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Medicina Legal - Análise dos disparos

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Tema: Análise dos disparos [incidências do disparo – transfixantes e penetrantes quanto à entrada], trajeto [trajetória no corpo, falar sobre cavidades – tamanho do trajeto, velocidade do PAF, densidade do órgão, velocidade do som do ar – PAF de baixa velocidade, de alta velocidade], saída.
Breve introdução:
O problema da identificação do autor do tiro incriminado é sempre da máxima importância, quer para o investigador, quer para o juiz, em todos os casos de morte, ou lesões corporais decorrentes de impacto de projéteis de arma de fogo.
E isso se justifica na medida em que em que seja relevante estabelecer e provar de modo categórico a autoria material do(s) disparo(s) em consideração, seja para estabelecer com fundamento sólido o diferencial quanto à causa jurídica do fato delituoso (homicídio, suicídio ou acidente) ou para, no caso de ser o fato penalmente imputável a um agente, para apontar com segurança o responsável pelo mesmo.
Dessa forma, faz-se necessário o estudo dos disparos, bem como do trajeto do projétil.
Análise dos disparos:
Ao ser produzido um tiro, os resíduos projetados para fora da arma saem pela boca do cano, juntamente com o projétil, pela parte anterior das câmaras, entre o tambor e o cano, e pela parte posterior das câmeras, entre a região posterior do tambor e a culatra, nos revólveres.
Geralmente o projétil encontra-se no corpo da vítima ou no local do crime, sendo mais frequente o primeiro caso. Em qualquer das hipóteses, o perito balístico irá examinar o projétil, verificando seu peso, formato, comprimento, diâmetro, composição, calibre, raiamento, estriações laterais finas e deformações.
O calibre da arma serve para demonstrar a medida do cano, a raiação indica o tipo de arma e a estriação lateral fina individualiza a arma. O perito ao estudar o raiamento deverá observar a sua correspondência com a arma suspeita, mencionando o seu número, a sua largura, o seu aspecto se estas são dextroversas ou sinistroversas, ou seja, se são obliquamente dirigidas para a direita ou para a esquerda.
Entretanto, a individualização da arma só ocorre com o estudo das estriações laterais finas e das deformações ocasionadas no projétil. A estriação lateral fina é produzida pelas saliências e reentrâncias que a alma do cano apresenta e passíveis de serem moldadas nas faces laterais do projétil, ao passar este forçado pelo interior do cano onde receberá também as raia.
As características das lesões produzidas por armas de fogo dependem sempre de dois fatores: a arma e a munição (cartucho).
Dentro da Balística dos Efeitos, o estudo da distância do tiro e dos seus efeitos tem um destaque especial, pois através do estudo dos efeitos do tiro, pesquisáveis juntos às lesões, pode-se estabelecer, em muitos casos, a que distância foi disparado um determinado tiro. (TOCCHETTO, 2009)
Os tiros classificam em encostados, a curta distância e a distância, cada um com suas particularidades. Nos tiros encostados as lesões se apresentam com bordas irregulares, estreladas. Pode estar presente um desenho na pele produzido pela queimadura da boca do cano e da alça da mira da arma.
Nos tiros a curta distância as lesões se apresentam de forma arredondada ou ovalar, bordas invertidas, zonas de contusão e enxugo aréola equimótica, e ainda as zonas de queimadura, tatuagem e esfumaçamento.
Já nos tiros a distância a sua forma pode ser arredondada, ovalar ou elíptica, as bordas da ferida apresentam irregulares ou invertidas e ainda zonas de contusão, enxugo e aréola equimótica.
A direção do tiro:
A direção do tiro em relação ao corpo da vítima será indicada por duas ordens de elementos; as características do orifício de entrada e a direção do trajeto da lesão.
Na perícia para determinação da direção do tiro também é necessária a experimentação com a mesma arma e munição, tomando-se as mesmas precauções ditas com relação à distância do tiro. Deve-se lembrar que a inclinação do corpo mantida a mesma linha de visão da arma faz variar o trajeto do projétil.
O incidente, o acidente de tiro e o tiro acidental:
Quando ocorre uma morte em por causa de um tiro, é muito comum que os órgãos de imprensa, antes da realização da perícia, informem que a morte ocorreu em conseqüência de um acidente de tiro ou de um tiro acidental.
A conceituação e caracterização de incidente de tiro, acidente de tiro e tiro acidental se reveste de importância especial em casos de morte ou lesão corporal.
O incidente de tiro ocorre quando se produz uma interrupção dos tiros sem danos materiais e/ou pessoais, por motivo independente da vontade do atirador. Na maioria dos casos, resolve-se o problema de um incidente de tiro corrigindo a causa que lhe deu origem, após sua identificação.
