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Gestação, parto e puerpério.

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 Gravidez Parto e Puerpério
 Para entendermos o que significa ser mãe,
 vamos entender primeiro o que é ser 
 mulher e seu processo identificatório. 
 Édipo
 O primeiro vínculo é com a mãe: seu cheiro, tom de voz, toque, É uma relação simbiótica.
 A mãe é, para a filha, um modelo de mulher e de mãe.
 
 Surge o pai, nessa relação, introduzindo uma interdição. 
 Essa interdição só funciona se o pai for reconhecido e desejado por essa mãe. 
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O Pai também é amado e desejado por essa filha.
Contudo, esse pai é dessa mãe a quem ama e necessita.
Então, por temor à perda do amor da mãe, a filha passa a procurar outro homem, semelhante a esse pai, para constituir sua família. 
Problemas nesse processo pode levar a dificuldades em estabelecer uma relação conjugal madura e vínculos duradouros com um homem, podendo afetar também a maternidade.
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Resumindo:
Menina Primeira relação é com a mãe.
 Surge o pai como objeto de amor e a mãe como rival.
 Por temer perder o amor da mãe a menina desiste desse pai e identifica-se com a mãe para, mais tarde, ter um homem semelhante ao pai e um filho como a mãe. 
Menino Primeira relação é com a mãe.
 Surge o pai como rival.
 O menino percebe as diferenças anatômicas e interpreta como castração - elas perderam o pênis. 
Se ele presenciar a menstruação da mãe, isso se confirma.
Por temer a castração ele desiste da mãe, identifica-se com o pai para, mais tarde, ter uma mulher como o pai. 
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Quando é que um filho nasce?
O que significa ter um filho? - continuidade na família - novos significados para o casal - superação dos pais – nós faremos melhor - impedimento de realizar outras metas - preencher vazio - receber cuidados no futuro O que esperamos de nós como pai e mãe? -filho perfeito -diferenças do casal -filho que está por vir precisa de espaço para sua individualidade 
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Gravidez como crise ou transição - mudança de identidade e redefinição de papéis - mulheres que trabalham fora
 - “possibilidade de atingir novos níveis de integração, amadurecimento e expansão da personalidade ou 
adoção de uma solução patológica que predominará na relação com a criança”. (Maldonado, 2000, p.27) 
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O que implica uma gravidez?
-Mudança de status na família: 
 Relação dual para triádica - bebê como rival 
 É importante que a mãe consinta que a filha gere um filho. 
 Agora ela pode ser mulher.
Incertezas quanto ao corpo, ao feto, à relação conjugal e quanto ao futuro.
Mudanças hormonais e comportamentais. 
 (Ansiedades da mãe, mal estar físico, náuseas, dores 
 nas pernas, estrias, medos, cansaço, depressão).
Existem ou não os desejos da gestação? 
Eles devem ser satisfeitos? Como? 
 O que, de emocional, existe nesses desejos?
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A ambivalência - ambivalência está presente em todos os relacionamentos, mesmo na mais desejada gravidez - filho, compromisso irreversível Gravidez também é:
Modificação de papeis familiares com grande amadurecimento do casal e da família ampla.
Vivência dos movimentos intrauterinos do bebê.
Preparativos para a vinda do bebê, escolha do nome, enxoval, etc. 
Experiências que, se bem vividas pelo casal, podem ser emocionantes e construtivas.
Essas experiências têm forte relação com as vivências passadas de ambos.
 
