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IC III segunda prova

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IC III - SEGUNDA PROVA
IMUNOBIOLÓGICOS – Conceitos Importantes
Imunizar significa tornar não suscetível a uma determinada doença e dessa forma, preveni-la. 
Imunobiológicos são produtos farmacológicos que contêm agentes imunizantes capazes de induzir imunização ativa. A resposta protetora pode ser celular ou humoral. Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem ser: vírus atenuado, bactéria viva atenuada, vírus inativado, bactéria inativada, toxóides ou componentes da estrutura bacteriana ou viral. Adjuvantes são substâncias utilizadas para aumentar e prolongar o poder imunogênico das vacinas. Os mais frequentes utilizados são os sais de alumínio, como o hidróxido de alumínio.
Segurança e conservação 
-Armazenamento, manipulação e conhecimento.		
-A maioria dos imunobiológicos deve ser conservada a uma temperatura entre 2º a 8ºC. As vacinas de vírus vivos atenuados (pólio oral, sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela e varicela) são mais sensíveis ao calor, com exceção da vacina de rotavírus, que é mais sensível ao frio, não devendo ser congelada. As vacinas para sarampo, rubéola, caxumba, varicela febre amarela e o BCG também são sensíveis à luz. 
-Usar a câmara de conservação exclusivamente para os imunobiológicos; manter o controle rigoroso de temperatura (início e no final do dia); duplex não é recomendada; não pode haver nada na porta, degelo a cada 15 dias; termômetro digital de momento ou de mercúrio. Colocar as vacinas com prazo de validade próximo do vencimento nas prateleiras da frente, e as de vírus vivo na mais próxima do congelador.
-No congelador: bobinas de gelo reutilizáveis. Na primeira prateleira: Vacinas que podem ser submetidas a temperaturas negativas. Na segunda prateleira: termômetro de máxima e mínima e vacinas que não podem ser submetidas a temperaturas negativas. Na terceira prateleira: estoque de vacinas soros imunoglobulinas e diluentes. Na prateleira inferior: manter a gaveta de legumes e colocar garrafas d'água com corante.
-Reações mais frequentes (dor no local da aplicação e febre) ocorrem nas primeiras 48h. Choque anafilático normalmente se manifesta após 15 min. Questionar pct sobre reações em doses anteriores ou a componentes da fórmula. 
-Ler no manual do Hospital Albert Einsten: Contra indicações falsas e verdadeiras, vacina do imunodeprimido, gestante e idoso. 
PPD – Teste Tuberculínico – Intradermo-reação para Tuberculose.
-Indicada como método auxiliar no diagnóstico da tuberculose, a prova tuberculínica, quando reatora, isoladamente, indica apenas contato com o Bacilo da Tuberculose e não é suficiente para o diagnóstico da tuberculose doença. 
- Consiste na inoculação intradérmica de um derivado protéico do M. tuberculosis (PPD) para medir a resposta imune celular a estes antígenos. 
-Terço médio do antebraço esquerdo.
-PPD-Rt 23-2UT (Derivado Proteico Purificado).
-A prova aparecerá positiva de 3 a 12 semanas após infecção.	
-O resultado deve ser avaliado após 3 a 4 dias da injeção (72 a 96 horas). A reação positiva se observa quando há uma infiltração nodular, plana e irregular (pápula), acompanhada de área eritematosa (avermelhada) de extensão mais ou menos delimitada. Deve-se medir o tamanho apenas do nódulo (pápula) com uma régua milimétrica no sentido transversal em relação ao maior eixo do braço e anotar o resultado em mm. Atenção: medir só a pápula, não medir a área vermelha em volta. O paciente reator forte pode ainda apresentar a chamada “reação flictenular”, crivada de pequenas bolhas e pústulas. Esta reação em geral se associa à presença de tuberculose ativa e deve ser relatada.
- Um teste cutâneo negativo não exclui a doença em pacientes imunocomprometidos e pacientes com tuberculose avançada podem ser anérgicos (não reagir). Pacientes vacinados com BCG poderão ter o teste positivo. Um teste tuberculínico negativo não pode ser o único critério para excluir o diagnóstico de tuberculose.
- Para a validação clínica selecionar periodicamente resultados em todas as categorias e compilar outros resultados de exames (BAAR, Cultura para BK, Biópsias, Rx tórax, etc) e verificar junto ao médico assistente a correlação entre os resultados. Realizar a análise crítica e manter estes registros para comprovação junto ao programa de acreditação.
CRIE - Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais
-Constituídos de infra-estrutura e logística especiais, destinadas ao atendimento de indivíduos portadores de quadros clínicos especiais. A implantação de um CRIE objetiva facilitar o acesso destes usuários portadores de quadros clínicos especiais, isto é, indivíduos que por uma suscetibilidade aumentada às doenças ou risco de complicações para si ou para outros, decorrente de motivos biológicos como imunodepressão, asplenia, transplante, aids ou por motivo de convívio com pessoas imunodeprimidas, como profissionais de saúde e parentes de imunodeprimidos, por intolerância aos imunobiológicos comuns devido à alergia ou a evento adverso grave depois de recebê-los, por exposição inadvertida a agentes infecciosos por motivos profissionais ou violência contra a pessoa.
