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Psicopato - todas as aulas

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						PSICOPATOLOGIA E SEMIOLOGIA DOS TRANSTORNOS MENTAIS
ADAPTADO DE PAULO DALGALARRONDO
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						EXAME PSÍQUICO
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 “Ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental – suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação”
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Normal x patológico
1 – Normalidade como ausência de doença
2 – Normalidade ideal: “sadio” ë “evoluído”
3 – Normalidade estatística
4 – Normalodade como bem-estar: definição OMS
5 – Normalidade funcional: Patológico é disfuncional e provoca sofrimento para o prórpio indivíduo ou seu grupo social.
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6 – Normalidade como processo: aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, de acordo com o período etário.
7 – Normalidade subjetiva: ênfase a percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a sua saúde.
8 – Normalidade como liberdade: doença mental como perda da liberadade
9 – Normalidade operacional: critérios arbitrários.
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Avaliação do paciente
Anamnese
Exame psíquico
Avaliação física:
- Alterações decorrentes da doença (claras e subjetivas), medicamentosas (agudas e de longo prazo) e comorbidades.
- Pode ser instrumento de aproximação afetiva. 
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Avaliação neurológica
Anamnese e exame físico
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Psicodiagnóstico
 Exames complementares
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Anamnese psicopatológica
Postura mais passiva x ativa depende de:
Paciente
Contexo institucional
Objetivos da entrevista
Personalidade do entrevistador
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Deve-se evitar:
Posturas rígidas ou esterotipadas;
Atitude excessivamente neutra ou fria;
Reações exageradamente emotivas ou artificialmente calorosas;
Emitir julgamentos
Reações emocionais intensas de pena ou compaixão
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Responder com hostilidade ou agressão;
Entrevistas excessivamente prolixas
Muitas anotações
! “Falta” de tempo no serviço público 
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Regras básicas
Paciente organizado (mentalmente), inteligência normal e escolaridade boa ou razoável:
- Entrevista mais aberta, entrevistador fala pouco, fazendo apenas algumas pontuações.
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Paciente desorganizado, com nível intelectual baixo, em um estado psicótico ou paranóide. 
- Entrevista mais estruturada. Entrevistador fala mais, com perguntas simples e dirigidas. 
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Nos primeiros contatos com pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranódes, fazer inicialmente perguntas neutras, para gradativamente iniciar perguntas mais “quentes”.
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As primeiras entrevistas
“A primeira impressão tem o seu valor próprio e dificilmente poderá ser recapturada em ocasiões posteriores…”
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Apresentação
Dizer o nome, profissão, especialidade, e se for o casa razão da entrevista.
- Confidencialidade, privacidade, sigilo médico poderão ser explicitamente garantidos.
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Transferência e contra-transferência
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Entrevista: estrutura
Anamnese
Exame psíquico
Exame físico geral e neurológico
Exames complementares
- Estas etapas podem e devem se confundir
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EXAME PSÍQUICO
Funções psíquicas elementares e suas alterações
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CONSCIÊNCIA
DEFINIÇÃO NEUROPSICOLOGICA - Estado de estar desperto, acordado, vigil, lúcido
DEFINIÇÃO PSICOLÓGICA - É a capacidade de o indivíduo entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos
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Inconsciente
Atemporalidade
Isenção de contradição
Princípio do prazer
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 CONSCIÊNCIA - Alterações Normais
SONO NORMAL - O núcleo supraquiasmático, localizado no hipotálamo anterior é de fundamental importância na regulação fisiológica do sono				 
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Alterações normais da consciência
Sono normal
Sono não REM: 4 estágios de 1 a 4 > profundidade do sono.
Sono REM: maior parte dos sonhos – variações PA, FC e FR
Sonho
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 CONSCIÊNCIA - Alterações Quantitativas
OBNUBILAÇÃO - Rebaixamento da consciência em grau leve a moderado - o paciente tem dificuldade para integrar as informações oriundas do ambiente
	
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 CONSCIÊNCIA - Alterações Quantitativas
SOPOR - Estado marcante de turvação da consciência - o paciente é despertado por estímulo enérgico e/ou doloroso. Está sonolento. É incapaz de ação espontânea
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 CONSCIÊNCIA - Alterações Quantitativas
	COMA - É o grau mais profundo de rebaixamento da consciência 	
 	Sinais Neurológicos -movimentos oculares errantes com desvios lentos e aleatórios, nistagmo, transtorno do olhar conjugado, ausência do reflexo de acomodação
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SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS 
Associada ao Rebaixamento do Nível da Consciência
DELIRIUM - rebaixamento do nível da consciência, desorientação temporoespacial, ansiedade, agitação ou lentificação psicomotora, ilusões e/ou alucinações visuais. 
	Flutuação do quadro ao longo do dia com piora ao anoitecer.
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SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS 
Associada ao Rebaixamento do Nível da Consciência
ESTADO ONÍRICO - Ocorre turvação da consciência, confusão mental, sonho muito vívido - vê cenas complexas, ricas em detalhes - o indivíduo grita, debate-se na cama, apresenta sudorese (ex: delírium tremens, estado febris tóxico infecciosos).
 Atualmente tende ser designado como Delírium
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SÍNDROMES PSICOPATOLÓGICAS 
Associada ao Rebaixamento do Nível da Consciência
SÍNDROME DO CATIVEIRO (locked-in syndrome) - O infarto ou a mielinólise da porção central da ponte pode destruir a base da ponte produzindo uma paralisia total dos nervos cranianos baixos e dos membros, com preservação da consciência e da respiração. Aparentemente o paciente parece não responsivo
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CONSCIÊNCIA
Alterações Qualitativas
ESTADOS CREPUSCULARES - estreitamento transitório do campo da consciência, com a conservação da atividade psicomotora. ex: epilépticos: confusão pós-ictal; intoxicações (SIMS, 1995)
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CONSCIÊNCIA
Alterações Qualitativas
DISSOCIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
 - divisão do campo da consciência, ocorrendo perda da unidade psíquica comum do ser humano. ex: crises dissociativas.
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CONSCIÊNCIA
Alterações Qualitativas
TRANSE - dissociação da consciência que se assemelha ao sonho acordado, mas difere pela presença de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários. 
ex: contextos religioso-culturais
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CONSCIÊNCIA
Alterações Qualitativas
ESTADO HIPNÓTICO - 
 - Estreitamento da consciência e atenção concentrada..
- Técnica refinada de concentração.
