Introdução a Psicologia

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Porque a vida, a vida, a vida, a vida só é possível reinventada.
Cecília Meireles (Flor de poemas)
Reinventar conceitos de vida, de desenvolvimento, de aprendizagem. Reinventar-se?
 Para compreender o desenvolvimento do indivíduo é necessário entender um conjunto de relações de dependência e independência, de identificação e diferenciação do sujeito consigo, com o outro e com a cultura.
 No caminho do desenvolvimento é necessário constituir um sujeito capaz de se perceber separado de um outro para estabelecer com ele uma relação.
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É preciso haver a emergência de um sujeito para que haja aprendizagem, e é na relação com o Outro que ela ocorre. 
Assim, se não houver um Outro que espere que uma criança aprenda a se vestir, a amarrar os cordões do sapato, a conhecer os dias da semana etc., dificilmente essas aprendizagens se consolidarão.
É necessária a presença deste Outro como desejante dessas conquistas e um sujeito que, por amar esse Outro, deseje se parecer com ele e pertencer à sua cultura. 
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Esse Outro se apresenta em lugares e tempos distintos, como a figura da mãe, das instituições, das escolas, do trabalho, etc. 
Mas a mãe oferece os objetos mediatizados pelo seu próprio desejo, de modo que a vivência de satisfação torna-se mais complexa. 
São vivências que constituirão as primeiras inscrições psíquicas, que fundarão o aparelho psíquico e tornarão cada sujeito único, peculiar.
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Como vivem as famílias ?
Dificuldades econômicas.
Porque das birras?
Porque os irmãos brigam?
É normal chorar?
Esse choro precisa ser sedado? Contido?
É equivalente à doença?
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Aspectos a serem observados
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Interdisciplinaridade 
Trandisciplinaridade
 A ênfase atual está na 
 prevenção e na promoção 
 em saúde.
Devemos buscar, no estudo do desenvolvimento, subsídios para uma prática profissional mais humana. 
Isso significa integrar todas as dimensões do desenvolvimento humano no ciclo vital: biológicas, cognitivas, afetivas ou sociais. 
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Tradicionalmente o estudo do desenvolvimento humano focou o estudo da criança e do adolescente.
O interesse pelos anos iniciais tem origem na história do estudo do desenvolvimento humano, que se inicia com a preocupação com os cuidados e educação das crianças, e com o próprio conceito de infância como um período particular do desenvolvimento (Cairns, 1983; Cole & Cole, 2004; Mahoney, 1998).
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Hoje se fala em ciclo vital. 
Amplia-se o estudo do desenvolvimento para além da infância e adolescência.
Papalia e Olds (2000), definem desenvolvimento como o estudo das mudanças que ocorrem na vida dos indivíduos. 
Ficam as questões:
 O que muda? 
 Como muda? 
 E quando muda? 
Estas são perguntas de pesquisas sobre o desenvolvimento, e são abordadas de formas distintas pelas diferentes abordagens teóricas.
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Ex.: Imaginem que vocês estão entrando, pela primeira vez, em um setor de trabalho, como profissionais responsáveis?
?
Surgirão dúvidas! Medos!
O que vocês fariam?
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Variáveis internas: ligadas à maturação orgânica e as bases genéticas do desenvolvimento. 
As variáveis externas: ligadas à influência do ambiente, incluindo o momento histórico em que o indivíduo se desenvolve. 
As mudanças ocorrem ao longo de toda a vida do indivíduo, não só em períodos de transição rápida. (infância, adolescência e envelhecimento).
 Por isso REINVENTAR-SE
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Abordagens sistêmicas chamam a atenção para importância de se considerar os diversos contextos que não só afetam, mas também são afetados pelo desenvolvimento do indivíduo. 
A análise do contexto histórico em que os indivíduos se desenvolvem também tem sido cada vez mais incorporada na produção de conhecimento nesta área.
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Para Cyro Martins, saúde mental seria a possibilidade de dispor de: 
“senso de realidade, senso de humor e de um sentido poético perante a vida” 
 Esses atributos nos permitiriam relativizar os sofrimentos da vida e aproveitar o pouco de liberdade e prazer que nossa existência nos oferece. 
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 Noções básicas sobre o Desenvolvimento Psíquico
Funcionamento psíquico interação de elementos biológicos, psicológicos e sociais.
Biológicos: o comportamento e o estado emocional variam conforme a idade. O que é normal em um período do ciclo vital pode ser anormal em outro. 
Psicológicos: o desenvolvimento psicológico ocorre em estágios descontínuos, marcados por mudanças ou transições bruscas.
Sociais: ambiente ou cultura em que cada um de nós vivemos com particularidades, tradições e costumes. 
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Conhecer os estágios do desenvolvimento possibilita perceber os padrões normais dos conflitos esperados e os limites entre saúde e transtorno emocional.
Certas crises do desenvolvimento são acompanhadas de ansiedade e estresse não sendo necessariamente sinal de transtorno.
O conceito de normalidade depende de normas culturais, de valores e do contexto social.
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Ex.: Uma pessoa que passa por uma perda importante em sua vida pode (é esperado-normal) ter episódios de depressão.
O conceito de normalidade ou patologia ainda pode ser usado para segregar. 
O diagnóstico ainda pode ser negado por razões ideológicas. Como é sofrer de depressão em nossa sociedade? 
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Critérios de normalidade Dalgalorrondo (2000)
Normalidade como ausência de doença : o individuo é saudável quando não porta uma patologia. A saúde é o silêncio dos órgãos. 
Normalidade ideal: depende de critérios socioculturais e ideológicos arbitrários. Ex.: adaptação do indivíduo a normas sociais morais e políticas de uma sociedade.
Normalidade estatística: se aplica a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição em uma população. O normal passa a ser o que é observado com maior frequência. 
 Contudo, nem tudo que é frequente é saudável.
Normalidade como bem estar: conceito da Organização Mundial de Saúde(1958), a saúde como o completo bem estar físico, mental e social, e não apenas como ausência de doença. 
É um conceito vasto e impreciso e, até certo ponto, utópico.
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O que nos diferencia uns dos outros são fatores:
Genéticos; 
Do desenvolvimento; 
Experiências de cada indivíduo ao longo da vida.
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