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revisão bibliografia (lixo hospitalar)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE BACHARELADO EM GEOGRAFIA 
Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde - Descarte de Resíduo de Serviço de Saúde e os impactos negativos causados ao meio ambiente.
Trabalho apresentado a Professora Ana Amélia como parte integrante do III crédito da disciplina Metodologia do trabalho científico, pelas discentes Elionay Araújo Menezes e Erika Céo S. Santos, semestre 2015.1.
Ilhéus – Bahia
 2015
Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde - Descarte de Resíduo de Serviço de Saúde e os impactos negativos causados ao meio ambiente.
Resumo
Os resíduos de saúde são aqueles gerados por hospitais, clínicas veterinárias, clínicas médicas, odontológicas entre outras. O descarte incorreto e inadequado desses resíduos pode acarretar e constituir um problema em termos de contaminação no meio ambiente, vários deles afeta a saúde da população; como contaminação da água, do solo e proliferação de vetores. A maneira de minimizar esses impactos é o gerenciamento correto desses resíduos. 
Palavra chave: resíduo serviço saúde, gerenciamento serviço saúde, resíduos hospitalares.
Introdução
A grande produção de resíduos, atrelado ao mau gerenciamento pode acarretar danos a curto, médio e longo prazo aos seres humanos e ao meio ambiente, se as devidas precauções e cuidados não forem tomados no armazenamento, manuseio, segregação e eliminação destes resíduos.
O aumento na geração de resíduos do serviço de saúde aliado à falta de infraestrutura por parte das empresas geradoras e ao fato de que a maioria das empresas não possui mão de obra especializada para o manuseio desses resíduos, pode ocasionar um elevado nível de resíduo que a natureza não consegue depurar, comprometendo a qualidade de vida ambiental e por consequência a qualidade de vida humana e, quando os impactos econômicos, sanitário e ambiental. A gestão inadequada de resíduos é crime ambiental definido na Lei 9.605 de 1998, Leis de crimes ambientais, o que abrange o gerenciamento de resíduos sólidos. O estudo a seguir tem como objetivo realizar um levantamento bibliográfico das causas, e consequências e a importância de se ter um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS) e a destinação final adequada para a preservação do meio ambiente.
Definição Resíduo de Serviço de Saúde 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, segundo a Resolução RDC 306/04 ANVISA define como geradores de Resíduo de Serviço de Saúde (RSS):
 todos os serviços relacionados com atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliares e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizam atividades de embalsamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviço de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação, estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtos de matérias e controles para diagnósticos in vitro; unidades móveis de atendimento a saúde; serviço de acupuntura; serviço de tatuagem dentre outros similares.
Características Resíduos de serviços de Saúde
De acordo com a Resolução CONAMA 358/2005 os resíduos sólidos de serviço de saúde ficam assim classificados.
 Grupo A potencialmente infectante: Resíduo com possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção.
 Grupo B risco químico: Resíduo contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxidade.
 Grupo C rejeito radioativo: Quaisquer matérias resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da comissão Nacional de Energia Nuclear CNEN e para os quais a reutilização é impropria ou não prevista.
 Grupo D resíduo comum: Resíduos que não apresentam riscos biológicos, químicos ou radiológicos á saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
 Grupo E os perfurocortantes: Matérias perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidros, limas endodônticas, pontas diamantadas, laminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, laminas e lamínulas; espátulas e todos os utensílios de vidros quebrados no laboratório. (pipetas, tubos de coleta de sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Plano de Gerenciamento de Resíduo de Serviço de Saúde
Conforme resolução Conama 358/2005 
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço Saúde é um documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponte a descrever as ações relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção á saúde pública e ao meio ambiente.
Sistema de tratamento de serviço de saúde é um conjunto de processos e procedimentos que alteram as características físicas, físico-químicas, químicas ou biológicas dos resíduos, podendo promover a sua descaracterização, visando a minimização do risco à saúde pública, a prevenção da qualidade do meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador.
Disposição final de resíduo de serviço de saúde e a prática de dispor os resíduos sólidos no solo previamente preparado para recebê-los de acordo com critérios técnicos construtivos e operacionais adequados, em consonância com as exigências dos órgãos ambientais competentes.
Redução na fonte: atividade que reduza ou evite a geração de resíduos na origem, no processo, ou que altere propriedades que lhe atribuam riscos, incluindo modificações no processo ou equipamentos, alteração de insumos, mudança de tecnologia ou procedimento, substituição de materiais, mudanças na prática de gerenciamento, administração interna do suprimento e aumento na eficiência dos equipamentos e dos processos.
Segundo a RDC 306/04 ANVISA, o gerenciamento dos RSS consiste em um conjunto de procedimentos planejados e implementados, a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, que tem o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Legislação
Várias normas brasileiras já citadas tratam do assunto destacando-se ainda as normas:
NBR 10.004/87 – Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.
NBR 7.500/87 – Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de resíduos sólidos.