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SEMIOTÉCNICA DA CONSCIÊNCIA
OBSERVAR FÁCIES E ATITUDE: 	desperto ou sonolento	ou	perplexo: dificuldade de integrar coerentemente os estímulos ambientais
ORIENTAÇÃO TÊMPORO-ESPACIAL
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 SEMIOTÉCNICA DA CONSCIÊNCIA
TESTE DA PAREDE OU DO PAPEL EM BRANCO: 
Pedir ao paciente que olhe fixamente para um papel em branco. O paciente com rebaixamento da consciência poderá apresentar alucinações
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SEMIOTÉCNICA DA CONSCIÊNCIA
TESTE DO GLOBO OCULAR 
 Pedir ao paciente que feche os olhos. pressionar levemente várias vezes o globo ocular (cuidado para não induzir a bradicardia). Após tal manobra, o paciente com rebaixamento do nível da consciência poderá experimentar alucinações visuais
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A ATENÇÃO
NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO 
	Resulta da interação de diversas áreas do Sistema Nervoso, sendo as principais o sistema reticular ativador ascendente
	A porção anterior do Giro do Cíngulo é particularmente importante para o processo de controle da atenção realizado pelas estruturas frontais (Lezak, 1995)
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 A ATENÇÃO - QUANTO A NATUREZA 
ATENÇÃO VOLUNTÁRIA: exprime a concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto.
ATENÇÃO ESPONTÂNEA: atenção suscitado pelo interesse momentâneo, incidental que desperta o objeto.
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A ATENÇÃO: QUANTO A DIREÇÃO
ATENÇÃO EXTERNA: projetada para fora do mundo objetivo do sujeito, geralmente de natureza mais sensorial, utilizando-se dos órgãos dos sentidos
ATENÇÃO INTERNA: se volta para os processos mentais do próprio indivíduo
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A ATENÇÃO- QUANTO
À AMPLITUDE
ATENÇÃO FOCAL: se mantém concentrada sobre um campo determinado e relativamente delimitado e restrito da consciência.
ATENÇÃO DISPERSA: não se concentra em um campo determinado. 
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A ATENÇÃO
ATENÇÃO SELETIVA: capacidade de seleção de estímulos e objetos específicos.
ATENÇÃO SUSTENTADA: manutenção da atenção seletiva sobre determinado estímulo ou objeto.
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A ATENÇÃO NORMAL
TENACIDADE: é a capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto.
VIGILÂNCIA: qualidade da atenção que permite ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro			
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ANORMALIDADES DA ATENÇÃO
HIPOPROSEXIA: perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, o que dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão.			
 Há dificuldade em todas as atividade psíquicas complexas: pensar, raciocinar, integrar informações.
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ANORMALIDADES DA ATENÇÃO
APROSEXIA: abolição total da capacidade de atenção. 
HIPERPROSEXIA: estado da atenção exacerbada, no qual há uma tendência a se manter indefinidamente sobre certos objetos com surpreendente infatigabilidade.
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ANORMALIDADES DA ATENÇÃO
DISTRAÇÃO: é um sinal, não de déficit propriamente, mas de superconcentração ativa da atenção sobre determinados conteúdos ou objetos, com inibição de tudo mais
DISTRAIBILIDADE: estado patológico que se exprime por incapacidade para se fixar ou se manter em qualquer coisa que implique em esforço produtivo.
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SEMIOTÉCNICA DA ATENÇÃO
PEDIR ao paciente que olhe os objetos que estão no quarto e que logo em seguida repita de cabeça o que viu.
PROVA DE REPETIÇÃO DE DÍGITOS (DÍGITO SPAN): pede-se ao paciente que repita uma série de dígitos que pronunciamos em voz alta.
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A ORIENTAÇÃO
AUTOPSÍQUICA: Orientação em relação a si mesmo. Revela se o paciente sabe: quem é, seu nome, sua idade, nacionalidade, profissão, estado civil, religião, etc.
ALOPSÍQUICA: Orientação em relação ao mundo - orientação temporal e espacial
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO POR REDUÇÃO DO NÍVEL DA CONSCIÊNCIA (TORPOROSA OU CONFUSA) :
 	Há turvação da consciência.
	 Forma mais comum de desorientação.
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO POR DÉFICIT DE MEMÓRIA DE FIXAÇÃO (DESORIENTAÇÃO AMNÉSTICA):
 O indivíduo não consegue fixar as informações ambientais básicas, perde a noção do fluir o tempo, do deslocamento no espaço (ex: síndrome Korsakoff)
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO POR APATIA E/OU DESINTERESSE PROFUNDOS (apática ou abúlica):
 Ocorre devido a alteração do humor e volição.
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO DEMENCIAL: Ocorre não apenas por perda da memória de fixação mas por déficit do reconhecimento ambiental (agnosias) e por perda e desorganização global das funções cognitivas.
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO DELIRANTE: Indivíduos imersos em um profundo estado delirante, crêem com convicção plena que estão habitando o lugar de seus delírios. é comum a dupla orientação, coexistindo a delirante e a correta.
DESORIENTAÇÃO OLIGOFRÊNICA: Déficit intelectual
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO HISTÉRICA: Quadros histéricos graves, com alterações da identidade pessoal (ex: possessão histérica ou desdobramento da personalidade), bem como por alterações da consciência secundárias à dissociação (ex: estado crepuscular histérico, estado oniróide).
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO POR DESAGREGAÇÃO: 
Ocorre em pacientes psicóticos em estado crônico e avançado da doença - atividade mental desorganizada.
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ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO
DESORIENTAÇÃO QUANTO À PRÓPRIA IDADE:
Discrepância de 5 anos ou mais entre a idade real e a que o paciente relata. Tem sido descrita em alguns pacientes esquizofrênicos - indicativo de déficit cognitivo na esquizofrenia (CROW e STEVENS, 1978)
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VIVÊNCIAS DO TEMPO: anormalidades
TAQUIPSIQUISMO GERAL: Aceleração de todas as funções psíquicas (pensamento, psicomotricidade, linguagem, etc) ex: mania.
BRADIPSIQUISMO: lentificação de todas as atividades mentais
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VIVÊNCIAS DO TEMPO: anormalidades
ILUSÃO SOBRE A DURAÇÃO DO TEMPO:
O tempo parece transcorrer de modo extremamente veloz ou comprido, ou de forma muito lenta e dilatada 
ex: intoxicações por alucinógenos, fases agudas e inicias das psicoses ou em situações emocionais especiais.
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ANORMALIDADES DA VIVÊNCIA DO TEMPO
ATOMIZAÇÃO DO TEMPO: Enfraquecimento de ambas as margens do tempo (passado e futuro), fazendo-o parecer uma sucessão de pontos presentes que não se articulam entre si. 
ex: estado de exaltação maníaca.
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ANORMALIDADES DA VIVÊNCIA DO ESPAÇO
ÊXTASE:
 Há perda das fronteiras entre o eu e o mundo externo. O sujeito sente-se como fundido ao mundo exterior - transtorno da consciência do eu (LÓPEZ IBOR).
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ANORMALIDADES DA VIVÊNCIA DO ESPAÇO
ESPAÇO DILATADO e amplo que invade as fronteiras espaciais e vive como se todo espaço externo fosse seu 
ex: mania
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ANORMALIDADES DA VIVÊNCIA DO ESPAÇO
ESPAÇO ENCOLHIDO: vivência do espaço como contraído, escuro e pouco penetrável pelo o indivíduo e pelos outros ( ex: depressão) 
AGORAFOBIA: espaço externo é percebido como sufocante
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SENSOPERCEPÇÃO
 ELEMENTO BÁSICO: IMAGEM PERCEPTIVA REAL 
 CARACTERÍSTICAS: 
NITIDEZ: nítida 				CORPOREIDADE: viva, luz, brilho e cores	ESTABILIDADE: não muda de um momento para outro.
