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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PRÓTESE DENTAL Situação atual da Saúde Bucal no Brasil - Perda dentária Mais de 28% dos adultos não possuem nenhum dente funcional em pelo menos uma arcada (inferior ou superior) Dessas pessoas, 15% ainda não possuem prótese total 3 a cada 4 idosos não possuem nenhum dente funcional em boca Desses, mais de 36% não tem prótese total Primeiros resultados do projeto SB BRASIL anunciados pelo Ministério da Saúde - As necessidades de prótese dentais por adolescentes reduziram-se em 52% - Entre os adultos: as extrações vêm cedendo espaço a tratamentos restauradores Necessidade de prótese reduzida em 70% O que é uma prótese total? Prótese total é o nome da prótese dentária, que substitui artificialmente os dentes perdidos de toda uma arcada dentária, inferior, superior ou ambas. Em linguagem popular é conhecida por dentadura. Modificações decorrentes da perda dental Estruturais Fisionômicas Ossos, gengiva, músculos, ATM Ação muscular Mastigação, fonação, estética Relaxamento dos ligamentos Psicológica, nutricional Nivelamento dos processos alveolares Fatores determinantes das perdas dentais: - Cárie - Doença periodontal - Fatores estéticos - Traumatismo Perda óssea decorrente da perda dentária A correta adaptação da prótese total, respeitando as estruturas anatômicas paraprotéticas, é de extrema importância para que esta tenha estabilidade e retenção, proporcionando conforto durante sua utilização. Condição adaptativa articular Sem contato oclusal, não há parada oclusal nem repouso muscular Os músculos ficam hipofuncionais e o processo de reabsorção óssea na maxila e mandíbula ocorre. Há alteração no côndilo: aplainamento Condição muscular Ocorre leve retrusão Músculos em hipofunção Encurtamento contínuo Perfil do Paciente Deve ser avaliado quanto a presença: - Hiperplasia gengival - Visível presença de vasos sanguíneos na mucosa, indicativo de não haver saúde para prótese - Rebordos irregulares Prótese correta: Na maxila a colocação de prótese total e na mandíbula prótese implantoretida. O SUS possibilita o tratamento com implante para pacientes que possuem perda funcional. Processo de cicatrização Período imediato - Formação e retração do coágulo - Epitelização Aproximação dos bordos - Organização do coágulo e calcificação endoconjuntiva - Estiramento da trama de colágeno Início da reabsorção óssea -Diferenciação da gengiva (características de gengiva aderente) Período mediato - Reconstrução óssea através da organização trabecular do osso alveolar - Fase de remodelação (Mais lenta e menos evidente) Causas e fatores determinantes da reabsorção Anatômica Metabólica (osteoporose) Funcionais Protéticas Cirúrgicas (regularização do rebordo) Karine Realce Karine Realce Karine Nota ??null Karine Nota em 7 dias Karine Nota Fase de remodelação, leia-se reabsorção óssea. Karine Realce Karine Nota Debater! Reabsorção óssea Maxila Mandíbula É concêntrica (ou centrípeta), de fora para dentro, às custas da tábua óssea vestibular Características de concavidade Menos intensa que na mandíbula Maior dimensão no sentido longitudinal É excêntrica (ou centrífuga) a nível de molares, às custas da tábua lingual posteriormente É concêntrica (centrípeta) de canino a canino, às custas da tábua vestibular Maior dimensão no sentido transversal Problema: ocorre a superficialização dos acidentes anatômicos e as inervações ficam expostas. Perfil de Polichinelo: perfil do paciente edêntulo, com a mandíbula mais protruída. Paciente normal Face desdentada Classe I: 43% (Altura facial superior) 57% (Altura facial inferior) 48% (Altura facial superior) 52% (Altura facial inferior) Remodelação óssea em relação às épocas da extrações dentárias Épocas iguais Direção do plano oclusal - Proeminência no nível dos incisivos - Depressão na região de pré-molares - Tuberosidade no nível dos molares - Concavidade da mandíbula Épocas diferentes Incisivos extraídos depois dos molares e pré-molares - Proeminência anterior - Depressão posterior Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Nota É