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Prof. Valmir F. Juliano QUI624 INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS Análise de substancias voláteis e estávesi termicamente Boa resolução e sensibilidade Técnica de desenvolvimento mais usada é a eluição Fatores que afetam a eficiência da coluna: comprimento, diâmetro interno, temperatura, vazão da fase móvel, volume da amostra, técnica de injeção, características das substancias, etc. Cromatografia gasosa Quantificação da eficiência Cromatografia Supondo a coluna cromatográfica como uma série de estágios separados onde ocorre o equilíbrio entre o analito, a FE e a FM: Cada “estágio” de equilíbrio é chamado de PRATO TEÓRICO O número de pratos teóricos de uma coluna (N) pode ser calculado por: Coluna mais eficiente tR wb N Cromatografia gasosa Derivação ou derivatização – consiste em transformar a substancia de interesse em um derivado com características adequadas para serem analisadas por CG. Objetivos da derivatização química em análises cromatográficas: Aumento da sensibilidade na detecção de compostos Atribuição de volatilidade Melhora da estabilidade térmica Melhora da resolução cromatográfica (separação de picos) Melhora da quantificação Cromatografia em fase gasosa Cromatografia Coluna: contendo a fase estacionária está submetida à temperaturas controladas Fase móvel: gás inerte Detector: submetido à temperatura controlada Injetor: submetido à temperatura controlada Cromatografia Gasosa Aplicabilidade Quais misturas podem ser separadas por CG ? Misturas cujos constituintes sejam VOLÁTEIS (=“evaporáveis”) para uma substância qualquer poder ser “arrastada” por um fluxo de um gás ela deve dissolver-se, pelo menos parcialmente, nesse gás. DE FORMA GERAL: CG é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham PONTOS DE EBULIÇÃO de até 300oC e que sejam termicamente estáveis. Requisitos - Gás de arraste (FM) INERTE: Não deve reagir com a amostra, nem com a fase estacionária ou superfícies. PURO: Deve ser isento de impurezas que possam degradar a fase estacionária. Impurezas típicas em gases e seus efeitos: oxida / hidrolisa algumas FE incompatíveis com DCE H2O, O2 hidrocarbonetos ruído no sinal de DIC Cromatografia Gasosa Requisitos - Gás de arraste (FM) CUSTO: Gases de altíssima pureza podem ser muito caros. COMPATÍVEL COM DETECTOR: Cada detector demanda um gás de arraste específico para melhor funcionamento. Seleção de Gases de Arraste em Função do Detector: He , H2 DCondTérm DIC N2 , H2 DCaptEletron N2, Ar + 5% CH4 C U S T O PUREZA A B C A = 99,995 % (4.5) B = 99,999 % (5.0) C = 99,9999 % (6.0) Cromatografia Gasosa Injetor Os dispositivos para injeção (INJETORES ou VAPORIZADORES) devem prover meios de introdução INSTANTÂNEA da amostra na coluna cromatográfica Cromatografia Gasosa Injetor “on column” 1 2 3 4 1 - Septo (silicone) 2 - Alimentação de gás de arraste) 3 - Bloco metálico aquecido 4 - Ponta da coluna cromatográfica Cromatografia Gasosa Injetor “on column” 1 2 3 1 - Ponta da agulha da microsseringa é introduzida no início da coluna. 2 - Amostra injetada e vaporizada instantaneamente no início da coluna. 