EXTROJEÇÃO: provinda do espaço externo.	
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SENSOPERCEPÇÃO
 ELEMENTO BÁSICO: IMAGEM PERCEPTIVA REAL 
 CARACTERÍSTICAS: 	INIFLUENCIABILIDADE VOLUNTÁRIA: não consegue alterar voluntariamente			COMPLETUDE: imagem com desenho completo, todos os detalhes diante do observador	 
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SENSOPERCEPÇÃO
 IMAGEM REPRESENTATIVA OU MNÊMICA			
	 CARACTERÍSTICAS:
POUCA NITIDEZ: contornos geralmente esfumada
POUCA CORPOREIDADE: não tem a vida da imagem real.			
INSTÁVEL: aparece e desaparece facilmente do campo da consciência.
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SENSOPERCEPÇÃO
 IMAGEM REPRESENTATIVA OU MNÊMICA			
	 CARACTERÍSTICAS:	
INTROJEÇÃO: é percebida no espaço interno 
INCOMPLETUDE: ‘desenho’ indeterminado, poucos detalhes
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SENSOPERCEPÇÃO - alterações quantitativas
HIPERESTESIA - as percepções estão anormalmente aumentadas. Um ruído parece um estrondo; as cores tornam-se mais vivas e intensas 
ex: intoxicação por cocaína ou maconha, epilepsia, enxaqueca, hipertireoidismo, esquizofrenia, mania
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SENSOPERCEPÇÃO - alterações quantitativas
HIPOESTESIA - o mundo é percebido como mais escuro, as cores tornam-se mais pálidas, os alimentos não tem sabor, os odores perdem sua intensidade 
ex: depressão
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SENSOPERCEPÇÃO - alterações quantitativas
ANALGESIA DE PARTES DO CORPO E DISESTESIAS CORPORAIS - podem ocorrer em pacientes histéricos, hipocondríacos, somatizadores e estados emocionais intensos
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SENSOPERCEPÇÃO - alterações quantitativas
		ILUSÃO:
Percepção deformada de um objeto real e presente	
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SENSOPERCEPÇÃO - alterações qualitativas
A Ilusão ocorre em três condições:
- rebaixamento do nível da consciência	 
- estados de fadiga grave ou de inatenção marcante 
- estados afetivos intensos	- Ilusões catatímicas
- Podem ser: visual e auditiva
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SENSOPERCEPÇÃO - alterações qualitativas
 		ALUCINAÇÃO - percepção clara definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença de um objeto estimulante real		
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 SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES AUDITIVAS - alucinação audioverbal - quase sempre é de conteúdo depreciativo e/ou de perseguição. Algumas vezes são vozes de comando - ordenam que o paciente faça isto ou aquilo. Outras vezes comentam atividades corriqueiras - o João está indo beber água....
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
FENÔMENOS MUITO PRÓXIMOS DAS ALUCINAÇÕES AUDITIVAS 
 Sonorização do próprio pensamento: a vivência é semelhante
a uma alucinação auditiva audioverbal, em que o paciente reconhece claramente que está ouvindo os próprios pensamentos. 
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
FENÔMENOS MUITO PRÓXIMOS DAS ALUCINAÇÕES AUDITIVAS 
 Eco do pensamento - paciente reconhece que está ouvindo os próprios pensamentos - ouve logo após ter pensado
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
FENÔMENOS MUITO PRÓXIMOS DAS ALUCINAÇÕES AUDITIVAS 
 Sonorização do pensamento como vivência alucinatório delirante - o indivíduo ouve pensamentos que foram ‘introduzidos em sua cabeça por alguém estranho’ e que são agora ouvidos por ele
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
FENÔMENOS MUITO PRÓXIMOS DAS ALUCINAÇÕES AUDITIVAS 
 Publicação dos pensamentos - o paciente tem a nítida sensação de que as pessoas ouvem o que pensa, no momento que esta pensando
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES MUSICAIS
 - Audições de tons musicais e melodias sem o correspondente estímulo auditivo externo.	ex: déficit auditivos, doenças neurológicas, depressão em idosos (BERRIOS, 1991)
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES VISUAIS - mais freqüentes nas síndromes psicorgânicas agudas e psicose por droga.		
SIMPLES: FOTOPSIAS - vê cores, pontos brilhantes, escotomas cintilantes ex: epilepsia				
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES VISUAIS COMPLEXAS: vê figuras, imagens de pessoas, partes do corpo, entidades
 ALUCINAÇÕES CENOGRÁFICAS 	 um paciente via o seu quarto pegando fogo
	ex: psicoses e epilepsia				
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES VISUAIS 		 ALUCINAÇÕES LILIPUTIANA - o indivíduo vê inúmeros personagens diminutos, minúsculos, entre os objetos e pessoas reais de sua casa.	
ex: psicoses e epilepsia
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES TÁTEIS - o paciente sente espetadas, choques, insetos ou pequenos animais correndo sobre sua pele.
ex: delirium tremens, psicoses tóxicas (cocaína)
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES TÁTEIS com pequenos animais ou insetos via de regra ocorrem associadas ao delírio de infestação (síndrome de Ekbom)	
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES TÁTEIS sentidas nos genitais são freqüentes principalmente em esquizofrênicos (forças estranhas tocam, cutucam)
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES OLFATIVAS - manifestam-se em geral como o “sentir” o cheiro de coisas podres, de cadáver, de fezes, de pano queimado, etc
ex: esquizofrenia e crise epilépticas (CPC - ‘crises uncinadas’)	
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES OLFATIVAS	 podem estar relacionadas a interpretações delirante - sinto o cheiro de veneno de rato na comida, pois estão tentando me envenenar.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES GUSTATIVAS -
- os pacientes sentem na boca o sabor de ácido, sangue, urina, etc.	