Entretanto há situações em que o incidente de tiro tem de ser investigado, por exemplo, na situação em que um policial, ao efetuar uma diligência necessita atirar contra um delinquente para detê-lo ou em legítima defesa, ao ser atacado, e ocorre um incidente de tiro ao ser atacado e ocorre um incidente de tiro com a sua arma, impedindo a produção de tiros.
Em consequência do incidente de tiro, o delinquente pode conseguir atirar no policial, matando-o ou ferindo-o. Nessas circunstâncias, é importante que se examine a arma do policial, para verificar qual a causa do incidente caso seja possível determiná-la.
O acidente de tiro ocorre quando se produz uma interrupção dos tiros com danos de qualquer natureza, materiais e/ou pessoais. As causas do acidente de tiro são muito variadas e dependem de fatores como a origem da arma, a munição etc.
Quando a arma é fabricada com material inadequado ou quando o mesmo não sofreu a têmpera necessária para suportar a pressão produzida pelo cartucho para ela especificado, por ocasião do tiro, a responsabilidade será do fabricante da arma. Assim, o fabricante deve sempre indicar, no cano ou em outro local da arma, por meio de gravações, qual é o cartucho que deve ser usado corretamente na arma.
Em casos de morte ou de lesão corporal grave, em que o agente vulnerante tenha seu projétil expelido por arma de fogo, ocorre com alguma frequência a alegação de que a arma disparou acidentalmente, procurando-se, com isso, desvincular o fato de qualquer ideia de dolo ou culpa.
É necessário estabelecer a diferença entre disparo acidental e tiro acidental, pois disparar é colocar o mecanismo de disparo da arma em movimento. E, para que um disparo acidental produza um tiro acidental, é necessário que ocorra a detonação e deflagração de um cartucho e a projeção de um projétil através do cano da arma, sendo que nem todo disparo dá origem a um tiro, mas todo tiro é precedido do disparo do mecanismo da arma.
Daí o tiro acidental ser todo tiro que se produz em circunstâncias anormais, sem o acionamento regular do mecanismo de disparo, devido a defeitos ou falta do mecanismo de segurança da arma.
Esclareça-se que o tiro acidental na conceituação criminalística, que é a única aceitável em Balística Forense, corresponde àquele disparo eficaz produzido por uma arma, a qual não teve como causa determinante o acionamento normal, intencional ou não, do mecanismo de disparo da mesma.
Diferenciação entre suicídio, homicídio e acidente:
Designa-se como maneira da morte o modo ou a forma através da qual agiu o agente responsável pela causa da morte, sendo que a importância do seu estudo é indiscutível, justamente porquanto implique na interpretação jurídica da causa da morte.
Com efeito, distingue-se assim entre a morte natural, quando esta é determinada, por uma doença, e a morte violenta ou não natural, toda vez que a sua causa seja um traumatismo ou uma lesão, de origem homicida, suicida ou, mesmo, acidental.
Esta diferenciação é de extrema importância uma vez que se a morte for natural não haverá responsabilidades criminais ou civis a apurar, mas acaso a morte seja violenta, incluindo-se até os óbitos decorrentes de eventos infortunísticos, tais como, por exemplo, os acidentes do trabalho, resulta clara a necessidadede esclarecer as circunstâncias em que a mesma aconteceu, principalmente, pelas implicações jurídicas, tanto no campo cível, quanto no âmbito da legislação acidentária própria.
Contudo, os casos que mais conclamam a atenção do médico legista são aqueles em que a morte pode ter sido ocasionada pela própria vítima, em função de suicídio, suicídios a dois e homicídios-suicídios, ou aqueles outros em que a morte é o resultado da ação de outra pessoa sobre a vítima, ou seja, os homicídios, nas suas diversas modalidades.
Nestas situações, torna-se importante efetuar um preciso diagnóstico diferencial, de modo a estabelecer o verdadeiro nexo de causalidade entre as ações e os resultados. É neste momento, que se interrelacionam e se entrelaçam às múltiplas informações que se colhem e os dados semiológicos que se apuram, quer no local, quer sobre a própria vítima.
Tudo é importante, desde os antecedentes criminais, a investigação policial, o levantamento do local e do cadáver e o exame necroscópico.
Mas, também, tudo deverá ser analisado em conjunto, de modo a avaliar a verossimilhança dos dados, a coerência dos resultados e a consistência das conclusões.
Desta forma, após uma explanação geral da temática da Balística Forense, passa-se à especificação do propósito deste trabalho.
Balística dos efeitos:
 A balística dos efeitos ou balística do ferimento, manifesta-se sobre os efeitos produzidos pelo projétil disparado, incluindo, entre outros, os ricochetes, os impactos e as lesões e danos sofridos pelos corpos atingidos, sejam eles animados ou inanimados.