concêntrica nos anteriores, às custas da vestibular. E centrífuga em molares E PRÉ-MOLARES às custas da parede lingual. Karine Realce Karine Realce Forma dos processos alveolares residuais Rebordo alveolar após as extrações = Eminências ou rebordos residuais Flanco ou face palatino/lingual Flanco (ou face) oclusal (região onde os dentes serão montados) Flanco (ou face) vestibular De acordo com a face oclusal, os rebordos residuais podem ser: A. Quadrangular B. Triangular C. Ovóide Obs. Os dentes da prótese serão selecionados conforme o tipo de arco e seu perímetro, avaliando se há pouca distância intercaninos por exemplo, o que vai interferir no tamanho dos incisivos (que podem ser grandes ou pequenos) Relação entre as tábuas ósseas alveolares Proeminências nas tábuas (espículas ósseas por exemplo) podem atrapalhar a correta adaptação da prótese total. Além disso, a prótese deve entrar nos rebordos residuais em apenas um único eixo, não podendo o rebordo ser retentivo. Rebordo residual desejado - As faces ou flancos devem ser perpendiculares ao plano oclusal, em toda a extensão do processo - O ideal é que as faces dos processos não estejam em direções opostas Podem ser: A. Em forma de “U” B. Em forma de “V” C. Em forma de “C” deitado Características - Anterior: lábio superior - Lateral: bochecha - Posterior: sulco de hamular e véu palatino Superfície óssea protética da Maxila - Aspecto semi-ovalado - Contorno proeminente em forma de ferradura - Processo alveolar residual que circunscreve à frente e lateralidade a zona central côncava (palato) Limites da superfície protética (maxila) - Limite posterior: Margens das lâminas horizontais dos ossos na parte central (inserção da aponeurose palatina) Sulcos hamulares - Limite látero-anterior: Processo alveolar residual Karine Realce Karine Nota em divergência Karine Nota De acordo com o corte V/L Karine Nota "fio" de faca Karine Nota estrangulamento no rebordo Karine Nota O palato mole, véu palatino ou palato muscular é a parte posterior do palato, importante para a fonação. Karine Realce Karine Realce Tipos de palato Raso ou plano Semi-plano ou medial Ogival Rafe palatina - Plana - Em crista - Em goteira Formas de palato A. Profundo B. Normal C. Raso Relação véu-palatino/palato/língua - Horizontal ou Plano em 0º Raramente provoca náuseas - Oblíquo ou Ângulo ântero-inferior de 100º - Oblíquo ou Ângulo ântero-inferior de 135º Frequentemente provoca náuseas Acidentes anatômicos com importância paraprotética da Maxila - Tórus Palatino - Forames Palatinos Canal incisivo Canal palatino maior - Forame incisivo Pode ser encontrado próximo a superfície lingual do rebordo residual - Espinha Nasal Anterior Fica muito próxima ao rebordo residual - Crista zigomática alveolar Pode alcançar o rebordo residual - Tuberosidade da maxila Ás vezes torna-se muito grande e baixa, devido a perda precoce dos molares inferiores Palato mais plano e raso - Seio MaxilarSe ampliam e deiscências podem aparecer Aumento do Túber Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Nota Ver desenhos!!! Karine Realce Karine Realce Superfície óssea protética da Mandíbula Zonas de contorno - Anterior: lábio inferior - Lateral: bochechas - Medial: Língua (região posterior) e assoalho bucal (região anterior) As zonas de contorno Lateral e Medial são estruturas móveis, o que dificulta a adaptação da prótese. Limites da superfície protética (mandíbula) - Porção látero-anterior: Rebordo alveolar residual - Porção posterior: Formado pelo trígono retromolar e pela fossa retromolar de Neil Formado pelo Processo Alveolar Residual + Trígono + Fossa Retromolar Acidentes anatômicos com importância paraprotética da Mandíbula - Espinha Mentoniana Pode estar no mesmo plano horizontal do rebordo residual - Forame Mentoniano Passa a situar-se próximo ao rebordo residual e até mesmo sobre ele, levando a dor por desaferentação. Deflagra impulso nervoso que causa a dor. Para tratar, aplica-se gel parar dessensibilizar, podendo ainda prescrever Complexo Vitamínico B12 ou gel de capsaicina. No caso de colocação de implante, pode-se optar por colocá-lo anteriormente