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Faculdade de Direito Prática de Processo do Trabalho Jurisdição e Competência na Justiça do Trabalho Jurisdição 1. Prevista constitucionalmente nas Cartas de 1934 (art. 122) e 1937 (art. 139), vinculada ao Poder Executivo, a Justiça do Trabalho só foi efetivamente organizada pela Consolidação das Leis do Trabalho em 1943 e reconhecida como integrante do Poder Judiciário pela Constituição Federal somente em 1946. 2. Os conflitos trabalhistas podem ser solucionados sem o uso da jurisdição: mediante autocomposição, mediação ou conciliação. 3. A jurisdição está organizada em três graus (artigo 111, CF) Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. § 1° O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. § 2° O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. (...) Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho. Tribunal Superior do Trabalho (instância extraordinária), 27 Ministros togados (EC. N. 45/2004) 1/5 das vagas é destinado a advogados com mais de 10 anos de atividade profissional ou membros do MP Composto pelo Tribunal Pleno, Órgão Especial, Seção Especializada em Dissídio Coletivo e em Dissídios Individuais (Subseção I e II), 8 Turmas. Escola Nacional da Magistratura Conselho Superior da Justiça do Trabalho (Res. Adm. N. 1.064/2005 TST) Tribunais Regionais do Trabalho (segunda instância): 24 Tribunais pelo país: sendo que os Estados TO (participa do de Brasília), AC, RR e AP não tem nenhum. Facilitadora: Bruna Fernandes Marcondes Professora da disciplina: Luciane Cardoso Barzotto O número de Ministros não pode ser inferior a sete (art. 115 da CRFB c/c 670 da CLT) Podem criar órgãos especiais, desde que possuam mais de 25 membros (art. 93 da CRFB) Varas itinerantes (§1º, art. 115 da CRFB) Juízes do Trabalho (que atuam nas Varas do Trabalho — primeira instância) Embora pela lei, se determinado município não está compreendido pelo raio de atuação de uma VT os processos da competência da JT serão solucionados pelos juízes de Direito (art. 112 da CRFB), isso não acontece mais na prática. Os postos das Varas em outras cidades são criados por meio de Resolução. As Varas são criadas por lei. Competência Ratione materiae Ratione loci (territorial) Funcional (CPC) Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia. 1. Alterações da EC 45/2004 Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I — as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II — as ações que envolvam exercício do direito de greve; III — as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores; IV — os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V — os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI — as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII — as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII — a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX — outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 1.1. AÇÕES ORIUNDAS DA RELAÇÃO DE TRABALHO 2. Trabalho é gênero do qual emprego é espécie. Assim, toda relação de emprego representará uma relação de trabalho, mas nem sempre o inverso será verdadeiro. Poderá haver trabalho sem habitualidade (eventual), sem subordinação (autônomo), sem Faculdade de Direito Prática de Processo do Trabalho onerosidade (voluntário), mas nunca sem uma pessoa física (natural) na condição de prestador/contratado. 3. Pode, assim, ser objeto de ação na JT uma reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em quadro de carreira (Súmula 19 do TST). 4. Bem como ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS) (Súmula 300 do TST). 5. Pedido de complementação de pensão postulada por viúva de ex-empregado, por se tratar de pedido que deriva do contrato de trabalho (OJ 26, SDI-1, do TST). É o chamado dano moral ricochete. 