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Adulto jovem - Idade adulta

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 ADULTO JOVEM (18-35 anos)
Definição da profissão (vestibular ou trabalho).
Relações familiares: sexualidade, casamento e filhos.
 
 
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 Fatores de risco e de proteção a saúde
Educação alimentar.
Exercícios x sedentarismo.
Uso de drogas.
Violência na infância como preditor da violência no adulto.
Nessa fase o indivíduo já deverá ter um senso de identidade que é transmitido pela família e pelo ambiente social mais amplo.
 
 
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 A cultura e a identidade étnica possibilitam sentimentos de pertencimento e identidade grupal que determinarão como o mundo será percebido. 
 
 Para chegar à condição de adulto jovem é necessário:
 vivenciar as modificações da adolescência; 
adquirir uma identidade própria que inclui a história (sempre em movimento). 
A história inclui os marcos relacionais.
 
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 Os preconceitos são defesas: 
atentar ás deficiências dos outros para não ver as suas próprias.
 
A falta de empatia faz com que as pessoas se tornem intolerantes com as diferenças.
 E não somos todos diferentes?
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 Normalidade e anormalidade
Como saber se uma pessoa está bem sem
antes fazer um diagnóstico? 
Em um modelo de saúde se valoriza a capacidade de amar, trabalhar, brincar, ser empático, resolver problemas, resistir ao estresse e se reinventar.
 
 
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 Devemos valorizar:
Orientação para o futuro
 Autonomia e liberdade: reconhecendo as necessidades próprias e alheias, os limites entre seus direitos e os dos demais.
 
 A disciplina deve ser escolhida livremente (liberdade, leis, autoridades).
Esses conceitos devem levar em consideração o 
grau de maturidade de um indivíduo.
Criança Adolescente Adulto Idoso 
 
 
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 A saúde mental do adulto está relacionada a um processo contínuo do nascimento até o momento presente.
Maturidade na perspectiva do desenvolvimento é:
“um estado mental encontrado em adultos saudáveis, caracterizado por um conhecimento, não superficial, da existência humana, com um nível profundo de consciência pessoal, baseada em uma avaliação honesta e realista dos parâmetros da condição humana e, ainda, a capacidade de usar seus conhecimentos intelectuais, emocionais, de insight e de manter uma relação de cuidado de si mesmo e dos outros. (Colarusso in Eizirik 2013) 
 
 
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 Afeto e Emoções
Afeto: 
expressão emocional de uma experiência subjetiva e forte. Amor por uma criança
Emoções básicas: 
desejo sexual, fome, medo, raiva. 
 Existentes na maioria dos animais.
Emoções pro-sociais ou positivas: 
empatia, compaixão, amor, alegria, esperança, fé, perdão, admiração, respeito e gratidão.
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empatia 
 compaixão 
 amor 
 alegria 
 esperança 
 fé 
 perdão 
 admiração 
 respeito 
 gratidão 
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Entre os 18 e 24 anos encontramos a prevalência da maioria dos transtornos mentais.
A depressão e a esquizofrenia estão relacionadas
 ao suicídio e iniciam nessa fase do ciclo vital.
 
 
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 Ética
A ética surge das relações psicossociais e cultura.
Não nascemos éticos: nascemos com capacidade de sermos éticos. Adquirimos (ou não) a ética durante nosso desenvolvimento e processo de humanização.
A maturidade pressupõe o equilíbrio entre desejo e realidade, satisfação e frustração.
 
 
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 Autonomia acontece quando distinguimos entre mundo dos nossos desejos e a realidade do mundo no qual existem outras pessoas.
 
 
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Adulto jovem e o mercado de trabalho
 20 anos- entrada no mercado de trabalho com todas as dificuldades de absorção e mão de obra.
A sequência de anos passados – estudar, casar e ter filhos - cedeu lugar a um alongamento dessas fases associadas às dificuldades de conseguir emprego. 
Tudo é rápido e descartável, as relações estão sendo banalizadas assim como a vida e tudo que a ela se relaciona.
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 Vivemos uma queda dos valores coletivos com o respectivo empobrecimento dos afetos entre as pessoas e dos laços sociais sustentados na identidade e solidariedade dos grupos. Eizirik 2013 
Há uma demanda por altos desempenhos e resultados no menor tempo possível.
Assim, sair da casa dos pais, casar ou ter filhos, está sendo postergado ou evitado. 
 