- Vacina poliomielite 1, 2, 3 (inativada) a) Crianças imunodeprimidas (com deficiência imunológica congênita ou adquirida) não vacinadas ou que receberam esquema incompleto da vacina poliomielite. b) Crianças filhas de mãe HIV+ antes da definição diagnóstica. c)Recém-nascidos internados em unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação. d) Crianças que estejam em contato domiciliar ou hospitalar com pessoa imunodeprimida e que necessitem receber vacina poliomielite. e) Pessoas submetidas a transplante de medula óssea ou órgãos sólidos. f) História de complicação paralítica (paralisia flácida), após dose anterior de vacina oral poliomielite (VOP). - DTP acelular (DTPa) Crianças menores de 7 anos de idade que: a) Após os seguintes eventos adversos graves (EAG) ocorridos com a administração da vacina DTP celular ou Tetravalente: i. Convulsão febril ou afebril nas primeiras 72 horas após a vacinação; ii. Episódio hipotônico hiporresponsivo (EHH) nas primeiras 48 horas após a vacinação. b) Crianças que apresentem risco aumentado de desenvolvimento de EAG: i. Doença convulsiva crônica e doenças neurológicas crônicas incapacitantes; ii. Cardiopatias e/ou pneumopatias crônicas em menores de 2 anos de idade com risco de descompensação em vigência de febre; iii. RN internado em unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação; iv. RN prematuro extremo (menos de 1kg ou 31 semanas), na primeira dose de tetravalente ou enquanto permanecer internado em unidade neonatal. - Vacina dupla infantil (DT) Encefalopatia nos 7 dias subseqüentes à administração das vacinas DTP celular, Tetravalente ou DTP acelular. - Vacina Haemophilus influenzae do tipo B (HiB) a) Nas indicações de substituição de Tetravalente por DTP acelular + HiB; b) Transplantados de medula óssea e órgãos sólidos: Nos menores de 19 anos e não vacinados, nas seguintes situações: HIV/Aids; imunodefici- ência congênita isolada de tipo humoral ou deficiência de complemento; imunodepressão terapêutica ou devido a câncer; asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; diabetes mellitus; nefropatia crônica, hemodiálise, síndrome nefrótica; trissomias; cardiopatia crônica; pneumopatia crônica; asma persistente, moderada ou grave; fibrose cística; fístula liquórica; e doença de depósito. - Vacina meningocócica conjugada C (MnC): a) Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; b) Imunodeficiências congênitas da imunidade humoral, particularmente do complemento e de lectina fixadora de manose; c) Pessoas menores de 13 anos com HIV/Aids; d) Implante de cóclea e doenças de depósito. - Vacina Hepatite A (HA): Hepatopatias crônicas de qualquer etiologia, inclusive portadores do vírus da hepatite C (VHC); portadores crônicos do VHB; coagulopatias; crianças menores de 13 anos com HIV/ Aids; adultos com HIV/Aids que sejam portadores do VHB ou VHC; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; imunodepressãoterapêutica ou por doença; doadores e candidatos a transplante e transplantados de órgão sólido ou de medula óssea e hemoglobinopatias. - Vacina influenza inativada (INF): HIV/Aids; doadores e transplantados de órgãos sólidos e medula óssea; imunodeficiências congênitas; imunodepressão devido a câncer ou imunossupressão terapêutica; comunicantes domiciliares de imunodeprimidos; profissionais de saúde; cardiopatias crônicas; pneumopatias crônicas; asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; diabetes mellitus; fibrose cística; trissomias; implante de cóclea; doenças neurológicas crônicas incapacitantes; usuários crônicos de ácido acetilsalicílico; nefropatia crônica e síndrome nefrótica; asma; e hepatopatias crônicas. - Vacina varicela (atenuada) VZ: Pré-exposição i. Profissionais de saúde, pessoas e familiares suscetíveis à doença e imunocompetentes que estejam em convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes imunodeprimidos; ii. Imunocompetentes suscetíveis à doença e, maiores de um ano de idade, no momento da internação em enfermaria onde haja caso de varicela; iii. Doadores de órgãos sólidos e medula óssea; iv. Receptores de transplante de medula óssea (uso restrito, sob a forma de protocolo, para pacientes transplantados há 24 meses ou mais); pacientes infectados pelo HIV/Aids, se suscetíveis à varicela e assintomáticos ou oligossintomáticos (categorias A1 e N1); v. Asplenia anatômica ou funcional, doenças relacionadas e trissomias. Pós-exposição Para controle de surto em ambiente hospitalar, nos comunicantes suscetíveis imunocompetentes maiores de 1 ano de idade, até 120 horas após o contágio. - Vacina pneumocócica conjugada 10 valente (Pn10) e polissacarídica 23 valente (Pn23): i. HIV/Aids; ii. Asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; iii. Pneumopatias crônicas e asma grave com uso de corticóide em dose imunossupressora; iv. Cardiopatias crônicas; v. Nefropatias crônicas, hemodiálise e síndrome nefrótica; vi. Transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea; vii. Imunodeficiência devido a câncer ou imunossupressão terapêutica e imunodeficiências congênitas; viii. Diabetes mellitus; ix. Fístula liquórica e doenças neurológicas crônicas