6. A principal inovação da EC n. 45/2004 é que relações de trabalho cuja norma jurídica disciplinadora não seja a CLT, e sim uma legislação específica ou mesmo um estatuto (próprio de regimes públicos), podem ser objeto de processamento e julgamento pela Justiça do Trabalho. ADIn n. 3.395 (suscitada pela Associação dos Juízes Federais) definiu que é competente a Justiça Estadual (comum) para processar e julgar os litígios que envolvem os servidores públicos estatutários municipais ou estaduais e o respectivo Poder Público onde estão lotados, e na competência da Justiça Federal as lides relativas aos servidores públicos estatutários federais e a unidade do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário Federal que os remunera. Facilitadora: Bruna Fernandes Marcondes Professora da disciplina: Luciane Cardoso Barzotto (TRT 15R – Juiz) Assinale dentre as alternativas abaixo aquela em que todos os tipos de ações relacionados estejam fora da competência da Justiça do Trabalho, de acordo com a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça: a) ações de cobrança de honorários de profissionais liberais, ações relativas à previdência complementar decorrente de contratos de trabalho e ações relativas a servidores públicos estatutários; b) ações relativas a servidores públicos estatutários, ações penais condenatórias em matéria penal-laboral e ações liberatórias(habeas corpus); c) ações relativas a tutelas inibitórias em sede de labor-ambiental (meio ambiente do trabalho) e ações em que se pede a nulidade ou a anulação de eleições sindicais; d) ações relativas a servidores públicos estatutários, ações penais condenatórias em matéria penal-laboral e ações de indenização por danos morais ou materiais ajuizadas pelo cônjuge supérstite em caso de acidente de trabalho fatal; e) ações relativas a tutelas inibitórias em sede labor-ambiental (meio ambiente do trabalho), ações de consignação em pagamento e ações de indenização por danos morais e materiais ajuizadas pelo cônjuge supérstite em caso de acidente de trabalho fatal. Trabalhadores de empresas públicas e sociedades de economia mista (Pessoas jurídicas de direito privado exercentes de atividade econômica) têm seus contratos regidos pela CLT, portanto, as lides decorrentes dessa relaçãojurídica são dirimidas pela Justiça do Trabalho. Assim como pedidos de direitos e vantagens previstos na legislação trabalhista referente ao período anterior à Lei n. 8.112/90 (Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Federais), mesmo que a ação tenha sido ajuizada após a edição da referida lei (OJ 138, SDI-1, do TST). 7. Releva a diferença entre uma relação laboral de prestação de serviços (regida pelo CC — arts. 593 a 609 —, competência da Justiça Especializada) de uma relação de consumerista de prestação de serviços (regida pelo Código de Defesa do Consumidor — competência da Justiça Comum), quando estivermos diante da contratação de uma pessoa física. Conflitos de Competência 65.575/MG e 93.055/MG, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de que, mesmo com a ampliação da competência da Faculdade de Direito Prática de Processo do Trabalho Justiça do Trabalho, em decorrência da alteração da expressão “relação de emprego” para “relação de trabalho”, a Emenda Constitucional n. 45/2004 não retirou a atribuição da Justiça Estadual para processar e julgar ação alusiva a relações contratuais de caráter eminentemente civil, diversas da relação de trabalho. A competência material definir-se-á pela natureza da controvérsia, delimitada pelo pedido e pela causa de pedir. Nessa esteira, foi editada a Súmula 363. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente (Súmula 363 do STJ). 8. Relações de trabalho envolvendo brasileiros e entes de direito público externo (representados pelas missões diplomáticas, agentes consulares etc.), inexistindo imunidade de jurisdição invocável. Convenção de Viena de 1961, da qual o Brasil é signatário, preserva a imunidade de execução. Tal situação serve, normalmente, para as embaixadas, já que a imunidade de jurisdição dos organismos internacionais (p. ex., OIT, ONU, OMC) estará preservada. 1.2. AÇÕES QUE ENVOLVAM O EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE 9. Tais ação estão restritas aos movimentos paredistas na iniciativa privada (pessoas jurídicas de direito privado, incluindo empresas públicas e sociedades de economia mista). 10. A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve (Súmula 189 do TST). 11. E, inclusive, para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada (Súmula Vinculante 23 do STF). Facilitadora: Bruna Fernandes Marcondes Professora da disciplina: Luciane Cardoso Barzotto 1.3. AÇÕES SOBRE REPRESENTAÇÃO SINDICAL, ENTRE SINDICATOS, ENTRE SINDICATOS E TRABALHADORES E ENTRE SINDICATOS E EMPREGADORES 12. Ações sobre representação sindical (eleições de dirigentes, interpretação jurídica de estatutos etc.) como aquelas entre sindicatos (base territorial, titularidade do patrimônio sindical etc.), entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores (filiação, cobrança de contribuições etc.). 