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3 - Robortella - Segundo Grau

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cJificulrJade 'que ml;litos 
alw?f?s fjJncQnttam no estudo da Ffsica aoveri?\ 
db fqto de $61 d~r pOiJIqa import{mci~ ao , ' 
-+ entendimento dlDs fen6menos rfsicos, ao L .. 
inestno tempo em que a Matematica re:cebe 
exagerada ~alorizF/(,;ao. £sta :obra sedistingue. 
justamente {Dorrawesentar um perfeito ". 
equilibria entre a Ffsica e q MatemMica 
aplicada, aliando ainda a rigor aient/fico q uma 
linguege'm clara e concisa. Dessa hianeiia, 8: . 
Ffsica deixa de ser uma disciplina . J 
problematica, para se tamar um e~tudo 
ver:dadeiramente apaixonante. 
Estamos certos de que 0 estudo da Eletricidade a partir da 
Eletrodinamica permite ao aluno um melhor desenvolvimento 
da sensibilidade para com os fenomenos eletricos. Assim, esse 
aspecto e par nos refon;:ado atraves do carater essencialmente 
pratico adotado. 
• Em	 Eletrostatica, os principais tipos de eletriza<;:ao iniciam 0 
estudo, construindo a base para a analise da intera<;:ao entre 
pontos materiais eletrizados e do campo eletrico por eles 
criado. 
A seguir, parte-se para 0 estudo das grande'zas escalares as­
sociadas ao campo eletrico - potencial eletrico, ddp e traba­
Iho das for<;:as eletricas. 
o estudo do campo eletrico uniforme, dos condutores em 
equilfurio e dos capacitores finaliza este assunto. 
• As	 no<;:6es basicas de magnetismo e 0 estudo do campo 
magnetico criado por imas e por correntes eletricas dao inicio 
a terceira parte deste Iivro: 0 Eletromagnetismo. 
Em seguida, e analisada a for<;:a magnetica que age sobre 
particulas eletrizadas em movimento no interior do campo 
magnetico. 
Finalmente, 0 estudo de Eletricidade e encerrado com a 
apresenta<;:ao do fenomeno da indu<;:ao eletromagnetica. 
• A parte final de nosso curso - Oscila~8es e Ondas - e ini­
ciada pelas analises cinematica e dinamica do movimento 
harmonico simples. 
Em seguida, analisa-se a propaga<;:ao ondulatoria em duas 
etapas: atraves dos aspectos gerais da propaga<;:ao das ondas 
e atraves dos fenomenos ondulatorios - reflexao, refra<;:ao, 
difra<;:ao, interferencia. 
Encerrando, damos enfase ao estudo da Acu.stica - atraves 
da analise da propaga<;:ao dos sons, das cordas sonoras, dos 
tubos sonoros, do fenomeno da ressonancia e do efeito Dop­
pler -, que traz um complemento sobre ondas eletro­
magneticas. 
indice 
PARTE I ELETRODINAMICA 
Capitulo 
Capitulo 
Capitulo 
Capitulo 
Capitulo 
Capitulo 
Capitulo 
Capitulo 
Capitulo 
1-: Conceitos fundamentais 
2 - Corrente eletrica 
~ Elementos associados a corrente eletrica 
4---:::"" Lei de Ohm 
s----::::: Associa<;ao de J:~.sis.tm:es 
&-::::... Potencia eletrica 
7 - Estudo dos ~radores 
8 - Estudo dos receptores 
9 - Instrumento;=de medida 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
00 .. 
8 
25 
39 
57 
72 
96 
113 
139 
155 
PARTE II ELETROSTATICA 
Cap~tulo 107 Funda~entos da Eletrostatic~ : : 
Capitulo 11 --;- Intera<;ao entre pontos matenals eletnzados 
Capitulo 12/- ~ampo eletrico devido a pontos materiais eletrizados 
Capitulo 13 - PotencjaJ.gletrico 
Capitulo 14 - Campo e1ejrico uniforme 
Capitulo 15 - Estudo (1"e urn ~ondutor em equillbrio 
Capitulo 16 - Capacitores 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
. 
171 
190 
203 
225 
253 
263 
280 
PARTE III ELETROMAGNETISMO 
Capitulo 1r::- No<;6es de magnetismo . 
Capitulo 18 - Estudo do campo magnetico criado por correntes eletricas . 
Capitulo 19 - For<;a magnetica .. 
Capitulo 20 - Indu<;ao eletromagnetica . 
297 
310 
328 
346 
PARTE IV OSCILA<;OES E ONDAS 
,1 Capitulo 21 - Movimento harmonico simples 
Capitulo 22 - Introdu<;ao as ondas 
Capitulo 23 - Fenomenos ondulat6rios 
Capitulo 24 - Acustica: 0 estudo do som 00 
.. 
. 
. 
.. 
361 
399 
426 
454 
SIGNIFICADO DAS SIGLAS 
Acafe-SC - Associar;ao Catarinense de Fundar;oes Educacionais ao Ensino Superior
 
Cescea-SP - Centro de Seler;ao de Candidatos das Escolas de Economia e Administrar;ao (Sao Paulo)
 
Cesesp-PE - Centro de Estudos Superiores do Estado de Pernambuco
 
Cesgranrio-RJ - Centro de Seler;ao de Candidatos ao Ensino Superior do Grande Rio (Rio -de Janeiro)
 
CTA-SP - Centro Tecnico de AeronauHca ~ Computar;ao (Sao Paulo)
 
EEM-SP - Escola de Engenharia Maua (Sao Paulo)
 
Epusp-SP - Escola Politecnica da Universidade de Sao Paulo
 
Fatec-SP - Faculdade de Tecnologia de Sao Paulo
 
FEEQ-CE - Fundar;ao EducaClonal Edson de Queiroz (Ceara)
 
FEI-SP - Faculdade de Engenharia Industrial (Sao Paulo)
 PARTE I FESP-SP - Faculdade de Engenharia de Sao Paulo
 
FFALM-PR - Fundar;ao Faculdade de Agronomia Lulz Meneghel (Parana)
 
FFCL-lJSP - FacuJdade de Filosofia, Ciencias e Letras da Universidade de Sao Paulo
 
FGV-SP - Fundar;ao Gett1lio Vargas (Sao Paulo)
 
FMUSP-SP - Faculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo
 
FUABC-SP - Fundar;ao Universitaria do ABC (Sao Paulo)
 IE IE1r~@rIDTI~AlooTI rJ:;&
Fuvest-SP - Fundar;ao Universitaria para 0 Vestibular (Sao Paulo)
 
IMES-SP - Instituto Metodista de Ensino Superior (Sao Paulo)
 
ITA-SP - Instituto Tecnol6gico de Aeronautica (Sao Paulo)
 
MACK-SP - Universidade Mackenzie (Sao Paulo)
 
Mapofei-SP - Maua-Politecnica-FEI (Sao Paulo)
 
OMEC-SP - Organizar;ao Mogiana de Educar;ao e Cultura (Sao Paulo)
 
OSEC-SP - Organizar;ao Santamarense de Educar;ao e Cultura (Sao Paulo)
 
PUCC - Pontifkia Universidade Cat6lica de Campinas (Sao Paulo)
 
PUC-RS - Pontiflcia Universidade Cat61ica do Rio Grande do Sui
 
. PUC-SP - Pontifkia Universidade Cat61ica de Sao Paulo 
Santa Casa-SP - Faculdade de Ciencias Medicas da Santa Casa de Sao Paulo 
UC-BA - Universidade Cat6lica da Bahia 
UC-PR - Unlversidade Cat6lica do Parana 
UECE - Universidade Estadual do Ceara 
UFAL - Universidade Federal de Alagoas 
UFBA - Universidade Federal da Bahia 
UFCE - Universidade Federal do Ceara 
UFES - Universidade Federal do Espirito Santo 
UFGO - Universidade Federal de Goias 
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais 
UFPA - Universidade Federal do Para 
UFPE - Universidade Federal de Pernambuco 
UFPR - Universidade Federal do Parana 
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro 
UFRS - Universidade Federal do Rio Grande do Sui 
. UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina 
UnB - Universidade de Brasilia (Distrito Federal) 
Observe que todos esses exemplos tem uma coisa em comum: a presenc;a da 
eletricidade. ~CCm[p)fil1rnil@ 11 ~lisarmos,por exemplo, os aparelhos que nos cercam em casa ou no es­
As origens dos estudos eletricos, 0 aspecto interior da materia, a 
propriedade biisica que caracteriza os jenomenos eletricos, e os 
condutores e isolantes eletricos constituem a base deste capitulo. 
Conceitos
 
fundaDlentais
 
1. Introdw;ao 2. Historico 3. Estrutura simplijicada da materia 4. Carga eletrica 5. Quantidade 
de carga 6. Condutores e isolantes 7. Divisao didiitica da Eletricidade • Questoes resolvi­
das • Questoes propostas • Projeto experimental • Questoes complementares 
I 
, 
I 
I 
I. 
1. INTRODUc;AO 
Em nosso dia-a-dia, sao freqilentes acontecimentos como estes: 
•	 Uma partida de futebol e transmitida ao vivo, pela televisao, para telespectadores 
de diversas localidades. 
• 0	 ultimo lanc;amento da musica popular brasileira e divulgad~, atraves do radio, 
para todo 0 territorio nacional. 
• Escadas rolantes transportam diariamente milhares de passageiros que utilizam 0 
metro. 
• Um elevador interliga com rapidez varios andares de importantes edificios comer­
ciais. 
• Ruas e avenidas se iluminam quase que instantaneamente ao escurecer. 
~ 
Ii: 
U 
i 
Vi 
r 
critorio, veremos que convivemos com a eletricidade permanentemente, benefician­
.do-nos com seus efeitos: ela nos aquece quando sentimos frio enos refresca quando 
sentimos calor; ela lava, seca e passa nossa roupa; permite que tomemos conheci­
mento das noticias tao logo os fatosocorram; diverte-nos atraves da televisao e possi­
bilita uma incrivel rapidez em calculos matematicos e uma enorme capacidade de ar­
mazenamento de dados. 
Enfim, e quase infinito 0 numero de coisas que ela pode fazer pelo homem. 
Voce ja imaginou 0 que aconreceria se, por algum tempo, a eletricidade de sua re­
giao desaparecesse misteriosamente? Voce teria uma boa ideia de como era a vida no fi­
nal do seculo XIX: a luz fornecida por velas, os transportes puxados por animais, as 
noticias recebidas com atraso de muitos dias, os alimentos perecendo por falta de meios 
de conservac;ao eficientes, os tecidos sendo confeccionados e lavados a mao, etc. 
2. HISTORICO 
--;::­ ~kAn;'ZQw\) 
I, 1'\7l'\ 0..4\,\"+0, -+ 
~' 
~·l-
• "",S'O< - __.-e;­ ~- ~ J:J ---~~ ..-/~.-#~ "' ­,.. --- - ~ CJ~l70- , 
...e "~r._/--:'"~......-: ~~ o~ o~gC)g9:C)Q~-<~ ~. --~~~~~. 
Nada de novo foi acrescentado adescoberta de Tales de Mileto durante mais de 
2 000 anos. 
Mas, em 1600, na cidade de Londres, ~t,medico da familia real 
inglesa, retomou a descoberta de Tales de Mileto e pesquisou outras substancias que, 
atritadas, podiam atrair gequenas particulas. 
Assim, em seu livro De Magnete, e pela primeira vez na historia, foram usadas 
as palavras eletricidade* * e eletriza~ao* * para se referir a esse estranho fenomeno. 
-=-., 
• ~r e urn solido lranslGcido, de cor amarelada ou castanha, obtido alraves da fossiliza~ao da seiva 
de algumas arvores . 
•• Termos derivados da palavra grega elektron (ambar amarelo). 
8 Parte I: Eletrodindmica CapItulo 1: Conceitos jundamentais 9 
--- ­
'-... ­
"Y}"IQI\J- hQhl1ao J 
I \ c, \ I Ii ~ 1II1I1 
I!I;I:/I 
'I, I 
::11,1 
:1,; 
A fim de criar uma classifica~ao das subst2lncias que tem a propriedade de se ele­
trizar, Gilbert inventou ~EJ!..r:Q.e~~~~o. 
c'''> Esse 2J2arelhQ era constitufdo por uma vareta suspensa, que podia oscilar livre­
mente. Gilbert friccionava um objeto e 0 colocava proximo de uma das extremidades 
da vareta para ver se ela era ou nao atraida pelo objeto. 
Sessenta anos mais tarde, em
 
Magdeburgo (Alemanha). 0 burgo­
mestre (titulo semelhante ao de pre­
feito) .~ vs;m Guericke inventou a
 
':!:Qa..9~!n~~e~!!<?~!~~a", que con~- ~~
 
tava de uma esfera de enxofre do
 
iamanho de uma bola de b"q~~ete­
bol. e que podia girar em torno_do
 
se~ eixo gra~asJI acao de uma t:J1a­
niveia. Enquanto a bola girava, von
 
'Guerick;-~tritaw-a com uma luva,
 
deix~ndo~1etrizaaa. Descobriu,;(
 
~£:" que a eletricidadeI>Odia
 
Dassar'deUm'o6fet~araoUtro,
\...' ~.,--,----,--,----,- .....~~ 
Dois, ao encostar uma IOma de me­~'---"'----'~~~ 
tal em sua maauma, nmou que 'ia~b~m~hca-va--e'mcon­
d;c6'eS'd~)Joaerarrarr~es.
 