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-São fundamentais as relações estabelecidas com os respectivos pais. Relação edípica.
-O Homem pode sentir-se inseguro como pai. 
-Pode experimentar tensões e sentir-se excluído da relação mãe-filho.
-Pode surgir inveja da capacidade gestacional.
-Cuidados com os outros filhos no momento de 
incluir o novo bebê. 
-Medo de perder a beleza do corpo -Medo de não gostar de criança
 ter o bebê – abortar - dar a criança 
-A avó pode ser de grande 
valia e suporte para a filha.
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 Partos 1ª parte
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=I9vrZQZ8Mms
2ª parte
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=lv2KBJyj9C4
Parto normal
https://www.youtube.com/watch?v=A-QiU_bKoO0arto
Parto normal
https://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=7jydpn0j2AE
cesária
https://www.youtube.com/watch?v=VCaCGSgo1A4
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A proximidade do parto implica em sentimentos intensos e ambivalentes como:
Finalizar sofrimentos;
Ansiedades e temores quanto a saúde do bebê e a dores do parto;
As dores são percebidas de diferentes 
formas por cada mulher. 
Isso está na dependência de:
 condições do parto;
 idade e personalidade da mãe; 
 relacionamento com os pais; 
 suporte social; 
desejo de ser mãe e de incluir esse bebê em sua vida.
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O parto necessariamente deve ser dolorido?
A cesariana é a melhor opção? Quando?
Outros tipos de partos: em casa, na água, etc.
O acompanhamento pré-natal pode facilitar
muito esse processo. 
A gestante deve ter suas dúvidas esclarecidas, estabelecer uma relação de confiança com a equipe médica, conhecer a maternidade. 
A participação ativa da mãe na hora do parto possibilita a sensação de competência que facilitará os cuidados com o bebê.
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Metas da equipe de obstetrícia durante o trabalho de parto:
. reduzir o sofrimento materno;
. se possível abreviar a duração do trabalho de parto;
. prevenir a falta de oxigenação do feto;
. garantir a preservação da estrutura anatômica do aparelho genital da mulher.
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Aspectos como a presença do pai na sala de parto, uso de medicações para dor e tipo de parto devem ser discutidos com antecedência, possibilitando certo controle à mãe.
Muito importante é o primeiro contato com o bebê.
Esse é o momento em que o casal é apresentado fortalecendo o vínculo com o filho.
 Poder sentir, tocar, cheirar, beijar
 o bebê, ao lado de seu 
 companheiro, gera uma experiência
 emocional que talvez jamais o casal vivencie em suas vidas. 
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Puerpério
Após o parto ocorrem várias modificações hormonais e de rotina que inclui, agora, os cuidados com o bebê.
 A fusão de antes agora não
 existe. 
 A mãe deverá aprender a se 
 relacionar com esse novo ser 
 que agora fará parte de sua
 rotina:
 Amamentação; Choro; fraldas;
 exigências emocionais; medos;
 fantasias; febres, etc. 
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O bebê, através de seus sentidos, busca 
 a construção de um vínculo seguro.
A mãe, que até então era filha, agora deve ser mãe.
Trata-se de um processo intenso de desenvolvimento que inclui as experiências com seus pais e o luto pela condição infantil de antes.
 A jovem mãe deve aprender a
 comunicar-se com esse novo
 ser, desconhecido, e atender a 
 suas demandas.
 Esse é um momento de muita fragilidade em que o amparo do companheiro e da família é fundamental. 
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Algumas mães lutam contra identificações com suas mães: eu farei diferente. 
Muitas necessitam de ajuda terapêutica.
A amamentação pode ser um momento de muito prazer e união entre mãe e filho. 
 Mas não deve ser forçado
Através do olhar, cheiro, tom de voz, carinho, 
 o apego seguro é construído.
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Sem dúvida alguma o leite materno
propicia melhores condições de desenvolvimento físico e emocional, preservando a saúde do bebê.
Até cerca de quatro dias após o parto – colostro (concentrado de anticorpos responsáveis pela proteção contra infecções).
O uso de analgésicos, anestésicos e calmantes retardam o aparecimento do leite, pois mantêm o bebê sonolento e com a capacidade de sucção diminuída.
É normal que em casos de parto cesariano, o leite demore mais para surgir.
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Contudo, podem surgir problemas nesse momento.
 Meu leite é fraco; 
 Meu leite secou:
 Meu bico é invertido;
 Meu bico sangrou;
 A dor é muito forte;
O bebê rejeita o seio, chora muito, vomita. 
Ambos desistem um do outro.
A orientação adequada nesse
Momento é fundamental
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Excesso de tensão, fadiga e ansiedade podem inibir a lactação e causar problemas;
Mitos:
Ficam com seios flácidos e feios;
Intervalos rígidos de mamadas – importante atender o ritmo das necessidades do bebê;
O leite materno é digerido com mais facilidade e rapidez do que o leite artificial;
Ingestão de quantidade de gramas que ele precisa;
Mito do leite fraco (NÃO EXISTE) x quantidade insuficiente de leite;
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Baby blues ou pós-parto blues 
Sintomas de tristeza, irritabilidade, falta de energia, perde de apetite, choro e sentimento de vazio e de incapacidade. 
Esse estado é diferente da depressão puerperal, que é um quadro mais intenso e prolongado.
Esse é um momento em que o 
pai do bebê e a família mais ampla 
pode ser fator de proteção e apoio social.
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A Relação com os profissionais da saúde
Medos e fantasias
Inseguranças
Impotências
Perda do controle
 
 Respeito
 Afeto
 Informação
 Espaço de atenção e confiança 
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O profissional da saúde deve envolver o pai ou outros familiares na busca do apoio necessário.
A confiança no profissional proporciona um clima de harmonia, respeito e troca de informações.
Podem surgir dúvidas simples e irreais que devem ser respondidas com a mesma atenção e respeito.
A presença do pediatra também deve proporcionar tranquilidade aos pais. 
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Klaus, M. H., Kennel, J.H. & Klaus, P.H. (2000). Trabalho de parto e nascimento. Em: Vínculo: Construindo as bases para um apego seguro e para independência. (pp.39-53). Porto Alegre: Artes Médicas. 
Maldonado, M. T; Dickstein, J. & Nahoum, J. C. (1996). O grande momento: o parto. Em: Nós estamos grávidos. (pp. 88-106). São Paulo: Saraiva, 1996. 
Gurgel, A. H.; Cruz, N. L.; Fernandes, A. F. & Silva, R. M. Fenômeno da dor no trabalho de parto: depoimentos de parturientes. Revista Baiana de Enfermagem, 10(1/2), 1997, 95-105.

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