incapacitantes; x. Fibrose cística (mucoviscidose), trissomias e doenças de depósito; xi. Hepatopatias crônicas. - Vacina hepatite B (recombinante): Vacina para indivíduos suscetíveis i. Vítimas de abuso sexual; ii. Vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB; comunicantes sexuais portadores de HVB; iii. Hepatopatias crônicas e portadores de hepatite C; iv. Doadores de sangue; v. Transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea; doadores de órgãos sólidos ou de medula óssea; vi. Receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundidos; vii. Nefropatia crônicas, dialisados e síndrome nefrótica; viii. Convívio domiciliar contínuo com pessoas portadoras de VHB; asplenia anatômica ou funcional e doenças relacionadas; fibrose cística mucoviscidose); doença de depósito; e imunodeprimidos. - Imunoglobulina humana anti-varicela zoster (IGHVAZ) :Pós-exposição Que o comunicante seja suscetível, isto é: i. Pessoas imunocompetentes e imunodeprimidas, sem história bem definida da doença e/ou de vacinação anterior; ii. Pessoas com imunossupressão celular grave, independentemente de história anterior. Ou que tenha havido contato significativo com o vírus VZ, isto é: i. Contato domiciliar contínuo: permanência junto ao doente durante pelo menos uma hora em ambiente fechado; ii. Contato hospitalar: pessoas internadas no mesmo quarto do doente ou que tenham mantido com ele contato direto, prolongado, de pelo menos uma hora. Ou que o suscetível seja pessoa com risco especial de varicela grave, isto é: Crianças ou adultos imunodeprimidos; grávidas; recém-nascidos de mães nas quais a varicela apareceu nos cinco últimos dias de gestação ou até 48 horas depois do parto; recém-nascidos prematuros (com 28 ou mais semanas de gestação), cuja mãe nunca teve varicela; ou recém-nascidos prematuros (com menos de 28 semanas de gestação ou com menos de 1kg ao nascimento), independentemente de história materna de varicela. - Imunoglobulina humana antirrábica (IGHVAR): i. Indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando da utiliza- ção de soro heterólogo (antitetânico, antirábico, antidiftérico, etc.); ii. Indivíduos que não completaram esquema antirábico por eventos adversos à vacina; iii. Indivíduos imunodeprimidos em situação de pós-exposição, sempre que houver indicação de vacinação antirrábica. - Imunoglobulina humana anti-hepatite B (IGHAHB): i. Prevenção da infecção perinatal pelo vírus da hepatite B (VHB); ii. Vítimas de acidentes com material biológico positivo ou fortemente suspeito de infecção por VHB; iii. Comunicantes sexuais de casos agudos de hepatite B; iv. Vítimas de abuso sexual; v. Imunodeprimido após exposição de risco, mesmo que previamente vacinados. - Imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT): i. Indivíduos que apresentaram algum tipo de hipersensibilidade quando da utilização de qualquer soro heterólogo (antitetânico, antirrábico, antidiftérico, antiofídico, etc.); ii. Indivíduos imunodeprimidos, nas indicações de imunoprofilaxia contra o tétano, mesmo que vacinado (os imunodeprimidos deverão receber, sempre, a IGHAT no lugar do SAT, devido à meia vida maior dos anticorpos); iii. Recém-nascidos em situações de risco para tétano, cujas mães sejam desconhecidas, ou tenham histórico vacinal desconhecido, ou não tenham sido adequadamente vacinadas; iv. Recém-nascidos prematuros com lesões potencialmente tetanogênicas, independentemente da história vacinal da mãe.
INFECTOLOGIA
1- Leishmaniose Tegumentar Americana: 
- Dça infecciosa, não contagiosa, causada por um MO do gênero Leishmania de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas, é primariamente uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente.
-Há diferentes subgêneros e espécies de Leishmania sendo as mais importantes no Brasil: Leishmania (Leishmania) amazonenses, Leishmania (Viannia) guyanensis, Leishmania (Viannia) braziliensis. 	
-O reservatório varia conforme a espécie do MO, mas podem ser vários mamíferos e roedores.
-O vetor transmissor pode pertencer a várias espécies de flebotomíneos (conhecido como palha), de diferentes gêneros (Psychodopigus, Lutzomia). Também mudam de acordo com a espécie. 
-Não há transmissão pessoa-pessoa. Período de incubação é em média 2 meses.
-As lesões cutâneas da LTA podem caracterizar a forma localizada (única ou múltipla), difusa ou disseminada (lesões muito numerosas em várias áreas do tegumento). Na maioria das vezes a doença se apresenta como lesão ulcerada única.
-A lesão ulcerada franca é a mais comum e se caracteriza por úlcera com bordas elevadas, em moldura. O fundo é granulomatoso, sem exsudação. A forma disseminada caracteriza-se por lesões ulceradas pequenas as vezes acneiformes, distribuídas por todo o corpo. 
-A apresentação mucosa da LTA é normalmente secundária à lesão cutânea, são mais frequentemente acometidas as cavidades nasais. Ao exame clínico pode-se observar infiltração, ulceração e perfuração do septo nasal.
-Diagnóstico laboratorial: 	
Exames parasitológicos> Exame direto (esfregaço, imprint). Histopatológico: Hematoxilina eosina, Imunoperoxidase. Cultura em meios artificiais. Inoculação em animais. 