..'\........-'---~~-------­
Em 1729, 0 cientista ingles ~e.Rh%n Gra~ C~1Juiu, pela primeira vez, fazer 
~~m que a elet~icidad~ fosse condyzida de _um_pol]to a outro, atraves de um4!£' 
rnetillic.o. de aproximadamente 290 metros de comprimento. 
'--Em 1744, na Universidade de Leyden (Holanda), foi inventado urn aparelho 
denominado Garrafa de Leyden. que, aco.Qlada amaguina eletrostatica de von Gue­
:iC~~~~~. 
Ao estudar 0 funcionamento
 
de uma Garrafa de Leyden, 0 nor­
te-americano Benjamin Franklin re­
solveu utiliza-Ia para verificar se ha­
via eletricidade num relamp~o. As­
sim, construiu uma piPa(ou papa­
gaio) de seda, empinou-a antes de
 
uma tempestade com 0 auxilio de
 
urn fio e prendeu a extremidade li­
vre desse fio na Garrafa de Leyden.
 
Verificou, entao, que, lli..o~
 
relamR.9g9_L$J!.rgit~_Garrafade
 
L,?yd~.nsg.c:a.n~g.,QU.
 
~~gl!!Z 
as faiscas surgidas numa tempesta­
~~e, ,,--,",,---.~..-~ 
~~~~~n~..L1~ri­
n.:!~~ic_~Q..8~a 
~letricidade: o':.-.£p..azr;;a..:-r,;a;;:io:=.:::s. ~ :j;­
i 
I:
 
I, 
Mas, se Franklin so pode derTlOnstrar que 0 relampago e uma forma de eletrici­
dade apos muitos estl,ldos, 0 mesmo nao aconteceu com LL!igi GalvaQL professor de 
Anatomia da Universidade de Bolonha, Italia. Galvani descobriu, por acaso, que, 
quando as pernas de uma ra, que se achava sobre uma placa metalica, eram tocadas 
com urn bisturi, sofriam uma contra~ao. Entretanto, nao conseguiu descobrir por que 
isso acontecia. 
Coube a Alessandro Volta (professor de Fisica da Universidade de Pavia, Italia) 
explicar 0 fenomeno, em prindpios do seculo XIX: a eletricidade observada era de 
qrigem guimica. Uma reacao quimica se prodl,l~guandOCiOismltlgis difer!L~ (bisturi 
e placa, no caso) ficaJJ.Le_m_~..Qntato com .l,l.!!la solucao acid? Para 0 caso das pernas 
das ras, essa solu~ao acida existe no proprio tecido do animal. I'm caus~e~ 
r!i@~~o.-9uimica, origlniJ,=..se uma ~Qrre?te~,C..£.\!.?~9_<;'9n!I.Cl~~~nas 
Q.£...!:a.. 
~ 
I 
... 
Assim como Volta provou que de uma r~a~ao guimica podia produzir ~Ietricida­
.J!.~, 0 jovem Humphrey Davy, <lPos m0tos estudos, !Dostrou-3ue a ~Ietricidade podia 
dar origem a uma reg,c;:ao guimica. 0 metodo utilizado por Davy passou a ser conFle­
~mo eletr6lise, usad~almenteem larga escala nas industrias. 
A eletr~me~ou, entao, a melhorar as condi~6es de vida do homem: Sa­
muel Morse inventou 0 telegrafo em 1844, Alexander Graham Bell inventou 0 telerc;-­
.!le em 1876 e, nesta mesma epoca, Thom~s Edison ~ a primt;l.!:fL@mpada 
eletrica. 
10 Parte/: Efetrodinamica 
Capitulo 1: Concei/os jundamentais 11 
Assim, de invento em invento, 0 homem atingiu 0 estagio atual, gerando os mais 
incriveis aparelhos eletronicos, tais como rel6gios sofisticadissimos, aparelhos de 
video-cassete, calculadoras cientificas, computadores domesticos, jogos eletronicos, 
emissores de raio laser, etc. 
E, certamente, essa evolw;ao nao estaciona aqui, pois ainda ha um vasto campo 
a ser explorado. 
~ 
Ii: 
U 
.9 
~ 
Vi 
®ESTRUTURA SIMPLIFICADA DA MATERIA 
Vamos fazer uma breve analise microsc6pica cia materia: 
A materia e constituida por partkulas de reduzidas dimensoes, denominadas 
atomo~tomos, or sua vez, t;~s~"U>Qr.di~~s partkulas - as 
p"aiticulaS elementares -, entre-~s-qu';~;-e destacam os protons, os el~trons e os 
n~utro'ns~ p~mvida estavel e possuirem interessantes propriedades~ 
as protons e os neutrons possuem massa relativamente ele.>!ada e se localizam 
numa regia'; central ~o, conhecid'a como nucleo atomico. 
as .eletr.o~s possuem~ssa despreziv_el ,.g'y~~o_ cO~RY~<ia~os 
protons e neutrons, e giram em orbitas, ao redor do nucleo, cQnstituindo a coroa 
,"'""""~_. 
atomica. 
t
' Como 0 diametro do nucleo atomico e da ordem de 10 - 14 m, enquanto 0 
diametro do atomo e da ordem de 10 - 10 m, somos levados a conceber 0 atomo co­
mo sendo u~uenissimonucleo, onde quase toda sua massa esta localizada, ro­
deado por eletrons que se distribuem num enorme vazio. 
• Alem de protons, eletrons e neutrons, 0 atomo apresenta em sua constitui<;ao 0 ~trJllQ, Q..p'ositron, 0 
meson pi, a particula sigma, etc. Entretanto, como tais particulas nao tern relevancia para 0 estudo que 
'pretendemos realizar, nao serao consideradas. 
Num atomo normal, verifica-se que 0 numero de protons situados no nucleo e 
igual ao numero de eletrons da coroa. Mas, as vezes, atraves de processos fisicos ou 
quimicos, ocorre que 0 numero de eletrons se torna diferente do numero de 
protons. Neste caso, 0 atomo passa a ser denominado i~ 
4. CARGA ELETRICA 
Vimos, no primeiro item deste capitulo, que certos corpos, quando atritados, 
possuem a propriedade de atrair corpos leves. Gilbert se referiu a esse tipo de 
fenomeno com 0 termo rlittti~ao. 
Vamos, agora, examinar mais detalhadamente a eletriza<;ao dos corpos atraves 
de alguns experimentos. 
Tomemos dois bast6es de vidro, VI e
 
V2, e vamos atrita-Ios com um peda<;o de
 
sed,?.
 
Depois de atritados com a seda, se
 
um deles (VI) estiver suspenso e aproxi­
marmos 0 outro (V2), u.oJar.emo.s......q.u.~
 
oc.on:e-umar£puls_a.o..en1r.e-.e.les.~nte, aconteceu 0 se­
guinte: ao atritarm_o~o~astoescom 0 pe­
c1a<;Q_de. s~da, eletLQl1s Jo.ram "arranca­
d~o vidro e transferidos Qara a seda,
 
9U sgj?,...Q.S....Qgstp,£s.de vidr,Q Rassaram a ter
 
f~s. 
Portanto, a repulsao que ocorre en­
tre os bastoes de vidro Vie V2 e devida a 
Os bastoes de vidro se repelem ap6s terem falta dos eletrons transferidos para 0 peda­
sido atritados com seda.
<;0 de seda. 
Vamos, agora, repetir 0 mesrno ex­
perimento para dois bastoes de resina, R 1
 
e R2, atritando-os com um peda<;o de lao
 
Notaremos que tambem neste caso
 
ocorre uma repulsao entre os bastoes
 
quando um e aproximado do outro.
 
Microscopicamente, aconteceu 0 se­
guinte: ao atritarmos os bastoes com 0 pe­
9.C!.<;:0 de la, eletro.n.s.J..o.r.am.."arrancados"
 
da la e transferidos Rara os bastoes de rg,si­
~, ou s~ja•. osbasto.es.de_.resina P.2~
 
a tl2r ~?o de elelr'Z!2s.
 
Portanto, a repulsao que ocorre en­
tre os bastoes de resina Rl e R2 e devida
 
ao excesso de eletrons provenientes do
 
peda<;:o de la. '
 
Os bastoes de resina se repelem ap6s terem 
sido atritados com Iii. 
Capitulo 1:, Canceitas fundamentais 13 
12 Parte I: Eletrodindmica 
Assim, com base nesses dois experimentos, podemos concluir que: 
Corpos com falta de eletrons, quando colocados um em presen\;a do outro, se 
l repelem. ': I 
l::- Corpos com excesso de eletrons, quando colocados um em presen\;a do outro, 
se repelem. 
" 
Continuando com nossos experi­
mentos, aproximemos, agora, 0 bastao de 
resina R2 (bastao com excesso de ebeletrons) do bastao de vidro V J (bastao 
com falta de eletrons), que esta suspenso. 
Neste caso,~ notaremos q~~!Ubos 
~em. 
Entao, podemos obter uma nova conclusao: 
Um corpo com excesso de eletrons e um corpo comfalta de__cl.etrons, quando 
colocados um em presen\;a do outro, se atraem. 
.~ Assim sendo, R9..-~~~scom excesso ou falta de eletrons 
uma propriedade que Ihes permite se atrafrem ou se repelirem, quando colocados 
convenientemente um em presen\;a do outro. Essa propriedade sera denominada 
~a!S~~!~tric~ 
Dos experimentos realizados, conclufmos que as cargas eletricas dos bast6es 
de vidro, quando atritados com seda, sao do mesmo tipo. No infcio, esse tipo de car­
ga eletrica foi denominado carga eletrica vitrea. Mais tarde, recebeu 0 nome de car­
ga eletrica positiva. ­
- Do mesmo modo, as cargas eletricas dos bast6es de resina, quando atritados 
com la, tambem sao do mesmo tipo. No infcio, esse tipo de carga eletrica foi denomi­
nado carga eletrica resinosa. Mais tarde, passou a ser chamado carga eletrica 
neJ!ativa. ­
( Observat;ao: 
\.::...'\..._'-~"-" 
Quando um corpo nao apresenta eletrons em jalta ou em excesso. ele e chamado corpo 
eletricamente neutro. -- . 
~xperiencia conjirma que corpos e/etricamente neutros. quando postos um em presenc;a 
do ou/ro, nao se a/mem, nem se repelem. 
14 Parle I: Eletrodinomica 
'i 
Em resume: l CO'POO. com taode eletrons 
Corpos com carga positiua 
f -C~rpos com ex.osso de eletrons­
Corpos com cargo negotiua L
Assim, as tres conclus6es anteriores, obtidas com base nos experimentos realiza­
dos, podem ser escritas da seguinte forma: 
Corpos com carga eletrica negativa, quando
 
colocados um em presen\;a do outro, se
 
repelem.
 
I 
Corpos com carga eletrica positiva, quando 
colocados um em presen<;a do outro, se re­ I ¢:=:\ r==> 
pelem. I 
I IL 
Ou, ainda: 
-* Corpos com cargas eletricas de mesma especie se repelem. I 
Um corpo com carga eletrica negativa e um
 r corpo com carga eletrica positiva, quando
 ~ ..~ ~colocados um em presen\;a do outro, se 
~elJ). 
1 Ou, ainda: 
[~~ Corpos com cargas eletri~as de especies diferentes se atraem. 
~ 
• Estas afirma~6es sao conhecidas com 
Capitulo 1: Conceitos fundamentais 15 
I 
5. QUANTIDADE DE CARGA 
Atraves de experimentos que envolvem bombardeamento de nucleos atamicos 
com protons e eletrons, sabemos que: 
1. Os protons ~~~eletron~.possuemca~ ~ettas de ~spe&!e%~~s. 
2. Os neutrons nag R..osSUe.DJSgHl9<£m-a . 
3.	 A carga eletrica do proton e positiva, enquanto a carga eletrica do eletron e ne­
gativa. 
Deduzimos, entao, que: 
c:::> 
proton proton 
Pr6tons e%eados um em presen,a do ou· 
tro se repelem. 
c:::> 
eletroneJetron 
¢::::::J 
Eletrons c%eados um em presen,a do ou. 
tro se repelem. 
c:::>'~ 
proton eletron neutron neutron 
Pr6ton e eletron e%eados um em presen,a Neutro.'ls eQ!Qc.qQq~'!!3.!!.Ln[e.sell(:.a...d.<LQu,do outro se atraem. 
tro nilo.!TE~!!La~ eLetri~. 