1.4. MANDADOS DE SEGURANÇA, HABEAS CORPUS E HABEAS DATA NAS MATÉRIAS SUJEITAS À JURISDIÇÃO TRABALHISTA. 13. Mandado de segurança serve como remédio à irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias na Justiça trabalhista (art. 5º, LXIX, da CF e Lei n. 12.016/2009), quando o ato jurisdicional acarreta perigo de dano irreparável ou manifesto prejuízo processual à parte. 14. Não é considerado como ato jurisdicional ilegal ou abusivo ato de auditor fiscal do trabalho, diretor de Secretaria de Vara, oficial de justiça avaliador na seara trabalhista. Há, contudo, casos em que o Secretário da Vara despacha, em função delegada. 15. Súmula Vinculante 25 do STF (que declarou ilícita a prisão do depositário infiel) tornou o habeas corpus inócuo na Justiça do Trabalho uma vez que o inadimplemento do crédito trabalhista nunca permitiu a prisão civil. 16. Na seara trabalhista, conceder-se-á habeas data, com fundamento no art. 5º, LXXII, da CF e Lei n. 9.507/97, para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público ou para retificação de dados, exclusivamente com relação ao contrato individual de trabalho. 1.5. CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ENTRE ÓRGÃOS COM JURISDIÇÃO TRABALHISTA 17. Dar-se-á o conflito de competência (CLT, art. 804, c/c CPC, art. 115): a) quando dois ou mais juízes se considerarem competentes (conflito positivo); b) quando dois ou mais juízes se considerarem incompetentes (conflito negativo); c) quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. 18. Os conflitos podem ocorrer entre (CLT, art. 803): Faculdade de Direito Prática de Processo do Trabalho a) Varas do Trabalho e juízes de Direito investidos na administração da Justiça do Trabalho; b) Tribunais Regionais do Trabalho; c) juízes e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Comum. 19. Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada (Súmula 420 do TST). O conflito poderá ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz (CPC, art. 116). Fica vedado à parte interessada suscitar conflitos de competência quando já houver oposto, na causa, exceção de incompetência (CLT, art. 806). 20. Os conflitos de competência serão resolvidos: a) pelos Tribunais Regionais do Trabalho, os suscitados entre Varas do Trabalho e juízes de Direito investidos na administração da Justiça do Trabalho, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões (CLT, art. 808, a); b) pelo Tribunal Superior do Trabalho, os suscitados entre Tribunais Regionais do Trabalho, ou entre Varas do Trabalho e juízes de Direito sujeitos à jurisdição de Tribunais Regionais diferentes (CLT, art. 808, b); c) pelo Superior Tribunal de Justiça, os suscitados entre Tribunal e juízes a ele não vinculados ou entre juízes vinculados a Tribunais diversos (CF, art. 105, I, d); d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal (CF, art. 102, I, o, e art. 808, d, da CLT). (TRT 15ª r. 2013) Nos conflitos de jurisdição estabelecidos entre Vara do Trabalho e Juízo de Direito com jurisdição trabalhista no mesmo Estado, entre Varas do Trabalho vinculadas a tribunais diversos e entre Vara do Trabalho e Vara Federal, são respectivamente competentes: a) o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Superior do Trabalho e o Supremo Tribunal Federal; b) o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal Regional do Trabalho prevento e o Superior Facilitadora: Bruna Fernandes Marcondes Professora da disciplina: Luciane Cardoso Barzotto Tribunal de Justiça; c) o Tribunal Regional do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho e o Supremo Tribunal Federal; d) o Tribunal Regional do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho e o Superior -Tribunal de Justiça; e) o Tribunal de Justiça do Estado, o Tribunal Superior do Trabalho e o Superior Tribunal de Justiça. 21. Procedimento do processamento e julgamento do Conflito de Competência está discriminado na CLT no artigo 809. Bem como no Código de Processo Civil (art. 119; CPC, art. 120; CPC, art. 122). 1.6. AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL OU PATRIMONIAL DECORRENTES DA RELAÇÃO DE TRABALHO 22. Dano moral e patrimonial decorrentes deofensas físicas ou verbais, discriminação, assédio sexual e moral. 23. Dano moral e patrimonial decorrente de acidente do trabalho (Súmula 392 do TST). 24. O ajuizamento de ação de reparação de danos morais pelos sucessores em decorrência de acidente do trabalho não altera a competência da Justiça Especializada (o que gerou o cancelamento da Súmula 366 do STJ, pelo julgamento do Conflito de Competência n. 7545 no STF). 