Exames imunológicos> Intradermorreação de Montenegro; Sorologia; Elisa.
-A leishmaniose pode modificar a progressão da doença pelo HIV e a imunodepressão causada por este vírus facilita a progressão da leishmaniose.
-Definição de caso: 	
1- Suspeito: cutânea – todo indivíduo com presença de úlcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura.
mucosa – todo indivíduo com presença de úlcera na mucosa nasal, com perfuração ou perda do septo, podendo atingir lábios e boca. 
2- Confirmado: Residência, procedência ou deslocamento em/para área com confirmaçãode transmissão e diagnóstico laboratorial positivo.
-É doença de notificação compulsória.	
-Prevenção por controle vetorial.
2- Leishmaniose Visceral
-Tem se expandido para área urbana	
-Doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia, e anemia, entre outras manifestações. Evolui para óbito em 90% dos casos. 
-Reservatórios: cão, raposas e marsupiais.
-Vetores: Lutzomya longipalpis e Lutzomya cruzi (flebotomíneos). Transmissão vetorial.
-As infecções inaparentes ou assintomáticas são aquelas em que não há evidência de manifestações clínicas. Esses pacientes não devem ser notificados ou tratados.
-A suspeita clínica da leishmaniose visceral deve ser levantada quando o paciente apresentar febre e esplenomegalia associada ou não a hepatomegalia. (A) Período inicial: febre, hepatomegalia, hiperglobulinemia, velocidade de hemossedimentação alta. (B) Período de estado: febre irregular, emagrecimento progressivo, palidez cutâneo-mucosa, hepatoesplenomegalia com quadro clínico arrastado. (C) Período final: febre contínua e comprometimento mais intenso do estado geral, instala-se desnutrição, edema MMII, hemorragia, icterícia e ascite.
-Diagnóstico laboratorial:
Exames imunológicos> Rifi, Elisa, IDRM
Exames parasitológicos>
-Definição de caso:
1- Suspeito: Todo indivíduo proveniente de área com ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia, ou todo indivíduo de área sem ocorrência, de transmissão, com febre e esplenomegalia, desde que descartado os diagnósticos diferenciais mais frequentes na região.
2- Confirmado: Paciente com comprovação clinico-laboratorial ou paciente de área com transmissão de leishmaniose visceral, com suspeita clínica sem confirmação laboratorial mas com resposta favorável ao teste terapêutico
-Prevenção vetorial e controle da população canina errante.
3- Doença de Chagas
-Doença infecciosa, causada por protozoário flagelado, de curso clínico crônico, que se caracteriza por fase inicial aguda, com sinais ou sintomas quase sempre inespecíficos, quando presentes, e que pode evoluir para a fase crônica, com comprometimento cardíaco ou digestivo. 
-Agente Etiológico: Trypanosoma cruzi , protozoário flagelado com um única mitocôndria. No sangue dos vertebrados o T. cruzi se apresenta sobr a forma de trypomastigota e, nos tecidos, como amastigotas. Nos invertebrados ocorre um ciclo com a transformação dos tripomastigotas sanguíneos em epimastigotas, que depois se diferenciam em trypomastigotas metacíclicos, que são as formas infectantes acumuladas nas fezes do inseto. Além do homem mamíferos domésticos e silvestres são infectados, aves e animais de “sangue frio” são refratários à infecção.
-Vetores: Triatoma infestans, T. braziliensis, Panstrongylus megistus, Rhodnius neglectus..
-Transmissão vetorial que ocorre através das fezes dos triatomíneos. Trypomastigotas metacíclicos, presentes em suas fezes, penetram pelo orifício da picada ou por solução de continuidade deixada pelo ato de coçar. Transmissão via oral, ou via transfusão de sangue.
-Período de incubação: Quando existe sintomatologia, esta costuma aparecer 5 a 14 dias após a picada do inseto vetor. Quando adquirida por transfusão de sangue, o período de incubação varia de 30 a 40 dias. Em geral, as formas crônicas da doença se manifestam mais de 10 anos após a infecção inicial.
-Contato pessoa-pessoa apenas através do sangue ou placenta.
-Manifestações Clínicas:	Forma aguda: Aparente e Inaparente; Forma crônica: Indeterminada, cardíaca, digestiva, mista, outros megas, forma nervosa; Forma congênita.
1- Fase aguda: Quando aparente> febre, mal estar geral, cefaleia, astenia, hiporexia, edema, hipertrofia de linfonodos, hepatoesplenomegalia. Quando existe porta de entrada aparente, ela pode ser ocular (sinal de Romaña) ou cutânea (chagama de inoculação). Imagem cardíaca discretamente aumentada. 	
2-Fase crônica: Forma indeterminada – Assintomática, pode nunca mais se manifestar ou manifestar décadas mais tarde de forma crônica. Forma cardíaca – principal causa de morte, pode apresentar-se sem sintomatologia, ocorre principalmente bloqueio do ramo direito (palpitação, dispinéia, dor pré-cordial..), cardiomegalia global discreta, moderada ou acentuada. Forma digestiva – mesoesôfago e megacólon. Forma mista – associação forma cardíaca e digestiva e também apresentar mais de um mega.	
