa atividade de colinesterase plasmática).
FARMACOLOGIA DA DOR
OPIÓIDES E OPIÁCEOS
(AGENTES ANALGÉSICOS:
-Fármacos semelhantes à morfina ( SNC (opióides)
-Antiinfamatórios não-esteroidais ( SNC, SNP.
-Anestésicos locais: SNP
-Fármacos não-opióides de ação central (Ex: carbamazepina)
FÁRMACOS ANALGÉSICOS
( OPIÓIDES: Substância endógena ou sintética que produz efeitos semelhantes à morfina.
( OPIDÁCEO: Droga sintética não-peptídica, com ações semelhantes à morfina.
( ÓPIO:
* É o extrato do suco da papoula.
	 Papaver somniferum ( Euforia, analgesia, sono e anti-diarreico.
	* Contém alcalóides de estrutura relacionada à morfina e papavenina (relaxante da musculatura lisa)
( ASPECTOS QUÍMICOS:
* ANÁLOGOS DA MORFINA 
Diamorfina, Codeína, Nalorfina, Haloxana. 
 ( (
 (Heroína) ( Tylex( )
 ( Setux( )
 
(DERIVADOS SINTÉTICOS COM ESTRUTURA NÃO RELACIONADA COM A DA MORFINA:
- Série da Fenilpiperidina:
(
Petidina (Meperidina, Dolosal()
- Série da Metadona:
 (
	Metadona
	Dextropropoxifeno (Doloxene()
- Série do Benzorfan
 (
 Pentazocina
 Ciclozocina
LOPERAMIDA (IMOSEC() ( Não penetra no cérebro ( TGI
RECEPTORES OPIÓIDES
(,(,(
MECANISMO CELULAR DE AÇÃO DOS OPIÓIDES
- Os receptores opióides são acoplados a PTNG inibitória, que inibe a Adenilato ciclase ou canal iônico.
- Promovem a abertura dos canais de potássio, causando hiperpolarização e inibem a abertura dos canais de cálcio regulados por voltagem (diminuindo a liberação de neurotransmissor).
EFEITOS DA MORFINA
( SNC 
* ANALGESIA ( dor aguda e crônica 
* EUFORIA ( confortamento e bem-estar
 (Pronunciado nos aflitos.
* DEPRESSÃO RESPIRATORIA ( diminuição da sensibilidade do centro respiratório bulbar ao ( da pCO2
* DEPRESSÃO DO REFLEXO DA TOSSE ( codeína (Setux() suprime a tosse em doses subanalgésicas.
* NAUSEAS E VÔMITOS ( em 40% dos pacientes; (de sensibilidade da zona deflagradora quimiorreceptora.
* CONTRIÇÃO PUPILAR (estimulação dos receptores (e ( do núcleo oculomotor ( pupilas mióticas, puntiformes.
( TRATO GASTROINTESTINAL
( ( do tônus do músculo liso
( ( da motilidade								CONSTIPAÇÃO
( Ação central + inibição dos neurônios do plexo mioentérico
( OUTRAS AÇÕES
* Liberação de histamina dos mastócitos;
* Urticária e prurido no local de injeção;
* Hipotensão e broncoconstrição;
* Superdose aguda: coma e depressão respiratória;
* Imunossupressão.
( DESENVOLVIMENTO DE TOLERÂNCIA
 
( ( da dose necessária para gerar atividade farmacológica.
( FARMACOCINÉTICA
* Absorçãooral lenta e errática
* Vias IV ou IM usadas em dor intensa, aguda 
* Via oral: dor crônica
* Meia-vida: 3 a 6 horas
* Metabolismo: hepático; Glicuronídio ativo 
* Eliminação: Renal 
 Glicuronídio
 Fecal
ANTAGONISTA DA MORFINA
* NALOXONA (ação curta)
( Produz dor clínica; reverte quadro de depressão respiratória.
( Gera quadro de síndrome de abstinência 
* NALTREXONA (ação longa)
 (, ( e (.
DEPENDÊNCIA
	FÍSICA
	PSÍQUICA
	Esta associada à síndrome de abstinência fisiológica 
	Desejo mórbido pela droga
	QUADRO
	Bocejos, dilatação pupilar, febre, sudorese, piloereção, náusea, diarréia, agitação, irritabilidade, desejo mórbido pela droga.
	Sintomas da SA (máximos) 8-10 dias
	A readministração abole rápido a síndrome. 
Bacteriostático: Inibe temporariamente o crescimento do microorganismo. O sucesso terapêutico vai depender do auxílio dos mecanismos de defesa do hospedeiro. Ex. Tetraciclinas e sulfonamidas.
Bactericida: Fármaco que promove a morte do microorganismo. Devem ser utilizados quando as infecções não podem ser controladas pelos mecanismos de defesa do hospedeiro. Ex.: Beta-lactâmicos e aminoglicosídios.
(Bacitracina, Ciclosserina, Vancomicina, Penicilinas, Cefalosporinas)
A parede celular das bactérias é constituída por um polímero chamado de peptoglicano, que tem sua rigidez garantida pelas chamadas ligações cruzadas de transpeptidação. É mais espessa nas bactérias Gram-positivas.
(Bacitracina, Vancomicina, e Ristocetina)
Inibem as etapas iniciais da biossíntese do peptoglicano, anteriores à etapa de transpeptidação.
VANCOMICINA
Principais usos: Infecções hospitalares por gram +, colite pseudomembranosa e endocardite bacteriana em paciente alérgicos a penicilina.
Pode ser administrada via intratecal para o tratamento de meningite pneumocócicas ou estafilococos graves.
A Associação a penicilinas aumenta a ototoxicidade e nefrotoxicidase
(Penicilinas +Cefalosporinas)
São inibidores da transpeptidação, inibindo as enzimas transpeptidases.
Ao atravessarem a parede celular se ligam às proteínas de ligação das penicilinas (PBP, que são os receptores bacterianos das drogas), que induzem a inibição das transpeptidases.
A etapa seguinte é a inativação de um inibidor das enzimas hidrolases, que responsáveis pela destruição da parede celular.
Nas bactérias Gram-negativas, existe uma membrana externa fosfolipídica que dificulta a passagem destes fármacos.
Algumas bactérias podem ter a transpeptidação inibida, mas não sofrem lise.
Mecanismo clínico de resistência mais importante: produção de beta-lactamases, que são enzimas que quebram o anel beta-lactâmico, inativando o antimicrobiano.
Existem muitos tipos de beta-lactamases.
Algumas beta-lactamases tem altíssima afinidade por compostos como o ácido clavulânico ou o sulbactam, impedindo que as beta-lactamases ataquem as penicilinas. EX.: Clavulin® (Amoxicilina+ Clavulanato)
 Alguns antibióticos beta-lactâmicos são resistentes à ação das beta-lactamases.
(EX.:Meticilina, Cefoxitina)
	PENICILINAS
	TIPO DE PENICILINA
	ABSORÇÃO NO TGI
	PROPRIEDADES
	BENZILPENICILINAS E SIMILARES
-Ativos contra a maioria dos cocos Gram-positivos e bactérias Gram-negativas.
	Benzilpenicilina
(Penicilina G)
	Precária
	-Destruídos por beta-lactamases;
-A penicilina G pode ser administrada por via i.m. (+benzatina ou procaína) ou endovenosa cristalina;
	PENICILINAS RESISTENTES AS BETA-LACTAMASES
-Espectro semelhante ao da benzilpenicilina, porém menos potentes. Hoje existem muitos estafilococos resistentes.
	Oxacilina
	Adequada
	-Administrado por via i.m. ou via oral
	Meticilina
	Precária
	
	PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO
-Destruídas por beta-lactamases produzidas por S. aureus e por Gram-negativos.
-O espectro é semelhante ao da benzilpenicilina . Apesar de menos potentes.
	Ampicilina
	Boa
	-A ampicilina pode ser administrada por vo. O alimento diminui sua absorção. Pode causar diarréia.
-A amoxicilina leva a níveis sanguíneos mais elevados que a ampicilina e menos distúrbios no TGI.
	Amoxicilina
	Muito boa
	
	PENICILINAS DE ESPECTRO AMPLIADO*
-*ampliado para incluir pseudomonas. São sensíveis as beta-lactamases. O espectro e idêntico ao das drogas de amplo espectro, incluindo pseudomonas;
	Carbenicilina
	