1 
~~, oel1,trR comO~~arga eletr..!.s~, coJoca­
dos a uma distancia constante e imersos num meio invariavel (at, por exemplo), 
p_~lJlite-as.socia..La el~s....um~_grandezaescalar-9~Q.mina.gA-quantidade.de_caFga 
~1~trica,_c.Qmo_mostraa seq9~ncia abaixQ.,.2!Jde.A.J~..um..corpo conhecido con:u::.az:ga 
~M~ ~ Y_e ~ao comos de prova com carga elet~. 
F Por hipotese, seja q a 
------------~~-:	 7 quantidade de carga eletrica 
do corpo X. 
2F 
.. I @----- @ Y • A quantidade de carga 
eJetrica do corpo Y sera 2q. ~ d J 
3F	 A quantidade de carga3F 
eJetrica do corpo Z sera 3q, e 
~ d - assim por diante.
.1 
16 Parte I: Eletrodindmica 
No Sistema Internacional de Unidades (SI), a quantidade de carga eletrica e 
medida em coulombs (C), nome dado em homenagem ao fisico Charles Augustin 
Coulomb' . 1\ C. 
Urn coulomb corresponde aquantidade de carga eletrica eXiste'lt~ er:n pois cor­
QOs id.§nticos que, colocados no vacuo e seP.9r~dos pela dista'lciil d = 1 m, seJepe. 
I. 
.!wLcQID..utD,g for£.9-d.eJ!J.t&..n...sida~~9 . 109 tJ: ~ il Verifica-se experimentalmente que as quantidades de carga eletrica do proton e I' do eletron sao, em valor absoluto, iguais a 1,6 . 10- 19 C, ou seja: 
!.'I qprolon = + e = + 1,6 . 10 - 19 C 
qelelron = -e = -1,6 . 10- 19 C 
Observat;ao: 
A quantidade de carga e/etrica @e a menor quantidade de cargo eletrico existente na Na· 
tureza. Por isso mesmo, e denominada quantidade de carga eletrica elementar. 
*' Quantidade de carga eletrica de urn corpo 
(l A partir do conhecimento da quantidade de carga eletrica elementar (e), po·illl demos determinar a quantidade de carga eletrica de urn corpo qualquer. 
I' Admitamos, por exemplo, que urn corpo tenha n eletrons e m protons. 
Determinemos, inicialmente, a quantidade de carga eletrica negativa desse 
corpo: 
q( _) = nqelelron = - ne 
Simplificadamente, temos: 
Quantidade de carga eletrica negativa ....... q( _) = - ne
 
Determinemos, agora, a quantidade de carga eletrica positiva do corpo: 
q( +) = mqprolon = + me 
'~ Simplificadamente, temos: 
Quantidade de carga eletrica positiva ....... q( +) = + me
 
A quantidade de carga eletrica total desse corpo (q) sera dada pela soma algebri­
ca das quantidades de carga eletrica negativa e positiva, ou seja: 
q = q( _) + q(l) = _. ne + me => Iq = (m - n)e /) 
~ 
J 
Charles Augustin Coulomb (1736·1H06). Fisico frances. realiwu imporlanles lrabalhos na Mecanica 
(maqllinas simples. sistemas de lransmissao e leis sobre alrilo) e na Elelricidade. InvenlOU a balan~a de 
ton;ao, que permite medir as fon;as de inlera.;ao eletricas. iI r\ 
j 
Capftulo 1: Conceitos fundamentais 17I 
I 
~ ~ 
Examinando esta ultima expressao. notamos que a quantidade de carga eletrica 
de urn corpo esta ilssociada a diferenl;a entre 0 numero de protons e 0 numero de 
eletrons que existem no corpo. 
Como 0 numero de protons de um atomo geralmente econstante, enquanto 0 
numero de eletrons pode ser alterado. para se determinar 0 tipo de eletrizal;ao de um 
corpo faremos sempre a compara<;ao do numero de e[etrons desse corpo com 0 seu 
numero de protons.
 
Assim. lembrando que:
 
I q = (m - nle I· 
podemos escrever: 
1.	 Se 0 numero de eletrons for menor que 0 numero de protons (n < m),0 corpo 
estara eletrizado positivamente (q > 0). 
2.	 Se 0 numero de eletrons for maior que 0 nCtmero de protons (n > in), 0 corpo es­
tara eletrizado negativamente (q < 0). 
3. Se 0 numero de eletrons for igual ao numero de protons (n = m), 0 corpo estara 
eletricamente neutro (q = 0). 
Observa{:oes: 
1. A quantidade de cargo eletrica que corresponde a 1 coulomb e um lJalor relatilJamente 
eleuodo. Assim. por exemp/o. a quantidade de carga elelrica transporlada por um raio 
numa lempestade corresponde a apenas algumas dezenas de coulombs. 
Por esse motiuo. muitas uezes utilizaremos submultiplos do coulomb. lois como 0 mi/i. 
coulomb (mC), 0 microcoulomb ("C) eo nanocoulomb (nC), que se relacionam do se­
guinte mane/ra: 
1 mC = 10. 3 C
 
1 "C = 1O. b C
 
1 nC = 10. 9 C1
2. A	 Terra pode ser conSiderada uma imensa esfera elelrizada negaliuamenle, com uma 
qllantidade de carga eletrica da ordem de grand'f,za de -10b~. 
3.	 Ca!JJa eJetrica e lima propriedade dos corpos que Ihes permite trocar at;:oes eletricas 
de atrat;:ao au replilsoo; quantidade de caTfJ.a eM/rica e lima grandeza escaJar asso­
ciada a essa propriedade. Soo, portanto, coi5as diferentes e. assim, nao deuerri ser con­
fundidas. Entrelanlo, 0 usa j6 consagrou expressoes improprias, lais como "quant/dade 
de cargo", "corpo carregado posiliuamenle", "corpo carregado negatiuamenle" "carga 
elelriCG em mUlJimenlO". "carga elelrica em repouso". etc. 
Assim, quando for conlJeniente didaticamente, lan{'aremos mao de algumas dessas ex­
pressoes que. embora imprecisas, soo baslante comunicatiuas, 
4. Um ('itomo	 em seu eSlado nalural e eletricamente neutro, pais 0 numero de protons do 
nucleo e igua{ ao numero de eletrons da coroa. Quando 0 atomo est6 eletrizado positilJa 
ou negalilJomente, posso a ser denominado ion. 
6. CONDUTORES E ISOLANTES 
tJ Condutores eletricos sao meios materiais nos quais ha facilidade de movimento 
~ particulas e!etrizadas - - -- ~- _. -- . ----.. 
18 Parte J: E{etrodinomico 
as condutores podem ser c1assificados em: 
eletronicos, quando as particulas eletrizadas em movimento sao eletrons (exem­
plos: metals e grafite); 
.e-ionicos, quando as particulas eletrizadas em movimento sao Ions (exemplos: aci­
dos, bases e sais em solUl;aO e g~~s iQ!1Jz.a.d9s). 
:iJ Isolantes eh?tricos (ou,e~~~s) sao meios materiaj~1l0)Lq!:!.~i~_nao.ha.£acili­
dade de mqyimento de partlculas eletrizadas (exemplos: ar atmosferico, vidro, oleo, 
borr~a, a~~aPl!!:a, madetra, etc.). - -- ­
Observa{:oes: .:r 'M1'o1<rP, N i e 
1. Nos ~s, ~ partfc~/au~~dassoo conserlJadas no I~a~onde elas sU'}lem du­
rante os J?l2cess..o~_Qe.~~.Nos c.£ndutores. ~s pC!.rtfcu!as eleJEizadas !;siXifTJCim­
-se r~~ment..ep'or loda a super~-!po. 
2. ExiSte uma'cf:fS;;~~que gozam de propriedades intermediarias entre os 
condutores e os iso(antes: sao os semicondutores, que tem grande aplicacoo 
trU(O.9...M.J.mn.sis.to.l£$. ,- '" ~ ~""", 
-ExempJos: germonio. silfcio, seJenio, etc. 
V Os eletrons das ultimas camadas dos Momos que constituem os metais estao 
fracamente ligados aos respectivos nucleos, iW.re.s~tan.dQ granqe mobilidasi~. Sao, 
por isso, conhecidos como ~!£t10J!~:!i~~s. Assim, por exemplo, em 1 g de cobre te­
mos cerca de 1022 eletrons Iivres. ­
7. DIVISAO DIDATICA DA ELETRICIDADE 
Com 0 intuito de facilitar 0 estudo da Eletricidade, dividimos nosso curso em fres 
partes: 
•	 Eletrodinamica, onde estudaremos os fenomenos associados a cargas eletricas em 
movimento; 
•	 Eletrostatica, onde estudaremos os fenomenos associados a cargas eletricas em 
repouso; 
•	 Eletromagnetismo, onde estudaremos 0 relacionamento entre os fenomenos 
eletricos e os fenomenos magneticos. 
• QuestiJes resolvidas 
oNas figuras abaixo, os Ires bastoes (A, Be C) estao eletrizados. 0 bastao B erepelido pelo 
bastao A, enquanto 0 bastao C eatraido pelo mesmo bastao A. 0 que ocorrera se aproxi­
marmos 0 bastao B do bastao C? 
hc.,pul,>.Q\)cbB	 ~c Q:nD~U
 
\". ~ \~ \ ~, ~ 
""" CapItulo 1: Concei/os fundamentais 19 
:* ResolUl;ao: 
•	 Se 0 bastao 8 e repelido pelo bastao A, entao ambos estao elelTizados com cargas 
eletricas de mesmo sinal. 
I carga eletrica de A = carga eletrica de B I (1) 
•	 Se 0 bastao C e atraido pelo bastao A, entao ambos estao eletrizados com cargas eletri­
cas de sinais contrarios. 
Icarga eletrica de A ,c carga eletrica de C I (2) 
Comparando as conclusoes (1) e (2), podemos escrever: 
Icarga eletrica de B ,c carga eletrica de C I 
Assim, se os basl6es B e C tem cargas
 
eletricas de sinais contrarios, quando
rforem colocados urn em presenc;:a do ou­
l tro, notaremos uma !-tra~ao~~lJa. Dc 
~ 
GLembrando que, para uma ..illJ.antidade de~a elementar, podemos escrever 1 e = 
= 1,6. 10 - 19 C, determine quantas cargas elementares sao necessarias para formar 1 ~. 
Resolu~ao: 
Considerando-se que n seja 0 numero de cargas elementares contidas em 1 coulomb, po­
demos escrever: 
~ Ie 1,6 1O- 19 C
l ne 1 C
 
Logo:
 
le.1C	 10 
ne = ~ n => n 1018 =>
 
1,6.10- 19 C 1,6.10- 19 1,6
 
18 I=> = 6,25 . 10In 
Assim, s~9 necessaria.> .?,25 1018 c~rgas_ element~~s J~~.i91.m.QL1 ~. 
3. Num corpo, 0 numero total de protons e da ordem de 5. 1015 , enquanto 0 numero total 
de eletrons e da ordem de 20 . 1015 Para esse corpo, determine a quantidade de carga 
eletrica: 
a) positiva;
 
b) negativa;
 
c) total.
 
20 Parte I: Eletrodinomica 
Resolu~ao: 
a) Sendo m = 5 . 1015 0 numero lotal de prolons do corpo e e = 1,6. 10 - 19 C a quanti­
dade de carga eretrica elementar, podemos escrever, para a quantidade de carga eletri­
ca positiva do corpo: 
q(+) = +me => q(+) = +5.1015 .1,6.10- 19 => Iq(+) = 8,0.10- 4 C I 
b) Sendo n = 20 . 1015 0 numero total de eletrons do corpo, podemos escrever, para a 
quantidade-de carga eletrica negativa do corpo: 
ql_1 = -ne => ql_1 = -20.10'5 .1,6.10- '9 => I ql-I = -32.10- 4 Cl 
c)	 Como a quantidade de carga elelrica total do corpo e a soma algebrica das quantidades 
de carga eletrica positiva e negativa, temos: 
q = ql+1 + ql_1 = 8,0.10- 4 + (-32.10- 4 ) => Iq = -24.10- 4 C I 
•	 Questoes propostas 
/	 Baseado nas ilustrac;:6es ao lado, e saben­ • qA do que todos os corpos envolvidos estao eletrizados, determine: 
a) os tipos de carga eletrica das esferas A e 
B; 
b) 0 que ocorrera se a esfera A for coloca­~ 