No que tange à identificação das armas de fogo, esta pode ser direta ou indireta. É direta quando a identificação é feita na própria arma. E indireta quando feita através de estudo comparativo de características deixadas pela arma nos elementos de sua munição.
Na identificação direta, levam-se em conta os chamados de qualificação, representados pelo conjunto de caracteres físicos constantes de seus registros e documentos, como tipo da arma, calibre, número de série, fabricante, escudos e brasões etc.
Na identificação indireta, usam-se métodos comparativos macro e microscópicos nas deformações verificadas nos elementos da munição da arma questionada ou suspeita. Dentre eles, o mais importante é o projétil, quando se trata de arma de fogo raiada. Já nas armas de alma lisa, a identificação indireta é feita nas deformações impressas no estojo e suas espoletas ou cápsulas de espoletamento. 
Portanto, restou evidente que é possível estabelecer-se uma interligação entre a arma de um crime e o mesmo através de elementos sutis que possam ser encontrados na cena do crime e bem analisados por um profissional competente.
Análise do disparo – incidência - transfixantes e penetrantes quanto à entrada:
No estudo da lesão é muito importante determinar a incidência do disparo: de baixo para cima, de cima para baixo, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, de diante para trás, de trás para diante, horizontal, oblíquo e vertical.
No estudo da lesão, um fator importante é a formação do túnel permanente que determina o trajeto do Projétil de Arma de Fogo (PAF) no corpo. Podem ser transfixantes, que de maneira genérica, apresentam entrada, trajeto e saída; e penetrantes, que apresentam apenas a entrada e o trajeto. Os cavitários afetam as cavidades corporais, e os sedenhos não afetam as cavidades.
Trajeto:
Nesse passo, é importante destacar uma diferenciação importante sobre os conceitos de Trajetória e Trajeto, promovido por Delton Croce e Delton Croce Jr. Segundo eles, “Trajetória é o caminho descrito pelo projétil desde seu ponto de disparo até percutir o alvo. Trajeto é o percurso seguido pelo projétil dentro do alvo”. 
O trajeto pode ser aberto e fechado. É dito como aberto quando tem orifício de saída e o projétil não é encontrado no organismo; e fechado ou em fundo cego ou fundo de saco quando termina em cavidade fechada, sendo a bala encontrada geralmente na extremidade final, no meio de tecidos mortificados e cercada de foco hemorrágico. 
Quando há orifícios de entrada e de saída, é possível estudar o percurso do projétil no organismo. Em situações simples, unindo-se os orifícios de entrada e de saída temos a direção e o percurso do projétil. Entretanto, nem sempre é assim tão fácil, uma vez que o trajeto nem sempre se faz em linha reta e assume os mais variados itinerários (chamados fenômenos da bala giratória), não sendo rara a introdução de projétil nas cavidades naturais (estômago, intestinos) ou no interior de vasos calibrosos (como a aorta), impondo exames radiológicos para sua detecção. O trajeto quando retilíneo possui diâmetro igual ao do projétil. Entretanto, terá o diâmetro maior e tortuoso quando o projétil se deformar ou arrastar consigo corpos estranhos (fragmentos de buchas, dentes, pele, etc.) no seu percurso. O trajeto de um projétil, para estes doutrinadores é “... simples, ou seja, uma linha reta entre os orifícios de entrada e de saída, ou ter desvio angular, de retorno e de contorno, ou ainda ser ramificado ou múltiplo, quando há fragmentação de projétil e/ou de corpos estranhos alheios à munição dentro do organismo.” 
O trajeto pode ser único ou múltiplo. Será único quando produzido por um único projétil; e múltiplo quando o agente perfuro-contundente forem projéteis múltiplos. Pode ocorrer, entretanto, de ser único no início e se transformar em múltiplo pela ação de corpos estranhos fragmentados. A formação de projéteis secundários (múltiplos), o carreamento de tecidos trazidos pelo projétil e a diminuição da força viva do mesmo, faz com que o trajeto se expanda em amplitude, comparativamente às suas proporções iniciais. Os tecidos marginais do trajeto apresentam-se infiltrados de sangue, dadas as lesões que sofrem pela ação do projétil, o qual também invadirá a própria luz do trajeto, envolto com outros elementos. 
O projétil ao ser retirado do organismo humano não pode ter suas características modificadas, uma vez que são estas que auxiliam na identificação da arma utilizada no disparo. Sendo assim, em sua retirada não se pode utilizar instrumentos metálicos e nem rastreá-lo com sonda feita de metal, evitando desta forma qualquer alteração da sua forma, o que falsearia os exames de balística.
Velocidade do disparo:
Nas armas de fogo, o projétil é disparado pela queima do gás que normalmente é pólvora. Quanto maior a quantidade de gás, maior a força do projétil. 