- ocorrem muitas vezes, em conjunção com as alucinações olfativas.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES CENESTÉSICAS (CENESTOPATIA) - sensações incomuns e claramente anormais em diferentes partes do corpo: sentir o cérebro encolhendo, o fígado se despedaçando ou perceber uma víbora dentro do abdome.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES CINESTÉSICAS - sensações alteradas do movimentos do corpo: sentir o corpo afundando, as pernas encolhendo ou um braço se elevando.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES FUNCIONAIS - desencadeada por estímulos sensoriais (ausência do objeto, porém desencadeada por estímulo real)				
ex: ao abrir o chuveiro ou a torneira começam a ouvir vozes.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES COMBINADAS (SINESTESIAS) - ocorrem alucinações de várias modalidades sensoriais (auditivas, visuais, táteis, etc.) ao mesmo tempo	
ex: alterações do nível da consciência, psicoses, histeria.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES EXTRACAMPINAS - são experimentadas fora do campo sensoperceptivo usual: o indivíduo vê uma imagem “nas suas costas” ou “atrás de uma parede”.	
 ex: psicoses.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÃO AUTOSCÓPICA - geralmente é visual (mas pode ter componentes táteis e cenestésicos): vê o seu corpo, como se estivesse fora dele.	
ex: epilepsia, lesões do lobo parietal e esquizofrenia
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
DOPPELGAENGER OU FENÔMENO DO DUPLO - sensação de que há um eu dentro do próprio corpo e um eu fora.		
ex: lesões cerebrais, delírium, esquizofrenia, intoxicações por alucinógenos e em indivíduos normais
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
SENSAÇÃO DE UMA PRESENÇA (FEELIN OF A PRESENCE) - o indivíduo tem a nítida sensação de que um ser invisível o acompanha. O paciente tem crítica em relação a natureza ilusória da experiência, mas sente um impulso para oferecer comida, cadeira a esse ser acompanhante.
ex: s. psicorgânicas, epilepsia, esquizofrenia, enxaqueca, intoxicações por drogas.
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ALUCINAÇÕES HIPNAGÓGICAS - podem ser auditivas, visuais ou táteis - ocorrem no momento em que o indivíduo está adormecendo.
ALUCINAÇÕES HIPNOPÔMPICAS - ocorrem na fase em que o indivíduo está despertando.
ex: narcolepsia, indivíduos normais
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SENSOPERCEPÇÃO: tipos de alucinações
ESTRANHEZA DO MUNDO PERCEBIDO - o mundo como um todo é percebido alterado, bizarro, difícil de definir pelo doente - morto, sem vida, vazio, estranho -a visão do mundo está alterada.
ex: fases iniciais de muitos quadros psicóticos.
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SENSOPERCEPÇÃO- alterações qualitativas
ALUCINOSE - o doente vê a imagem ou ouve vozes, porém falta-lhe a crença que o alucinado tem em sua alucinação. O indivíduo consciente de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico, ‘não tem nada a ver com sua pessoa’. ex: quadros psicorgânicos.
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SENSOPERCEPÇÃO- alterações qualitativas
ALUCINOSE AUDITIVA (ALUCINOSE ALCOÓLICA)- ocorrem geralmente em alcoolistas crônicos e consiste de vozes que falam do paciente na terceira pessoa (“olha com o João está sujo hoje”). O paciente tem crítica em relação a vivência alucinatória.
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SENSOPERCEPÇÃO- alterações qualitativas
ALUCINOSE VISUAL 				
- Ocorre em pacientes com déficit visuais graves (síndrome de Charles Bonnet)
- Tumores do pedúnculo cerebral ( alucinose pendular de Lhermite)		
-Tumor do tronco cerebral, intoxicações por substâncias, (LSD, psilocibina, ayuasca, mescalina anticolinéricos).
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SENSOPERCEPÇÃO
alteração da representação
PSEUDO ALUCINAÇÃO - não apresenta os aspectos vivos e corpóreos de uma imagem real. a voz ou imagem é pouco nítida, de contornos imprecisos, sem vida e corporeidade (o paciente diz: “é como se fosse voz ou imagem,” “voz que vem de dentro da cabeça”). 			
ex: mais inespecífica: psicoses, estados afetivos, rebaixamento da consciência.
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SEMIOTÉCNICA DA SENSOPERCEPÇÃO
ALUCINAÇÃO AUDITIVA - 		
- tem observado coisas que não consegue explicar? 
- tem ouvido vozes de pessoas estranhas ou desconhecidas? 					
- ouve vozes sem saber de onde vem? 		
- são ruídos murmúrios ou vozes bem claras?
 -entende o que dizem as vozes? 		
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SEMIOTÉCNICA DA SENSOPERCEPÇÃO
ALUCINAÇÃO AUDITIVA 
 - falam de perto ou de longe? 			
 - falam alto ou baixo? 				
 - são pessoas conhecidas ou desconhecidas?	
 -são vozes de homens de mulheres ou de crianças?
 - são de dentro da cabeça ou de fora do corpo?								
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SEMIOTÉCNICA DA SENSOPERCEPÇÃO
ALUCINAÇÃO AUDITIVA - 			
- desagradam-lhe as vozes que ouve?		
- que dizem as vozes? 				
- falam as vozes com o senhor(a)?		
-ordenam ou proíbem alguma coisa?		
- são reais ou produto de uma doença?	
- acredita que eu também possa ouvir essas vozes?
- ouviu as vozes durante a entrevista?
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SEMIOTÉCNICA DA SENSOPERCEPÇÃO
ALUCINAÇÕES VISUAIS 
- tem visto algo estranho que lhe chamou a atenção?
- tem tido visões de animais,
homens, figuras, fogo?	
- as visões se mexiam ou eram fixas?		
- se aproximam ou afastam de você?		
- que cor tem?					
- apenas quando está acordado ou adormecendo, ou a qualquer hora?
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SEMIOTÉCNICA DA SENSOPERCEPÇÃO
ALUCINAÇÕES OLFATIVAS E GUSTATIVAS -	
- tem notado sabor ou cheiro ruim na comida?	
- alguém tem querido envenena-lo?		
- são cheiros agradáveis ou desagradáveis?		
- de onde vem esses cheiros ou gostos ruins?	
- o cheiro passou rápido ou durou muito?			
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SEMIOTÉCNICA DA SENSOPERCEPÇÃO
ALUCINAÇÕES TÁTEIS OU CENESTÉSICAS -	
- sente em seu corpo algo estranho?	
- incomodam-no correntes elétricas ou influências estranhas?				
- sente como se tocassem em seu corpo?	
- essas sensações são amáveis ou desagradáveis?	
- tem sensação que tocam em seus genitais? 
- tem algo estranho dentro do seu corpo?
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SEMIOTÉCNICA DA SENSOPERCEPÇÃO
ALUCINAÇÕES CINESTÉSICAS 
- tem feito movimentos contra sua vontade?		
- parte do seu corpo tem mudado de posição sem o seu controle?			
- sente como se levantassem seu corpo no ar?	
- sente como se o chão oscilasse?		
- como se levasse um empurrão?
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A MEMÓRIA
- capacidade de registrar, manter e evocar os fatos já ocorridos.
			
 - relaciona-se intimamente com o nível de consciência, com a atenção, e com o interesse afetivo.
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Fase de percepcao, registro e fixacao
Fase de retencao e conservacao
Fase de reproducao e evocacao
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Fatores psicologicos do processo de memorizacao
O processo de fixacao depende:
Nivel de consciencia
Atencao global
Sensopercepcao preservada
Interesse e coloracao afetiva ao conteudo mnemonico a ser fixado
Conhecimento anterior
Capacidade de compreensao do conteudo
Organizacao temporal das repeticoes
Canais sensoriais envolvidos (mais de um – mais facil) 
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Tipos: em relacao ao tempo
Memoria imediata ou de curtissimo prazo- imediatamente após percebida
Memoria recente ou de curto prazo – minutos ate uma hora
Memoria remota ou de longo prazo
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Alteracoes de memoria
Hipermnesia
Amnesia psicogenica
Amnesia organica
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A MEMÓRIA - AMNÉSIA 
ANTERÓGRADA - o indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do momento que ocorreu o evento que lhe causou dano cerebral (t. neurocognitivo).