	Também é ativa contra PROBEUS
	Ticarcilina 
	
	É a mais potente contra pseudomonas 
	Azlocilina 
	
	Muito ativa contra Pseudomonas e Kleibsiella.
	Piperacilina
	
	Possui maior potência contra Gram-negativos comuns
	
	Indicações Clínicas
Drogas de escolha para:
Meningite bacteriana (Benzilpenicilina)
Infecções cutâneas e de tecidos moles
Faringite (Amoxicilina)
Otite (Amoxicilina)
Infecção das vias aéreas (Amoxicilina)
Sífilis (Penicilina Benzatina)
Infecção por pseudomonas (piperacilina) 
EFEITOS INDESEJÁVEIS:
-Reações de hipersensibilidade (podem ocorrer reações cruzadas);
-Penicilinas de amplo espectro administradas por via oral alteram a microbiota bacteriana do intestino;
ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS:
-Não atravessam a BHE, a não ser que as meninges estejam inflamadas.
Semelhante ao das penicilinas. Ligação a PTN ligante de penicilinas (PBP), seguida pela inibição da transpeptidação e ativação das hidrolases.
Mecanismo de resistência:
Penetração deficiente do fármaco
Ausência de PBP
Produção de Beta-lactamases (cefalosporinases)
Falha de ativação das hidrolases
São divididas em três gerações:
	Geração
	Drogas
	Atividade
	Primeira
	Cefalexina
Cefalotina
Cefazolina
Cefadroxil
	Gram + e – 
Pouca atividade contra pseudomonas
	Segunda
	Cefaclor
Cefoxitina
Cefuroxima (BHE)
	Maior atividade contra Gram -. Menos ativas contra Gram +
	Terceira
	Ceftriaxona
Cefotaxima
Ceftazidima
	Maior atividade contra Gram -. Menos ativas contra Gram + (atravessam a BHE)
 
Usos Clínicos:
Profilaxia cirúrgica (primeira geração) (Cefazolina)
Meningite bacteriana (terceira geração e cefuroxima)
Efeitos adversos:
Alergia. Pode haver alergia cruzada entre penicilinas e cefalosporinas.
Toxicidade
Tromboflebite
Toxicidade renal
Hipoprotrombinemia
Distúrbios hemorrágicos
 