-Diagnóstico laboratorial: Gota espessa, Hemoglutinação indireta, imunofluorescência indireta, Elisa.	
-Definição de caso:
1- Suspeito: Pct residente em área caracterizada como provável de estar infestada por triatomíneo e que apresente sinal de Romaña ou chagoma de inoculação, que apresente febre com mais de uma semana de duração; com febre e que tenha sido submetido a transfusão de sangue sem os devidos cuidados, ou paciente com clínica sugestiva e exame parasitológico direto negativo ou não realizado.
2- Confirmado: Caso suspeitos com exame parasitológico direto positivo com ou sem sintomas, achados necroscópicos positivos.
-Casos crônicos não são de notificação compulsória.
-Controle químico, melhoria ou substituição de habitações, biológico.
4- Malária:
-Doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos por vetores.
-Agente etiológico: Plasmodium vivax, falciparum ou malarie. 
-Reservatório: O homem é o único reservatório.
-Vetor: Pertence a ordem dos dípteros, gênero Anopheles. 
-Transmissão ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito infectada por Plasmodium.
-Quadro clínico típico é caracterizado por febre alta, acompanhada de calafrios, sudorese profunda e cefaleia, que ocorre em padrões cíclicos, dependendo da espécie de plasmódio infectante. Período de infecção – mal estar, cansaço, mialgia; o ataque parxistico inicia-se com calafrio, acompanhado de tremor generalizado, com duração de 15 min a 1 hr, na fase febril a temperatura pode atingir 41º. Remissão – Declínio da temperatura, causa uma sensação de melhora, pode durar 48 hrs (febre terçã) e 72 hrs(febre quartã) . 
-Diagnóstico laboratorial: Gota espessa – Permite a diferenciação específica dos parasitos, a partir da análise de sua coloração, morfologia e estágios de desenvolvimento no sangue periférico, devido a sua alta concentração. Esfregaço – Sensibilidade de diagnóstico é menor que Gota Espessa, em virtude de menor concentração de sangue.
-Definição de caso:
a) Suspeito: Área Endêmica – toda pessoa com quadro febril, que seja residente ou tenha se deslocado para área onde haja transmissão de malária no período de 8 a 30 dias anteriores à data dos primeiros sintomas. Não Endêmica – Toda pessoa precedente de área onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anteriores à data dos primeiros sintomas, e apresente quadro de paroxismo febril com os seguintes sintomas: calafrios, tremores generalizados, cansaço e mialgia.
b) Confirmado: Caso suspeito confirmado por exames parasitológicos.
-Notificação Compulsória.
5) Febre Maculosa Brasileira
-Doença infecciosa febril aguda, de gravidade variável. Causada por uma bactéria do gênero Rickttesia ( R. rickettsii), Gram-negativa, intracelular obrigatória, transmitida por carrapatos. Início brusco, com febre elevada, cefaleia e/ou mialgia intena e/ou prostração, seguida de exantema máculo-papular predominantemente nas regiões palmar e plantar, que pode evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias. 
-A transmissão ocorre se artrópode permanecer aderido ao hospedeiro por 4-6 horas. Período de incubação é de 2 a 14 dias.
-Manifestações clínicas: Sintomas inespecíficos. Em geral entre o segundo e sexto dia surge o exantema máculo-papular Nos casos graves é comum a presença de edema de mmii, hepatoesplenomegalia, diarreia e dor abdominal, manifestações renais, gastrointestinais e pulmonares.
-Diagnóstico laboratorial: Hemograma, enzimas, reação de imunofluorescência indireta, pesquisa direta através de histopatologia/imunohistoquímica. 
-Definição de Caso: 
1-Suspeito: Pct com febre de iníciosúbito, mialgia e/ou prostração intensa, podendo haver um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, exantema maculopapular, manifestações hemorrágicas.
2-Confirmado: Pct com quadro clínico compatível com a doença, com resultado positivo ao exame laboratorial. Notificação compulsória.
6) Febre Amarela: 
-Dça infecciosa febril, aguda, transmitida por vetores, que possui dois ciclos epidemiológicos distintos (silvestre e urbano). Reveste-se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas.
-Vírus RNA, arbovírus, gênero Flavivirus, família Flaviridae.
-Na Febre Amarela humana o homem é o único hospedeiro. Na silvestre são os macacos.
-Vetor: Aedes aegypti
-Modo de transmissão: picada do vetor
-Período de incubação: três a seis dias após a picada do mosquito infectado. A viremia humana dura, no máximo 7 dias, e vai desde 24-48 hrs antes do aparecimento dos sintomas.
-Manifestações Clínicas: Período de Invecção – dura cerca de 3 dias, tem inicio súbito e sintomas gerais como febre, calafrios, cefalgia,lombalgia,mialgias generalizadas, prostração, náuseas vômitos. Remissão – Caracteriza-se pelo declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente, dura poucas horas. Toxonêmico: reaparecem febre, diarreias e vômitos com aspecto de borra de café, instalação do quadro de insuficiência hepato renal, representado por icterícia, oligúria, anúria, e albominúria, acompanhado de manifestações hemorrágicas e prostração intensa, o pulso se torna mais lento apesar da temperatura elevada.
-Dianóstico laboratorial: Isolamento do vírus, sorologia.