RETRÓGRADA - perda da memória para fatos ocorrido antes do início da doença (amnésia dissociativa, fuga dissociativa)		
ex: TCE: amnésia retroanterógrada
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A MEMÓRIA- alterações qualitativas
ILUSÕES MNÊMICAS - há acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória. Tive uma centena de filhos...”	
ex: esquizofrenia, paranóia, histeria, transtorno de personalidade.
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A MEMÓRIA- alterações qualitativas
ALUCINAÇÕES MNÊMICAS - são verdadeiras criações imaginativas com aparência de lembrança e não correspondem a nenhum elemento mnêmico, a nenhuma lembrança verdadeira
ex: psicoses funcionais - esquizofrenia
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A MEMÓRIA- alterações qualitativas
FABULAÇÕES (COMFABULAÇÕES) 
- elementos da imaginação do doente ou mesmo lembranças isoladas completam artificialmente as lacunas de memória, produzidos geralmente por um déficit de memória de fixação 
 -não há intenção de mentir ou enganar.	
- podem ser induzidas ou direcionadas pelo entrevistador.
ex: síndrome de Korsakoff, TCE..
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A MEMÓRIA- alterações qualitativas
CRIPTOMNÉSIAS: é um falseamento de memória na qual as lembranças aparecem como fatos novos ao paciente, que não as reconhece como lembranças, vivendo-as como uma descoberta nova.
ex: Alzheimer
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A MEMÓRIA- alterações qualitativas
ECMNÉSIA - é a recapitulação e revivescência intensa, abreviada e panorâmica, de um existência, uma recordação condensada de muitos eventos passados, que ocorre em um breve período.
ex: epilepsia, iminência da morte, histeria e sob hipnose
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A MEMÓRIA- alterações qualitativas
LEMBRANÇA OBSESSIVA (IDÉIA FIXA) - surgimento espontâneo de imagens mnêmicas ou conteúdos ideativos do passado, que uma vez instalados na consciência, não podem ser repelidos voluntariamente pelo indivíduo.
ex: TOC
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
AGNOSIAS - déficit do reconhecimento de estímulos sensoriais, objetos e fenômenos que não pode ser explicados por um déficit sensorial, por transtornos da linguagem ou por perdas cognitivas globais.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
CLASSIFICAÇÃO DAS AGNOSIAS:
SEGUNDO O MECANISMO BÁSICO QUE AS CAUSA: agnosias aperceptivas e associativas	
SEGUNDO A MODALIDADE SENSORIAL QUE O INDIVÍDUO PERDEU: visuais, táteis e auditivas
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
AGNOSIA APERCEPTIVA - há um prejuízo do processo de apercepção normal. Impossibilidade de reconhecimento visual adequado dos objetos.
ex: lesão bilateral das áreas visuais primárias.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
AGNOSIA ASSOCIATIVA - trata-se de um déficit na formação do percepto. Após o reconhecimento adequado, há impossibilidade de associar-se corretamente um sentido, um significado a tal objeto.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
AGNOSIAS TÁTEIS:			ASTEREOGNOSIA - incapacidade de reconhecer as formas dos objetos colocados nas mãos do paciente estando o mesmo de olhos fechados. 
AGNOSIA TÁTIL PROPRIAMENTE DITA - o paciente descreve como o objeto é, mas não sabe exatamente qual o objeto apresentado.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
AGNOSIAS VISUAIS - o paciente não consegue mais reconhecer pela via visual determinados objetos; enxerga-os, pode descreve-los, mas não sabe o que realmente são.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
PROSOPAGNOSIA - incapacidade de reconhecer faces previamente conhecidas, membros específicos de um determinado grupo genérico de coisas como um determinado tipo ou marca de carro no meio de vários carros, uma certa casa entre várias casas, uma face específica em meio a várias faces.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
AGNOSIA AUDITIVA - incapacidade de reconhecer sons. O paciente pode falar, ler e escrever correta e fluentemente, entretanto não entende qualquer palavra falada que ouve, apenas as reconhece como ruídos.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
AGNOSIA AUDITIVA 			
AGNOSIA VERBAL OU SURDEZ VERBAL PURA - ocorre por lesão da área auditiva primária bilateralmente (giro de Heschl) ou por certas lesões subcorticais caprichosas (disfasia auditiva subcortical).
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
CEGUEIRA VERBAL PURA - 
O paciente escreve, fala e entende palavras faladas normalmente, entretanto não pode ler compreensivamente um texto (alexia agnóstica sem disgrafia, em geral acompanhada de hemianopsia homônima e inabilidade em nomear cores, apesar de percebe-las corretamente).
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
ANOSIGNOSIA - incapacidade de reconhecer um déficit ou doença que o acomete	
ANOSODIAFORIA - incapacidade de reconhecer o estado afetivo no qual se encontra.
SIMULTANAGNOSIA - incapacidade de reconhecer mais de um objeto ao mesmo tempo
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
GRAFESTESIA - 
	Reconhecimento da escrita pelo tato
- escrevem-se na mão do paciente letras ou números com um objeto semelhante a uma caneta (sem tinta) e pede-se ao paciente que os reconheça com os olhos fechados.
ex: déficit de integração sensoriomotora em nível cortical.
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A MEMÓRIA
transtornos do reconhecimento
PARAMNÉSIA REDUPLICATIVA -
O paciente sabe nomear adequadamente o hospital no qual se encontra, todavia afirma incorretamente, que ele é próximo a sua residência ou em sua cidade 
ex: lesões nos lobos frontais (BENSON E STUSS, 1990).
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
FALSOS RECONHECIMENTOS - 
O paciente identifica o médico como pessoa de sua família ou como um velho conhecido a quem atribuem o mesmo nome e conversam como velhos amigos.
ex: esquizofrenia, depressão, síndromes psicorgânicas
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
FALSO DESCONHECIMENTO - 
Há o não reconhecimento de pessoas muito familiares (mãe, filho, etc).
ex: esquizofrenia, depressão, síndromes psicorgânicas
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
SÍNDROME DE CAPGRAS -
 O paciente afirma que o familiar que o visitou, dizendo ser seu pai ou mãe, na verdade são sósias idênticos, falsas cópias. Um duplo, uma falsificação quase perfeita.
ex: esquizofrenia, depressão, síndromes psicorgânicas
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
SÍNDROME DE FRÉGOLI - 
O indivíduo identifica falsamente um pessoa estranha como se fosse uma pessoa de seu círculo pessoal
ex: esquizofrenia, depressão, síndromes psicorgânicas
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
SÍNDROME DE INTERMETAMORFOSE -
O paciente relata que certa pessoa de seu círculo familiar, geralmente perseguidor, e um estranho, também perseguidor, têm características físicas e psicológicas em comum.
