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METABOLISMO DO CÂNCER ü captação de glicose e a glicólise são ~10 vezes mais rápidas na maioria dos tumores que em tecidos normais; ü Dependem da via glicolí>ca anaeróbica (fermentação lá>ca) para a maior parte de sua produção de ATP; ü Alteração mitocondrial: menor número, mutações no mitDNA, espécies rea>vas de oxigênio, etc... ü Warburg foi o primeiro a mostrar, em 1928, que os tumores tem metabolismo glicolí>co acelerado e alta produção de lactato, mesmo com oxigênio disponível – EFEITO WARBURG DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DIAGNÓSTICO DO CÂNCER TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET SCAN) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (CT) RESPIRAÇÃO CELULAR COMPLEXO PIRUVATO DESIDROGENASE Enzimas: piruvato desidrogenase (E1), diidrolipoil transace>lase (E2) e diidrolipoil desidrogenase (E3). Vitaminas: >amina, riboflavina, niacina, pantotenato. complexo Piruvato desidrogenase Piruvato AceIl-CoA Na mitocôndria: RESPIRAÇÃO celular: três estágios 1. Produção de ace>l-CoA 2. Ciclo de Krebs. Oxidação de ace>l CoA e formação de CO2, NADH e FADH2. 3. Fosforilação oxida>va de NADH e FADH2. Ciclo de Krebs Produção de energia. Biossíntese. ü Região central do metabolismo ü Natureza anfibólica Histórico “Quando o citrato é adicionado, a velocidade da respiração aumenta... Porém, a quan>dade de oxigênio absorvido é muito maior que a que pode ser atribuída à oxidação completa do citrato adicionado... ...é provável que ele seja removido por uma reação primária, mas regenerado depois, por uma reação subseqüente” H. A. Krebs Enzymology, 1937 Hans Adolf Krebs Prêmio Nobel, 1953 • Em 1937, Krebs realizou vários experimentos onde era medido o consumo de oxigênio em músculos peitorais de pombos e que esse consumo era aumentado em presença de piruvato. Ele observou também que a oxidação do piruvato era esImulada pelo oxalacetato, cis-aconitato, isocitrato e α-cetoglutarato. • O fato da adição de piruvato e oxalacetato ocasionar um acúmulo de citrato levou Krebs a deduzir que se tratava de um ciclo. Conceitos básicos e funções • Também denominado Ciclo do Ácido Cítrico ou Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos. • Tem por obje>vo principal fornecer elétrons altamente energé>cos, pela degradação do citrato em oxalacetato, para alimentar a cadeia transportadora de elétrons. • O Ciclo de Krebs é a junção metabólica central da célula. É a porta para o metabolismo aeróbico de qualquer molécula que possa ser transformada em um grupamento ace>la ou em um intermediário do Ciclo de Krebs. • Ocorre em oito etapas no interior da mitocôndria. • O Ciclo de Krebs par>cipa efe>vamente tanto de processos anabólicos como catabólicos (anfibólico). ci Ciclo do Ácido Cítrico Condensação Desidratação Hidratação Descarboxilação oxidaIva Descarboxilação oxidaIva Fosforilação ao nível do substrato Desidrogenação Hidratação Desidrogenação 1. Formação do citrato 2. Formação do isocitrato via cis-aconitato 3. Oxidação do isocitrato a α-cetoglutarato e CO2. 4. Oxidação do α-cetoglutarato a succinil-CoA e CO2. Complexo da α-cetoglutarato Desidrogenase* α-cetoglutarato Succinil-CoA * enzimas: E1, E2, E3; coenzimas: TPP, lipoato, FAD, NAD, coenzima A. 5. Conversão de succinil-CoA em succinato. Succinil CoA sintetase* Succinil CoA Succinato *Em animais, existem 2 isozimas, uma específica para ADP e outra para GDP. Fosforilação a nível de substrato: GTP + ADP → GDP + ATP nucleosídio difosfato quinase 6. Oxidação de succinato a fumarato . Succinato desidrogenase Succinato Fumarato Succinato desidrogenase Malonato: Inibidor compeIIvo 7. Hidratação de fumarato produz malato. Fumarato Estado de transição do carbaníon Malato fumarase fumarase 8. Oxidação do malato a oxaloacetato. L-malato Oxaloacetato malato desidrogenase A energia de oxidação é conservada no ciclo. 