O projétil normalmente é de chumbo, que fica no estojo, local que contém a pólvora. O projétil é colocado tampando o estojo. Para queimar a pólvora, coloca-se um espoleta na base da bala. Na hora que a espoleta recebe pressão, ela solta uma faísca, dai a pólvora vai liberando gás até o momento que a pressão fica tão grande que é expelida. 
O cano da arma serve para direcionar o projétil em direção ao alvo. O projétil deve passar bem justo com o cano, sem espaço. Por isso que se usa chumbo, que é mais mole, dai pode sofrer deformações ainda dentro do cano, não deixando escapar gases. Saindo do cano, não há mais aceleração, sendo a velocidade máxima do projétil na boca da arma. Dai pra frente ele sofre desaceleração com o ar.
 O cartucho nada mais é do que o conjunto formado pelo estojo, projétil, pólvora e pela cápsula de espoletamento (espoleta).O cão é o que bate na espoleta. Na ponta do cão fica o percussor. Arma carregada é a que tem uma bala pronta para ser disparada. Arma alimentada é a que tem balas no carregador. O nome pistola vem de pistão, já que o cano da arma parece um pistão ao ser acionada ejetando a cápsula.
 O fabricante para otimizar a carga de gás, aumenta o tamanho do cano, que empurra o gás mais tempo, ganhando mais velocidade e alcance. O problema é que o atrito com o cano é maior, dai se aumenta o estojo para caber mais pólvora dentro dele. O lance também é que o atrito com o cano, poderia deformar demais o chumbo, dai ele blindou o núcleo de chumbo comum a jaqueta de metal, que tem a função de diminuir oatrito da arma com o núcleo de chumbo. Metralhadora é construída para dar rajada, o sub-metralhadora é feita paradar tiro intermitente, mas pode dar rajada. Pressão é igual a forca sobre superfície. P = F/S
Energia cinética é igual a massa vezes a velocidade ao quadrado, sobre dois.EC = mV²/2
Projétil de baixa velocidade é aquele que viaja abaixo da velocidade do som (340m/s=mach1). Quando viaja acima de mach 2, é de alta velocidade. Entre mach 1 e 2,média velocidade. A velocidade é importante para saber a energia cinética. O projétil com mais velocidade transfere mais energia que o lento, nas mesmas condições, causando lesões muito mais graves. A lesão depende muito mais da velocidade do que do peso do projétil, já que ele pode transferir mais energia, causando mais lesões.
Quando aumentar a massa, aumenta o coeficiente, um tiro mais pesado entra mais que o mais leve. A ponta é fundamental porque, quanto mais pontudo o projétil, mais ele penetra. Quanto mais bicuda a ponta, diminui o fato de ponta, aumentando o coeficiente balístico. 
O último elemento é o calibre, que é o diâmetro do projétil. Quanto mais grosso foi o projétil, maior o calibre, mais difícil para ele entrar. Mais fino, menor o calibre, ele entra mais. Quanto mais grosso e maior fator de ponta, mais energia é liberada na hora que se choca com o corpo, mas ela penetra menos. O objetivo do projétil é transferir a energia que ele tem ao alvo. Se o alvo éde baixa densidade, macio, elástico, que não opõe grande resistência ao PAF(projétil de arma de fogo), ele vai atravessar. O ferimento quem tem entrada e saída, ele é chamado de transfixante. Ele sai do corpo levando ainda energia, não transferindo toda sua energia. Já se o PAF atinge alvo de alta densidade, duro, rígido, o alvo vai opor grande resistência ao PAF, que tem entrada, trajeto e saída.
Saída do Projétil:
O orifício de saída só se apresenta nas lesões transfixantes, ou seja, nos casos de trajeto fechado esse não se verificará. 
Segundo FÁVERO (1991: 304): “o orifício de saída é produzido pelo projétil propriamente dito, isoladamente ou reforçado por corpos outros que a ele se juntarem no decorrer do trajeto (vestes, botões, ossos, dentes)”. O orifício de saída possui algumas características que o difere do orifício de entrada, são elas: 1°) é geralmente maior que o orifício de entrada; 2°) tem o aspecto de fenda, quando o projétil não sofre deformação, ou forma irregular, quando este deforma-se ou arrasta consigo alguns fragmentos, apresentando as bordas evertidas (viradas para fora); 3°) não apresenta orlas e nem zonas de contorno, salvo a aréola equimótica; 4°) apresenta maior sangramento. 
Essa diferença entre o orifício de saída e o orifício de entrada ocorre porque ao tempo de saída o projétil além de apresentar menor energia cinética, perde as impurezas no percurso ao passo que adquire material orgânico, tendo, assim, maior capacidade dilacerante do que perfurante e uma eventual mudança de direção. A diferenciação entre ambos os orifícios é de fundamental importância para o estudo da natureza jurídica do evento, pois esta diferenciação é que fornecerá os subsídios para o estudo da direção do disparo, entre outras coisas.

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