ex: esquizofrenia, depressão, síndromes psicorgânicas
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
SÍDROME DO DUPLO SUBJETIVO - o paciente acredita que outra pessoa transformou-se fisicamente a ponto de tornar-se idêntica ao próprio paciente, vindo a ser o seu próprio eu, um duplo perfeito (SIMS, 1995).
ex: esquizofrenia, depressão, síndromes psicorgânicas
*
A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
FENÔMENO DO JÁ VISTO, JÁ OUVIDO, JÁ PENSADO, JÁ VIVIDO (DÉJÀ-VU, -ENTENDU, PENSÉ, ETC.) - o indivíduo tem a nítida impressão de que o que está vendo ou vivênciando no momento já foi experimentado por ele no passado.
ex: esgotamento, psicoses tóxicas, epilepsia parcial complexa
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
FENÔMENO DO JAMAIS VISTO (JAMAIS-VÚ) - apesar de já ter se familiarizado com determinada experiência, têm a nítida sensação que nunca viu, ouviu ou viveu aquela experiência. 
ex: esgotamento, psicoses tóxicas, epilepsia parcial complexa
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A MEMÓRIA
 TRANSTORNOS DO RECONHECIMENTO ASSOCIADOS A TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS
PSEUDOLOGIA FANTÁSTICA - quando o paciente recorda uma experiência imaginária passada como se essa tivesse ocorrido verdadeiramente. Ocorre geralmente por sugestão autoinduzida (SÁ JÚNIOR, 1988).
ex: personalidades histriônicas e anti-sociais, histeria, deficientes mentais
*
SEMIOTÉCNICA DA MEMÓRIA
MEMÓRIA RECENTE:				 - há quanto tempo está nesta enfermaria?	
- onde dormiu a última noite?			
- onde estava ontem? e há uma semana?	
 - a que horas levantou-se da cama?	
- trabalhou ou estudou ontem? e hoje?	
 - a quanto tempo estamos conversando?	
- quem sou eu e qual o meu nome?			
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SEMIOTÉCNICA DA MEMÓRIA
MEMÓRIA REMOTA:				
- é casada (o)?
 - com que idade casou?	
- como se chama seu marido?
 - tem filhos? 
- como eles se chamam? 
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SEMIOTÉCNICA DA MEMÓRIA
MEMÓRIA REMOTA:
- que idade eles têm?
- como se chamam seus pais?
- vivem ainda?	
- que idade eles têm? onde nasceu?		
- foi à escola?
- lembra-se do nome de algum professor? 		
- de algum colega de escola?
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SEMIOTÉCNICA DA MEMÓRIA
TESTE DE MEMÓRIA VERBAL
- Solicita-se que o paciente preste atenção em 4 palavras ditas pelo examinador e em seguida pede-se que o paciente repita. 
Após 5-10 minutos solicita-se novamente que ele volte a repeti-las (deve recordar 3-4 palavras).
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SEMIOTÉCNICA DA MEMÓRIA
TESTE DE MEMÓRIA VISUAL 
- O examinador esconde na frente do paciente 4 objetos e repete imediatamente o nome dos objetos e diz onde eles estão. 
Após 10 minutos pede-se que o paciente diga onde estão os objetos (pessoa normal tende a lembrar 3 ou 4 dos locais).
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SEMIOTÉCNICA DA MEMÓRIA
TESTE DE MEMÓRIA VERBAL POR ASSOCIAÇÃO DE PALAVRAS - 
 -Diga ao paciente que vai ler uma lista de 10 pares de palavras, relacionadas logicamente entre si. Depois pronuncie a primeira palavra par e peça para que lhe fale a palavra que corresponde à ela; por ex: alto-baixo. 
Leia todos os pares devagar e de forma bem pronunciada. depois fale a primeira palavra do par e peça ao paciente que diga a segunda correspondente... -
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SEMIOTÉCNICA DA MEMÓRIA
Grande - pequeno
Livro - caderno
Cadeira - móvel
Chuva - barro
Criança - brinquedo
Sol - verão
Monstro - medo
Rio - água
Dinheiro - luxo
Professor - escola
Lista de palavras
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AFETIVIDADE
VIDA AFETIVA - dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivências humanas.
VIVÊNCIAS AFETIVAS - humor ou estado de ânimo, emoções, sentimentos, afetos e paixões.
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ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE
DISTIMIA
Em psicopatologia geral esse é um termo que designa a alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição quanto no da exaltação (não confundir com o transtorno distimia)
 - distimia hipotímica; distimia hipertímica
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ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE
DISFORIA
Diz respeito a uma distimia que se acompanha de uma tonalidade afetiva desagradável, mau humorada.
Depressão disfórica ou mania disfórica: quadro de depressão ou mania acompanhado de um forte componente de irritação, amargura, desgosto ou agressividade
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ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE
PUERILIDADE
	- Alteração do humor que se caracteriza por seu aspecto infantil, simplório, ‘regredido’.
	- vida afetiva é superficial, ausentes de afetos profundos, consistentes e duradouros
	- ex: esquizofrenia hebefrênica, déficit intelectual, quadros histéricos
*
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE
ANSIEDADE
	- definida como estado de humor desconfortável, uma apreensão negativa em relação ao futuro, uma inquietação interna desagradável.
	- inclui manifestações somáticas e fisiológicas - dispnéia, taquicardia, vasoconstrição ou dilatação, tensão muscular, tremores, sudorese, tontura,
	- inclui manifestações psíquicas - inquietação interna, apreensão, desconforto mental
*
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE
ANGÚSTIA
	- sensação de aperto no peito na garganta, de compressão, de sufocamento
	- tem conotação mais corporal e mais relacionada ao passado
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ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
APATIA
	- diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva
	- os pacientes queixam-se de não poderem sentir nem alegria, nem tristeza, nem raiva, nem nada
	- o paciente torna-se hiporreativo, é um ‘tanto-faz-tanto-fez’ para tudo na vida
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
HIPOMODULAÇÃO DO AFETO
	- é a incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial, indicando rigidez do indivíduo na sua relação com o mundo
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	INADEQUAÇÃO DO AFETO OU PARATIMIA
	- é a reação completamente incongruente a situações existenciais ou a determinados conteúdos ideativos, revelando desarmonia profunda da vida psíquica (ataxia intrapsíquica), contradição entre a esfera ideativa e afetiva
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	EMBOTAMENTO AFETIVO E DEVASTAÇÃO AFETIVA
 - é a perda profunda de todo tipo de vivência afetiva 
 - é observável, constatável pela mímica, postura e atitude do paciente
 - ocorre nas formas negativas, deficitária de esquizofrenia
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	SENTIMENTO DE FALTA DE SENTIMENTO
	- é a vivência de incapacidade para sentir emoções
	- o doente se queixa de sentir-se morto ou em estado de vazio afetivo
	- é vivênciado com muito sofrimento, como uma tortura
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ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	ANEDONIA
	- é a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências
da vida
 ‘não vejo graça em nada, 
 as coisas perderam o sabor, 
 não vibro com mais nada’
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	LABILIDADE AFETIVA 
	- mudanças súbita e motivadas de humor, sentimentos ou emoções
	- exagero e inadequação da reatividade afetiva
	- ex: depressão, mania, esquizofrenia e formas graves de ansiedade, q. psicorgânico (encefalites, tumor cerebral, s. frontais..)