Gentamicina, Amicacina, Neomicina, Tobramicina, Estreptomicina
Mecanismo: Inibem a síntese de proteínas das bactérias por promoverem uma incorreção no reconhecimento códon-anticódon, sendo irreversível e letal.
Uso principal: bacteremia e Ceci.
Efeitos adversos: ototóxicos e nefrotóxicos. Quando utilizados por mais de 5 dias apresenta, mais risco. Os efeitos nefrotóxicos aumentam com o uso de diuréticos como furosemida e são potencialmente perigosos insuficiência renal.
Resistência: Através da produção de transferases que destroem os antimicrobianos . A Amicacina é o mais resistente a essa enzima.
 Tetraciclina, Oxitetraciclina e Doxicilina
Mecanismo: Inibem a síntese de proteínas das bactérias por se ligarem à subunidade 30S irreversivelmente, impedindo a ligação do RNAt. 
Amplo espectro de ação G + e – (Primeira escolha para cólera e peste, infecções das vias respiratórias e acne). Clamídias e sífilis. 
Efeitos adversos: Manchas nos dentes e deformação dentária, hipoplasia dentária, deformidades ósseas.
Obs.: A tetraciclina se liga com íons divalentes como Ca+2 e Mg+2, ocorrendo quelação, impedindo a reabsorção do fármaco.
Mecanismo: Liga-se irreversivelmente a subunidade 50S dos ribossomos das bactérias e impede a síntese de proteínas.
Atinge a BHE, apresenta amplo espectro (G+ e -)
Usos Clínicos:
Infecções por Haemofilus influenza, meningites (pacientes que não usam penicilinas)e conjuntivite bacteriana
Efeitos adversos:
Depressão da medula óssea (pancitopenia)
Anemia Fatal
Síndrome do bebê cinzento (vômito, diarréia, flacidez, diminuição da temperatura corporal).
Distúrbios gastrointestinais
Eritromicina, Claritromicina, Azitromicina
Mecanismo: Liga-se a subunidade 50S dos ribossomos das bactérias e impede a síntese de proteínas.
Eritromicina: Usada em difteria, doenças genitais por clamídias e infecções do trato respiratório e sinusite.
Azitromicina: Haemofilus influenza e toxoplasma gondii
Claritromicina: Haemofilus influenza e Helicobacter pylori.
Efeitos indesejáveis: distúrbios gastrointestinais, reações de hipersensibilidade, reações cutâneas, febre, distúrbios transitórios da audição e icterícia.
Clindamicina
Mecanismo: Se liga a subunidade 50S dos ribossomos das bactérias e impede a síntese de proteínas.
Distribuição: Não atinge níveis terapêuticos nos SNC. 
Eliminação: A Clindamicina tem metabolização hepática e eliminação do metabólitos pela urina, bile e fezes 
Indicação: 
É efetivo sobre Staphylococcus aureus e Streptococcus do grupo A. 
Não apresenta atuação sobre gram-negativos aeróbicos. 
Tem boa atividade em anaeróbios gram-positivos e negativos, incluindo Clostridium perfringens e Bacteróides fragilis, sendo que neste último considerada droga de escolha. 
Cuidados: 
Insuficiência renal e hepática: Uso cuidadoso 
Uso durante a gestação ainda não esta estabelecido 
Administração e dosagem: 
Em infecções graves 2.400 mg/dia IV dividido a cada 6 ou 8 horas 
Em pacientes de insuficiência renal não e necessário redução da dose 
Toxicidade e Interação com drogas: 
Pode aumentar a ação dos agentes bloqueadores neuromusculares. 
Não pode ser administrado simultaneamente na mesma linha intravenosa clindamicina e aminoglicosídeos 
Efeitos adversos: 
Gastrointestinal: Náusea, Vômitos, diarréia, dor abdominal e colite pseudo-membranosa. 
Hipersensibilidade: Rash, reação anafilática e raramente eritema multiforme.
Efeitos locais: Eritema e tromboflebite 
Outros efeitos: Elevação da bilirrubina, fosfatase alcalina, TGO e TGP, leucopenia, neutropenia, eosinofilia e trombocitopenia. 
Sulfametoxazol, Sulfasalazina Sulfadiazina
Mecanismo: ocorre competição com ácido para-aminobenzóico (PABA) pela enzima diidropteroato sintetase, levando a diminuição do ácido fólico.
São bacteriostáticos em baixa dose
São bactericidas em alta dose
Trimetoprima inibe a enzima diidrofolato redutase
PABA
 ( (sulfonamidas – Análogas do PABA)
Folato
 ( (Trimetoprima)
 Tetraidrofolato
 (
DNA Bacteriano
Bactrim (Bacteriostático) Sulfametoxazol + Trimetoprima
Uso clínico: infecções respiratórias, urinárias, salmonelose.
Efeitos indesejáveis: hepatite, confusão mental, depressão da medula óssea, reações de hipersensibilidade, náusea vômito e diarréia.
Norfloxacino, Ciprofloxacino, Ofloxacino
Mecanismo: Inibem a enzima DNA-Girase (topoisomerase II) que é a responsável pelo superespiralamento do DNA, impedindo a formação das hélices do DNA.
São eficazes contra gram + e -.
Uso clínico: infecções urinárias complicadas, infecções respiratórias, otite externa, gonorréia e prostatite bacteriana.
Interações medicamentosas:
Medicamentos à base de ferro, magnésio, alumínio, cálcio, zinco, sucralfato ou antiácidos reduzem a absorção do ciprofloxacino. Este deve ser ingerido pelo menos 2h antes ou 4h após esses medicamentos. 
Pode intensificar a ação da warfarina e glibenclamida e potencializar a ação tóxica da teofilina, ciclosporina. 
A associação de doses altas de quinolonas e antiinflamatórios não esteroidais pode provocar convulsões. 
A probenecida reduz a excreção renal e a metoclopramida acelera a absorção do ciprofloxacino. 
Apresentam anel beta-lactâmico, mas diferem quimicamente das penicilinas e cefalosporinas.
Espectro de ação: apresentam excelente atividade contra infecções resistentes.
IMIPENEM (Tienam) 
dose usual: 0,5 a 1g, IV de 6/6 h ou de 8/8 h
MEROPENEM (Meronen): dose usual: 0,5 a 1g, IV de 8/8 h
Inadequado para Enterococcus sp.
É o fármaco desse grupo de escolha para o tratamento de infecções do SNC, por apresentar menor propensão a convulsões.
DIURÉTICOS
INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA
A acetazolamida é uma sulfonamida sem atividade antibacteriana. Sua principal ação é inibir a enzima anidrase carbônica nas células epiteliais do túbulo proximal. Entretanto, os inibidores da anidrase carbônica são mais freqüentemente usados por outros efeitos farmacológicos que não o diurético, porque estes agentes são muito menos eficaz que as tiazidas ou os diuréticos de alça.
Acetazolamida- Diamox (Merck Sharp & Dohme)
Mecanismo de ação: A acetazolamida inibe a anidrase carbônica, localizada intracelularmente e na membrana apical do epitélio tubular proximal [OBS.: A anidrase carbônica catalisa a reação do CO com HO, formando H⁺ e HCOз⁻ (bicarbonato)]. A diminuição da capacidade em trocar Na⁺ por H⁺ na presença de acetazolamida resulta em discreta diurese. Adicionalmente, o HCOз⁻ é retido intraluminarmente com acentuada elevação do pH urinário. A perda de HCOз⁻ causa acidose metabólica hipoclorêmica e diminui a eficiência desse diurético após alguns dias de terapêutica. Alterações na composição dos eletrólitos da urina induzidas pela acetazolamida são as seguintes:
Aumento de secreção na urina: Na⁺, K⁺, Ca⁺⁺ e HCOз⁻
Usos Terapêuticos:
Tratamento do glaucoma: O uso mais comum da acetazolamida é para reduzir a elevação da pressão intra-ocular do glaucoma de ângulo aberto. A acetazolamida diminui a produção de humor aquoso, provavelmente bloqueando a anidrase carbônica no corpo ciliar do olho. Ela é útil no tratamento crônico do glaucoma, porém não deve ser usada na crise aguda; a pilocarpina é preferida na crise aguda em razão de seu efeito mais rápido.
Epilepsia: A acetazolamida é algumas vezes utilizada no tratamento da epilepsia – tanto generalizada como parcial. Ela reduz a severidade e a magnitude das crises. Freqüentemente, a acetazolamida é usada cronicamente em conjunto com medicações antiepiléticas para aumentar o efeito destes fármacos.
Mal das Montanhas: Menos comumente, a acetazolamida pode ser usada na profilaxia aguda das montanhas que ocorre em indivíduos sadios, fisicamente ativos, e que sobem rapidamente acima de 10.000 pés. A acetazolamida ministrada a noite por 5 dias antes da ascensão previne a fraqueza, falta de ar, tontura, náusea e edemas cerebral e pulmonar, característicos desta síndrome.
Farmacocinética: A acetazolamida é administrada oralmente, uma vez ao dia.
Reações Adversas: Podem ocorrer acidose metabólica (discreta), depleção de potássio, formação de cálculos renais, tontura e parestesias.
DIURÉTICOS DE ALÇA OU POTENTES
A bumetamida, a furosemida, a torsemida e o ácido etacrínico são quatro diuréticos que apresentam maior ação no ramo ascendente da alça de Henle. Comparados a todas as outras classes de diuréticos, estes fármacos apresentam a mais intensa eficácia na mobilização de Na⁺ e Cl⁻ no corpo. O ácido etacrínico apresenta curva dose-resposta mais abrupta que a furosemida; apresenta mais efeitos adversos que os outros diuréticos de alça e não é tão amplamente utilizado. A bumetanida é muito mais potente que a furosemida e seu uso está aumentado.
Bumetanida, Furosemida (mais utilizado no Brasil), Torsemida, ácido Etacrínico 
Mecanismo de ação: Os diuréticos de alça inibem o co-trasnporte de Na⁺/K⁺/Cl⁻ da luz da membrana no ramo ascendente da alça de Henle. Assim, a reabsorção de Na⁺, K⁺ e Cl⁻ fica diminuída. Os diuréticos de alça são os mais eficazes entre os fármacos diuréticos porque o ramo ascendente é responsável pela reabsorção de 25% a 30% do NaCl filtrado, e as porções seguintes do néfron não conseguem compensar este aumentona sobrecarga de Na⁺. (OBS.: 70% A 75% são reabsorvidos no Túbulo Contorcido Proximal)
Ações: Os diuréticos de alça agem rapidamente, mesmo em pacientes que apresentam função renal diminuída ou que não respondem a tiazídicos ou outros diuréticos. (OBS.: Os diuréticos de alça aumentam o conteúdo de Ca⁺⁺ na urina, enquanto os tiazídicos (ver adiante) diminuem a concentração de Ca⁺⁺ na urina). Os diuréticos de alça provocam diminuição da resistência vascular renal e aumentam o fluxo sangüíneo renal.
Usos Terapêuticos: Os diuréticos de alça são os fármacos de escolha para reduzir o edema agudo de pulmão na insuficiência cardíaca congestiva. Em razão de seu rápido inicio de ação, estes fármacos são úteis em situações de emergência tais como o edema agudo de pulmão, no qual há necessidade de rápida diurese. Os diuréticos de alça (em conjunto com a hidratação) também são úteis no tratamento da hipercalemia porque eles estimulam a secreção tubular de Ca⁺⁺ .
Farmacocinética: Os diuréticos de alça são administrados oral ou parenteralmente. A duração do efeito é relativamente curta: 1 a 4 horas.
Reações Adversas:
a.Ototoxicidade: A audição pode ser afetada pelos diuréticos de alça, particularmente quando usados em associação com antibióticos aminoglicosídeos. Pode ocorrer dano permanente, se o tratamento não for descontinuado. A função vestibular é menos atingida, mas também pode ser comprometida nos tratamentos combinados.
b.Hiperuricemia: A furosemida e o ácido etacrínico competem com o ácido úrico pelos sistemas secretores renal e biliar, bloqueando a secreção desse ácido e, assim , causando a exacerbação das crises de gota.
c.Hipovolemia aguda: Os diuréticos de alça podem promover intensa e rápida redução no volume sanguíneo, com a possibilidade de hipotensão, choque e arritmias cardíacas.
D.Depleção de potássio: A intensa sobrecarga de Na⁺ presente no túbulo coletor resulta em depleção de potássio , que pode ser revertida pelo uso de diuréticos poupadores de potássio ou suplementação dietética de K⁺.
TIAZÍDICOS E AGENTES CORRELATADOS
Os tiazídicos são os fármacos diuréticos mais amplamente utilizados. São derivados sulfonamídicos e estruturalmente relacionados aos inibidores da anidrase carbônica. Os tiazídicos mostram atividade diurética significativamente maior que a acetazolamida e atuam no rim por mecanismo diferente. Todos tiazídicos atuam no túbulo distal e todos têm efeito diurético máximo igual, diferindo somente em potência, expressa na base de miligramas.
HIDROCLOROTIAZIDA: Diurix® Drenol ® ; CLOTALIDONA:Higroton® ;
Clorotiazida:
A clorotiazida, protótipo do diurético tiazídico, foi o primeiro diurético moderno que foi ativo por via e oral e foi capaz de atuar no edema severo da cirrose e da insuficiência cardíaca congestiva com menor número de reações adversas. Suas propriedades são representativas do grupo tiazídico apesar de que derivados mais recentes, como a clorotiazida ou a clortalidona, são mais comumente usados.
Mecanismo de Ação: Os derivados tiazídicos atuam principalmente no túbulo contorcido distal, diminuindo a reabsorção de Na⁺ pela inibição do co-transportador de Na⁺/Cl⁻ na luz da membrana. Apresenta menor efeito em túbulo proximal. Como resultado disso, estes fármacos aumentam a concentração de Na⁺/Cl⁻ no líquido tubular. O equilíbrio ácido-básico não é usualmente alterado. [OBS.: Em razão do local de ação dos derivados tiazídicos ser na luz da membrana estes fármacos precisam ser excretados para a luz tubular para serem efetivos. Assim, com a diminuição da função renal, os diuréticos tiazídicos perdem sua eficácia].
Ações: 
a.Aumento na excreção de Na⁺/Cl⁻: A clorotiazida provoca diurese com excreção aumentada de Na⁺ e Cl⁻ , o que pode causar na excreção de urina hiperosmolar. Este efeito é único entre as classes dos diuréticos, os quais habitualmente não produzem urina hiperosmolar. O efeito diurético não é afetado pelo estado ácido-básico do corpo,nem a clorotiazida costuma alterar o equilíbrio ácido-básico do sangue.
b. Perda de K⁺ : Em razão de os tiazídicos aumentarem o Na⁺ no filtrado que alcança o túbulo distal, mais K⁺ é trocado por Na⁺ . Assim, o uso prolongado destes fármacos resulta em perda contínua de K⁺ pelo corpo. Então, é necessário mensurar o K⁺ sérico uma vez por mês (até mais freqüente no início da terapia) para assegurarmo-nos de que não está ocorrendo o desenvolvimento de hipocalemia. Freqüentemente, o K⁺ pode ser suplementado somente pela dieta, com o aumento de frutos cítricos, bananas e ameixas. Em alguns casos, o sal de K⁺ suplementar pode ser necessário.
Diminuição Urinária na excreção de cálcio: Os diuréticos tiazídicos diminuem a quantidade de Ca⁺⁺na urina através de sua reabsorção. Isto contrasta com os diuréticos de alça, que aumenta a concentração de Ca ⁺⁺ na urina.
Hiperuricemia: Os tiazídicos elevam o ácido úrico sérico por diminuírem a quantidade de ácido excretado através do sistema secretor de ácidos orgânicos. Sendo insolúvel, o ácido úrico deposita-se nas articulações e pode ocorrer importante crise aguda de gota em pacientes predispostos a isso. No entanto, é importante realizar exames sanguíneos, periódicos para mensurar os níveis de ácido úrico.
Depleção volêmica: Pode causar hipotensão ortostática ou confusão mental.
Hipercalemia: Os tiazídicos inibem a secreção de Ca⁺⁺, ocorrendo, algumas vezes, elevados níveis desse íon no sangue.
Hiperglicemia: Pacientes portadores de Diabetes mellítus, em uso de tiazídicos para tratamento de hipertensão, podem tornar-se hiperglicêmicos e ter dificuldade para manter níveis apropriados de açúcar no sangue.
Hipersensibilidades: São raras depressão da medula óssea, dermatites, vasculites necrosantes e nefrite intersticial.
Hidroclorotiazida
A Hidroclorotiazida é o derivado tiazídico que se mostrou mais popular entre os relacionados a seu grupo. Isto ocorre porque ela mostra muito menor capacidade para inibir a anidrase carbônica, quando comparada à clorotiazida. Por outro lado, sua eficácia é exatamente a mesma que a dos outros elementos do grupo.
Clortalidona
A clortalidona é um derivado tiazídico que se comporta como a hidroclorotiazida. Mostra uma duração de ação muito longa e, por isso, é freqüentemente utilizada no tratamento da hipertensão. É administrada uma vez ao dia para esta indicação.
Análogos dos Tiazídicos
1.Metolazona: A metolazona é mais potente que os tiazídicos e, ao contrário deles, promove excreção de Na⁺ na insuficiência renal avançada.
2.Indapamida (Natrilix®): A indapamida é um diurético não-tiazídico, lipossolúvel, que apresenta longa duração de ação. Em baixas doses, mostra ação anti-hipertensiva significativa, com mínimos efeitos diuréticos. A indapamida é freqüentemente utilizada na insuficiência renal avançada para estimular a diurese adicional ao máximo alcançado pelos diuréticos de alça. A indapamida é metabolizada e excretada pelo trato gastrintestinal e pelos rins e, por isso, costuma acumula-se menos nos pacientes com insuficiência renal, podendo ser de utilidade em seu tratamento. 
 