da na presenc;:a da esfera B. 
B • 
:"':':'~';-\ 
::':'. ..... :.:.; .. ,':•~ 
yum corpo condutor esta eletrizado positivamente. Podemos afirmar que: 
I a) 0 numero de eletrons e igual ao numero de protons. 
b) 0 numero de elelrons e maior que 0 numero de protons. 
~ numero de eletrons e menor que 0 numero de protons. 
d) n.d.a. 
.. 
3.	 Num corpo, 0 numero total de protons e da ordem de 4,0. 10 13 , enquanto 0 numero total 
de eletrons e da ordem de 1,5 . 1013 Determine a quantidade de carga eletrica total do 
corpo. Considere e = 1,6. 10- 19 C. 
RESPOSTAS 
1.	 a) Es(era A: carga eletrica negativa; esfera B: carga eletrica positiva;
 
b) Havera atra~ao entre as esferas A e B.
 
2. c 
3.q = +4.0,lo- io C 
Capitulo 1: Conceitos jundamentais 21 
PROJETO EXPERIMENTAL
 
Reproduza 0 experimento que deu origem aos estudos sobre a eletricidade: II.Passe um pente varias vezes em seu cabelo, que devera estar limpo e seco. Em se­
guida, aproxime 0 pente de pedacinhos de papel e observe 0 ~esultado. 
Procure, agora, um penle que nao tenha sido usado recentemente e aproxime-o 
dos pedacinhos de papel. 
Comparando os eventos ocorridos com os dois pentes, 0 que voce pode conduir? 
• Questi5es complementares 
(/. (CTA-SP) Sao dados tres corpos carregados, A. Be C. Sabe-se que A e B e A e C se 
atraem, e que B e C se repelem. Entao: 
~e A for carregado positivamente, B e C tambem 0 serao.
 
se A for carregado negativamente, B e C tambem 0 serao.
 
.B e C ternmesmo sinal, que e oposto ao de A.
~ mesmo sinal.
 d A, B e C, tornados dois a dois, tern sempre 0
 
e) Nenhuma das altemativas anteriores esta correta.
 
,"	 (Santa Casa-SP) Dispoe-se de quatro esferas metalicas: P, Q, ReS. Sabe-se que P repele 
Q, que P 'atrai R, que R repele S e que S esta carregada positivamente. Pode-se, entao, 
dizer que: 
ar'P esta carregada positivamente.
 
/,brp e R tern cargas de mesmo sinal.
 
/.,.q:P e Q estao carregadas positivamente.
 
~,Q tem carga negativa.
 
e) P repele S.
 
22 Parte I: Eletrodindmica 
if(Fuvest-SP) Tres esferas de isopor, M, N e P, estao suspensas por fios isolantes. Quando 
N e aproximada de P, nota-se uma ~o entre essas esferas; e quando N e aproxima­
da de M, nota-se uma atra.;;ao. Das possibilidades apontadas na tabela abaixo, quais sao 
compativeis com as ob~oes? 
a) A 1a e a 3 a .
 
b) A 2 a e a 4a .
 
c) A 3 a e a 5~.
 
-~ )!<A 4a e a sa
 
e)Al·ea2·.
 
1
 
Cargas
Possibilidades M N P
?& + + -
,//2/ - - + 
3· zero - zero 
4~ - + + 
sa + - -
~(Universidade de Ponta Grossa-PRJ De acordo com 0 conhecimento cientifico atual, os 
alomos: 
al possuem nudeo neutro com eletrons em volta.
 
~possuem nl,eleo p'ositivo com co,roa de protons.
 
Apossuem nueleo positivo com co~ns"
 
J1 possuem ~ativo com~proa de protons. 
e) n,d,a. ~/d 
/(UFPE) De acordo com a Fisica modema, ~~~s sao: 
a) indivisiveis I 
. b) constituidos por iguais numeros de protons, neutrons e eletrons. 
)If'''constituidos apenas por protons e eletrons. 
, )1reletricamente nelltras...-porQue as cargas dos eletrons e dOMlrotons sao ig.uais e de sinais 
contrarios. 
'constituidos por el€trons, prOtons e neutrons, sendo 0 numero de eletrons igual ao 
numero de protons mais 0 de neutrons. 
Lfv.\UFES) A materia em seu estado normal nao manifesta propriedades eletricas. Isso signifi­
ca que: 
a) ela e constituida somente de neutrons
 
b) ela possui mais neutrons do que protons.
 
c) ela possui mais eletrons do que protons.
 
d) ela possui mais protons do que eletrons.
. X ela possui quantidades iguajs de protons e ele,lr.Qns. 
VlFFCL-USP) Urn T~O(J1~ tem carga eletrica nao-nula porque: 
-1 
a) 0 numero de protons aumenta quando se ioniza 0 atomo. 
b) 0 numero de neutrons diminui quando se ioniza 0 atomo. 
c) 0 numero de pr6tons diminui quando se ioniza 0 alomo. 
d) 0 numero de neutrons aumenta quando se ioniza 0 atomo. 
Xo numero de eletron~diferentedo numero de protons. 
Capitulo 1: Conceitos fundamentais 23 
7 
t/(UFRJ) Quando um corpo se~Q,agoJitt'e.!]Z1!5sa~do,ele: 
~erde protons.
 
t, yerde elelTons.
 CCffi[p)nl1onil® ~ 
c) ~janha eletrons.
 
d) ganha protons.
 
e) transforma seus neutrons em protons.
 
9. (Fundal;aO Carlos Chagas) Em um corpo eletricamente neutro, os efeitos das particulas de 
carga positiva e negativa se cancelam. Urn corpo dotado de carga eletrica positiva ou ne­
'l>	 gativa contern particulas de carga positiva e negativa, nao-contrabalan~adas. Assim, a car­
ga eletrica de um corpo depende do excesso de pat!iculasQQ.s.i.Iil1as o~9..ativa~. excesso 
esse medido a partir do estado neutro. Dessa exp!!0~.§.Q.,_?.'~U;!S!duz que: 
~ 0$ corpos elelrizados sao todos aqueles que tem sempre cargas eletricas. 
~ os corpos neutros nao tem cargas eletricas. 
V III) a carga eletrica de um corpo esta ligada ao excesso de cargas eletricas de um dado sinal 
(positivo ou negativo). 
e.	 (UFES) Sendo a carga do eletron, em coulombs, igual a 1,6 . 10- 19 ; 0 numero de 
eletrons existente em 6 coulombs sera: 
a) 6,25. 1018 3.75. 1019
 
b) 3,75 10- 19 e) 6,25 . 10- 19
10 IQ .
c)	 1,6 
~Medicina de Braganl;a Paulista-SP) E. sobejamente conhecido que os ~ sao bons 
condutores de eletricidade, assim como de calor. Esse fato se atribui: - ­
-
a) a alta densidade.
 
h) a massa atamica.
 
c) a grande capacidade termica.
 
d) ao numero atamico.
 
)(aos eletrons livres. 
~UFPE) Considere os materiais: 
/)"borraciJa ,%vidro LJ . 
2) porcelana V 6Lill.tm ,1l1UJ 
3) aluminio V 7) mercurio " "'r/Je7CH . 
4) nailon )Wmadeira ,-(rqlJldv· 
Assinale a alternativa na qual os tres materia is citados sa~ bons conduto~: 
'VI.', 2 e 3 ~,~e6.
 
br;B': 7 e.Jlf'. ~e7.
 
c@4e@ 
RESPOSTAS 
1. c 2. d 3. d 4. c 5.d 6. e 7. e S.b 
'J.	 I) Errado, II) errado. III) cerIa 
10. d 11. e 12. e 
Voce j6 deve tel' notado que nos supermercados muito movi­
mentados se formam verdadeiras correntes humanas. Com ba­
se nessa ideia. podemos estudar com mais facilidade as corren­
tes eJetricas no interior de condutores. 
~. 
Corrente 
eletrica 
1. Introdw;oo 2. Corrente eletrica • Questoes resolvidas • Questoes propostas • Projeto expe­
rimental • Quest6es complementares 
1. INTRODU<;AO 
Se observarmos 0 comportamento das pessoas no interior de um supermercado, 
notaremos a existencia de dois grupos distintos: um composto pOl' pessoas que estao 
escolhendo os produtos e circulam de modo aleatorio, com movimento desordena­
do, e outro composto pOl' pessoas que ja fizeram suas compras e dirigem-se ao caixa, 
formando uma fila que se move lentamente, com movimento ordenado. 
24 Parte I: Eletrodinomica	 Capitulo 2: Corrente eletrica 25 
Vamos chamar esse movimento ordenado de pessoas de corrente humana e a Orienta~ao da corrente eletronica 
ele associar uma grandeza que nos permita medir 0 fluxo de usuarios do supermer­
cado durante um determinado periodo. Essa grandeza sera a intensidade de corren­
* 
Antigamente, pensava-se que 0 movimento de cargas eletricas estava sempre 
te humana. condieionado ao movimento de cargas positivas. Por isso, ainda hoje se convenciona 
Definiremos a intensidade de corrente humana como sendo 0 numero de pes­
soas que passam pelo caixa num determinado intervalo de tempo. 1\ 
orientar a corrente eletronica no sentido contnirio ao sentido do movimento das
--" --­ - == ....::.:.::...:==.=.:::....::.:.::=-=..::.::..=:...:::.:::::.::.::::....::::::....:.:.:.:::..:..:===....:::::.:::. 
cargas n~g~as, ou seja: 
Assim, se soubermos que no periodo da manha a intensidade de corrente hu­ ~ 
mana foi de 30 pessaas/hora e que no periodo da tarde essa intensidac1e foi de corrente real 
20 pessoas/hora, teremos uma boa ideia do movimento do supermercado nos dois 
periodos. 
o movi~eE.!Q..Qr.Q~<!Q!HJ~.P_atlk!!l~2JIlJ.£.-Jl.Qss.uem_c..arg.a eletrica poQe.5gr 
estu5!.ado de IllQdo semelhante 'to que fizemos _C0m._o_JUollimeniQ-.ek..-p-essoi!~. 
Corrente 
eletronica c) 
corrente convencional ·is 
2. CORRENTE ELETRICA 
Observa~ao; '0. 
2. No resoluc;ao de exercicios, trabalharemos sempre com a corrente convencional, pois e 
-:o'k­ consagrada pelo usa e verifica·se que os efeitos flsicos sao os mesmos criados pela corrente 
real. 
Corrente ionica 
Nos ,c9'19,yl£Le.$,.j)~COS, os 
portadores de carga podem ser tan­
to Ions positives como negativos. 
Quando esses portaoores de 
carga tern movimento ordenado, 
eles constituem uma correE!..e 
ionica. 
Corrente eletronica 
Nos condutores eletronicos, os portadores de carga sao os eletrons livres Orienta~ao da corrente ionica (eletrons das ultimas camadas eletronicas, fracamente ligados ao nucleo e que pos­
suem grande mobilidade).
 Neste caso, verifica-se que os 
movimento convencionalQuando esses portadores de carga tem um movimento ordenado, eles consti­ portadores de carga positiva se mo­ das cargas negativas " tuem uma corrente·eletronica. vimentam num sentido, enquanto 
os portadores de carga negativa se 
movimentam em sentido contrario. 
Lembrando da convenC;ao an­
teriormente discutida, representare­
mos os sentidos conv~ncionais das 
correntes ionicas da forma mostrada 
na figura ao lado. movimento das 
cargas positivas 
I 
f 
I 
I 
\ 
\ 
\ 
26 Parte I: Eletrodinamica Capitulo 2: Corrente eletrica 27 
Intensidade de correnteeletrica l 
.". Vamos associar ao movimento ordenado dos portadores de carga uma grande­
za escalar que nos permita medir 0 fll!li.o desses portadores de carga, durante urn 
certo periodo d-e tempo, ao longo de uma secr;ao transversal do condutor eletrico. 
Essa grandeza escalar sera a i!}!~af(ij': 
A intensidade media de cor· 
rente eletrica (i ) que passa porm
 