	
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	AMBIVALÊNCIA AFETIVA 
	- é um termo cunhado por Bleuler para descrever sentimentos opostos em relação a um mesmo estímulo ou objeto, sentimentos que ocorrem de modo simultâneo
	“ Odeio e amo. Por que? -você quer saber. Não sei, mas sinto assim e me atormenta
Catulo (87-54a..c.) 
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	FOBIAS
	- são medos desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidas pelos objetos ou situações fobígenas 
	- fobias simples, fobia social, agorafobia
*
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
	PÂNICO
- é uma reação de medo intenso, de pavor, relacionada geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração
- manifesta-se como crise de pânico: ansiedade intensa, medo de morrer ou perder o controle e descarga autonômica
*
A VONTADE
PROCESSO VOLUTIVO
1 - fase de intenção ou propósito: se esboçam as tendências básicas do indivíduo, suas inclinações e interesses
2 -fase de deliberação: o indivíduo faz uma análise do que seria positivo ou negativo
3 -fase de decisão propriamente dita: instante que demarca o começo da ação
4 -fase de execução
*
A VONTADE
Alterações da vontade
NEGATIVISMO
	- é a oposição do indivíduo às solicitações do meio ambiente
	- negativismo ativo, negativismo passivo
 SITIOFOBIA
	- é a recusa sistemática de alimentos, geralmente revelando um negativismo profundo
	- termo usado também para designar a recusa de alimentos associados a quadros delirantes
*
A VONTADE
Alterações da vontade
OBEDIÊNCIA AUTOMÁTICA
- é o oposto ao negativismo. O indivíduo obedece automaticamente
FENÔMENOS EM ECO
 (ecopraxia, ecolalia, ecomimia, ecografia)
- o indivíduo repete de forma automática, durante a entrevista, os últimos atos do entrevistador, suas palavras ou sílabas, reações mímicas ou escritas
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
AUTOMUTILAÇÃO
	- comportamento de autolesão voluntária
	- os pacientes produzem escoriações na pele e mucosas, furam os braços com pregos e pedaços de vidros, arrancam o cabelo (tricotilomania)
	- ex: transtorno de personalidade borderline, TOC, deficientes mentais
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
FRANGOFILIA
	- é o impulso de destruir os objetos que circundam o indivíduo
	- ocorre nas psicoses, intoxicação por psicotrópicos, transtorno de personalidade
PIROMANIA 
	- é o impulso de atear fogo a objetos, prédios.. 
	- ocorre em pacientes com transtorno de 	 personalidade
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
DIPSOMANIA
	- impulso periódico para ingestão de grandes quantidades de álcool
BULIMIA
	- é o impulso irresistível a ingerir grande quantidade de alimentos 
POTOMANIA
	- é a compulsão à beber água ou outros líquidos, sem que haja uma sede exagerada
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
FETICHISMO
	- é o impulso e o desejo sexual concentrado em partes da vestimenta ou do corpo da pessoa desejada
EXIBICIONISMO
	- é o impulso de mostrar os órgãos genitais, geralmente contra a vontade da pessoa que observa 
	- o ato de mostrar é o suficiente para o indivíduo obter prazer
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
VOYEURISMO
	- é o impulso de obter prazer pela observação visual de uma pessoa que está tendo uma relação sexual ou simplesmente está nua ou se despindo
PEDOFILIA
	- é o desejo sexual por criança ou púberes do sexo oposto
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
PEDERASTIA
	- é o desejo sexual por crianças e adolescentes do mesmo sexo
GERONTOFILIA
	- é o desejo por pessoas muito mais velha que o indivíduo
ZOOFILIA (bestialismo)
	- é o desejo sexual dirigido a animais
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
NECROFILIA
	-é o desejo e atividade sexual com cadáveres
COPROFILIA
	- é a busca de prazer com uso de excrementos no ato sexual
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
NINFOMANIA
	- é o desejo sexual quantitativamente aumentado na mulher
SATIRÍASE
	- é o desejo sexual em nível extremamente aumentado no homem
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
PORIOMANIA
	- é o impulso e comportamento de andar a esmo, viajar, ‘desaparecer de casa’, ‘ganhar o mundo’
	- ocorre em pacientes esquizofrênicos, deficientes mentais e q. psicorgânicos
*
IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS
CLEPTOMANIA OU ROUBO PATOLÓGICO
	- é um ato impulsivo ou compulsivo de roubar, precedido geralmente de intensa ansiedade e apreensão, que apenas se alivia quando o indivíduo realiza o roubo
*
ALTERAÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE
AGITAÇÃO PSICOMOTORA
	- aceleração de exaltação de toda atividade motora do indivíduo
LENTIFICAÇÃO PSICOMOTORA
	- reflete uma lentificação de toda atividade psíquica
INIBIÇÃO PSICOMOTORA
	- é um estado acentuado e profundo de lentificação psicomotora
*
ALTERAÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE
ESTUPOR
	- é a perda de toda atividade espontânea
	- com um nível de consciência aparentemente preservado
CATALEPSIA
	- é um acentuado exagero do tônus postural, com grande redução da mobilidade
*
ALTERAÇÕES DA PSICOMOTRICIDADE
FLEXIBILIDADE CERÁCEA
	- o indivíduo ou parte de seu corpo é colocado pelo o examinador em determinada posição e o paciente mantém essa posição como se fosse um homem de cera
CATAPLEXIA
	- é a perda abrupta do tônus muscular, geralmente acompanhada de queda
	- ex: narcolepsia
*
Conceito: forma-se através das representações, puramente intelectivo, não tem qualquer resquício sensorial
Juízo: relações significativas entre conceitos
Raciocínio: relaciona os juízos
*
Alterações nos conceitos
Desintegração dos conceitos: perda de seu significado original
Condensação dos conceitos: dois ou mais conceitos são fundidos
*
Tipos alterados de pensamento
Pensamento mágico: não tem lógica
Pensamento derreísta: obedece a lógica só na parte que interessa o individuo, relacionado as fantasias e sonhos pessoais
Pensamento concreto: não consegue utilizar metáforas ou ler nas entre linhas
Pensamento inibido: inibição do raciocínio
*
Pensamento vago
Pensamento prolixo
Tangencialidade
Circunstancialidade
Pensamento deficitário ou oligofrênico
Pensamento demencial: dificuldade de encontrar palavras
*
Pensamento desagregado: juízos não se articulam de forma lógica
Pensamento obsessivo
*
O PENSAMENTO
 O PROCESSO DO PENSAR
1 - O CURSO DO PENSAMNETO
	- é o modo como o pensamento flui, a sua velocidade e ritmo ao longo do tempo
2- A FORMA DO PENSAMENTO
	- é a sua estrutura básica, a sua ‘arquitetura’, preenchida pelos mais diversos conteúdos e interesses do indivíduo
3 - CONTEÚDO DO PENSAMNETO
	- é aquilo que dá substância ao pensamento, o tema predominante, o assunto em si
*
	O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
CURSO DO PENSAMENTO
	ACELERAÇÃO DO PENSAMENTO : 
	- o pensamento flui de forma muito acelerada, uma idéia se sucedendo à outra rapidamente
	- ocorre nos quadros de mania, alguns esquizofrênicos, ansiedade intensa, psicoses tóxicas
*
O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
CURSO DO PENSAMENTO
LENTIFICAÇÂO DO PENSAMENTO
	- o pensamento progride lentamente, de forma dificultosa
	- há uma latência entre as perguntas formuladas e as respostas
	- ocorre nas depressões graves, intoxicações, quadros psicorgânicos
	
*
	 O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
CURSO DO PENSAMENTO
	BLOQUIEIO OU INTERCEPTAÇÃO DO PENSAMENTO
	- o paciente ao relatar algo, no meio de um conversa,
brusca e repentinamente interrompe seu pensamento
	- ocorre na esquizofrenia
	
*
	 O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
CURSO DO PENSAMENTO
ROUBO DO PENSAMNTO
- o indivíduo tem a nítida sensação de que seu pensamento foi roubado de sua mente, por uma força ou ente estranho, por uma máquina...