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO
Estes agentes atuam no túbulo coletor, inibindo a reabsorção de Na⁺, a secreção de K⁺ e de H⁺. Os diuréticos poupadores de potássio são primariamente utilizados quando há excesso de aldosterona. O maior uso dos agentes poupadores de potássio é no tratamento da hipertensão, mais comumente em associação com um tiazídico. É extremamente importante que os pacientes tratados com qualquer diurético poupador de potássio sejam monitorizados em seus níveis de potássio. A suplementação potássica exógena é comumente descontinuada quando a terapêutica por poupadores de potássio for implantada.
A.Espironolactona
1.Mecanismo de Ação: A espironolactona é um antagonista sintético da aldosterona que compete coma mesma pelos sítios receptores citoplasmáticos intracelulares. O complexo receptor para espironolactona é inativo, isto é, ele previne a translocaçãodo complexo receptor em direção ao núcleo da célula-alvo e, dessa maneira, não se une ao DNA. Isto resulta na ausência de produção de proteínas que são normalmente sintetizadas em resposta à aldosterona. Estes mediadores de proteínas normalmente estimulam os locais de troca Na⁺ K⁺ do túbulo coletor. Assim, a falta de proteínas mediadoras impede a reabsorção de Na⁺ é a conseqüente secreção de K⁺ e H⁺.
2.Ações: Na maioria dos estados edematosos, os níveis sangüíneos de aldosterona são elevados, o que provoca a retenção de Na⁺ . Quando a espironolactona é administrada a um paciente com elevados níveis circulantes de aldosterona, o fármaco antagoniza a atividade do hormônio, resultando em retenção de K⁺ e excreção Na⁺ . Quando não há níveis circulantes significativos de aldosterona, como na moléstia de Addson (insuficiência renal primária), não ocorre efeito diurético do fármaco.
3.Usos Terapêuticas:
a. Diurético: Apesar de a espironolactona ter pouca eficácia na mobilização de Na⁺ no corpo, em comparação com outros fármacos, ela tem a útil propriedade de causar retenção de K⁺ . Em razão desta ação, a espironolactona é freqüentemente administrada conjuntamente com um tiazídico ou diurético de alça para prevenir a excreção de K⁺ que, de outro modo, ocorreria com estes fármacos.
b. Hiperaldosteronismo secundário: A espironolactona é o único diurético poupador de potássio que é usado rotineiramente sozinho para induzir o balanço de sal negativo absoluto. Ele é particularmente efetivo em situações clínicas associadas com hiperaldosteronismo secundário.
4.Farmacocinética: a espironolactona é completamente absorvida por via oral e liga-se fortemente as proteínas. É rapidamente convertida em um metabólito ativo, a canrenona. A ação da espironolactona é amplamente devido ao efeito da canrenona, que apresenta atividade bloqueadora de mineralocorticóides. A espironolactona induz o citocromo P-450 hepático.
5.Reações adversas: Em razão de a espironolactona assemelhar-se quimicamente aos hormônios esteroidais sexuais, ela apresenta pequena atividade hormonal e pode induzir ginecomastia nos homens e irregularidades menstruais nas mulheres. Por isso, este fármaco não deve ser administrado em elevadas doses cronicamente. Ele é mais eficiente quando utilizado em estados edematoso moderado, administrados por poucos dias de cada vez. Em baixas doses, a espironolactona pode ser usada cronicamente com poucos efeitos adversos. Podem ocorrer hipercalemia, náusea, letargia e confusão mental.
Triamtereno e amilorídeo: bloqueiam os canais de transporte de Na+, disso resultando a diminuição da troca Na+/ K+. Eles mostram ações diuréticas poupadoras de K+ semelhantes às da espironolactona. Entretanto, a capacidade destes fármacos de bloquear o local de troca Na+/ K+ no túbulo coletor não depende da presença de aldosterona. Eles como, como a espironolactona, não são diuréticos muito eficazes. Tanto o Triamtereno como o amilorídeo são freqüentemente usados em associação com outros diuréticos em razão de suas propriedades poupadoras de potássio. Assim como a espironolactona, eles previnem a perda de K+ que ocorre como os tiazídicos e com a furosemida. Os efeitos adversos do Triamtereno são cãibras nas pernas e possibilidade de aumento de uréia circulante, bem como retenção de ácido úrico e K+.
Diuréticos osmóticos:
Algumas substâncias químicas simples e hidrofílicas, que são filtradas através do glomérulo, como o manitol e a uréia, promovem algum grau de diurese. Isto se deve à capacidade delas de carregar água consigo para o interior da luz tubular. Somente uma pequena quantidade de sais pode ser adicionalmente excretada. Em razão de os diuréticos osmóticos serem usados para a obtenção de aumento na excreção de água em vez de Na+, eles não são úteis para tratar condições em que ocorre retenção de Na+. Os diuréticos osmóticos são o principal meio de tratamento para pacientes com pressão intracraniana aumentada, ou insuficiência renal aguda, drogas tóxicas e traumatismos. O manitol só pode ser usado por via intravenosa, pois não é absorvido se for administrado oralmente.
FARMACOLOGIA DA COAGULAÇÃO
HEMOSTASIA E TROMBOSE
A hemostasia, definida como a interrupção da perda de sangue por vasos sanguíneos lesados, é essencial a vida. Uma ferida provoca vasoconstrição seguida de:
Adesão e ativação das plaquetas (formando um tampão que interrompe o sangramento);
Formação de fibrina;
A trombose é uma condição patológica decorrente da ativação inapropriada dos mecanismos hemostáticos, formando um tampão no interior da vasculatura, não havendo sangramento.
Os trombos (in vivo) devem ser distinguidos dos coágulos (in vitro) pois estes são amorfos e consistem em uma rede de fibrina que “seqüestra as células sangüíneas”. Já os trombos:
Arterial (trombo branco): composto de plaquetas e leucócitos no interior de uma rede de fibrina, está associado com a arteriosclerose, interrompe o fluxo sanguíneo causando isquemia ou infarto, possui grande componente plaquetário;
Venoso (trombo vermelho): consiste em uma pequena cabeça branca e uma grande cauda vermelha que lembra uma geléia. Possui um grande componente de fibrina e está associado à estase do sangue.
O trombo pode ser desprender formando um embolo e alojar-se mais adiante causando isquemia ou infarto.
A terapia farmacológica para promover a hemostasia é raramente utilizada, entretanto no tratamento da trombose é amplamente utilizada.
As drogas afetam a hemostasia e a trombose de 3 maneiras:
Ao modificar ma coagulação sanguínea (formação de fibrina);
Ao modificar a função das plaquetas;
Ao afetar a remoção da fibrina (fibrinólise);
DROGAS QUE ATUAM SOBRE A CASCATA DE COAGULAÇÃO
São utilizadas quando existe defeito na coagulação (deficiências genéticas de fatores de coagulação – hemofilia) ou coagulação indesejável (hepatopatia, deficiência de vitamina K ou terapia com anticoagulante oral excessiva).
VITAMINA K
É essencial para a formação dos fatores II, VII, IX e X. Todos estes fatores tem radicais de ácido ϒ-carboxiglutâmico, a ϒ-carboxilação ocorre após a síntese da cadeia e a carboxilase tem a vitamina K como co-fator.
Administração da vitamina k (fitomenadiona):
- via oral: necessita de sais biliares para absorção;
-intramuscular ou intravenosa: preparado sintético hidrossolúvel, fosfato sódico de menadiona, leva mais tempo para atuar;
Indicações - tratamento ou prevenção de:
-sangramento devido ao uso de agentes anticoagulantes orais (por ex.: varfarina);
-doença hemorrágica do recém nascido;
-deficiências de vitamina K (por ex.: doença celíaca ou ausência de bile como na icterícia obstrutiva);
TROMBOSE
As principais drogas usadas:
-Trombo Branco: agentes antiplaquetários (aspirina) e agentes fibrinolíticos (estreptoquinase);
-Trombo Vermelho: anticoagulantes orais (por ex.: varfarina) e anticoagulantes injetáveis (heparina e inibidores da trombina: hirudina) (Clopidogrel: bloqueador irreversivel do receptor de ADP das plaquetas que é fundamental na sua activação e agregação)
ANTICOAGULANTES ORAIS
-Atuam in vivo inibindo a redução da vitamina K, inibindo a ϒ-carboxilação dos radicais de ácido glutâmico nos fatores II, VII, IX e X.
-Efeito tardio devido à meia-vida dos fatores, o primeiro a ser afetado é o fator VII com a meia-vida de 6 horas;
Varfarina: administrada por via oral sofre absorção rápida e completa no trato gastrointestinal, possui pequeno volume de distribuição e liga-se fortemente à albumina plasmática. O efeito farmacológico máximo ocorre após 48 horas.
 