uma see<;:ao transversal (5) do con­
dutor e 0 quociente entre a quanti­
dade de carga (q) transportada pe­
los portadores de carga e 0 corres­
pondente intervalo de tempo (.:it)
 
gasto na passagem, au seja:
 
q
im = .:it
 
l
 III 
Quando 0 intervalo de tempo
 
.:it tende a zero (au seja, torna-se
 
muito pequeno), a intensidade
 
media de corrente eJetrica passa a
 
ser considerada intensidad~j.ns.taJ1­
!~n~ de cor~nte eletrica (i).
 
Assim: 
i = lim i
 
[ m
IlI~O 
~ Unidade de intensidade de corrente eletrica 
No 51, a quantidade de carga eh§trica emedida em coulombs (C) eo intervalo 
de tempo e medido em segundos (s). Assim, a unidade de intensidade de corrente 
eletrica e expres.sa em~, que recebe 0 nome ampere (A), em ho­
menagem ao flsico Andre Marie Ampere' . 
Por/anto: 
I 1 A = 1 Cis I 
®Classificaf;ao da corrente eletrica 
A corrente eletrica pode ser classificada em corrente continua e corrente 
alternada. 
Andre MarIe Ampere (1775·1836) FIsico e matematico frances, aulor de importantes trabalhos no cam­
po da Matemalica, iniciou seus estudos sabre Eletricidade depois dos 45 anos. Desenvolveu, entao. im· 
portantes teorias sabre Eletrod~am\ca e Eletromagnelismo. Econsiderado 0 "pai da EJetrodinamica". 
28 Parte [: Eletrodiniimico 
I 
I 
I 
I 
I 
\ 
\ 
I 
I 
I 
I 
Corrente continua (CC) 
Quan90 0:5kortadows.c!e cama se movimentam sempre no ~sm~s~tislo. ca­
racteriza-se a corrente continua. . ­
_ 0 co 
Urn caso i~t~ressante, e muito util, de
 
corrente continua e aqllele em que a in­
 rcAtensidade de corrente eletrica econstan- J
 
te no decorrer do tempo. Nesse caso, 0
 1,-A~/~grafico i x teo illlstrado ao lado. ® , 
II \ .....7 CAL 
o "-v--' 
III 
Com base no grafico acima, podemos conduir que, para aS0.rr.e.nt€-£.D.DJ~a 
intensidade instaont$l.nea da corrente e[etrica e igual a inten:;idadt! media. ou seja: 
r~~ 
I : ()I\f\,s " 
Corrente eJetrica continua ~ i=i m ...9­de intensidade constante tlt
'- ~~ 
" t,te /,/J 
Observando a area sob 0 grafico i x t, podemos escrever: 
IA =~) .:it I (1) 
Como, neste caso, i i", = it' substituindo este resultado na expressao (1), 
vem: 
A= ~/LSl=> lit:! q 1 ~t ~ 
'CP'Y'd. 
'I _CO%tu~o: Vi- ~ 
A area sob 0 grMico i x t, quando a corrente eletrica e continua e constante, e 
numericamente igual aquantidade de carga detrica transportada pelos portadores de 
carga no correspondente intervalo de tempo. 
@ Observa~oes. 
1. Correntes continuos sao encontrodos em oporelhas como mlbas de rodJ.o e boterios de 
carro.
_> 2. A propriedode demonstroda para a area sob 0 gr6.fico i x t e. ualida para qualquer tipo 
de corrente eletrJca, ou sejo: 
.r-\ 
I 
Para qua/quer --.. A I:io q 
gr6.fico j x t -== ~ 
: ® :, t . 
'"I .../ 
o (~ 
lJjc.;'(\e"P 
Capitulo 2' Corrente elelrica 29 
o 
Corrente alternada (CA) 
Quando os portadores de car­
ga se movimentam ora .num senti­
do, ora, no outm,..caracteriza-se a
 C~};~~!~J)a-_-~?~~~:J 
corrente alterllaga. 
Neste caso, 0 correspondente
 
grafico i x t tern 0 aspecto ilustra­
do ao lado.
 Este efeito tern grande aplica<;:ao em ap..ill'elhos destinados a produzir calor ou 
Este tipo de corrente eletrica e encontrado nos terminais das tomadas de nossas Juz., tais como ferras eletricQs, lampgdas incandescentes (onde a temperatura do fila­
residencias. --. mento chega' a 2 800 0 C), s£@d-9J:.es de cabelo, cbuveiros, lQrr_aQ?iras, lOIll.e.!r£s e"~tricas, etc. .­
-Em resumo: 
corrente 
alternada 
~ 
corrente
 
continua
 
\C!.~~~. 
rI Efeitos da corrente eletrica 
~»JJJJJJ)JJ
~..
(.. {.q (rl 11aJ,,,
/'n I' (I, 
A passagem da corrente eletrica num condutor gera diversos efeitos, que anali­ h\ Cur,rIE;;:a -------- ­
saremos a seguir. \0 Efeito quimico erc!!,!JJ
8J 
lD J;:feito magnetico Este efeito ocorre quando se faz a .£.o.!re;nt~ ~~trica atr~~r solw;:6es eletroliti­
cas, provocando transforma<;:6es quimicas. E usado industrialmente nos processos de
- ..... \.. ............. "'-'''--~ ,­
galvaniza<;:ao, que consistem em revestir urn metal com outro (niquel, prata, etc.). 5e colocarmos uma bussola f· '- "'-" ~ '-"''-......,.....--...--...-"<T''-- -'='''''::7;;::,.""''=..........
 
proximo a urn £Qn.dptor onde circu­
la uma corrente eletrica, notaremos (S) Efeito luminoso que ocorre urn desvio na sua 
agulha. ' Este efeito baseia-se no fato deEste e 0 unico efeito que sem­
gases ionizad?s emitirem luz quan­pre "acompanha" a corrente eletri­
pilha do atravessados por uma corrente 
ca, e sera analisado com maior pro­ i cletrica. Como exemplo, temos asfundidade na parte III (Eletromag­ ~as f1uorescentes (usadas nanetismo) . ~i;a<;:a'Q'de' emp-;:gas), '1~lampa­
Q9s d""-J@~~rio (usadas(0 ~feito termico (efeito Jo'ule) na ilumina<;:ao de quadras esporti­
vas),?~ la~~qio 
Como conseqUencia das~.s entre os portadores de carga em movim.e.n.to e (para ilumina<;:ao de tuneis e estra­
as partleulas componentes dos condutores, a.2-as~E.9?m da cOJ:cente eletrica eleva a das), etc. 
temperatura de.sses condutores. <. t-J9 Cl{ 1 
."'=<:::.;:.----c:;:::>" . 
30 Parte I: Eletrodinamica Capitulo 2: Corrente eletrica 31 
® Efeito fisiol6gico 
Quando uma corrente eletrica atravessa um organismo vivo, alem dos efeitos 
termico e quilTlico ocorrem tambem efeitos sobre nervos _~ mU;;.£b1J9S. Uma corrente 
da ordem de 10 mA, atravessando 0 organismo de uma pessoa, provoca uma sen­
sa<;:ao de desc~, sendo que, acima desse valor, a corrente ocasiona uma perda 
do contrale sobre os musculos, provocando contra<;:6es conhecidas como "choq!J_es". 
LEITURA COMPLEMENTAR------
Velocidade de deslocamento dos eIetrons 
Quando acionamos um interruptor e vemos que a luz se acende quase que instantanea­
mente, temos a impressao de que a velocidade com que os eletrons /ivres se movem ao longo 
A do fio e elevadfssima. Mas, na realidade, a velocidade desses e!etrons e da ordem de apenas al­
guns mm/s. 0 que ocorre e qU'LQL@Q.1J~LiJ!Tes se encontram em grand!i!...JLl!anjjdade ao lon­
o do fio. Assim.>-51uando 0 interruptor e acionado, 0 primeiro eletron "empurra" 0 seIJ.Y.!1gp 
que, por sua vez, "empurra" 0 terceiro, e assim por diante, ate chegar ao ultlmo_eletron,Jo.c.ali.. 
~~do_!!9 1!!~~emid'2.!ie 4...o.11...C?.-;jC~t9 a IdW12ada. --- --­
.~} ••e.e.aQee8"8Ga888&88~~ ~ .~ 
() Mf)...Mf).....e...~e tiC) 
.~......... ~--.....-........-.........~
 4,. "*' Portanto, a rapidez com que os "empurroes" entre os eJetrons se propagam emuito 
grande, mas a velocidade dos eJefrons, na verdade, e muito pequena. ) 
\......--0 '--~~'-...-'-~ - ­
4f Principio da Conserva~iio das Quantidades de Carga EIetrica 
Num ~a que nao troea portadores de carga com 0 meio exterior. verifica·se que a so­
ma algebrica das quantidades de carga e sempre constante no decorrer do tempo. 
Este tipo de sistema e denominado s1~t!f,m.: eletric:!.mente isola.$?.;. I 
Logo: l- WY\oI. @J 
Sistema eletricamente iso!ado -.. Eq = constante / 
Este princlpio tem uma importante ap/ica(;ao no caso de correntes eletricas, como veremos 
. ""'f 
a segwr. 
Em primeiro lugar, vamos representar simplificadamente um condutor sendo percorrido 
por uma corrente eletriea de intensidade i: 
i 
A. .. .8 
Lembre-se de que 0 sentido indicado na figura corresponde ao sentido convencional da 
corrente. ~ 'r-
Agora, examinemos a representa(;ao 
tambem simp/ificada de um trecho de circuito 
~, onde a correntetotal~~-;;;bdi;;ide:-n~ 
ponto A, em duas outras correntes de intensi­
dades h e i2, que voltam a compor novamente 
a corrente inicial no ponto B. 
Assim, pelo Princfpio da Conserva(;ao das 
Qua~~s- de Car9SL-£@ris:.aJ .... podel72..0s 
escrever.:... C=:il 'j+~:') 
Bipolo 
,\ 
~. vi­
e,qra que a £wy;pte _eletr.ica cirfu/~_Q!!..a!J¢s 
de um .4iwositivd, nele devem existir dois fer­
. f!!.!.'.!ais...por- ond~ osJio~tadO~es de c~rga~DOS' 
sam entrar e sair. 
. --'-E~se diSPOSWvo e genericamente denomi· 
nado bipoloJ, 
Em nosso curso, estudaremos os seguintes 
bipolos: resistores, geradores e receptores. ) / j 
iI 
8 
A 
h 
I ' l·(.. \lqc: (\ .,.... I 
. t'O!\1 (,d, "h'(\1'.0.1 • 
. 
,,~ ~ ~ v(/ftD5'-lIv05. 
:l
 
J 
t 1'\ \'Y1do.bipolo
.. { :
 
A e B: terminais 
Alguns valores de intensidade de corrente eIetrica 
Abaixo, temos alguns valores medias de intensidade de corrente eletrica que alimentam 
disp,?.:itivos e!l?tri~os do nosso dia·a-dia: 
Ldmpadas incandescentes 0,5 A a 2,0 A 
Radio 1 A 
.L;quidificador 3A 
Televisor 3A 
Ferro eJetrico 5A 
verao lOA 
Chuveiro eletrico 
in verno lS A 
Torneira eletrica " ': . ,. lsA 
100A
 
1 000 A '
 
Motor de arranque de automove! 
Locomotiva eletrjcg 
, " 
CapItulo 2: Corrente eUitrica 33 
32 Parle I: Eletrodinomica 
• Questoes resolvidas 
1.	 Nas figuras abaixo, indique 0 sentido das correntes eletricas nos condutores: 
1) 
~\	 
II) 
ill) 
Resolu~ao: 
Quando se pede para indicar 0 sentido da corrente eletrica num condutor, deve-se ter 
sempre em mente que se trata do sentido convencional (sentido dos portadores de cargas 
j2ositivas). .,,~~ 
Assim. temos: 
1)	 
r)@ (;) e 0 e::") c)~ ~ ~ 
III	 (+~ Q eo> 9 S(j c)~ ~ ~ 
_	 
i( .. ) B A . B
•	 r'\ 1 
- 'y' .. 
I( _) 
Neste caso. temos i = i + 1 + i(-).
 
'
 
2.	 Pela sec~ao transversal de um condutor, passam 1011 portadores de carga elementar du­
rante 1,0 . 10 - 6 s. Determine a intensidade media da corrente eletrica que passa por esse 
condutor. (Dado: e = 1,6 10 - 19 C.) 
Resolu~ao: 
Determinemos, inicialmente, a quantidade de carga que atravessa a secc;ao transversal do
 
condutor.
 
Sendo n = lOll 0 numero de portadores de carga elementar que atravessam a secc;ao
 