ao forame em 3mm. Forame Mentoniano localizado no rebordo alveolar - Teto do canal radicular Se aproxima do rebordo residual - Linha milo-hioídea ou linha oblíqua interna Inserção do músculo milo-hioídeo Situa-se na região molar Localiza-se ao mesmo nível e até mesmo acima do rebordo residual - Linha oblíqua externa - Fossa retromolar - Apófise genis Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Nota Na parte interna do ramo. Karine Realce Karine Nota ??? Características da região paraprotética ] Gengiva inserida - Cor rósea pálida - Levemente rugosa - Firme e aderida ao periósteo - Epitélio queratinizado e estratificado - Submucosa pouco diferenciada - Tecido glandular pouco ou nulo Mucosa Bucal - Cor vermelho-escuro - Fibras elásticas abundantes - Frouxa e não se adere ao periósteo - Raros feixes colágenos recobertos por uma fina camada de epitélio queratinizado - Rica vascularização Superfície mucosa protética da Maxila Três zonas Fibrosa Rebordo alveolar residual Rafe palatina Papilas incisivas Rugas palatinas Adiposa Dividida pela rafe palatina Glandular Superfície mucosa protética da Mandíbula Zona Fibrosa Recobre o rebordo alveolar residual Região posterior Papila periforme: Situada sobre o trígono retromolar - “Almofadas” fibrosas: a mobilidade pode atrapalhar a adaptação da prótese por dissipação de tensões - Forma olivada - Dura e fixa resistentes a compressão Músculos Mastigatórios Temporal - Fibras verticais - Ligado com a abertura e fechamento - Durante a contração do músculo temporal, a distensão das fibras que constituem o feixe profundo e que terminam na altura do trígono retromolar pode alterar a adaptação da prótese. Masseter - A contração de suas fibras pode afetar o ângulo distovestibular da prótese mandibular Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Pterigoídeo Medial - Pode afetar a extensão posterior da borda da prótese total inferior. Pterigoídeo Lateral - Sem relação direta com a prótese - Influencia na: Contração simultânea: propulsão Contração isolada: movimentos de lateralidade Problemas de ajuste oclusal pode hipo ou hiperativar o músculo. Músculos supra-hioídeos (geni-hioídeo, milo-hioídeo, hioglosso, digástrico/ventre anterior) - Possuem uma inserção na mandíbula ou na língua e outra no osso hióide - Podem estar acima do rebordo Músculos da Língua Intrínsecos Extrínsecos - Palatoglosso - Hioglosso - Estiloglosso - Genioglosso Músculo Bucinador - Músculo acessório do músculo da mastigação - Responsável por permitir que o alimento seja jogado entre as superfícies oclusais dos dentes da prótese - Músculo envolvido na cinética da deglutição Mandíbula Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Maxila Linhas de inserção muscular Maxila - Feixe medial superior - Feixe incisivo semi-orbicular do lábio superior - Espaço celular (sem inserção) - Músculo canino ou Elevador do ângulo da boca - Freio lateral do lábio superior - Espaço celular - Fibras superiores do músculo bucinador - Véu palatino: Músculo palatoglosso e palatofaríngeo Com a perda dentária, as linhas migram e se superficializam. Mandíbula - Freio labial inferior - Músculo mento - Feixe incisivo do semi-orbicular do lábio inferior - Ligamento pterigomandibular (de maior importância): Promove a extensibilidade do orifício bucal, o quanto o paciente abre e fecha a boca. - Outros. Musculatura da expressão facial O padrão de fibras musculares tende a encurtar. 1. Bucinador 2. Modiolus (espaço celular) 3. Orbicular da boca 4. Elevador do ângulo da boca 5. Zigomático maior 6. Zigomático menor 7. Levantador do lábio superior 8. Outros músculos com pouca influência do ponto de vista funcional para prótese O Elevador do ângulo da boca, Zigomático Maior e Menor tem influência na maxila. Alterações patológicas - Candidíase: A inflamação e hiperemia atrapalha na hora do molde. - Hiperplasia Fibrosa Inflamatória Épulis Fissurado: com desadaptação posterior, o paciente só mastiga na região anterior e se forma patologias. Câmara de sucção Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce Karine Realce
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