 
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 Os meios de comunicação
 Com o excesso de informações, os jovens se tornam ansiosos e individualistas.
Pressionados em um mundo competitivo em que as tecnologias dominam as relações, ele tem que ser o vencedor, o conhecedor de tudo levando esses jovens a viverem quadros de ansiedade e relações superficiais.
 
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A vida está sendo compartilhada com o mundo e ficando muito tênue a fronteira entre o público e o privado.
Como ninguém quer ser o perdedor, quando um posta algo interessante o outro sente necessidade de postar algo melhor
CONECTADOS E DESLIGADOS
Alguns jovens já se perguntam pelo que lutam, pois já possuem tudo e tudo é permitido. 
 
 
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A geração Y (1982/2001) nasceu com as tecnologias digitais gerando a expressão “ nativos digitais” de Bennett e colaboradores.
Essas pessoas interagem, de forma digital, muito rapidamente.
São caminhos neurais diferentes que formam pessoas com capacidades e inteligências específicas.
Basta comparar a geração X que teve como ferramentas de comunicação o rádio e a TV, com a geração Y que teve as ferramentas digitais como a internet.
 
 
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Essa realidade influencia o desenvolvimento das capacidades cognitivas e a formação do indivíduo.
Se lembrarmos dos “nerds” aqueles que se sobressaiam nos estudos e que eram motivo de chacotas, veremos que, quando adultos de sucesso, a realidade se invertia.
Já os malandros de sucesso na escola, quando adultos, a situação também se invertia, ficando para trás, quando os estudiosos avançavam. 
 
 
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“Nerds” eram os alunos bem sucedidos de tempos passados.
“Geek” é o jovem bem sucedido em tempos das ferramentas digitais.
Percebe-se uma valorização do culto ao conhecimento, sendo um fator decisivo no comportamento dos adultos jovens com a rede de informação e necessidade de aprovação.
Tu tens WAT ZAP? Imaginem essa pergunta a um idoso.
 
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Promoção da saúde
Para promovermos o desenvolvimento com saúde é necessário focar não apenas as vulnerabilidades e transtornos, mas também os atributos e recursos psicológicos.
O conceito de crise envolve riscos, mas também, oportunidades para a saúde.
Em um modelo de saúde e normalidade é essencial reconhecer a responsabilidade que temos junto ao outro.
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Freud, em O Mal Estar da Civilização nos diz que:
“A primeira exigência da civilização é a de justiça” 
 Ou seja: 
A garantia de uma lei que, uma vez criada, não será violada a favor de um indivíduo.
Atualmente muitos aspectos de nossa civilização estão sendo banalizados em prol de uma suposta liberdade.
(vida e morte, violência, sexo) 
 
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Existe muito medo da solidão:
“Se ninguém nos vê, não existimos.” 
O jovem de hoje passa por um vazio e solidão intensos Falta o olhar do outro.
 
 Estando entre vocês eu estou bem, pois reconheço e sou reconhecida. 
 Imaginem essa 
 professora sozinha!
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Meia Idade-Maturidade- Madurescência
 Assim como a adolescência está ligada
a marcos somáticos mensuráveis que originam processos psíquicos específicos, a madurescência ou idade madura também possui marcos somáticos mensuráveis que originam processos psíquicos específicos.
Adolescência: primeira menstruação-menarca; mudanças fisiológicas que preparam o corpo para a maternidade e paternidade.
Madurescência: última menstruação-menopausa; mudanças fisiológicas que marcam o início da velhice
 
 
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As mudanças hormonais que ocorrem na adolescência e na madurescência podem causar desequilíbrio subjetivo e grande esforço psíquico no seu enfrentamento
Adolescência implica em explosão do corpo 
Madurescência implica em implosão de si mesmo
Esse é um processo que ocorre em todos os seres humanos
 
 
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Na adolescência o indivíduo se prepara para a procriação: pode ter uma vida sexual mas, no princípio não deve procriar pois ainda não está pronto psicologicamente, há uma postergação desse momento. (moratória, segundo Erikson).
Na madurescência ocorre processo semelhante, o indivíduo tenta postergar o que a biologia reclama: a morte.
O madurescente não pode mais procriar, portanto, no plano da natureza não é mais útil.
Contudo, resiste a morrer o que gera um enorme trabalho psíquico (moratória madurescente).
 