transversal, e sendo e = 1,6 10 - 19 C 0 valor da quantidade de carga eletrica elemen­
tar, podemos escrever:
 
q = ne = 1011 .1,6.10- 19 => Iq = 1,6. 1O- 8 C I 
qPara a intensidade media da corrente eletrica, temos i m	 l1t . 
34 Parte I: EletrodinQmica 
Sendo q = 1,6. 10- 8 C e l1t = 1,0. 10- 6 s, vem: 
8 
i	 = 1,6. 10- C => Ii = 16. 10- 2 A I 
m	 1,0. 1O- 6 s '--"'m__' ---J 
3. Um =~alicf e percorrido por uma corrente continua constante de 0,8 A. D.elermin.e,o 
~ro de Rortadores de carga. que atravessam uma secc;ao transversal desse condutor no 
intervalo de 1,0 segundo. Lembre-se de que a quantidade de carga eletrica elementar e 
de 1,6 1O- 19 C. 
Resolu~ao: 
Sendo i = 0,8 A, constante, e l1t = 1,0 s, vem: 
i = it => q = i . l1t => q = 0,8 . 1,0 => Iq = 0,8 C I 
Essa quantidade de carga e transportada por n portadores de carga ao longo do fio metali­
co, no intervalo de tempo considerado. Sabendo que, nesse caso, um portador de carga 
tem quantidade de carga.e = 1,6 10- 19 C, podemos escrever: 
q _ 0,8 0,8 19 18 
q	 = ne => n = e = 1,6 10 19 => n = 10 => n = ~:~ . 10 =>TI
 
=> I n = 5 1018 eletrons I
 
Portanto, 5 1018 eletrons atravessam a sec~ao transversal do condutor no intervalo de 
tempo de_1,0 s~ndo. 
4. Dado 0 grafico i x t ilustrado ao lado, i(A)" 
--_/determine a quantidade de carga eletrica
 
transportada no intervalo de tempo de 0 s
 
a 4 s.
 101~ 
cr;(~1 
o 2 4 
Resolu~ao: 
A area sob 0 grafico i x t representa, numericamente, a quantidade de carga transporta­
da no intervalo de tempo correspondente.
 
Assim:
 
IA(O'~H );:! q 1(1) 
bSendoA(O,~4$J = B; b. h, entao: 
4 + 2 h~A rOS ....-l 4 s) -2- 10 =>IA(o$~4" = 30 1(2) 
B 
Substituindo (2) em (1), vem: 
II (( I q = 30 CJ 
CapItulo 2: Corrente eletrica 35 
• Questi5es propostas 
~ Julgue as afirmativas abaixo: 1.­
V I) 0 ~~I da corrente eletrica e contrario ao sentido do movimento dos 
portadores de cargas negativas. 
V Il) Quando a corrente eletrica e continua, os portadores de carga se movem num unico 
sentido.V Ill) Quando a corrente eletrica continua e constante, sua intensidade media coincide 
com a intensidade instantfmea e podemos, entao, escrever 1i = ~t I 
~Pela seq:ao transversal de um condutor passam 2 . 1015 portadares de carga elementar 
durante 1,6 . 10- 4 s. Determine a intensidade media da corrente eletrica que passa par 
esse condutor. Considere e = 1,6 10 -19 C. 
/Um fio metalico e percorrido por uma corrente continua constante de 5 A. Determine 0 
numero de eletrons Iivres que atravessam uma seq:ao transversal desse condutor no inter­
valo de tempo de 0,2 s. Admita e = 1,6 . 10 -19 C. 
:A. Dado 0 graIico i x t iJustrado 
ao lado, determine a quantida­
4de de carga eletrica transporta­
da no intervalo de tempo de 0 s
 
a 7 s.
 
o 2 
bdssocie 0 fenomeno (coJuna da esquerda) com 0 principal efeito que a corrente eletrica 
envoivida causa (coluna da direita): 
C~ (I) ferro eletrico aquecido	 (Aj efeito magnetico 
E: - (Il) lampada fluorescente acesa	 (B) efeito fisiologico 
_(III) pessoa "tomando urn choque" (e) efeito termico (efeito Joule) 
D _(IV) pe~a metalica sendo niquelada (D) efeito quimico 
A - (V) agulha de uma bussola sendo desviada (E) efeito luminoso 
6.	 Na figura ao lado esta esquematizado urn
 
trecho de urn circuito eletrico. onde it. iz,
 i, 
b	 e i4 sao as intensidades das correntes 
eletricas nao-nulas que passam pelos fios, 
it que se cruzam no ponto P. Qual e a~e­ ~ J.a,~ entre .a~ iIlten~idas!?_lL@.ssa~corren­
'Jtes? i,
- (/}~i-2- ~ ;?J-+i/J 
RESPOSTAS 
1. I) Certo, II) certo, III) certo. 2. im = 2 A 3. n = 6,25 . 1018 eletrons 4. q = 20 C 
5.	 (I) ..... (C); (II) ..... IE); (Ill) ..... (B); (IV) ..... (D); (V) ..... (A) 6. it + ;, = i) + ;, 
36 Parte I: Eletrodinamica 
5 7 
PROJETO EXPERIMENTAL 
1. Com base no que foi exposto no item 1 deste capitulo, procure identificar outras si­
tuac;oes as quais podemos associar 0 conceito de corrente. Como voce definiria as in­
·tensidades dessas correntes? 
2.	 Agora, voce vai construir um
 
modelo mecanico que permi­
lira compreender melhor co­
mo os eletrons se movem no
 
interior de um condutor
 ~ 
metalico. Coloque cinco moe­ j~ ~~ das iguais, alin hadas sobre a
 
superficie lisa de uma mesa.
 
,Encoste na ultima dessas moe­
das uma caixa de (osforos va·
 
zia, con forme mostra a figura.
 
As moedas representam os ~- ~...
 
portadores de carga (eletrons
 
Iivres); a caixa de fosforos reo
 
presenta, por exemplo, uma
 
lampada apagada que corres­
pondera a uma lampada acesa
 
quando derrubada.
 
lmpulsione, entao, uma moeda, de modo que ela se choque com as outras. Observe 
o resultado e responda: 
• A	 rapidez com que os choques entre as moedas se propagam e gr~lnde ou pe­
quena? 
• A velocidade das moedas e grande ou pequena? 
(.ph oe-YI +G 
GollV6}1r['O}lQ I .. CSGYl4;ct'J dP" 
C/h 1Qd,t> nco<; de .t-q nq Cl~ (£)
• Questi5es camp/emen tares 
~C-SP) A corrente eletrica real, atraves de um fio metalico, e constituida pelo movimen­
to de: ­
a) cargas positivas no sentido da corrente convencional.
 
b) cargas positivas no sentido oposto ao da corrente convencional.
 
~Ietrons livres no senlido oposto ao da corrente convencional.
 
d) ions posilivos e negativos.
 
e) Nenhuma resposta e satisfatoria.
 
V~ac;ao Carlos Chagas) Uma corrente eletrica de "5 A e mantida em urn condutor 
metalico durante um minuto. Qual a carga eletrica, em coulombs, que atravessa uma 
sec6ao docondutor nesse tempo? 
a) 5 d) 150
 
b) 12
 
'>(300
 
c) 60
 
Capitulo 2: Corrente eletrica 37 
L~Medicina de Marilia-SP) Tomando-se um condutor metalico cilindrico, observa-se que,
 
atraves de uma sua sec~ao transversal, passam 5 . 1018 eletrons par segundo. A carga ele­
mentar vale 1,6 10 - J9 C e a corrente originada por esse movimento de cargas e
 
continua. Qual e a intensidade de corrente eletrica nesse condutor?
 
\
a) 0,2 A b) 0,4 A c) 0,6 A d) 0,8 A e) 1,0 A 
/ ~ 
~edicina de Marilia-SP) Usando os mesmos ,dados da questao anterior, determine a 
quantidade de carga que atravessa esse condutor apos 2 segundos de observa~ao. 
ill 0,6 C b) 1,0 C c) 1,4 C tit 1,6C e) 2,0 C 
Ls-:(UFRS) 0 diagrama ao lado representa a itA) 
intensidade de corrente (i) em um fio con­ 6
 
dutor, em fun<;:ao do tempp'transcorrido
 
(t). Qual a quantidade de carga, em cou­ 4 t I:
 
lombs, que passa por uma sec<;:ao do con­ 2
 
dutor nos dois primeiros segundos?
 tIs) 
1 01 1 2 3 
, a) 8 b) 6 c) 4 d) 2 e) 2 
~/(puc-SP) No interior de um_cQ[ldl!lor homo.~o, a intensidade da corrente eletrica va­
ria com 0 tempo, como mostra 0 diagrama abaixo:
 
i(mAl {ol1.nerrJe Q,(1tny.oJ",
-10' ---~\/v\7\!\7\
 
((min)
....::+ 
(J 
" 
2 
-" 
Pode-se afirmar que 0 valor medio da intensidade da corrente, entre os instantes 1 min e 
2 min, e de: 
a) 1/6 A. b) 10.1/6A. c) 500 A. d) 0,5 A. e) 0,05 A. 
~rquitetura de Santos-SP) Dos dispositivos eletricos abaixo relacionados, assinale aquele 
em que nao ocorre 0 ~Ie. 
L/&) Lampada de filamento. dJ Chuveiro eletrico.
 
XUimpada f1uorescente. e) Nenhuma das alternativas.
 
L..---e1 Ferro eletrico.
 
(Medicina de Marilia-SP) Quando se esta niqueland.Q.-U(n.a..p-e.~a..m.etalica,lan<;:a-se mao de 
efeitos da corrente eletrica. Assinale a alternativa que indica o(s) efeito(s) usado(s) 
a}1\.1agnetico. d) Quimico + Joule.
 
/' brJ:oule. X Quimico
 
d''Magnetico + Joule.
 
RESPOSTAS 
1. c 2. e 3. d 4. d 5, a 6, d 7, b 8, e 
38 Parte I: Eletrodinamica 
CCffiwnllrnil@ ~ 
5e uoce pegar uma pilha e unir com um peda<;;o de arame os 
seus terminais (polos) , tera jormado um circuito simples. As 
ana/ises desse circuito, do dijeren<;;a de potencia! e!etrico gerada 
pela pi!ha e do resistencia do condutor ii passagem do corrente 
eletrica sao os temas deste capItulo. 
EleOlentos 
associados 'a 
corrente eletrica 
1. Introdu<;;ao 2. Dijeren<;;a de potencial eletrico 3. Circuito simples 4. Resistencia eletri· 
co 5. Resistores .. Quest6es resoluidas • Quest6es propostas • Quest6es complementares 
1. INTRODU<;AO 
Suponhamo5 que um bloco de massa m e5teja em repouso sobre uma praneha 
horizontal. eomo mostra a figura abaixo. 
~ m () ~ 7 
Com 0 intuito de fazer eom que 0 bloeo se mova, vamos transformar a praneha 
horizontal num plano inelinado. 0 bloco passa, entao, a 5e mover, partin do de uma 
altura inieial h in e atingindo uma altura final h fin , depoi5 de um intervalo de tempo t.t. 
1" 
hio 
/- -- ­
/'
 
/' h'in
 
...­
~-----
Capitulo 3: Elementos associados ii corrente eletrica 39 
---- --- --- ------------
l 
Desprezando os atritos, podemos escrever, para a energia mecfmica do 2. DIFEREN~A DE POTENCIAL ELETRICO 
sistema: 
Efin Ein Ein Efin Efin Assim como 0 bloco se move sobre 0 plano inclinado grar;as a diferen<;a de po­Ein => 
mec = mec pol grav + dn = pot grilv + dn => tencial gravitacional criada pela eleva<;ao da prancha, tambem os portadores de car­
nI 1 rl.V2 nI h 1 niU2 1 V2 1 2 ga eletrica se movem grac;as a uma diferenc;:a de potencial eletrico criada par dis­
=> ",ghin +"2 '/' in = ,/,g fin + 2" 't" fin => ghin - ghfin = 2" fin - "2 V in positivos apropriados. 
Como 0 bloco partiu do repouso, V in = O. 
Portanto: 
l ~- _ 
19 Wgf0tri:ID\~illi:][flmi@tlm!:I;:;»[ ghin - ghfin ] (1) = f V~n } ..;­
i diferen~aSe chamarmos 0 produto gh de potencial gravitacional, a expressao (1) po­ de potencial
dera ser escrita da seguinte forma: gravitacional 
ghin - ghfin = ~ V~1l => I 
'--------..v -/ 
l diferen<;a de pol,mcial => l (potencial gravitacional inicial) - (potencial gravitacional final) = ~ V~II eletrico 