3 moléculas de NADH 1 molécula de FADH2 1 molécula de GTP (ATP) Papel do ciclo do ácido cítrico no anabolismo. Papel do ciclo do ácido cítrico no anabolismo. Papel do ciclo do ácido cítrico no anabolismo. Papel do ciclo do ácido cítrico no anabolismo. Papel do ciclo do ácido cítrico no anabolismo. Reações anapleróIcas do ciclo do ácido cítrico. piruvato + HCO3- + ATP oxaloacetato + ADP + Pi Fígado, rim fosfoenolpiruvato + CO2 + GDP oxaloacetato + GTP Coração, músculo esqueléIco fosfoenolpiruvato + HCO3- oxaloacetato + Pi Vegetais superiores, levedura e bactéria piruvato + HCO3- + NAD(P)H malato + NAD(P)+ Largamente distribuída nos eucariotos e procariotos piruvato carboxilase PEP carboxiquinase PEP carboxilase enzima málica REAÇÃO TECIDO/ ORGANISMO Reações anapleróIcas do ciclo do ácido cítrico. AceIl-CoA Frutose 1,6 bifosfato Coenzima bioIna (CO2) Regulação do ciclo do ácido cítrico. [ATP] [ADP] [NADH] [NAD+] Oferta energéIca alta: ↓ velocidade do Ciclo de Krebs A velocidade do fluxo é regulada por: Ø Disponibilidade de substrato Ø Inibição por acúmulo de produto Ø Inibição alostérica retroa>va CADEIA TRANSPORTADORA DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA. 1948 Eugene Kennedy e Albert Lehninger Nos eucariotos, todo o conjunto de reações do ciclo do ácido cítrico ocorre no interior da mitocôndria, sendo esta organela o sí>o da fosforilação oxida>va. Eugene Kennedy, 1919 - J. Biol. Chem. 1949 179: 957-972. Elétrons: provenientes da ação de desidrogenases que coletam elétrons das vias catabólicas e os canalizam para receptores universais de elétrons: • nucleordeos de nico>namida (NAD+ ou NADP+) substrato reduzido + NAD(P)+ → substrato oxidado + NADH + H+ • nucleordeos de flavina (FMN ou FAD) substrato reduzido + → substrato oxidado + Cadeia transportadora de elétrons. FMN FAD FMNH2 FADH2 Cadeia transportadora de elétrons. Tipos de transferência de elétrons: 1) transferência direta de elétrons (ex. redução de Fe3+ a Fe2+) 2) transferência de um átomo de hidrogênio (H+ + e-) 3) transferência como um íon hidreto (:H-) CI CII CIII CIV ATPase Q C CI → IV: complexos respiratórios I à IV (proteínas Fe-S), ATPase: ATP sintase Q: ubiquinona (coenzima Q); C: citocromos (a, b e c) Complexo I (NADH:ubiquinona oxido redutase ou NADH desidrogenase) NADH até ubiquinona. 42 cadeias polipeprdicas diferentes, incluindo uma flavoproteína (FMN) e seis centros de Fe-S. NADH + H+ + Q → NAD+ + QH2 ü transferência exergônica para a ubiquinona (Q) de um íon hidreto do NADH e um próton da matriz; ü transferência endergônica de 4 prótons da matriz para o espaço intermembrana Inibidores: Amital (droga barbitúrica) Rotenona (inse>cida) Piericidina A (an>bió>co) 6. Oxidação de succinato a fumarato . Succinato desidrogenase Succinato Fumarato Succinato desidrogenase Malonato: Inibidor compeIIvo Relembrando o 6º passo do Ciclo de Krebs Complexo II (Succinato desidrogenase) Succinato até ubiquinona. - Única enzima do ciclo de Krebs ligada a membrana mitocondrial interna; - 5 grupos prosté>cos de 2 >pos e 4 subunidades protéicas diferentes: A e B: estendem-se no interior da matriz; C e D: integrais, cada uma com 3 hélices transmembrana, grupo heme b e um sí>o deligação à ubiquinona. Paraganglioma: mutações pontuais no complexo II (próximas