-Definição de caso:
1- Suspeito: Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, com icterícia, residente ou procedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não-humanos ou isolamento de vírus, mosquistos, nos últimos 15 dias, sem comprovação de ser vacinado.
2- Confirmado: Pct apresente sintomas clínicos com confirmação laboratorial.
7) HIV e AIDS:
-Agente etiológico: HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae. Pertencem ao grupo dos retrovírus citopáticos e não oncogênicos, necessitando, para se multiplicar, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do ácido ribonucleico (RNA) viral para uma cópia do ácido desoxirribonucleico (DNA), que pode então se integrar ao genoma do hospedeiro. Esses vírus são bastante lábeis no meio externo, sendo inativados por uma variedade de agentes físicos (calor) e químicos (hipoclorito de sódio, glutaraldeído).
-Reservatório: O ser humano.
-Modo de transmissão: Via sexual, sangue e transmissão vertical (gestação, leite materno...). Processos inflamatórios, infecciosos e outras DSTs favorecem a transmissão do HIV.
-Período de incubação: 1 a 3 semanas.
-Período de latência: Média 10anos.
-Manifestações Clínicas: 
1- Infecção aguda: Viremia elevada, resposta imune intensa e rápida queda na contagem de linfócitos T CD4+ de caráter transitório. Existem evidências de que a imunidade celular desempenha papel fundamental no controle da viremia nesta fase da infecção. Os sintomas aparecem durante o pico da viremia e da atividade imunológica. As manifestações clínicas podem variar, desde quadro gripal até uma síndrome que se assemelha à mononucleose. Os pacientes podem apresentar sintomas de infecção viral, como febre, adenopatia, faringite, mialgia, artralgia, exantema maculopapular eritematoso; ulcerações mucocutâneas, envolvendo mucosa oral, esôfago e genitália; hiporexia, adinamia, cefaleia, fotofobia, hepatoesplenomegalia, perda de peso, náuseas e vômitos. Alguns pacientes, ainda, podem apresentar candidíase oral, neuropatia periférica, meningoencefalite asséptica e síndrome de Guillain-Barré. É autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece em 3 a 4 semanas. Linfadenopatia, letargia e astenia podem persistir por vários meses.
2- Fase assintomática: Pode durar de alguns meses a alguns anos, e os sintomas clínicos são mínimos ou inexistentes.
3- Fase sintomática inicial: sinais e sintomas inespecíficos de intensidade variável, além de processos oportunistas de menor gravidade, conhecidos como complexo relacionado à aids (ARC). São indicativos de ARC a candidíase oral, testes de hipersensibilidade tardia negativos e a presença de mais de um dos seguintes sinais e sintomas, com duração superior a 1 mês, sem causa identificada: linfadenopatia generalizada, diarreia, febre, astenia, sudorese noturna e perda de peso superior a 10%.
-Nefropatia, dças oportunistas e tumores associados.
-Alterações neurológicas induzidas pelo vírus: Tropismo do vírus causa encefalopatia e neuropatia periférica, particularmente nas fases mais avançadas da infecção.
-A infecção pelo HIV pode agravar o prognóstico e a progressão de outras doenças transmissíveis em caso de coinfecção (tuberculose, hepatites virais, sífilis, entre outras).
-Diagnóstico: 
- Será considerada infectada a criança com 18 meses ou menos quando se obtiver resultado detectável em duas amostras obtidas em momentos diferentes, testadas pelos seguintes métodos: quantificação do RNA viral plasmático – carga viral; detecção do DNA pró-viral e carga viral. Crianças amamentadas, deve-se realizar a primeira carga viral imediatamente.
- O teste rápido (TR) refere-se ao teste de HIV realizado em local que permite fornecer o resultado durante o período da visita do indivíduo (consulta médica, atendimento em Centro de Testagem e Aconselhamento, atendimento em domicílio, atendimento em unidade de testagem móvel, em organização não governamental, entre outros). Uma vez diagnosticado como portador da infecção pelo HIV, o indivíduo deve ser encaminhado para atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do SUS ou para um Serviço de Assistência Especializada (SAE).
-Tratamento: Melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida, pela redução da carga viral e reconstituição do sistema imunológico.
-DÇA de notificação compulsória.
-Definição de caso: Evidência laboratorial de infecção pelo HIV em crianças para fins de vigilância epidemiológica + Evidência de imnunodeficiência; Diagnóstico de pelo menos duas doenças indicativas de aids de caráter leve e/ou diagnóstico de pelo menos uma doença indicativa de aids de caráter moderado ou grave e/ou contagem de LT CD4+ menor que o esperado para a idade.
Critério excepcional/óbito: Menção de aids (ou termos correlatos) na declaração de óbito + Investigação epidemiológica inconclusiva ou menção de infecção pelo HIV (ou termos correlatos) na declaração de óbito, além de doença(s) associada(s) + Investigação epidemiológica inconclusiva.
- Criança filha de mãe infectada pelo HIV ou que tenha sido amamentada por uma mulher infectada pelo HIV deve ser notificada como criança exposta.
-A quimioprofilaxia antirretroviral está recomendada em todos os casos de violência sexual com penetração vaginal e/ou anal nas primeiras 72 horas após a violência.