O uso terapêutico da varfarina exige um cuidadoso equilíbrio entre a administração de uma dose muito pequena que não afeta a coagulação e uma dose excessiva que causa hemorragia.
Os anticoagulantes orais atravessam orais atravessam a placenta e são teratogênicos.
FATORES QUE POTENCIALIZAM OS ANTICOAGULANTES ORAIS
Doenças:hepatopatia interfere na síntese dos fatores de coagulação;
Febre e tireotoxicose, alta taxa metabólica, aumentam os efeitos dos anticoagulantes aumentando a degradação dos fatores.
DROGAS:
Agentes que inibem o metabolismo hepático das drogas: cimetidina, imipramina, clorafenicol e muitos azóis anti-fúngicos;
Drogas que inibem a função plaquetária: antiinflamatórios não esteroidais; a aspirina aumenta o risco de sangramento quando administrado junto com a varfarina;
Drogas que deslocam a varfarina do sítio de ligação na albumina: hidrato de cloral resulta no aumento da varfarina livre;
Drogas que inibem a redução da vitamina K: cefalosporinas;
Drogas que diminuem a disponibilidade de vitamina K: antibióticos de amplo espectro e sulfonamidas;
FATORES QUE REDUZEM OS EFEITOS DOS ANTICOAGULANTES ORAIS
Estado Fisiológico: hipotireoidismo (redução da degradação dos fatores de coagulação) ou gravidez (aumento da síntese dos fatores);
Drogas:
Drogas que induzem as enzimas P450 hepáticas aumentam a degradação de varfarina: rifampicina e barbitúricos;
Drogas que reduzem a absorção: colestiramina;
ANTICOAGULANTES INJETÁVEIS
Heparina e Heparinas de Baixo Peso Molecular
É uma família de glicosaminoglicanos sulfatados
-Inibem a coagulação tanto in vivo quanto in vitro ativando a antitrombina III, um inibidor natural que inativa o fator Xa e a trombina;
-Para inibir a trombina a heparina se liga à enzima e à antitrombina III;
-As heparinas de baixo peso molecular possuem o mesmo efeito que a heparina sobre o fator X, porém exercem menos efeito sobre a trombina, apresenta efeito coagulante semelhante à heparina, com menor ação sobre a função plaquetária;
-São administradas por via subcutânea ou VI, sendo rápido o início de sua ação. Administra-se uma dose padrão (Kg/peso corporal) sem necessidade de monitorização ou ajuste individual de dose.
Efeitos indesejáveis: hemorragia, tratada interrompendo-se o tratamento e, se necessário, administrando-se sulfato de protamina (antagonista da heparina);
USO CLÍNICO DOS ANTICOAGULANTES
Prevenção da trombose venosa (no pré-operatório);
Prevenção da extensão da trombose venosa profunda estabelecida ou da recidiva da embolia pulmonar;
Prevenção da trombose e embolia em pacientes com fibrilação atrial;
Prevenção da trombose em válvulas cardíacas protéticas;
Prevenção da coagulação na circulação extra corpórea (durante hemodiálise);
Além disso, a heparina é usada na angina estável;
A heparina é utilizada na forma aguda para ação em curto prazo, enquanto a varfarina é utilizada para terapia prolongada;
PLAQUETAS E DROGAS ANTIPLAQUETÁRIAS
As plaquetas mantêm a integridade da circulação. O endotélio sadio impede a adesão das plaquetas. Quando ativadas sofrem uma série de reações essenciais à hemostasia para a cicatrização de vasos lesados; além disso possuem importância na inflamação.
-As plaquetas aderem às áreas enfermas ou lesadas e tornam-se ativadas, i.e, modificam sua forma expondo os fosfolipídios de carga negativa e receptores de glicoproteína IIb/IIIa, e sintetizam e liberam mediadores como o tromboxano (Tx) A₂ e ADP que estimulam a agregação de outras plaquetas;
-A agregação implica formação de ligações através de ligação do fibrinogênio aos receptores GP IIb/IIIa nas plaquetas adjacentes;
-As plaquetas ativadas constituem o foco de localização para formação da fibrina;
-Ocorre a liberação de fatores quimiotáticos e fatores de crescimento necessários para o processo de reparo, mas que também estão implicados na aterogenese.
DROGAS ANTIPLAQUETÁRIAS
Aspirina: inibe de modo irreversível a ciclooxigenase. O equilíbrio entre a prostaciclina (um inibidor da agregação produzido pelo endotélio vascular) e o TXA₂ (um estimulante da agregação produzido pelas plaquetas) encontra-se alterado, visto que o endotélio é capaz de sintetizar maiores quantidades de enzimas, o que não ocorre com as plaquetas. A síntese de TXA₂ só é recuperada com a formação de novas plaquetas.
Outras agentes antiplaquetários: epoprestenol (protaciclina sintética), ticlopidina e clopidogrel (que inibem a expressão dos receptores GP IIb/IIIa em resposta ao ADP).
USO CLÍNICO DAS DROGAS ANTIPLAQUETÁRIAS
A principal droga é a aspirina. As indicações estão relacionadas com a trombose arterial e incluem:
-Infarto agudo do miocárdio;
-Alto risco de infarto agudo do miocárdio;
a) Pacientes em recuperação de infarto;
b) Pacientes com sintomas de arteriosclerose, incluindo angina, ataques isquêmicos cerebrais transitórios;
-Após Angioplastia ou stenting da artéria coronariana;
-AVC trombótico agudo;
-Fibrilação atrial em pacientes que apresentam contra-indicação para anticoagulação oral;
FIBRINÓLISE E DROGAS QUE MODIFICAM A FIBRINÓLISE
Uma cascata fibrinolítica é iniciada concomitantemente com a cascata da coagulação, resultando na formação, dentro do coágulo, de plasmina, que digere a fibrina.
Diversos agentes promovem a formação de plasmina a partir de seu precursor plasminogênico;
-Por ex.: a estreptoquinase e sua pró-droga anistreplase (APSAC) e outros ativadores do plasminogênio tecidual;
-A maioria pode ser infundida;
USO CLÍNICO DOS AGENTES FIBRINOLÍTICOS
As principais drogas incluem a estreptoquinase e os ativadores do plasminogênio tecidual e a indicação consiste em:
-Infarto agudo do miocárdio, 12 horas após o início;
-AVC trombótico agudo após 3 horas do início;
-Trombose venosa profunda, embolia pulmonar, tromboembolismo arterial agudo e trombólise local na câmara anterior no olho.
Efeitos indesejáveis: Sangramento, incluindo hemorragia gastrointestinal e AVC. Quando grave pode ser tratado com ácido tranexâmico (antifibrinolítico) plasma fresco ou fatores da coagulação.
 
FARMACOLOGIA DO APARELHO DIGESTÓRIO
PATOLOGIAS MAIS FREQÜENTES DO SISTEMA DIGETÓRIO
Úlcera Péptica (gástrica ou duodenal);
Refluxo Gastroesofágico;
Estados patológicos de hipersecreção (Síndrome de Zollinger-Ellison- caracterizada por ulceração péptica severa do trato gastrointestinal com hipersecreção ácida gástrica, conseqüente à excessiva secreção de gastrina);
PRINCIPAIS CAUSAS:
Hipersecreção ácida;
Infecção por Helicobacter pylori (úlceras recorrentes);
Uso de drogas que diminuem a gastroproteção (ex.:antiinflamatórios não esteroidais);
Secreção excessiva de moléculas endógenas
Regulação do esfíncter
PROTEÇÃO ANTI-ÁCIDA ENDÓGENA:
Resistência da mucosa ao ácido (produção de zimogênios);
Produção de muco gastroduodenal;
Secreção de bicarbonato;
ANTIÁCIDOS
Bicarbonato de Sódio;
Carbonato de Cálcio;
Hidróxido de Alumínio;
Hidróxido de Magnésio;
Antagonistas dos receptores H₂;
Antagonistas Muscarínicos (M₁);
Inibidores da Bomba de prótons;
Antagonistas dos receptores de gastrina;
AGENTES PROTETORES DA MUCOSA
Sucralfato;
Compostos de bismuto coloidal;
Carbenoxolona;
Prostaglandinas;
ANTIÁCIDOS
Após as refeições ocorre uma produção de ácido numa velocidade de cerca de 45mEq/h;
A administração de uma dose única de 156mEq de antiácido, uma hora após as refeições neutraliza de modo eficaz, o ácido gástrico por um período de cerca de duas horas;
A relação dose-resposta é variável, dependendo da capacidade de secreção ácida de cada individuo e da velocidade com que o antiácido abandona o estômago;
São eficazes no auxílio à cicatrização da úlcera duodenal;
MECANISMO
Atuam neutralizando quimicamente o ácido. Como conseqüência, há formação de um sal.
	