ao heme b) ou no sí>o de ligação da quinona ●O2- e H2O2 Outros substratos para as desidrogenases – Ubiquinona. Glicerol 3-fosfato desidrogenase Glicerol 3-fosfato desidrogenase (citosólico) Acil-CoA desidrogenase Acil-CoA graxo Enoil-CoA Espaço intermembrana Matriz Hidrólise de TAG Redução da diidroxiacetona QH2 Complexo III (Citocromos bc1 ou ubiquinona: citocromo c oxidoredutase) Ubiquinona até citocromo c (Ciclo Q). QH2 + 2 cit c1 (oxidado) + 2H+N → Q + 2 cit c1 (reduzido) + 4 H+P Acopla a transferência de elétrons do ubiquinol (QH2) para o citocromo c com o transporte de prótons da matriz para o espaço intermembrana. Complexo IV (Citocromo oxidase) Citocromo c até O2. Transporta elétrons do citocromo c para o oxigênio molecular, reduzindo-o a H2O. Apresenta 13 subunidades 4 cit c (reduzido) + 8 H+N + O2 → 4 cit c (oxidado) + 4 H+P + 2 H2O ●O2- e H2O2 A energia da transferência de e- é conservada em um gradiente de H+. NADH + 11 H+N + ½ O2 → NAD+ + 10 H+P + H2O Energia livre padrão da transferência de e- NADH → O2 -220 kJ/mol Succinato → O2 -150 kJ/mol Bombeamento de H+ Força próton-motriz. Componentes: 1) a energia potencial química devida à diferença na concentração de H+ em duas regiões separadas pela membrana; 2) a energia potencial elétrica que resulta da separação de carga quando um próton se move através da membrana sem um contra-íon. Síntese de ATP Ø Como o gradiente de prótons é tranformado em ATP? A força próton-motriz conserva energia livre mais do que suficiente (~ 200 kJ) por mol de pares de elétrons para formar um mol de ATP (~50 kJ). Ø Modelo quimiosmóIco (Mitchell) Força próton-motriz e ATP sintase. Estrutura da ATP sintase. oligomicina Estequiometria do consumo de O2 e síntese de ATP. Quantos H+ são bombeados para fora através da transferência de e- de um NADH/ succinato para o O2? 10 prótons/ par de elétrons NADH 6 prótons/ par de elétrons succinato (FADH) E quantos H+ devem entrar através do complexo ATP sintase para proporcionar a síntese de uma molécula de ATP? 4 prótons = 1 molécula ATP (1 H+ para o transporte de Pi, ATP e ADP:) Razão P/O NADH (10/4): 2,5 moles de ATP Succinato (FADH; 6/4): 1,5 mol de ATP Reação Nº de ATP ou coenzimas reduzidos formados diretamente Nº de moléculas de ATP formadas no final Glicose → glicose 6-P -1 ATP -1 Frutose 6-P→ frutose 2,6-P -1 ATP -1 2 gliceraldeído 3-P → 2 1,3 bifosfoglicerato 2 NADH 3 ou 5 2 1,3 bifosfoglicerato →2 3-fosfoglicerato 2 ATP 2 2 fosfoenol piruvato→2 piruvato 2 ATP 2 2 piruvato → 2 aceIl-CoA 2 NADH 5 2 isocitrato → 2 α cetoglutarato 2 NADH 5 2 α cetoglutarato → 2 succinil CoA 2 NADH 5 2 succinil CoA → 2 succinato 2 ATP (ou 2 GDP) 2 2 succinato → 2 fumarato 2 FADH2 3 2 malato → 2 oxaloacetato 2 NADH 5 Total 30 - 32 Oxidação aeróbia de uma molécula de glicose através da gia glicolíIca, seguida da reação do complexo da piruvato desidrogenase e do ciclo do ácido cítrico e fosforilação oxidaIva. 20 5 ou 7 → 5 Sistema de lançadeiras. Lançadeira malato-aspartato. Fígado, rim e coração. malato desidrogenase transportador malato-αcetoglutarato Complexo I Sistema de lançadeiras. Lançadeira do glicerol 3-fosfato Músculo esquelé>co e cérebro. Complexo III TRANSLOCASES: NUCLEOTÍDIOS DE ADENINA E FOSFATO CALOR Proteína desacopladora mitocondrial (UCP1) BBC Brasil 09 Abril, 2009. Proteína desacopladora mitocondrial (UCP1) 22º C 16º C, 2 h Acoplamento da transferência de e- com a síntese de ATP. CN-: cianeto, inibe complexo IV Oligomicina, venturicidina: inibe ATP sintase; DNP (dinitrofenol): desacoplador
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