NBR 12.235/92 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos definidos na NBR 10004 – procedimentos.
NBR 12.807/93 – Resíduos de serviços de saúde – terminologia.
NBR 12.808/93 – Resíduos de serviços de saúde – classificação.
NBR 12.809/93 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde–procedimentos.
NBR 12.810/93 – Coleta de resíduos de serviços de saúde – procedimentos.
NBR 13.853/97 – Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes – requisitos e métodos de ensaio.
CNEN – NE 6.05/98 – Gerência dos rejeitos radioativos.
 Ausência de plano de gerenciamento RSS 
 Segundo Santos et al.(2014, p. 2177) os impactos ambientais causados pelo gerenciamento inadequado dos resíduos hospitalares podem atingir grandesproporções, desde contaminações e elevados índices de infecção hospitalar até a geração de epidemias ou mesmo endemias devido a contaminações de lençóis freáticos pelos diversos tipos.
Segundo Garcia (2004, p.746) podem ser vários os danos decorrentes do mau gerenciamento dos resíduos de serviço de saúde, dentre eles destaca-se a contaminação do meio ambiente, a ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo profissionais da saúde da limpeza publica e catadores e a propagação de doenças para a população em geral, por contato direto ou indireto através de vetores.
Garcia (op. cit.) (p. 747) os resíduos de serviços de saúde podem apresentar elevado teor de substâncias químicos como desinfetantes, antibióticos e outros medicamentos o que pode elevar o risco químico além do biológico. Essa junção de resíduos contendo microrganismos e substâncias químicas pode provocar um aumento das bactérias resistentes a certos antibióticos. Dessa maneira a falta do gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde pode favorecer a propagação da resistência bacteriana múltipla a antimicrobianas.
Exemplo de caso de infectado por resíduo de serviço de saúde foi o que ocorreu com, o gari de Campo Grande (MS), Odirlei Soares de Castro, se feriu quando recolhia lixo no Hospital Geral El Kadri. Ele conta que no meio dos resíduos comuns do hospital particular havia seringas usadas. “No que eu bati a mão, eu já senti. Na hora que eu tirei a luva, eu vi o furo saindo sangue”, lembrou o gari. Depois do ferimento, Odirlei fez exames. O resultado: ele tinha hepatite B e sífilis. Obtido Jornal O Globo, 4 de set 2015.
Em Ilhéus (BA) o Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF) foi notificado pela Secretária de Meio Ambiente e Urbanismo (SEMA) do município pelo descarte irregular de resíduos hospitalares. 
Durante uma operação de fiscalização realizada no local, foi constatada que a unidade de saúde descarta resíduos hospitalares (seringas e sangue) diretamente na rede de drenagem pluvial. 
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORRÊA, L. B. et al. O saber resíduos sólidos de serviços de saúde na formação acadêmica: uma contribuição da educação ambiental. Interface comun saúde educ, v. 9, n. 18, p. 571-84, 2005.
FEREIRA. A. J. Resíduos sólidos e lixo hospitalar: uma discussão ética, Cad. Saúde Pública, Cad. Rio de Janeiro, v.11, n°2, p. 314 – 320, abril – junho 1985
GARCIA. P. L. ; RAMOS. Z. G. B. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão de biossegurança, Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20 n°3, p. 744-752, maio - junho, 2004
KALB, Christiane Heloisa. Os debates científico-técnicos sobre os riscos do lixo hospitalar: uma perspectiva interdisciplinar.
Lixo hospitalar é misturado a lixo comum em cinco estados e no Distrito Federal acessado em 4 de set 2015. Disponível em:
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/07/lixo-hospitalar-e-misturado- lixo-comum-em-cinco-estados-e-no-df.html Bom dia Brasil
MACEDO, L. C. et al. Segregação de resíduos nos serviços de saúde-a educação ambiental em um hospital-escola. Cogitare Enfermagem, v. 12, n. 2, 2007.
MORAES, L. R. S. Acondicionamento e coleta de resíduos sólidos domiciliares e impactos na saúde de crianças residentes em assentamentos periurbanos de Salvador, Bahia, Brasil. Rio de Janeiro: Cad Saúde Pública, v. 23, 2007.
NAIME, R.; SARTOR, I.; GARCIA, A. C. Uma abordagem sobre a gestão de resíduos de serviços de saúde. Londrina: Revista Espaço para a Saúde, v. 5, n. 2, p. 17-27, 2004.
SANTOS. N. J. ; BELLUCCI. S. F. ; AREIAS. C. A. M. Sustentabilidade na gestão de resíduos de serviços de saúde (RSS) em instituições de saúde: um overview sobre o estado da arte, Revista Eletrônica Gestão & Saúde, Vol.05, Nº. 03, p. 2173-2194, 2014
SOUSA, R. L. de et al. Descarte adequado de perfurocortantes num hospital de Macapá-Brasil: Um importante fator de prevenção de acidentes. Ciência Equatorial, v. 3, n. 1, 2013.
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