	
	
	
	
	Constituinte
	Capacidade de Neutralização
	Sal Formado 
	Solubilidade do Sal
	Efeitos Adversos
	NaHCO₃
	Alta
	NaCl
	Alta
	Alcalose,retenção de líquidos
	CaCO₃
	Moderada
	CaCl₂
	Moderada
	Hipercalcemia
	Al(OH)₃
	Alta
	AlCl₃
	Baixa
	Constipação, Hipofosfatemia, Adsorção de Fármacos.
	Mg(OH)₂Alta
	MgCl₂
	Baixa
	Diarréia Hipermagnesiana
FÁRMACOS ANTI-SECRETORES
Antagonistas dos receptores H₂
 CIMETIDINA, RANITIDINA, FAMOTIDINA (Famox®,Famodine®)
Reduzem em mais de 90% a secreção de ácido gástrico noturna. Promovem a cicatrização de úlceras gástricas e duodenais. Podem ser administradas na forma de uma dose única ao deitar.
MECANISMO: Bloqueio dos receptores histaminérgicos H₂, que leva à diminuição da estimulação da bomba de prótons H⁺/K⁺ ATPase. A secreção ácida é diminuída.
TOXICIDADE:
Cimetida: (USO PROLONGADO)
-Confusão Mental (idosos): Ginecomastia reversível;
-Aumento dos níveis de prolactina -> distúrbios do metabolismo de estrogênios em homens;
-Retardo do metabolismo microssomial hepático.
RANITIDA/FAMOTIDINA: (USO PROLONGADO)
-Cefaléia em 34% dos usuários; Poucos efeitos adversos foram observados.
OBS.: A combinação de H₂ e inibidor da bomba de próton não é aceita, pois a bomba perde eficácia.
Antagonista Muscarínicos (M₁)
ATROPINA, PIRENZEPINA
MECANISMO: Bloqueio dos receptores muscarínicos presente nas células parietais, levando a diminuição da estimulação da bomba de prótons H⁺/K⁺ ATPase.
A Pirenzepina é mais seletiva, levando a menos efeitos colaterais.
Inibidores da Bomba de Prótons
MECANISMO: Inibição irreversível da bomba de prótons das células parietais gástricas. A administração de uma dose única diária é capaz de inibir 100% de secreção de ácido gástrico.
TOXICIDADE: Em doses terapêuticas não são observados efeitos adversos.
USO PROLONGADO: Hipergastrinemia e colonização bacteriana.
Antagonistas dos receptores de gastrina
 OCTREOTIDA (ANÁLOGO DE SOMATOSTATINA)
MECANSIMO: Bloqueio dos receptores de gastrina presentes nas células parietais, levando a diminuição da estimulação da bomba de prótons H⁺/K⁺ ATPase.
TOXICIDADE: Ainda sob investigação.
AGENTES PROTETORES DE MUCOSA
Sucralfato
MECANISMO: É um dissacarídeo sulfatado que se liga tecido necrótico da úlcera, formando uma barreira de proteção contra o ácido. Também adsorve sais biliares. Administração de 1g 4x ao dia, 1h antes das refeições.
Eficaz na cicatrização de úlceras duodenais;
Exige pH ácido para polimerização de suas moléculas (pasta que adsorve prótons) e portanto NÃO pode ser administrado com antiácidos, Antagonistas de H₂ e inibidores de bomba de prótons;
COMPOSTOS DE BISMUTO COLOIDAL
SUBSALICILATO DE BISMUTO, BISMUTATO DE DICITRATO TRIPOTÁSSICO
MECANISMO: Ligam-se seletivamente ao tecido necrótico da úlcera formando uma barreira de proteção contra o ácido (filme). São obtidas taxas de cicatrização elevadas. ALTO CUSTO!
TOXICIDADE: Raros casos de efeitos adversos. Encefalopatia.
CARBENOLOXONA
MECANISMO: É um derivado do ácido glicirrízico, substância extraída do alcaçuz. Produz aumento na produção, secreção e viscosidade do muco. Há um aumento da gastroproteção.
TOXICIDADE: Hipertensão e retenção de líquidos com o uso prolongado.
PROSTAGLANDINAS
MISOPROSTOL (Citotec®)
MECANISMO: Aumento da gastroproteção (produção de muco) e diminuição da secreção ácida.
TOXICIDADE: Diarréia dose-dependente e aborto (aumento da motilidade uterina). COMERIALIZAÇÃO PROIBIDA NO BRASIL.
FARMACOLOGIA DO APARELHO DIGESTÓRIO II
ANTIEMÉTICOS
Êmese e antieméticos
 Êmese é o esvaziamento do estômago em direção oposta ao normal. O piloro é fechado, enquanto a cárdia e o esôfago relaxam de forma que, sob a tensão exercida pela musculatura abdominal e pelo diafragma, o conteúdo gástrico é impulsionado pela boca. A entrada para a traquéia é fechada pela epiglote. O vômito é precedido em regra por uma fase de secreção salivar e bocejo. A coordenação do processo é realizada pelo centro emético bulbar, que pode ser excitado por diferentes estímulos. Eles podem ser provenientes dos órgãos de equilíbrio, dos olhos, nariz, língua, ou de terminações nervosas sensoriais na mucosa do trato digestivo superior. Além desses, podem ativar o centro emético estímulos psíquicos. A cinetose (mareio, doença do mar ou enjôo de viagem) e a êmese gestacional não tem seus mecanismos esclarecidos. 
Tratamento anti-emético. A êmese pode ser uma reação justificável do organismo, por ex.: na ingestão oral de substância tóxica. Os anti-eméticos são usados no caso de cinetose, êmese gestacional, obstrução gastrointestinal, úlcera, infarto do miocárdio, insuficiência renal, hepatite, na prevenção do vômito causado por medicamento e da êmese pós-operatória , bem como no caso de utilização de radiações ionizantes.
Ação: ZONA DE GATILHO QUIMIORRECEPTORA---- (RECEPTORES DE DOPAMINA OU SEROTONINA)---- CENTRO DO VÔMITO (BULBO)-----MUSCULATURA ABDOMINAL (RECEPTORES DE ACETILCOLINA)
METOCLOPRAMIDA (antagonista dopaminérgico)/
	A Metoclopramida aumenta o peristaltismo do trato gastrointestinal superior, assim como o tônus esofagiano inferior e relaxa o piloro. Além disso, exerce atividade anti-emética, provavelmente através de efeito central sobre o quimioreceptor bulbar, ou possivelmente por antagonismo dopaminérgico central.
O mecanismo de ação da Metoclopramida é pouco compreendido, embora seja claramente um antagonista dopaminérgico e possa bloquear os efeitos gastrintestinais causados pela administração local ou sistêmica, de agonistas dopaminérgicos. 
	