-Gestantes portadoras do HIV deverão iniciar a profilaxia da transmissão vertical a partir da 14ª semana, com terapia antirretroviral tripla.
8) Hepatites Virais: 
-Agentes Etiológicos: Vírus A (HAV), B (HBV), C (HCV), D (HDV) e E (HEV). Esses vírus pertencem, respectivamente, às seguintes famílias: Picornaviridae, Hepadnaviridae, Flaviviridae, Deltaviridae e Hepeviridaev. 
-Reservatório: Homem.
-Transmissão: As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral, relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. As hepatites B, C e D são transmitidas pelo sangue (via parenteral, percutânea e vertical), esperma e secreção vaginal (via sexual). A transmissão pode ocorrer pelo compartilhamento de objetos contaminados, como lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para colocação de piercing e para confecção de tatuagens, materiaispara escarificação da pele para rituais, instrumentos para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e pipadas (crack). Pode ocorrer a transmissão também em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, hemodiálise, transfusão, endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são aplicadas. A transmissão vertical pode ocorrer no momento do parto. O risco é maior para hepatite B, ocorrendo em 70 a 90% dos casos cujas gestantes apresentam replicação viral. Na hepatite C, a transmissão vertical é menos frequente e, apesar da possibilidade de transmissão pelo aleitamento materno, não há evidências conclusivas de aumento do risco à infecção.
-Período de incubação e transmissibilidade: Varia de acordo com o agente.
-Manifestações Clínicas: 
1- Hepatite Aguda: Período prodrômico ou pré-ictérico – ocorre após o período de incubação do agente etiológico e anteriormente ao aparecimento da icterícia. Os sintomas são inespecíficos: anorexia, náuseas, vômitos, diarreia ou, raramente, constipação, febre baixa, cefaleia, mal-estar, astenia e fadiga, aversão ao paladar e/ou olfato, mialgia, fotofobia, desconforto no hipocôndrio direito, urticária, artralgia ou artrite e exantema papular ou maculopapular. Fase ictérica – com o aparecimento da icterícia, em geral, há diminuição dos sintomas prodrômicos. Observa-se hepatomegalia dolorosa, com ocasional esplenomegalia.
Fase de convalescença – segue-se ao desaparecimento da icterícia. A recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a fraqueza e o cansaço podem persistir por vários meses
2- Hepatite Crônica: Os vírus B, C e D são os que costumam causar doença crônica (persistência do vírus após 6 meses), e esta pode cursar de forma oligo/assintomática ou sintomática. Nesses casos, os indivíduos apresentam sinais histológicos de lesão hepática (inflamação, com ou sem fibrose) e marcadores sorológicos ou virológicos de replicação viral. Indivíduos com infecção crônica, que não apresentam manifestações clínicas, com replicação viral baixa ou ausente e que não apresentam evidências de alterações graves à histologia hepática, são considerados portadores assintomáticos. Nessas situações, a evolução tende a ser benigna. Contudo, eles são capazes de transmitir hepatite e têm importância epidemiológica na propagação da endemia. Nos casos crônicos das hepatites B, C e D pode ocorrer cirrose hepática e suas complicações, além de carcinoma hepatocelular.
-Diagnóstico: -Anamnese deve ser realizada avaliando-se a faixa etária, a história pregressa e a presença de fatores de risco.
-Exames inespecíficos: Bilirrubina, Transaminase.
-Exames específicos: Anti-HAV, Anti-HBSag (detectado por meio do teste rápido. É o primeiro marcador da infecção, detectável em torno de 30 a 45 dias, e pode permanecer por até 120 dias nos casos de hepatite aguda. Ao persistir além de 6 meses, caracteriza a infecção crônica) e Anti-HBS (único marcador que confere imunidade ao HBV. Está presente no soro após o desaparecimento do HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade. Está presente isoladamente em pessoas vacinadas).
-Definição de caso: Caso confirmado:
Hepatite A: Indivíduo que apresente anti-HAV IgM reagente. Indivíduo com suspeita clínica que apresente vínculo epidemiológico com caso confirmado laboratorialmente (anti-HAV IgM reagente) de hepatite A. Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite A na declaração de óbito. Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especificada na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite A após investigação.
Hepatite B e C: Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores reagentes ou exame de biologia molecular para hepatite B/C. Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite B/C na declaração de óbito. Indivíduo que evoluiu ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especificada na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite B/C após investigação.
-Notificação compulsória regular (até 7dias)
9) Sífilis:
-Agente Etiológico: T. pallidum, uma bactéria gram-negativa, do grupo das espiroquetas, de alta patogenicidade. O homem é o único reservatório.
-Transmissão: Pode ser sexual, vertical ou sanguíneo. A transmissão sexual é a predominante. Os sítios de inoculação do T. pallidum são, em geral, os órgãos genitais, podendo ocorrer também manifestações extragenitais. 
-Período de incubação: De 10 a 90 dias – média de 21 dias – a partir do contato sexual infectante. A transmissibilidade da sífilis adquirida requer a presença de lesões (cancro duro, condiloma plano, placas mucosas, lesões úmidas e em canal de parto).