3 - “Plug” de vapor de amostra forçado pelo gás de arraste a fluir pela coluna. Cromatografia Gasosa Parâmetros de injeção Cromatografia Gasosa TEMPERATURA DO INJETOR: Deve ser suficientemente elevada para que a amostra vaporize-se imediatamente, mas sem decomposição. VOLUME INJETADO: Depende do tipo de coluna e do estado físico da amostra – não deve ultrapassar a capacidade da coluna, determinada pela quantidade de fase estacionária. Cromatografia Gasosa LÍQUIDOS: Capacidades típicas: 1 L, 5 L e 10 L êmbolo corpo (pirex) agulha (inox 316) Microsseringa de 10 L: Microsseringa de 1 L (seção ampliada): corpo guia êmbolo (fio de aço soldado ao guia) agulha Microsseringas para injeção Cromatografia Gasosa Colunas EMPACOTADA = 3 a 6 mm L = 0,5 m a 5 m Recheada com sólido pulverizado (FE sólida ou FE líquida depositada sobre as partículas do recheio) CAPILAR = 0,1 a 0,5 mm L = 5 m a 100 m Paredes internas recobertas com um filme fino (fração de m) de FE líquida ou sólida Cromatografia Gasosa Programação linear de temperatura a) Isotérmico a 45 ºC; b) isotérmico a 145 °C; c) programado de 30 ºC a 180 ºC Cromatografia Gasosa Fase Estacionária REGRA GERAL: a FE deve ter características tanto quanto possível próximas das dos solutos a serem separados (polar, apolar, aromático ...) FE SELETIVA (ideal): Deve interagir diferencialmente com os componentes da amostra. FE Seletiva: separação adequada dos constituintes da amostra FE pouco Seletiva: má resolução mesmo com coluna de boa eficiência Cromatografia Gasosa Fase estacionária sólida • O fenômeno físico-químico responsável pela interação analito + FE sólida é a ADSORÇÃO A adsorção ocorre na interface entre o gás de arraste e a FE sólida Cromatografia Gasosa Fase estacionária líquida • O fenômeno físico-químico responsável pela interação analito + FE líquida é a ABSORÇÃO A absorção ocorre no interior do filme de FE líquida (fenômeno INTRAfacial) Cromatografia Gasosa Detectores Dispositivos que examinam continuamente o material eluído, gerando sinal quando da passagem de substâncias que não o gás de arraste. Características ideais: 1. Alta sensibilidade: 10-8 a 10-15 g de soluto/s. 2. Boa estabilidade e reprodutibilidade. 3. Resposta linear para solutos que se estenda por várias ordens de grandeza. 4. Faixa de temperatura desde a ambiente até pelo menos 400 ºC. 5. Tempo de resposta curto e independente da vazão. 6. Alta confiabilidade e facilidade de uso. 7. Similaridade de resposta para todos os solutos. 8. Não destrutivo. Cromatografia Gasosa Detectores Gráfico Sinal x Tempo = CROMATOGRAMA Idealmente: cada substância separada aparece como um PICO no cromatograma. REGISTRO DE SINAL ANALÓGICO Registradores XY DIGITAL Integradores Computadores Cromatografia Gasosa Detectores - Funcionamento DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD): Supressão de corrente causada pela absorção de elétrons por eluatos altamente eletrofílicos. DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU TCD): Variação da condutividade térmica do gás de arraste. DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID): Íons gerados durante a queima dos eluatos em uma chama de H2 + ar. DETECTOR TERMOIÔNICOS (DNP OU NPD): Modificação do DIC. Os eluatos queimados na chama H2 + ar passam por uma superfície de silicato de rubídio onde se formam íons de moléculas com N e P. Cromatografia Gasosa Detectores – Limites de detecção DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD): Seletivo. Responde muito bem a halogenetos orgânicos, aldeídos conjugados, nitrilas, nitratos e organometálicos. Sensibilidade: 0,01 a 1 pg com linearidade até ng. (104) DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU TCD): Universal. Observa-se para qualquer substância eluída. Sensibilidade: 0,4 a 1 ng com linearidade até dezenas de g (104). DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID): Quase-universal. Detecta qualquer substância que contenha ligações C-H. Não responde a gases nobres, H2, O2, N2, CX4, SiX4 (X=halogênio), CO, CO2, CS2, H2O, NO, N2O, NO2, NH3. Sensibilidade: 10 a 100 pg com linearidade até mg (107 – 108). DETECTOR TERMOIÔNICO (DNP OU NPD): Específico. Responde a