Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo de Gastropatias: Estomago: É o órgão mais afetado por alimentos, medicamentos e fatores emocionais Hidrolise de proteína: Inicia-se no estomago através da enzima PEPSINA, que é convertida do PEPSINOGÊNIO através do HCL, hidrolisando polipeptídeos e oligopeptideos PEPSINOGÊNIO (zimogênoinativo) na presença de HCL vai formar a PEPSINA, que irá hidrolisar: aminoácidos, oligopeptideos, dipeptideos, polipeptideos. Divisão do estomago: É dividido em quatro porções, e cada uma com diferentes células e funções: Cárdia: transição entre o esôfago e o estomago Fundo: formado pela curvatura superior do órgão Corpo: é a região principal do órgão, e onde se localiza 99% das gastrostomias Piloro ou antro: porção inferior do órgão que facilita o transporte do alimento digerido em direção ao intestino delgado *Fundoplicatura: Procedimento cirúrgico comum em crianças neuropatas e com gastrostomia. Ele previne o refluxo. A alimentação sempre deve ser com a cabeceira elevada 30 a 40 graus. *Quanto melhor for a posição no leito, melhor a tolerabilidade pelo reservatório gástrico. *Todo paciente acamado deve receber alimento em decúbito dorsal (de barriga para cima) Vasos: O estomago é um órgão extremamente vascularizado Artérias: Artéria gástrica esquerda e direita: vascularizam a curvatura menor Ateria gstro-omental esquerda e direita: vascularizam a curvatura maior Artérias gástricas curtas: vascularizam o fundo do estomago Estrutura da mucosa gástrica: Tem superfície coberta por células epiteliais colunares que secretam muco e um liquido alcalino que protegem o epitélio de uma possível lesão mecânica e do ácido gástrico Principais secreções do estomago: Ácido clorídrico (HCL): pH extremamente baixo Pepsinas (obtida do PEPSINOGÊNIO) Fator intrínseco: Finalidade: carreamento da cianocobalamina para absorção única e exclusiva no íleo distal Hormônio gastrina Muco e bicarbonato: ambos conferem proteção da mucosa gástrica para ela não ser destruída, se não tivesse essas secreções, o estomago seria destruído Doenças do estomago: Dispepsia Gastrite Ulcera Péptica HelicobacterPylori (H. Pylori) Dispepsia (má digestão): Causas: Deglutição de ar junto com os alimentos Ingestão de líquidos (pode ingerir de 200 a 300ml junto às refeições) Podem acarretar distensão intragastricaCarbonatos (agua com gás, refrigerantes) ou bicarbonatos de sódio Ingestão rápida de alimentos Excesso de alimentação Mastigação insuficiente ou inadequada Bipap (procedimento de fisioterapia que faz uma pressão positiva) Tensão, transtornos emocionais, etc. Fisiopatologia: Só vai acontecer em quem tem doença gástrica.Sensação de plenitude gástrica Náuseas e vômitos Eructações e regurgitações acidas Pirose Dores e/ou mal estar na parte superior do epigástrico Tratamento: Antiespasmódico Regulador fisiológico da motricidade digestiva Antiácido e antiflatulento Tratamento dietético Dieta ANP Evitar: -Fritura -Alimentos ricos em enxofre e de difícil digestibilidade -Bebidas alcoólicas -Sucos industrializados, por causa da fermentação. -Refrigerantes *Tudo que fermenta causa distensão gástrica. Gastrite: Conceito: É uma inflamação da mucosa do estomago Pode ser: Aguda (está acontecendo agora, com sintoma): Simples Corrosiva Toxica Crônica (já sou portador, sem sintoma): Superficial Atrófica Hipertrófica Crônica agudizada (é crônica, mas com sintomas) Especiais ou pós-gastrectomia Aguda: Simples: Ingestão de álcool e drogas, nos casos mais graves pode causar prostração e desidratação, que em casos graves é proveniente de uma hemorragia digestiva em grande quantidade, podendo acarretar a desidratação, hiperpuremia, prostração e choque. Corrosiva: Pode evoluir para ulcera e geralmente é acompanhada de esofagite aguda corrosiva Toxica: Uso de drogas à base de salicilatos. Crônica: Superficial: Pressão e empanchamento, anorexia, náuseas