BROMOPRIDA
Um procinético, isto é promove o esvaziamento do conteúdo do estômago, melhorando a sensação de empachamento. Além disso, ajuda a evitar o refluxo ácido do estômago, reduzindo o sintoma de queimação. A bromoprida tem também uma propriedade farmacológica antiemética, melhorando o mal-estar global relacionado a náuseas e vômitos.
A bromoprida tem ação similar à metoclopramida, porém os estudos não elucidaram ainda o verdadeiro potencial desse medicamento.
CISAPRIDA
O mecanismo ocorre pelo aumento da liberação fisiológica de acetilcolina nível do plexo mioentérico. O Cisaprida não estimula os receptores muscarínicos ou nicotínicos, nem inibe a atividade da acetilcolinesterase. No geral ocorre um aumento na motilidade gastrointestinal. (agonista de 5-HT ou serotonina)
Ondansetron
Antagonista da serotonina.
ANTIHISTAMÍNICOS H1
PROMETAZINA (Fenergan®)
-Bloqueio dos receptores de dopamina na zona de gatilho quimioreceptora, bem como em outras áreas do cérebro.
DIFENIDRAMINA (Caladryl®, Dramin®)
-Talvez devido à depressão específica da condução na via vestibulocerebelar.
Os núcleos vestibulares recebem impulsos oriundos da parte vestibular do ouvido interno os quais informam sobre a posição e o movimento da cabeça.
HIOSCINA(Buscopan ®) : antagonista muscarínico (M3). Relaxa a musculatura lisa do trato gastrointestinal.
LAXANTES
*LAXATIVOS IRRITANTES DE MUCOSA
-Óleo de Rícino: é hidrolisado em ácido ricinoléico, um irritante local que aumenta a motilidade intestinal;
*LAXATIVOS ESTIMULANTES DO PERISTALTISMO
-Cáscara Sagrada, Sene, Aloés: contêm alcalóides da emodina que estimulam o peristaltismo;
-Fenolftaleína e Bisacodil: são estimulantes peristálticos do cólon;
*EXPANSORES DE MASSA
-Colóides Hidrofílicos: é formado a partir da parte não-digerível das frutas, vegetais e sementes, formando géis no intestino grosso, distendendo o intestino, com conseqüente estímulo de sua atividade peristáltica.
-Hidróxido de Magnésio: são sais não absorvíveis que retém água no intestino por força osmótica e provocam distensão.
-Lactulose: é um dissacarídeo sintético que não é absorvido, atuando como laxativo osmótico.
*AMOLECEDORES DE BOLO FECAL
-Óleo Mineral e Glicerina: são agentes que se tornam emulsificados com as fezes servindo para amolecê-las e facilitando seu trânsito.
OPIÓDES: LOPERAMIDA, DIFENOXILATO: bloqueio dos receptores (,(,(. (constipação)
*Inibição da liberação de acetilcolina através de receptores opiódes pré-sinápticos localizados no sistema nervoso entérico;
*A LOPERAMIDA não causa sedaçãoporque não atravessa a Barreira Hematoencefálica;
ADSORVENTES: CAULIM E PECTINA
*Se ligam quimicamente às toxinas intestinais
*Também adsorvem medicamentos;
FÁRMACOS ANTIANGINOSOS
INTRODUÇÃO
A angina pectoris é dor torácica característica causada por insuficiência de fluxo coronário para a demanda de oxigênio do miocárdio. O desequilíbrio entre o aporte e a utilização do oxigênio pode resultar do espasmo da musculatura lisa vascular ou da obstrução dos vasos sanguíneos causada por lesões ateroscleróticas. A angina se caracteriza por dor retroesternal em pressão, súbita e intensa, a qual se irradia para o braço esquerdo. Para o tratamento de pacientes portadores de angina estável, são úteis três classes de fármacos, quer isolado ou em associação: nitratos, (-bloqueadores e bloqueadores de canal de cálcio. Os nitratos diminuem a vasoconstrição ou espasmo coronariano e aumentam a perfusão do miocárdio através do relaxamento das artérias coronarianas. Os (-bloqueadores diminuem a demanda de oxigênio do coração. A angina variável (também chamada de angina de Prinzmetal), causada por espasmo coronariano espontâneo, tanto em repouso, como em esforço, ao contrário, aumenta as necessidades de oxigênio pelo miocárdio e é controlada por nitratos orgânicos ou bloqueadores de canal de cálcio, estando os (-bloqueadores contra-indicados.
NITRATOS ORGÂNICOS
Os nitratos ( e nitritos) são simples ésteres dos ácidos nítrico e nitroso de álcoois. Eles diferem em sua volatilidade: por exemplo, o dinitrato de isossorbida é sólido em temperatura ambiente; a nitroglicerina é somente moderadamente volátil; enquanto o nitrato de amilo é extremamente volátil. Estes compostos causam rápida redução na demanda de oxigênio pelo miocárdio, seguindo-se o imediato alívio dos sintomas. Eles são efetivos nas anginas estáveis e instáveis, bem como na angina de Prinzmetal ou angina pectoris variante.
Nitroglicerina
Os nitratos, os (-bloqueadores e os bloqueadores de canal de cálcio são igualmente úteis no alívio dos sintomas anginosos. Entretanto, para o rápido alívio de uma crise de angina que se inicia, precipitada por esforço (estresse) de exercício ou emocional, o fármaco de escolha é a nitroglicerina em uso (via) sublingual (ou na forma de spray).
Mecanismo de Ação: Acredita-se que os nitratos orgânicos, como a nitroglicerina, relaxem a musculatura lisa dos vasos através de sua conversão intracelular a íons nitritos, então, a óxido nítrico (NO), que por sua vez ativa a guanilato-ciclase e aumenta o GMPc das células. Por fim, a elevação do GMPc promove a desfosforilação de cadeia leve da miosina, o que resulta no relaxamento da musculatura lisa dos vasos.
Efeitos sobre o sistema cardiovascular: Em doses terapêuticas a nitroglicerina apresenta dois efeitos principais. Primeiro, promove dilatação das grandes veias, resultando no aumento do conteúdo venoso. Isto diminui a pré-carga ( o retorno venoso ao coração) e reduz o trabalho do coração. Em segundo lugar, a nitroglicerina dilata os vasos coronarianos, promovendo aumento de suprimento sangüíneo para o músculo cardíaco. A nitroglicerina promove diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio porque diminui o trabalho cardíaco.
Farmacocinética: O tempo para o inicio da ação varia de um minuto para a nitroglicerina a mais de uma hora para o monitrato de isossorbida. Ocorre importante metabolismo de primeira passagem pelo fígado com a nitroglicerina. Assim, é comum administrar-se o fármaco por via sublingual ou través de contato transdérmico.
Efeitos Adversos: O mais comum efeito adverso da nitroglicerina, assim como de outros nitratos, é a cefaléia. Trinta e seis por cento dos pacientes que recebem terapia intermitente com nitratos, como agentes de longo prazo, desenvolvem cefaléias. Elevadas doses de nitratos orgânicos também podem causar hipotensão postural,rubor facial e taquicardia.
Tolerância: Desenvolve-se rapidamente tolerância às ações dos nitratos. Isto pode ser contornado através de “intervalo livre de nitrato” diário, com o intuito de restaurar a sensibilidade ao fármaco. Este intervalo é usualmente de 6 a 8 horas, em geral à noite, pela menor demanda do coração nesse período. As aplicações por contato transdérmico são úteis por 12 horas e removidas a cada 12 horas. Entretanto, a angina de Prinzmetal ou variante piora no início da manhã, talvez ao ciclo circadiano das catecolaminas. Nestes pacientes, o “intervalo livre de nitrato” poderá ocorrer no final da tarde.
Dinitrato de Isossorbida
O dinitrato de isossorbida é ativo por via oral. O fármaco não é rapidamente metabolizado pelo fígado ou músculo liso e mostra menor potência que a nitroglicerina para relaxar a musculatura lisa dos vasos.
Insulina
A insulina é uma pequena proteína que contém aminoácidos dispostos em duas cadeias (A e B) unidas por ligações dissulfeto.
Secreção de insulina
A insulina é liberada das células ( pancreáticas em baixa velocidade no estado basal e numa velocidade muito mais alta em resposta a estímulo.
Mecanismo de liberação
A hiperglicemia aumenta os níveis de ATP, que fecham canais de K+ ATP dependentes. Desta forma, há uma diminuição do efluxo de e ocorre despolarização da célula ( e abertura dos canais de cálcio voltagem dependente. O aumento do cálcio intracelular desencadeia a secreção do hormônio.
Efeitos da Insulina sobre células alvo. 	Efeitos do glucagon sobre a célula alvo. 
(Hiperglicemia) 				(Hipoglicemia)
(Glicólise 				(Glicólise
(Gliconeogênese 			(Gliconeogênese
(Glicogenólise 			(Glicogenólise
(Lipólise 				(Lipólise
(Lipogênese 				(Lipogênese
Preparações disponíveis de insulina
Insulina de ação rápida (Regular): é um complexo de insulina-zinco cristalino em solução transparente em pH neutro.
Insulina lenta e ultra-lenta: mistura de 30% de insulina e 70 % de ultralenta. Objetivo: obter absorção rápida com ação prolongada. Possui cor suspensões turvas em pH neutro. (Humulin U().
NPH (Protamina Neutra Hagedorn) A insulina NPH possui ação intermediária, cujo início é retardado, por causa da protamina. Após a injeção subcutânea, as enzimas proteolíticas degradam a protamina, permitindo a absorção de insulina. 
Hipoglicemiantes orais
Sulfoniluréias
Ex: Clopropramida (Diabinese()
 Glibenclamida (Daonil()
 Glipzida (Minidiab()
 Glimepirida (Amaryl()
Mecanismo de ação:
Liberação de insulina pelas células (
Redução dos níveis séricos de glucagon
Efeito extrapancreático, potencializando a ação da insulina nos tecidos alvos
As sulfoniluréias ligam-se a um receptor específico que fecha um canal de K+, o que provoca despolarização. A despolarização abre um canal de Cálcio voltagem dependente, ocorrendo influxo de cálcio e liberação de insulina.
Uso Clínico:
Diabetes Mellitus tipo II (dieta e exercícios não foram suficientes para controlar a glicemia)
Clopropramida (Diabinese() e a Glimepirida (Amaryl() possuem meia-vida muito longa e devem ser dadas em dose única de manhã.
Farmacocinética:
Bem absorvidos via oral, 90% ligam se as proteínas plasmáticas, são metabolizadas no fígado e excretadas na urina e nas fezes.
Administração junto com alimento retarda o efeito hipoglicemiante. Devem ser dadas 30 min antes das refeições.
 