1.7. AÇÕES RELATIVAS ÀS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS IMPOSTAS AOS EMPREGADORES PELOS ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO 25. Ações executivas das penalidades administrativas impostas aos empregadores pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como para as ações anulatórias ajuizadas pelas empresas em face de eventuais ilegalidades contidas no auto de infração ou nulidades no processo administrativo correspondente. 26. Não inclui penalidades criminais/penais (ADIn 3384/2007 STF) 1.8. EXECUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DECORRENTES DA SENTENÇA QUE PROFERIR Faculdade de Direito Prática de Processo do Trabalho 27. A execução das contribuições previdenciárias limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição (Súmula 368, I, do TST). 28. Não cabe à Justiça do Trabalho impor, ex officio, contribuição previdenciária relativamente à decisão que apenas declare a existência do vínculo de emprego, entendimento que convalida, integralmente, o teor da Súmula 368, I, do TST. (STF RE 569056/PA) (TRT 20ª Região) De acordo com o entendimento adotado pelo TST a respeito das contribuições previdenciárias, analise as proposições abaixo. I. A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. II. Em se tratando de descontos previdenciários, a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, será calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas em lei, observado o limite máximo do salário de contribuição. III. Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social, pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho. IV. Nos acordos homologados em juízo em que não haja o reconhecimento de vínculo empregatício, é devido o recolhimento da contribuição previdenciária, mediante a alíquota de 20% a cargo do tomador de serviços e de 11% por parte do prestador de serviços, na qualidade de contribuinte individual, sobre o valor total do acordo, respeitado o teto de contribuição. V. É devida a contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do acordo. Estão corretas as proposições a) II, III e IV, apenas. b) III, IV e V, apenas. c) I, II, III e IV, apenas d) I, III, IV e V, apenas. Facilitadora: Bruna Fernandes Marcondes Professora da disciplina: Luciane Cardoso Barzotto e) I, II, III, IV e V. 1.9. OUTRAS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DA RELAÇÃO DE TRABALHO 29. Qualquer outra controvérsia que a lei denote decorrer da relação de trabalho. 30. Conciliar e julgar os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice, bem como as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) (art. 652, a, III e V, da CLT). 31. Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não fornecimento das guias do seguro- desemprego (Súmula 389, I, do TST). (TRT 24ª R. 2012) A teor da redação do artigo 114 da CF/88 (compete à Justiça do Trabalho), na forma da Emenda Constitucional 45/2004, assinale a alternativa que NÃO está contemplada na competência da Justiça do Trabalho. a) as ações que envolvam o direito de greve. b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolva matéria sujeita a sua jurisdição. c) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. d) os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, sem qualquer ressalva. e) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar a) as ações que envolvam exercício do direito de greve. b) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Previdência Social). c) a execução de ofício das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, CF, e seus acréscimos legais decorrentes das sentenças que proferir e relativas ao período de vínculo empregatício reconhecido por sentença. d) as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta da União, dos Estados e do Distrito Federal. Faculdade de Direito Prática de Processo do Trabalho e) as ações sobre questões sindicais envolvendo sindicatos e trabalhadores e sindicatos e empregadores. (TRT 9ª Região – 2012) É proposta ação em face da empregadora por cônjuge e filho menor de empregado que veio a óbito em acidente de trânsito sofrido no trajeto de sua casa para o trabalho. O acidente foi causado por terceiro que, embriagado, cruzou via preferencial, atingindo a bicicleta da vítima. A petição inicial alegou que o acidente de trajeto se equipara ao acidente de trabalho, para efeito de