e vômitos, pirose Atrófica: Indisposição gástrica, anorexia, náuseas e vômitos (pode ou não haver dor, hematêmese) Hipertrófica: Dispepsia, pirose, edema, hipoalbuminemia, hipersecreção gástrica Especiais ou pós-gastrectomia (retirada do estomago): Diminuição da capacidade gástrica, que leva à saciedade gástrica maior, que leva a diminuição de peso, que leva a desnutrição A gastrectomia pode ser: Parcial: Diminuição do fator intrínseco, que leva a baixa absorção de B12, que deve ter reposição oral (alimentar) e complementar (por via oral 400-800 µ/d) Total: Não terá fator intrínseco, e consequentemente não terá absorção de B12, e a reposição não poderá ser feita por via oral Nesse caso, deve-se usar suplementação intramuscular *Pangastrite: Gastrite que atinge todas as porções do estomago *A deficiência de B12, a médio e a longo prazo, sem reposição, gera atrofia cerebral Tratamento dietético – Gastrite Aguda e Crônica agudizada VET ANP G N/h sem concentração de dissacarídeos, para evitar a fermentação e consequente distensão intragástrica, para posterior saciedade. P N/H (até 1,2g/kg), para favorecer a digestão da ptn a partir de uma quantidade menor de HCL, com objetivo de promover a cicatrização da mucosa gástrica. L N/h, para favorecer o esvaziamento gastroentérico, evitando a piora da mucosa gástrica. Fibra ANP, porem sempre oferecer fibra modificada por cocção e subdivisão, porque a fibra cozida absorve agua e sai totalmente junto com o quimo. Vits. eMins. ANP Purina Sem caldos concentrados Consist. Liquida completa/ pastosa Fracion. Aumentado Volume Diminuído Temp. N Alimentos ricos em enxofre e alimentos DD Isenta Tratamento dietético – Gastrite Crônica VET ANP G N sem concentração de dissacarídeos, para favorecer a nutrição e oferta. P N/H (até 1,3 ou 1,4g/kg), com objetivo de favorecer a cicatrização da mucosa gástrica. L N, para complementar o VET Fibra ANP, porem sempre oferecer fibra modificada por cocção e subdivisão, porque a fibra cozida absorve agua e sai totalmente junto com o quimo. Vits. eMins. ANP Purina Sem caldos concentrados Consist. Pastosa/ branda Fracion. N Volume N Temp. N Alimentos ricos em enxofre e alimentos DD Isenta *Toda gastrite crônica não tratada pode gerar uma ulcera. *AAS: Melhora a fluidez do sangue Teve ser tomado junto com o alimento, que irá fazer uma proteção. Tem dois tipos de moléculas: Molécula hidrossolúvel: quando chega na mucosa gástrica a solubilidade não adere a mucosa, ela “passa direto” Molécula lipossolúvel: adere a mucosa gástrica e invade as células sebáceas e atingem os capilares, causando sangramento (hematêmese) Ulcera Péptica Conceito: É uma ferida que ocorre na mucosa do TGI *Ocorre em todas as idades, principalmente 45 a 60 anos, e em ambos os sexos Localização: Estomago A duodenal é 4x mais comum do que a gástricaDuodeno Esôfago Classificação: Simples: Superficial ou profunda Perfurante Penetrante Calosa estenosante ou deformante Complicações: Perfuração e hemorragia Infecção Divertículos Obstrução pilórica Grupos etiológicos: Lesões associadas à infecção pelo H. Pylori Lesões por hipersecreção péptica-ácida da síndrome de Zollinger-Ellison (hiperacidez, tem muito Hcl): Duodenal: Aumento da célula parietal e secreção ácida Gástrica:Secreções ácidas normais ou diminuição associada a diminuição da defesa da mucosa Gástrica associada a duodenal:Aumento da secreção ácida Lesões causadas por drogas anti-inflamatórias não esteroides, como aspirina, diclofenaco: Ulceras gástricas e duodenal por inibição da produção de prostaglandinas com abolição de seus efeitos protetores. Lesões associadas a outros fatores: Tabagismo:Aumento da secreção ácida Bebida alcoólica:Estimula o ácido gástrico Estresse:Ulcera de estresse comum na região media do corpogástrico Cafeína:Aumenta da secreção ácida do estomago Fatores psicológicos: Percepção negativa, depressão, dependência, ansiedade *Cafeína e jejum: ambos irritantes da mucosa gástrica O alimento protege o estomago. Ritmicidade: Gástrica: “come, passa, dói, passa” Duodenal: “come, passa, dói” Periodicidade: Dói vários dias da semana, desparece por semanas, meses ou anos, e reaparece com as mesmas características. Tratamento: Avaliação clínica (para saber onde se localiza) Controle da hemorragia: Redução do fluxo sanguíneo do estomago ou estabilização do coagulo Depois da estabilização hemodinâmica: cuidado com o sangramento Fases do tratamento dietoterápico (N.T.R): Fase aguda: 5 a 8 dias Fase de recuperação: 10 a 15 dias Fase pós ulcerosa Tratamento dietoterápico – Fase aguda VET ANP G N/h sem [] de dissacarídeos, para evitar a fermentação. L N/h P N/H (1,2g/kg), para favorecer a digestão da ptn a partir de uma quantidade menor de HCL, com objetivo de promover a cicatrização da mucosa gástrica. Vits. eMins. B12: que pode estar diminuída por causa da doença e medicação Vit. A: para reepitelização de mucosa Vit. C e Ferro: caso haja anemia ferropriva Zinco e selênio: por causa da imunidade Purina Isento Temp. Normal, evitando muito quente, porque leva à congestão da mucosa gástrica, aumento da secreção ácida e diminui o tempo de evacuação gástrica Frac. Aumentado Vol. Diminuído, para diminuir o desconforto abdominal Tratamento dietoterápico – Fase de recuperação VET ANP G N L N P N/H (1,5g/kg), para favorecer a digestão da ptn a partir de uma quantidade menor de HCL, com objetivo de promover a cicatrização da mucosa gástrica. *Sugere-se um aumento gradativo da oferta proteica, com a finalidade de evitar uma diarreia osmótica. Vits. eMins. B12: que pode estar diminuída por causa da doença e medicação Vit. A: para reepitelização de mucosa Vit. C e Ferro: caso haja anemia ferropriva Zinco e selênio: por causa da imunidade Purina Isento Temp. Normal, evitando muito quente, porque leva à congestão da mucosa gástrica, aumento da secreção ácida e diminui o tempo de evacuação gástrica Frac. Normal Vol. Normal Tratamento dietoterápico – Fase pós-ulcerosa: Mantem a base da dieta de recuperação e liberando progressivamente conforme o resultado da endoscopia. HelicobacterPylori (H. Pylori): Conceito: É uma bactéria gram-negativa, que tem entre 4 a 6 flagelos e vive normalmente na camada mucosa que recobre a mucosa do estomago Infecção por H. Pylori: Induz inflamação persistente na mucosa gástrica com diferentes lesões orgânicas em humanos, tais como gastrite crônica, ulcera péptica e câncer gástrico Atributo biológico do H. Pylori: O H. Pylori é resistente ao Hcl, e isso é de vital importância na patogênese do H. Pylori, visto que, sem este atributo biológico, a bactéria não teria condições de colonizar a mucosa gástrica Enzima urease: Enzima de alto peso molecular Atua promovendo a hidrolise da ureia, presente em condições fisiológicas no suco gástrico, levando a produção de amônia A amônia atua como receptor de ions H+, gerando pH neutro no interior da bactéria, o que confere ao H. Pylori resistência a acidez gástrica. Dessa maneira, a bactéria fica protegida dos efeitos deletérios do pH ácido do estomago. A urease compreende 6% do total de proteínas sintetizadas pela bactéria, o que representa grande investimento energético motivado pela sua ação essencial como fator de colonização. Diagnostico: Endoscopia: Durante a endoscopia é realizado biopsia para o teste de urease Teste respiratório: em que o paciente toma a ureia via oral Teste de sangue: para pesquisar a presença de anticorpos contra a bactéria *Urease positivo = H. Pylori ativo Consequências da infecção por H. Pylori: Ulcera do duodeno e estomago Cancro gástrico Linfoma MALT (linfo primitivo do estomago) Dispepsia funcional DRGE (H. Pylori + gastropatia) *Os diferentes resultados/ consequências do H. Pylori na mucosa gástrica irão depender da intensidade e da distribuição da inflamação.
Compartilhar