-Manifestações Clínicas: Sífilis primária − mácula ou pápula vermelha escura que progride para uma ulceração denominada cancro duro. Este aumenta em tamanho (0,5 a 2,0cm) em uma a duas semanas até a típica lesão ulcerada, indolor, com bordos endurecidos, bem delimitados, e fundo liso e brilhante. O cancro duro geralmente é único, podendo ocorrer lesões múltiplas que diferem na aparência clínica. Ele permanece de 3 a 8 semanas e desaparece com ou sem tratamento. Nas mulheres, a fase primária é de difícil diagnóstico clínico, devido ao cancro duro não causar sintomas e sua localização ser geralmente em parede vaginal, cérvix ou períneo. Sífilis secundária − disseminação dos treponemas pelo organismo. Suas manifestações ocorrem de 6 a 8 semanas após o aparecimento do cancro duro. As lesões são constituídas por pápulas palmo-plantares, placas mucosas, poliadenopatia generalizada, alopecia em clareira, madarose e condilomas planos. As lesões dessa fase desaparecem independentemente de tratamento. Sífilis latente − tem fase de duração variável em que não se observam sinais e sintomas clínicos, sendo o diagnóstico realizado exclusivamente por meio de testes sorológicos. Sífilis terciária − os sinais e sintomas surgem em um período variável após 3 a 12 anos, ou mais, do contágio. As lesões são pobres em treponemas e podem surgir em diversos órgãos e tecidos. Entre as manifestações mais comuns estão lesões cutâneo-mucosas, apresentações neurológicas, doença cardiovascular, manifestações ósseas e articulares.
-Período toxêmico: O quadro clínico é variável. Manifestações gerais e sinais de comprometimento simultâneo de múltiplos órgãos, como febre, icterícia, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia generalizada, anemia, entre outros sinais, podem ser observados isolados ou simultaneamente. A remissão espontânea da doença é improvável. O tratamento adequado dos casos diagnosticados promove a remissão dos sintomas em poucos dias. As lesões tardias já instaladas, a despeito da interrupção da evolução da infecção, não serão revertidas com a antibioticoterapia.
-Diagnóstico: PCR, microscopia direta, sorologia.
-Tratamento: Penicilina.
-Definição de caso: - Sífilis adquirida: Todo indivíduo assintomático ou com evidência clínica de sífilis primária ou secundária (presença de cancro duro ou lesões compatíveis com sífilis secundária), com teste não treponêmico reagente com qualquer titulação e teste treponêmico reagente. -Sífilis em gestante: Caso suspeito − gestante que durante o pré-natal apresente evidência clínica de sífilis, ou teste não treponêmico reagente com qualquer titulação. Caso confirmado − gestante que apresente teste não treponêmico reagente com qualquer titulação e teste treponêmico reagente, independente de qualquer evidência clínica de sífilis, realizados durante o pré-natal; e gestante com teste treponêmico reagente e teste não treponêmico não reagente ou não realizado, sem registro de tratamento prévio.
-Dça de notificação regular (em até 7 dias).
-Epidemia atual, relação HIV.
10) Sífilis Congênita: 
- Quadro clínico variável, a depender: do tempo de exposição fetal ao treponema (duração da sífilis na gestação sem tratamento); da carga treponêmica materna; da virulência do treponema; do tratamento da infecção materna; da coinfecção materna pelo HIV ou outra causa de imunodeficiência.Esses fatores poderão acarretar aborto, natimorto ou óbito neonatal, bem como sífilis congênita “sintomática” ou “assintomática” ao nascimento. Hoje, predominam as formas oligo ou assintomáticas. Didaticamente, divide-se a sífilis congênita em precoce ou tardia, conforme a manifestação clínica tenha aparecido antes ou depois dos dois primeiros anos de vida.
- A evolução da infecção treponêmica determinará lesões deformantes, com destruição de tecido cutâneo-mucoso e ósseo, além das graves sequelas neurológicas.
-Definição de Caso: Criança cuja mãe apresente, durante o pré-natal ou no momento do parto, testes para sífilis não treponêmico reagente com qualquer titulação e treponêmico reagente, e que não tenha sido tratada ou tenha recebido tratamento inadequado. Criança cuja mãe não foi diagnosticada com sífilis durante a gestação e, na impossibilidade de a maternidade realizar o teste treponêmico, apresente teste não treponê- mico reagente com qualquer titulação no momento do parto. Criança cuja mãe não foi diagnosticada com sífilis durante a gestação e, na impossibilidade de a maternidade realizar o teste não treponêmico, apresente teste treponê- mico reagente no momento do parto. Criança cuja mãe apresente teste treponêmico reagente e teste não treponêmico não reagente no momento do parto, sem registro de tratamento prévio. ---Todo indivíduo com menos de 13 anos de idade com evidências sorológicas. - Aborto ou natimorto cuja mãe apresente testes para sífilis não treponêmico reagente com qualquer titulação ou teste treponêmico reagente, realizados durante o pré-natal, no momento do parto ou curetagem, que não tenha sido tratada ou tenha recebido tratamento inadequado. - Toda situação de evidência de infecção pelo T. pallidum em placenta ou cordão umbilical e/ou amostra da lesão, biópsia ou necrópsia de criança, aborto ou natimorto. Em caso de evidência sorológica apenas, deve ser afastada a possibilidade de sífilis adquirida.
-DÇA de notificação compulsória regular.

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