o primeiro membro dessa igualdade representa a diferenc;a de potencial gravi­ Observat;i5es: 
tacional, enquanto 0 segundo membro esta associado ao movimento do corpo. ou 1. A diferent;a de potencial eMtrico e chamada. simpliJicadamente. diferem;:a de poten. 
seja: cial; sua representat;iio e leita alraues das iniciais ddp. au atraues da letra U. 
(potencial gravitacional inicial) - (potencial gravitacional final) = ~ V~n 2. A diJerent;a de potencial elelrico (ddp) e tambem conhecida como tensao eMtrica 011 
voltagem. () Em resumo: 
(diferenr;a de potencial gravitacional) --.. (movimento) 
56 existira uma corrente eletrica se existir uma diferenr;a de potencial 
eletrico. 
Em resumo: 
Ou seja:
l 56 existira i se existir U. KI , { l "
 '---~~,~r/
 djferen~a de polencia! ',- Unidade de diferenf;a de potencial eletrico gravitacional 
Em homenagem a Alessandro Volta' , no Sistema Internacional de Unidades a 
diferen<;;a de potencial emedida em volts (V). 
..-------------­
L.':./' /' 
,­
_ 
• Alessandro Giuseppe Anto~io Anastasio Volta (1745-1827). Fisico italiano. inventou a bateria eletrica e
_I o eletroforo. Descobriu e isolou 0 gas metano. em 1778. 
40 Parte I: E/etrodinamica 
. Capitulo 3: Elementos associados il corrente eletrica 41 
Assim: 
I 51 uni~ade de ddp (U) ~~olt (v] 
A fun~ao das pilhas e baterias 
Voltemos, agora, ao nosso plano inclinado inicial e analisemos 0 caso real, onde 
os atritos (do plano e do ar) devem ser considerados. Se, num dado instante, 0 plano 
inclinado se tornar horizontal, deixara de existir a diferenc;:a de potencial gravitacional 
e 0 bloco acabara parando. 
(diferenc;a de potencialdlferen~a 
~g 
'-'- '- t,
------------
~------------------
(> gravitacional) = 0de potenCial
 
gravitacional V~O
 
/	
{ ~---r':~-~ 
/	 
,/ 
---_..... . 
Assim, e necessario que a diferenc;:a de potencial gravitacional seja mantida para 
que se mantenha indefinidamente 0 movimento do bloco. 
Analogamente, se deixar de existir a diferenc;:a de potencial eletrico, os portado­
res de carga deixarao de se movimentar ordenadamente. 
, - ­ - ­ --}, 
--v-­ -- ­ ~ 
(U ~ 0) (U = 0) 
Ho corrente eletrica. Noo h6 corrente eletrica. 
Em resume: 
E necessario manter a dijeren<;a de potencial eletrico para que uma corrente 
eletrica seja mantida. 
Os geradores' (ou fontes eletricas) tem por func;:ao manter uma diferenc;:a de 
potencial eletrico constante, permitindo, assim, que haja condic;:6es de a corrente 
eletrica circular. No caso da corrente eletrica continua, esses geradores sao repre­
sentados pelas pilhas e baterias. 
. 0 estudo completo das fontes eletricas ou geradores sera feito no capitulo 7 IEstudo dos geradores). 
42 Parte I: Eletrodinamica 
Atraves de reac;:6es quimicas, as pilhas e baterias transformam energia quimica 
em energia eletrica e mantem constantes as diferenc;:as de potencial eletrico res­
ponsaveis pela corrente continua. 
Assim, por exemplo, uma pilha comum de lanterna mantem constante uma ddp 
de 1,5 V, enquanto uma bateria de carro mantem constante uma ddp de 12 V. 
Observat;oes: 
1.	 Abaixo, vemos a corte de dais tipos de pi/ha (pi/ha comum e pilha de te/efone), mos­
trando a disposi(ao dos elementos qUlmicos em seu interior, bem como sua represen­
to(ao esquematica. Note que as pi/has apresentam dais terminais, denominadas polos: 
a polo central de corvao (positivo) e a polo de zinca (negativo). que envolve a de 
carvao. 
(+) 
cilindro 
de carvao 
pasta de c1oreto 
de zinco + L)
c1or:lo de 
amOnla + 
bi6xido de 
manganes 
revestimento 
de zinco (-) L)~'Pilha comum. 
(-) (+) Tcilindro 
de Representa~iiocarvaopasta esquemolica 
qUlmica de uma pilha.revestimento 
de zinco L)
 
Pilha de tele/one. 
CapItulo 3: Elementos associados a corrente eletrica 43 
2.	 0 polo positivo (-I ) de um gerodor corresponde 00 terminal de maior potencial eletri· 
co (analogo 00 ponto mais alto do plano inc/inado formado pela tabua, no exemplo 
meconico). 0 polo negativo ( - ) de um gerador corresponde 00 terminal de menor po­
tencial eJetrico (ana/ogo ao ponto mais baixo do plano inc/inado formado pela tabua) 
3.	 As baterias sao tambem chamadas acumuladores, e diferem das pilhas pe/o fato de po· 
derem ser recarregadas. 
3. CIRCUITO SIMPLES 
Na figura abaixo, ao unirmos os dois p610s de uma pilha atraves de um fio con­
dutor, construimos um circuito eletrico simples, no qual passa a circular uma cor­
rente eletrica. 
+ 
---l... ­
c) +... 
Circuito eltlrico simples.	 Represenlo(:oo esquematico de 
urn circuilO el€trico simples. 
Externamente a pilha, verifica-se que a corrente eletrica, em seu sentido con­
vencional, vai do polo positivo para 0 polo negativo. Durante esse percurso, a ener­
gia eletrica associada aos portadores de carga e transformada em outro tipo de ener­
gia nao-eletrica (termica, quimica, etc.). 
Por outro lado, no interior da pilha, verifica-se que a corrente eletrica, em seu 
sentido convencional, vai do polo negativo para 0 polo positivo. Durante esse per­
curso, a pilha transforma energia nao-eletrica (quimica) em energia eletrica dos porta­
dores de carga. 
Passemos, agora, a uma situa<;ao priitica, onde enriqueceremos 0 circuito sim­
ples anterior, acrescentando, inicialmente, uma lampada: 
Esquematicamente, temos: 
representa~ao esquemalica / 
de uma lampada .. 
+ 
Em seguida, vamos completar 0 nosso circuito, introduzindo mais um elemento: 
uma chave ou interruptor. 
chave aberta chavefechada 
Esquematicamente, temos, para a chave aberta: 
represenla~ao esquemalica 
de uma chave aberta 
,.'+	 /.-- ­~. 
4. RESISTENCIA EU~:TRICA 
Como vimos anteriormente, nos metais os eletrons das ultimas camadas 
(eletrons livres) estao fracamente ligados aos nucleos atomicos e possuem grande 
mobilidade. Estabelecendo uma ddp entre os terminais de um condutor metiilico, es­
ses eletrons adquirem movimento ordenado (corrente eletrica). 
Capitulo 3: Elementos ossociados ii corrente eMtrica44 Parte I: Eletrodindmica 45 
__
Por sua vez, os atomos do condutor, ao perderem eletrons, transformam-se em 
ions positivos. Esses ions dificultarao 0 movimento dos eletrons livres tanto pelas suas 
dimens6es (os ions sao praticamente fixos e muito maiores que os eletrons), como 
pela sua carga eletrica (os ions possuem carga eletrica positiva e os eletrons, carga 
eletrica negativa). 
Assim, definimos resistencia eletrica como sendo a dificuldade que os portado­
res de carga encontram para se moverem no interior de um condutor. 
Nos condutores metalicos, essa dificuldade que os eletrons Iivres encontram para 
se mover traz, como conseqUencia, um aquecimento do condutor (efeito termico ou 
efeito Joule). Como vimos anteriormente, na pratica esse efeito tem grande aplica<;ao 
no funcionamento de aparelhos com os quais se pretende obter calor, tais como chu­
veiros, torradeiras, fenos de passar roupa, secadores de cabelo, etc. 
Unidade de resistencia eletrica 
No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de resistencia eletrica e 0 
ohm, em homenagem a Georg Simon Ohm' . 0 simbolo da unidade ohm e a letra 
grega n (omega). 
5. RESISTORES 
Todo condutor que, quando perconido por uma corrente eletrica, transforma 
mtegralmente a energia eletrica em calor e denominado resistor. 
Comportam-se aproximadamente como resistores os condutores metalicos e a 
grafite. 
Tipos de resistores 
Na pratica, sao utilizados dois tipos de resistores: 0 resistor de carvao e 0 resistor 
de fio. 
Resistor de carvao 
o resistor de carvao e constituido de um bastao de grafite comprimida, revesti­
do por uma camada isolante de ceramica, tendo dois terminais presos em seus 
extremos. 
Resistor de fio 
o resistor de fio e constituido 
de um fio metalico enrolado sobre 
um suporte cilindrico isolante. 
Enquanto os resistores de 
carvao controlam correntes de baixa 
intensidade, os resistores de fio sao 
normalmente usados para controlar 
correntes de elevada intensidade. 
Representac;ao de urn resistor 
Ao lade vemos de que maneira R 
se representa um resistor de resis­
---(IIlUl--l--­
tencia eletrica R, inserido num tre­ I 
cho de circuito eletrico. Qi
I 
I R I 
____~:-I _ 
Vamos, entao, voltar ao circuito eletrico que montamos anteriormente e acres­
centar mais um elemento, fazendo, em seguida, a conespondente representa<;ao 
esquematica 
.. {>j R­
oo( VWl/VWvr----­j 
----J-EI • '. (Xl' j 
Fatores que deterrninarn a resistencia eletrica de urn 
resistor 
A experiencia mostra que a resistencia eletrica de um condutor depende, basi­
Georg Simon Ohm (1787 ·1854) Fisico e malematico alemao, publicou obras de Geometria antes de se 
camente, de quatro fatores: 0 seu comprimento, a area de sua sec<;ao transversal, 0interessar pela Eletricidade, setor onde deu grandes contribuir;6es. Escreveu, ainda, trabalhos sobre 
Acustica. material do qual ele e feito e sua temperatura. 
46 Parte I: Eletrodinamica Capitulo 3: Elementos associados a corrente eletrica 47 
I' 
~i., 
Comprimento 
Em condutores feitos do mesmo material e com mesma secc;;ao transversal cons­
tante, a resistencia e1etrica e diretamente proporcional ao comprimento (L). 
De modo simplificado, 0 condutor que possui maior comprimento apresenta 
maior resistencia eletrica. 
comprimento menor 
resislencia menor 
comprimento maior 
resistencia maior ()	 o 
Seq;ao transversal 
Em condutores feitos do mesmo material e com mesmo comprimento, a resis­
tencia eletrica e inversamente proporcional a area da secc;;ao transversal (5). 
sec~ao com area menor 
resistencia maior 
sec~ao com area maior 
resistencia menor 