compostos orgânicos com N e P. Sensibilidade: 0,1 a 1 pg (P) e 0,4 a 10 pg (N) com linearidade até ng. (103 - 105) Cromatografia Gasosa Detectores UNIVERSAIS: Geram sinal para qualquer substância eluída. SELETIVOS: Detectam apenas substâncias com determinada propriedade físico-química. ESPECÍFICOS: Detectam substânciasque possuam determinado elemento ou grupo funcional em suas estruturas DCT DCE DNP Cromatografia Gasosa Detectores – Espectrometria de massas CG-EM (GC-MS): Universal / Seletivo / Específico. Um dos detectores mais poderosos para a cromatografia gasosa é o espectrômetro de massas. Observa-se para qualquer substância eluída um sinal, mesmo que complexo, no espectrômetro de massa. É seletivo ou específico quando monitora-se um fragmento de determinada razão m/z. Detecção Universal Similar a DCT Seletivo Maior Sensibilidade Cromatografia Gasosa CG-EM (GC-MS): Universal / Seletivo / Específico. TEMPO C O N T A G E N S MASSA / CARGA C O N T A G E N S Cromatograma de íons totais: Em cada posição do cromatograma tem-se um espectro de massa. Detectores – Espectrometria de massas Cromatografia Líquida de Alta Eficiência - CLAE • Emprega pequenas colunas (entre 10 e 50 cm); • A fase móvel é eluída sob altas pressões; • As colunas são eficazes, mas oferecem uma grande resistencia à vazão da fase móvel (sistemas de bombas de alta pressão – até 400 bars); • Microsseringa (para injeção até 50 bar) e válvula de injeção (injeção a alta pressão). • Requer somente que a amostra seja solúvel na fase móvel. • Permite a separação de compostos instáveis a baixas temperaturas. Cromatografia Líquida • A capacidade da coluna é determinada pelo seu comprimento, diâmetro e material de recheio; • A quantidade de amostra deve ser pequena, o que exige um detector muito sensível; • Quando se quer separar e recuperar os componentes de uma amostra em quantidade suficiente para depois serem utilizados – separação do tipo preparativa; Cromatografia Líquida • Reservatório da fase móvel • Recipientes de vidro, aço inoxidável ou plásticos inertes, com 1 a 3 litros de capacidade; • Deve-se filtrar a fase móvel antes de colocá-la no reservatório; • É necessário remover da fase móvel os gases dissolvidos (aplicar vácuo dentro do reservatório e agitar a FM magneticamente, ou então, colocar a FM sob a ação de ultra-som e/ou aquecimento); OBS: As FM polares tem grande tendência de dissolverem oxigênio e outros gases, formando bolhas dentro do equipamento, o que pode afetar seriamente o funcionamento do detector e a eficiencia da coluna. Cromatografia Líquida • Medidor e controlador de pressão – a P é dependente da permeabilidade da coluna, da viscosidade da FM, do diâmetro das partículas da FE e do comprimento da coluna. • Controle da temperatura da coluna e detector • A maioria das análises são realizadas a T ambiente – só tem controle de T da coluna em cromatografia por troca iônica ou por exclusão • Controle de T do detector depende do tipo empregado. Cromatografia Líquida • Desvantagens: • Custo do equipamento; • Custo dos reagentes; • Custo da coluna; • Sensibilidade menor em relação a CG; • Resolução menor em relação a CG; • Tem que purificar a amostra. Cromatografia em fase líquida Cromatografia Líquida Programação da fase móvel-consiste em trocar a fase móvel conforme transcorre a análise Eluição isocrática em HPLC = mesma composição da FM durante a eluição. Cromatografia Líquida • Características das fases móveis usadas em CLAE • Ser de alto grau de pureza ou de fácil purificação; • Dissolver a amostra sem decompor os seus componentes; • Não decompor ou dissolver a fase estacionária; • Ter baixa viscosidade; • Ser compatível