responsabilidade do empregador. Na audiência de instrução processual, o preposto da ré, devidamente intimado, com a cominação de confissão em caso de ausência, não comparece para prestar depoimento. Encerrada a instrução sem qualquer outra prova, apresentadas razões finais e não havendo conciliação, o feito é submetido a julgamento. Assinale a alternativa correta, segundo a jurisprudência dominante a) A competência para julgar a matéria é da Justiça do Trabalho, visto que a causa de pedir é a alegação de acidente de trabalho. b) A competência não é da Justiça do Trabalho, pois o acidente foi causado por terceiro estranho à relação de emprego. c) O juízo deve acolher o pedido, em face da confissão ficta do réu, diante da ausência do preposto na audiência em que deveria depor. d) A Justiça Comum estadual é competente para julgar a demanda, uma vez que, em última análise, o objeto da lide é um acidente de trânsito. e) Compete à Justiça Comum estadual processar e julgar ação indenizatória proposta por viúva e filhos de empregado falecido em acidente de trabalho, pois o conflito intersubjetivo de interesses não se desenvolve entre empregado e empregador. 2. COMPETÊNCIA TERRITORIAL 32. A competência territorial será determinada pelo local da efetiva prestação dos serviços, ainda que o contrato de trabalho tenha sido celebrado em outro lugar ou no estrangeiro(CLT, art. 651, caput). Nas atividades de viajante comercial, ou figura jurídica semelhante, é: Facilitadora: Bruna Fernandes Marcondes Professora da disciplina: Luciane Cardoso Barzotto Competente qualquer filial; Na falta de filial será competente a Vara do domicílio do trabalhador ou a do local mais próximo a ele; Em se tratando de empregador que promova a realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Os dissídios trabalhistas ocorridos em agência ou filial no estrangeiro serão submetidos à competência territorial nacional, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. A relação jurídica será regida pelas leis vigentes no país da prestação de serviço e não por aquelas do local da contratação (Súmula 207 do TST). A ação eventualmente intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas (CPC, art. 90) (OAB-FGV 2012) Se um empregado é contratado em determinado lugar para prestar serviço em outra localidade, a eventual reclamação trabalhista a) deve ser ajuizada apenas no lugar da prestação dos serviços. b) poderá ser ajuizada no local da contratação ou da prestação dos serviços. c) deve ser ajuizada no lugar da contratação, somente. d) poderá ser ajuizada no local da prestação do serviço ou do domicílio do autor. Fernando, residente em Camaçari, foi contratado em Salvador para trabalhar na filial da empresa Ao Homem Elegante Comércio de Roupas Ltda. que fica em Feira de Santana. Considerando que a sede da empresa fica em São Paulo, de acordo com as regras sobre competência territorial previstas em lei, a competência para o ajuizamento de reclamação trabalhista por Fernando em face do ex-empregador é de uma das Varas do Trabalho de a) São Paulo. b) Feira de Santana. c) qualquer uma das localidades, à escolha de Fernando. d) Camaçari. e) Salvador. Faculdade de Direito Prática de Processo do Trabalho Analise as proposições quanto à competência territorial da Justiça do Trabalho, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho. I. A competência das Varas é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, salvo se contratado noutro local ou no estrangeiro. II. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado. III. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Vara da localidade em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima, se não houver agência ou filial a que o empregado esteja subordinado. IV. A competência das Varas do Trabalho estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. V. Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, o empregado deverá apresentar reclamação no local de execução de suas atividades. Estão corretas apenas as proposições: a) I, II e III. b) I, III e IV. c) II, III e IV. d) I, III e V. e) II, IV e V Bibliografia: Basile, César Reinaldo Offa. Processo do Trabalho: justiça do trabalho e dissídios trabalhistas 2ed. Vol 31. Editora Saraiva: São Paulo, 2013. Júnior, José Cairo. Curso de Direito Processual do Trabalho. 4ª ed. rev., ampl., atual. Editora JusPodivm: Bahia, 2011. Questões de concurso – Aprova Concursos
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