Efeitos adversos:
Hipoglicemia é o efeito adverso mais grave e mais freqüente (risco maior em idosos e ma insuficiência renal ou hepática) 
Biguanidas
A metformina (Glifage() é a droga de escolha para pacientes com Diabetes Mellitus tipo II, obesos ou com sobrepeso, especialmente quando são portadores de dislipidemias onde a dieta e exercícios não são suficientes para controle.
Mecanismo de ação:
Aumenta a sensibilidade à insulina nos tecidos hepáticos e muscular. No fígado diminui a gliconeogênese e a glicogenólise e nos músculos aumenta a síntese de glicogênio.A metformina também diminui os níveis séricos de triglicerídeos e aumentam os níveis de HDL.
Farmacocinética:
A metformina é absorvida no intestino delgado, não se liga à proteína plasmática e é eliminada intacta na urina pelos rins. 
Efeitos adversos:
Gastrointestinais principalmente a anorexia. Náusea, vômitos, diarréia e desconforto abdominal em até 20% dos pacientes.
Inibidores da ( glicosidase
Acarbose (Glucobay() 
Indicado para diabetes Mellitus tipo II em que predomina a hiperglicemia pós-prandial.
Mecanismo de ação:
Inibe a ação de enzimas (glicosidase da parede intestinal retardando a digestão e absorção de carboidratos mais complexos e reduzem a entrada de glicose em circulação. Reduzem a glicemia pós-prandial.
Farmacocinética:
A Acarbose não é absorvida e não causa má absorção nas doses usuais.
Efeitos Adversos:
Aerocolia (acúmulo de ar no cólon), desconforto abdominal, diarréia e flatulência. Os efeitos diminuem com o tempo de uso e podem ser reduzidos com administração de doses gradativas. 
Contra-indicações:
Contra-indicado para pacientes com doença gastrointestinal, gravidez e lactação. 
Tiazolidinedionas 
Aumentam a captação de glicose no tecido muscular e nos adipócitos.
Rosiglitazona 4 e 8 mg (Avandia()
Proglitazona
Farmacocinética:
Metabolizadas no fígado e excretadas na urina e nas fezes.
Efeitos adversos:
Risco de toxicidade hepática. Há necessidade de avaliação periódica das transaminases hepáticas. (ALT e AST)
Uso clínico:
As glitazonas são opção quando houver resistência à insulina e contra-indicações à metformina.
TRATAMENTO DAS INFECÇÕES FÚNGICAS
Os fungos apresentam uma parede celular mais rígida e uma membrana celular contendo ergosterol, freqüentemente causam infecções crônicas e são resistentes a todos os antibióticos. 
As infecções fúngicas, ou micoses, podem ser superficiais, subcutâneas ou sistêmicas. A ocorrência de micoses sistêmicas de difícil tratamento e que normalmente ameaçam a sobrevivência – está aumentando devido à existência de um maior número de pacientes imunocomprometidos, como portadores de HIV, câncer e aqueles submetidos a transplantes de órgãos. 
Entre os patógenos fúngicos oportunistas mais notáveis estão Cândida albicans e não-albicans, Aspergillus, Cryptococcus e espécies zigomicetos. Os fármacos utilizados no tratamento de infecções fúngicas sistêmicas incluem anfotericina B, derivados azólicos, caspofungina e voriconazol.
TRATAMENTO DE INFECÇÕES SISTÊMICAS
ANFOTERICINA B 
A Anfotericina B liga-se ao ergosterol na membrana plasmática do fungo, interferindo no funcionamento e causando a morte celular. Esse fármaco é ativo contra a maioria das espécies, incluindo Cryptococcus neoformans, C. albicans, Sporotrichum, Blastomyces dermatitidis, Histoplasma capsulatum, Coccidioides immitis e Aspergillus fumigatus. Em geral, é reservado para as infecções que ameacem a sobrevivência (p. ex., meningite criptocócica, histoplasmose, candidíase disseminada, coccidioidomicose, blastomicose norte-americana, aspergilose e esporotricose). 
A resistência ao fármaco é rara, mas pode ocorrer. Os efeitos adversos da anfotericina são a razão do seu apelido “anfo-terrível”. O principal efeito adverso é a diminuição da capacidade renal (que é atenuada pela administração prévia de sódio). Outros efeitos são febre e calafrios, hipotensão, anemia, tromboflebite e neurotoxicidade.
OUTROS FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS
Os antifúngicos azólicos impedem a síntese de ergosterol na membrana celular do fungo. 
O fluconazol combate C. albicans,várias espécies de Cândida não-albicans e C. neoformans ,mas não Cândida krusei ou Aspergillus. 
O Itraconazol apresenta excelente atividade anticândida ; é mais eficaz do que o fluconazolno combate a H.capsulatum, Sporothrix schenckii e B. dermatitidis,sendo fungistáticos contra Aspergillus. 
O Voriconazol apresenta grande atividade contra Cândida,é fungicida contra Aspergillus e é ativo contra Fusarium e contra Scedosporium apiospermum. 
O Cetoconazol Tratamento de candidíase oral, esofagiana, cutânea e vulvovaginal, dermatofitoses, pitiríase versicolor, histoplasmose, esporotricose, paracoccidioidomicose.
OS EFEITOS ADVERSOS
Função hepática anormal(fluconazol), edema periférico, agravo da insuficiência cardíaca congestiva (Itraconazol), hepatotoxicidade (Cetoconazol) e toxicidade ocular temporária (Voriconazol). 
Interações farmacológicas:
Os azólicos inibem o metabolismo de certos fármacos (p. ex., sulfoniluréias, varfarina, digoxina, ciclosporina e tacrolimus); os níveis séricos de azólicos são reduzidos por outros fármacos (p. ex., rifampicina, isoniazida e carbamazepina).
TOCOLÍTICOS
Drogas que previnem o parto prematuro e o nascimento imaturo, suprimindo as contrações uterinas. Os agentes usados para retardar a atividade uterina prematura incluem o sulfato de magnésio, antagonistas da ocitocina (Atosibam), inibidores dos canais de cálcio (nifedipina), Inibidor da síntese de prostaglandinas (indometacina) e agonistas dos receptores beta-adrenérgicos (ritodrina).
OXITOCICOS
Drogas que estimulam a contração do endométrio. São usadas para induzir o parto a termo, para prevenir ou controlar a hemorragia de pós-parto ou pós-aborto. Podem também ser usadas sozinhas ou com outras drogas para induzir abortos (ABORTIVOS). Ocitócicos usados clinicamente incluem a OCITOCINA e alcalóides do ergot.
ALCALÓIDES DO ESPORÃO DO CENTEIO
São substâncias encontradas no Secale cornutum, um fungo que parasita as espigas dos cereais. A alimentação com farinha de cereais contaminados determinou, no passado, intoxicação em massa (ergotismo) com distúrbios hemorrágicos e morte (gangrena) de pés e mãos, bem como alucinações do SNC (alucinações).
Os alcalóides do esporão do centeio:
A ergometrina atua especialmente sobre o útero, determinando uma contração prolongada da musculatura uterina. Isso reduz rigorosamente o fluxo sangüíneo para a placenta e, com isso, o suprimento de O₂ para o feto. A ergometrina não é usada terapeuticamente. 
O derivado semi-sintético metilergometrina é usado apenas para a expulsão fetal, em casos de contrações uterinas insuficientes.
A Ergotamina bem como os alcalóides ergocristina, ergocriptina e ergocornina afetam principalmente os vasos. Conforme o tempo de atuação, podem induzir a constrição ou a dilatação. O mecanismo de ação não está claro, parece um efeito agonista parcial sobre receptores ( é importante. 
A ergotamina é usada no tratamento da enxaqueca. Em vista disso, seu derivado diidroergotamina é usado também no tratamento de distúrbios ortotásticos.
ANTICONCEPCIONAIS
Mecanismo de ação: Feedback negativo direto e indireto
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
DESOGESTREL
Sangramento irregular e confiabilidade reduzida poderão ocorrer quando os anticoncepcionais forem administrados concomitantemente com outros medicamentos, como os anticonvulsivantes, barbitúricos, antibióticos (por exemplo: ampicilina, tetraciclina, rifampicina, etc.) e determinados laxantes.
Em diabéticas, os anticoncepcionais podem diminuir a tolerância à glicose e aumentar as necessidades de insulina ou outros medicamentos antidiabéticos.
Os anticoncepcionais orais podem interferir no metabolismo oxidativo do diazepam e clordiazepóxido, provocando acumulação plasmática dos mesmos.
GESTODENO
Barbitúricos, fenilbutazona, hidontoína, rifampicina, primidona, carbamazepina, griseofulvina, que são indutores de enzimas hepáticas podem reduzir o efeito contraceptivo. Antibióticos incluindo ampicilina e tetraciclina pode reduzir a eficácia dos contraceptivos orais por causar alterações da flora intestinal. Mulheres recebendo indutores de enzimas hepáticas ou antibióticos de amplo espectro devem utilizar concomitantemente métodos contraceptivos de barreira (por ex. preservativo feminino ou diafragma mais

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