De modo simplificado, 0 condutor com secc;;ao transversal de menor area apre­
senta maior resistencia eletrica. 
Essa relac;;ao pode ser expressa matematicamente da seguinte forma: 
IR e~1 '= 
onde Rea resistencia eletrica do condutor, Leo comprimento do condutor, 5 e a 
area da secc;;ao transversal do condutor e e e uma constante de proporcionalidade, 
caracterlstica do material de que e feito 0 condutor, e que se denomina resistividade. 
A resistividade de um material depende da temperatura. 
Temperatura 
Na maioria das substfmcias, quanto mais elevada a temperatura, maior a re­
sistencia oferecida por elas apassagem dos portadores de carga. Isso ocorre porque, 
com 0 aumento da temperatura, aumenta tambem 0 grau de agitac;;ao molecular das 
partfculas que constituem a subst€mcia. Conseqiientemente, aumenta 0 numero de 
I
colis6es entre os eletrons livres e os Ions do condutor, aumentando sua resistencia ~~~ 
eletrica. 
48 Parte I: Eletrodinamica 
Em resumo: 
Em geral, se t aumenta, R tambem aumenta. 
Observatyoes: 
1. A expressao R = Q~ tambem e conhecida como Segunda Lei de Ohm. 
2. Da expressao R = Q ~' conc/ufmos que Q = ~S. Como, no SIstema Internacional 
de Unidades, R e medido em ohms, S e medido em metros quadrados e L e medido 
em metros, temos, enta~, Q medido em ohm . metro rn . mi. 
2 
. . 'd d' d'd a . mmUsuaImente, a reslstlVl a e e me I a em 
m 
3. Na praiica, costuma·se tambem definir: 
• condutancia, como 0 inverso da resistencia eMtrica; 
• condutividade, como 0 inverso da resistividade. 
4. A	 variat;:ao da resistencia eletrica de um resistor com a temperatura depende da va­
riat;:ao da resistividade do material com a temperatura. 
Podemos determinar a resistividade Q de um rJ?aterial em funt;:ao da temperatura t, 
atraves da expressQo experimental:I-Q-=-Qo-(1-+-a-1)I ' 
onde Qo e a resistividade do condutor Q temperatura de 0 0 C e a e·um coeficiente de 
proporcionalidade, caracterfstico da substilncia de que e feito 0 condutor, denominado 
coeficiente de temperatura. Eis alguns valores tfpicos de eo e a: 
Material 
Resistividade 
a 0 0 C(ea) 
(a. m) 
Coeficiente de 
temperatura (er) 
(OC- 1) 
Prata 1,6. 10- 8 0,0041 
Cobre 1,7. 10- 8 0,0068 
Alumfnio 2,7.10- 8 0,0043 
Tungstenio 5,6.10- 8 0,0045 
Ferro 10. 10- 8 0,0065 
Platina 11 . 10- 8 0,0039 
Mercurio 98. 10- 8 0,0009 
5. Na grafite enos condutores ionicos, a resistividade diminui com 0 aumento de 
temperatura.
 
Na grafite, 0 aumento de temperatura acarreta um aumento de eletrons livres, 0 que
 
corresponde a uma diminuit;:ao de resistividade. Nos condutores ionicos. 0 grau de dis­
sociat;:ao ionica aumenta com a temperatura e, conseqUentemente, a resistividade dimi­
nul.
 
6. E interessante saber que, quando a temperatura se aproxima do zero absoJuto 
(- 273, 15° C), a resistencia dos metais tende a zero. Dizemos, entao. que 0 metal esta 
num estado de supercondutividade. 
Capitulo 3: Elementos associados ii corrente eletrica 49 
----
LEITURACOMPLEMENTAR------
Reostatos 
Muitos dispositiuos encontrados em nosso dia-a-dia funcionam gra(:as ii uaria(:ao de inten­
sidade da corrente eletrica. Isso sera possluel se tiuermos associado ao circuito um resistor de re­
sistencia uariauel, denominado reostato. 
oJI--1L 
R 
Fundamenta/mente, 0 reostato e um resistor de fio sobre 0 qua/ corre um cursor meta/ico 
que isola parte desse resistor, desuiando a corrente eletrica para um terminal preso a ele (figura 
anterior). 
Obserue, agora, 0 circuito abaixo. Ao des/ocarmos 0 cursor do reostato, a/teramos sLla re­
sistencia. ConseqiJentemente, a intensidade de corrente eletrica do circuito tambem uaria, fa­
zendo com que a lompada brilhe mais ou menos intensamente. 
c) 
Da mesma forma, a intensidade do 
som dos radios e aumentada ou dimi­
nUlda gra(:as ii a(:ao de um reostato, 
que, neste caso, tem um aspecto dife­
rente, conforme uemos na figura ao 
lado. 
o reostato tem, ainda, grande apli­
ca(:ao nos uefculos movidos a eletricidade. 
palhet., 
condutora 
Observac;ao:
 
Em Iinguagem tecnica, 0 reostato e conhecido como potenciometro.
 
50 Parte/: Eletrodinomica 
Fusiveis 
Vimos que um dos efeitos da corrente eletrica e 0 aquecimento dos conc;Jutores (efeito 
Jou/e). Quando esse aquecimento se torna exagerado, ha necessidade de se protegerem as li­
gQl;:6es eletricas, bem como os apare/hos servidos por elas. Recorremos, entCio, aos fuslueis. 
Fus/veis sao dispositivos que, quando aquecidos acima de uma determinada temperatura. 
fundem-se, interrompendo, assim, a passagem da corrente. 
Abaixo, vemos 0 fuslve/ "caseiro", constituldo de um condutor feito de uma liga de chum­
bo-estanho (baixo ponto de fusao) e protegido por um envoltorio iso/ante (lou(:a). 
Fus/vel "caseiro" 
Na pratica, clem dos fuslveis "caseiros" (fuslueis de rosca) , usam-se tambem fus/veis de 
cartucho solido (para prote(:ao de insta/a(:6es comerciais e industriais) e fus/veis de cartucho de 
vidro (para prote(:i5o de sistemas eletricos mais delicados, como, por exemplo, 0 sistema eletri­
co dos aparelhos de som). 
Com essa mesma finalidade, e tambem utilizado 0 disjuntor, que difere dos fus/veis co­
muns pelo fato de nao ser descartavel: quando desligado por uma corrente eletrica de elevada 
intensidade, basta ser novamente ligado para vo/tar a funcionar. 
Fuslvel de cartucho de vidro. 
Fllsiuel de cartucho solido Disjuntor. 
Capftulo 3: Elementos associados a corrente eletrica 51 
Lampadas incandescentes 
filamentoA /ompada incandescente comum consta 
de tungstenio de um filamenlo de tungstenio de diilmetro 
1 
aproximadamenle igual a 100 mm, enro/ado 
suporte
em forma de espira/ para permitir maior apro­
veitamento luminoso Envo/vendo esse fila­
mento temos um bulbo de vidro contendo um 
gas nobre (criptonio ou nitrogenio com 
argonio), que visa a aumentar a durabilidade 
do fi/amento. 
A temperatura do jilamento varia entre 
2500 0 C e 3 0000 C, podendo sua vida 
media variar de 1 000 horas a 6 000 horas. 
I~.,I 
gas nobre 
o 
Observe, na i/ustrQ(;:i'io ao /ado, a dispo­
si~i'io dos terminais da /ilmpada. --~-0 ~ 
• Questoes resolvidas 
1.	 Julgue a afirmativa: 
A toda corrente eletrica esta sempre associada uma diferenc;;a de potencial, mas nem toda 
diferenc;;a de potencial esta associada a uma corrente elelrica. 
Resoluc;;ao: 
Analisemos, separadamente, cada uma das partes que compoem a afirmativa: 
•	 Para que a corrente eletrica circule, ha necessidade da existencia de uma diferenc;;a de 
potenci:l.I, ou seja: 
1._ ~ra ~:iS~~m~~ 
circuito 
fechado 
• Todavia, se um circuito estiver aberto,	 nao ha passagem de corrente elelrica, mas a pilha 
mantem constante a sua diferenc;;a de potencial, ou seja: 
~_ode existir U sem que exista i. I 
circuito aberto 
i = 0 
Conc1usao: A afirmativa estii correta. 
2. Represente esquematicamente 0 circuito da figura abaixo. 
Resolu<;ao: 
Pelas convenc;;6es adotadas, podemos re­
presentar 0 circuito dado atraves do es­
quema iluslrado ao lado, onde:
 
(1): pilha. (3)
 
(2): chave aberta.
 
(3): fusiveis. ~
 
(4): reostato (resislor de resistencia eletri- (2) (1)
 
ca variavel). + I - I
 
(5): lampada.
 
23.	 Para um condutor de cobre de 40 m de cornprirnento e s!?Cc;;ao transversal de 0,25 mm
de area, qual 0 valor da resistencia eletrica correspondente? 
2
D.mm )Dado: ecu = 0,0178 m .( 
Resolu<;ao: 
Para a resislencia eletrica R de um condutor, podernos escrever R = Q t, onde e e a resis­
!ividade do material de que e feito 0 condutor, Leo seu comprirnento e Sea area de sua 
sec<;ao rela. 
2 
2Sendo e = 0,0178 D. mm , L 40 rn e S = 0,25 mm , vern: 
m 
2
 
R = 0,0178 0 . mm 40 m => I R"" 2,850 I
 
m 0,25 mm2
 
4.	 Calcule a resislividade e da praIa, sabendo que urn fio de praIa, de comprimento 
L = 1,0 m e de 1,0 mm de diametro, tern resislencia R = 0,020 D. 
Resolu<;ao: 
Lembrando que, para um fio cilindrico de raio r, a correspondenle area da sec<;ao trans­
versal e expressa par S = 7r?, e sendo R = e ~ , vern: 
G=--E'~"'-~~@,.F~=C"=-C'?-DR = e J:.. => UJR7r?7r? e-­L 
~	 >tL 
52 Porte I: E/etrodinilmico	 Capftulo 3: Elementos associados a corrente eletrica 53 
Do enunciado, temos: 
R =	 0,020 n 
L =	 1,0 m = 100 em 
{ fr	 = = ~ mm = 0,05 em 
Voltando a expressao acima, vern: 
R7lTz _ 0,020.3,14.0,05z 
Q =	 -----c- ­ 100 
Z=> I(I 1,57 . 10- 6 11. em lou I(I Z 1,57 . 10- 8 n. m·1 
•	 Questoes propostas 
1.	 Julgue as afirmativas: 
I) Para que uma corrente eletrica circule, ha necessidade de existir uma diferen<;a de po­
tencial entre os terminais do condutor. 
II) As pllhas sao responsaveis, pela circula<;ao de correntes continuas. 
Ill) A resistencia eletrica de urn resistor depende do material de que ele e feilo, do seu 
comprimento, da area de sua sec<;ao transversal e da sua temperatura. 
IV)	 Os fusiveis sao ulilizados para proteger os circuitos eletricos contra a eleva<;ao exage­
rada da temperatura. 
2. Represente esquematicamente 0 circuito ilustrado abaixo. 
3. Calcule 0 comprimento de urn fio metalico, de resistencia igual a 15 fl, sabendo que sua 
resistividade e 0 raio da sua sec<;ao transversal valem 3.10- 6 n. em e 0,7 mm, respecli­
vamente. 
RESPOSTAS 
1. I) Certo, II) cerlo, III) cerlo, IV) certo. 
2. 
+ 
3. L = 770 m 
54 Parte I: Eletrodinamica 
•	 Questoes compJementares 
1,	 (FFALM-PR) A resistencia de urn condutor e diretamenle proporcional e inversamenle 
proporcional, respectivamente: 
a) a resistividade e ao comprimento do condutor.
 
b) ao comprimento e a resistividade do condutor.
 
c) a area

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