	- ocorre na esquizofrenia
*
O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
FORMA DO PENSAMENTO
FUGA DE IDÉIAS
- é secundária a uma acentuada aceleração do pensamento
- uma idéia se segue a outra de forma extremamente rápida, perturbando-se as associações lógicas entre juízos e conceitos 
*
O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
FORMA DO PENSAMENTO
	DISSOCIAÇÃO DO PENSAMENTO
	- os pensamento passam progressivamente a não seguir uma seqüência lógica e bem organizada
	- os juízos não se articulam de forma coerente uns com os outros
*
	 O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
FORMA DO PENSAMENTO
	AFROUXAMENTO DAS ASSOCIAÇÕES
	- nota-se um afrouxamento dos enlaces associativos 
	- as associações parecem mais livres, não tão bem articuladas
	 - ocorre: nas fases iniciais da esquizofrenia em transtornos de personalidade
*
O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
FORMA DO PENSAMENTO
	DESCARRILHAMENTO DO PENSAMENTO
	- o pensamento passa a extraviar-se de seu curso normal, toma atalhos colaterais, desvios, pensamentos acessórios, retornando aqui e acolá ao seu curso original
	- está associado à marcante distraibilidade 
	- ocorre na esquizofrenia e quadros maníacos
*
O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
FORMA DO PENSAMENTO
	DESAGRAGAÇÃO DO PENSAMENTO
	- há uma profunda e radical perda dos enlaces associativos, total perda da coerência do pensamento
	- ocorre na esquizofrenia e nos quadros demenciais 
*
O PENSAMENTO
 Alteração do processo de pensar
CONTEÚDO DO PENSAMENTO
	PRINCIPAIS CONTEÚDOS PSICOPATOLÓGICOS
	- de perseguição		 - sexuais 
	- depreciativos 	 -de ruína ou culpa
	- religiosos	 - hipocondríacos
	 - de poder, riqueza ou grandeza 	
	
*
	O JUÍZO DE REALIDADE E SUAS ALTERAÇÕES - DELÍRIO
CARACTERÍSTICAS DO DELÍRIO
1- convicção extraordinária, uma certeza subjetiva praticamente absoluta
	 -sua crença é total, para ele não se pode colocar em dúvidas a veracidade de seu delírio
	
*
O JUÍZO DE REALIDADE E SUAS ALTERAÇÕES - DELÍRIO
CARACTERÍSTICAS DO DELÍRIO
2 - é impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva, por provas explícitas da realidade, por argumentos lógicos e plausíveis.
	 O delírio é irremovível
3 - é um juízo falso, o seu conteúdo é impossível
	
*
4 - O delírio não é congruente ao grupo social do doente, é uma convicção de um só homem
*
O JUÍZO DE REALIDADE E SUAS ALTERAÇÕES - DELÍRIO
	TIPOS DE DELÍRIO
1 - delírio de perseguição
2 - delírio de referência
3 - delírio de relação
4 - delírio de influência
5 - delírio de reivindicação
6 - delírio de invenção ou descoberta
7 -delírio de grandeza
*
O JUÍZO DE REALIDADE E SUAS ALTERAÇÕES - DELÍRIO
	TIPOS DE DELÍRIO
8 - delírio de reforma
9 - delírio místico ou religioso
10 - delírio de ciúmes e delírio de infidelidade
11- delírio erótico (erotomania)
12 - delírio de ruína (ou niilista)
13 - delírio de culpa
14 - delírio de negação de órgãos
*
O JUÍZO DE REALIDADE E SUAS ALTERAÇÕES - DELÍRIO
	TIPOS DE DELÍRIO
15 - delírio hipocondríaco
16 - delírio cenestopático
17 - delírio de infestação (S. Ekbom)
18 - delírio fantástico ou mitomaníaco 
*
A LINGUAGEM 
Alterações Ligadas a Transtornos Psiquiátricos
LOGORRÉIA E TAQUIFASIA
	- produção aumentada e acelerada da linguagem verbal
BRADIFASIA
	- o paciente fala muito vagarosamente, as palavras seguem-se uma às outras de forma lenta e difícil
MUTISMO
	- ausência de resposta verbal oral por parte do doente
*
A LINGUAGEM 
Alterações Ligadas A Transtornos Psiquiátricos
PERSEVERAÇÃO E ESTEREOTIPIA VERBAL
	- há repetição automática de palavras ou trechos de frases, de modo estereotipado, mecânico e sem sentido (ex; lesão orgânico)
ECOLALIA
	- é a repetição das últimas palavras que o entrevistador falou ou dirigiu ao paciente
PALILALIA
	- repetição da última palavra que o próprio paciente falou : “eu moro em Jundiaí, Jundiaí, Jundiaí...”
*
Afasia: perda da linguagem falada por incapacidade de compreender e utilizar símbolos verbais, na ausência de incapacidade motora (orgão fonador)
Afasia de expressão ou de Broca: apesar do órgão fonador preservado não consegue falar ou fala com dificuldades
Afasia de wernicke: o paciente não consegue compreender a linguagem e tem dificuldades para a repetição, porem consegue falar, com dificuldades
*
Afasia global: não fluente
Parafasias: deforma determinadas palavras
Agrafia: perda da linguagem escrita
Alexia: perda da capacidade para ler.
Disartria: incapacidade de articular corretamente as palavras por alterações no aparelho fonador.
*
Disfonia: alteração da sonoridade da palavra
Gagueira: incapacidade de pronunciar certas silabas
Dislalia: deformação, omissão ou substituição dos fonemas.
*

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