com o tipo de detector utilizado; • Ter polaridade adequada para permitir uma separação conveniente dos componentes da amostra. Componentes típicos - CLAE Cromatografia Líquida Pré-coluna (2 a 5 cm) •Remoção de material particulado •Contaminantes do solvente •Contaminantes da amostra •Saturar a FM com a FE (qdo usar cromatografia líq-líq) Aumenta a vida útil da coluna Cromatografia Líquida Colunas para CLAE COLUNAS TÍPICAS •Material: aço inox •Comprimento: 10 a 30 cm •Diâmetro: 4 a 10 mm •FE: Partículas de 5 a 10 m Extremos-Disco de teflon ou metal poroso Cromatografia Líquida Detectores As características desejáveis para os detectores para CLAE não são diferentes daquelas para CG. Existem vários tipos:índice de refração, por espectrometria UV-visível, por fluorescência, eletroquímico, por condutividade elétrica). Características ideais: 1.Alta sensibilidade: 10-8 a 10-15 g de soluto/s. 2.Boa estabilidade e reprodutibilidade. 3.Resposta linear para solutos que se estenda por várias ordens de grandeza. 4.Tempo de resposta curto e independente da vazão. 5.Alta confiabilidade e facilidade de uso. 6.Similaridade de resposta para todos os solutos. 7.Não destrutivo. 8.Volume interno mínimo e compatível com a vazão e com a pressão. Cromatografia Líquida Técnicas de CLAE •Cromatografia líquido-sólido ou por adsorção; •Cromatografia líquido-líquido ou por partição; •Cromatografia líquida com fase ligada; •Cromatografia por exclusão; •Cromatografia por troca iônica. •Dois tipos podem ser distinguidos: Fase normal e Fase reversa. Fase normal: FE de natureza fortemente polar (ex. água) FM apolar (ex. hexano ou éter isopropílico) O componente menos polar é eluído primeiro por ser o mais solúvel na fase móvel. Fase reversa: FE de natureza apolar (ex. hidrocarbonetos) FM polar (ex. água, metanol ou acetonitrila) O componente mais polar aparece primeiro e o aumento da polaridade da fase móvel aumenta o tempo de eluição. Cromatografia Líquida Campo Misturas típicas Farmacêutico Antibióticos, sedativos, esteróides, analgésicos Bioquímico Aminoácidos, proteínas, carboidratos, lipídios Produtos alimentícios Adoçantes artificiais, antioxidantes, aflatoxinas, aditivos, aminoácidos, pigmentos, açúcares, entre outros. Produtos químicos Aromáticos condensados, surfactantes, propelentes, corantes industriais Poluentes Pesticidas, herbicidas, fenóis, PCB (bifenilas policloradas) Química forense Drogas tóxicas, venenos, álcool no sangue, narcóticos Clínica médica Ácidos de bílis, metabólitos de drogas, extratos de urina, estrógenos Fator CG CLAE Requisitos para amostra Amostra ou derivado volátil, termicamente estável na T de operação do sistema cromatográfico. Amostra solúvel na fase móvel Tipos de amostra Gases, líquidos e sólidos:MM: 2 a 1200; (mais comum de 100-500). Líquidos e sólidos, iônicos ou covalentes. MM: 32 até 4.000.000. Quntidades mínimas detectáveis 10-12ga, ou 1ng ou 100 pg 10-9 gb Tempo de análise Minutos até poucas horas Minutos até muitas horas Pratos teóricos por coluna 2.000-300.000/metro 500-25.000 Capacidade preparativa Pobre até razoável, usando-se múltiplas injeções Boa, com facilidade de coleta e capacidade de automatização Capacidade analítica Excelente. Separação de amostras com até 200 componentes Excelente. Separação de até 50 componentes numa amostra Tempo de treinamento p/ um operador se tornar proficiente Cerca de 3 meses Pelo menos 6 meses Comparação entre as características de CG e da CLAE. a Detector por ionização em chama ou por captura de elétrons. B Detector por absorvância do UV. Cromatografia líquida Exemplo de cromatograma F I M
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