 
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Moratória adolescente: postergação da procriação
Moratória madurescente: postergação da morte.
Essas duas moratórias não significam apenas um adiamento do procriar e morrer, pois a satisfação sexual vai além do procriar e morrer. 
Os humanos podem desfrutar da sexualidade sem o desejo de procriar.
Já na madurescência o indivíduo pode decidir viver e prolongar a vida o máximo possível mantendo a sexualidade por prazer integrando-a a vida
 
 
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A madurescência = oportunidade de promover, continuar e aprofundar o desenvolvimento individual do vínculo com os objetos e do intercâmbio entre as gerações.
Embora o climatério masculino permita a procriação, estudos demonstram que filhos de homens mais velhos possuem mais possibilidades de fragilidades para sobreviver
É Importante considerar os lutos gerados pelo envelhecimento, doenças, morte dos pais, saída dos filhos de casa (síndrome do ninho vazio), perda dos amigos, conjugue, etc 
 
 
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Essas situações se relacionam ao que realmente importa nesse momento: o processo biológico ocasionado pela proximidade da própria morte e da demanda psíquica gerada.
As situações de luto também promovem crescimento e desenvolvimento na medida em que são elaboradas.
Contudo, encontramos pessoas na madurescência que perderam os pais na infância, não tiveram filhos ou perdas significativas e, mesmo assim, devem enfrentar essa moratória, isso faz parte de nossa espécie.
 
 
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Ocorre a percepção do próprio envelhecimento (cabelos brancos, rugas, perda do tônus muscular).
Esse é um processo universal que passa por questões individuais mas sempre estará pautada por um padrão filogenético.
A morte é um conceito abstrato de conteúdo negativo e sem correlato inconsciente. 
Em nosso inconsciente a morte não existe.
A impossibilidade representacional da morte está relacionada com a dimensão traumática ressaltada na segunda moratória.
 
 
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Cada vez que alguém morre ao mesmo tempo em que fica clara a moratória, também fica assegurada a nossa imortalidade-foi o outro quem morreu e não eu.
Porque as pessoas param para ver um acidente de trânsito? 
Para assegurar a própria imortalidade.
O trabalho psíquico da madurecência vai na direção da recuperação da auto estima.
É necessária uma resignificação de si mesmo frente a finitude e feridas narcisistas de dor, abandono e desvalorização pessoal
 
 
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Em termos psicopatológicos salienta-se dois tipos de tramitação:
Melancólica: a fantasia é de que tudo está perdido e nada mais se pode esperar a não ser a morte
Maníaca: a fantasia é de que será recuperada a juventude e o tempo perdido.
Essas reações implicam a presença de mecanismos narcisistas de desmedida idealização.
O indivíduo que tenha os processos de luto facilitados estará em melhores condições de tramitar o trabalho psíquico que demanda essa fase.
 
 
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Uma evidência do fracasso do trabalho de luto é a adolescentização da função parental durante essa fase. Ou seja: se tentaria extinguir a assimetria natural da relação pais-filhos.
A madurescência também implica na reativação de conflitos edípicos.
As perdas dessa fase reativam os conflitos relacionados a ansiedades de abandono da fase anterior.
Tudo é revisitado e revisto, inclusive as identificações de fases anteriores.
 
 
 
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Cinco indicadores da tramitação da madurescência:
1- O reconhecimento da incerteza é um indicador da elaboração da madurescência – tudo é transitório, inclusive nossa existência.
Quem se preocupa com o envelhecimento e morte, demonstra a impossibilidade de se defrontar com a incerteza. 
Quando a incerteza está integrada, o indivíduo se dedica a viver aceitando o envelhecimento e morte como algo natural.
 
 
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2- A aceitação do ódio e da destrutividade auto e heterodirigidas como inerentes a natureza humana.
Essa característica tem relação com o édipo e com a ambivalência afetiva constitucional, inerente à natureza humana.
Durante a madurescência pode ocorrer uma mudança na percepção subjetiva do tempo que implica em uma valorização diferente do presente.
Ocorre uma ressignificação do passado e do futuro, em pleno conflito, e incorporado à incerteza do presente, em um processo circular e permanente.
 
 
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3- Integração da história pessoal possibilitando uma nova resolução da novela familiar.
4- Transmissão geracional na direção das gerações precedentes e na direção da geração seguinte.
Esse processo ocorre simultaneamente em duas direções: um vetor apontado para o passado e outro para o futuro.
O vetor que aponta para o passado promove uma nova aquisição da história familiar.
O vetor que aponta para o futuro implica em delegar atributos simbólicos da juventude a uma nova geração em um processo que implica a resolução de conflitos de confrontação geracional.
 
 
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