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21/05/2015 1 Engenharia Civil Mecânica dos Solos II Mecânica dos Solos II Capítulo III Compressibilidade e Adensamento dos Solos Mecânica dos Solos II 21/05/2015 2 Mecânica dos Solos II 1. Introdução: Compressibilidade é a propriedade que tem certos corpos de mudarem de forma ou volume quando lhes são aplicadas forças externas. Esta propriedade é uma característica do solo devido a sua estrutura ser constituída por um esqueleto de grãos sólidos, formando uma macro estrutura, onde os vazios estão preenchidos com água e ou ar. Mecânica dos Solos II Interesse: A Engenharia Geotécnica tem grande interesse na determinação das deformações devidas a carregamentos verticais na superfície do terreno ou em cotas próximas à superfície, ou seja, os recalques das edificações com fundações superficiais (sapatas ou radiers) ou de aterros construídos sobre o terreno. 21/05/2015 3 Mecânica dos Solos II • Aplicando-se cargas de determinada estrutura ao solo, estas geram uma redistribuição dos estados de tensão em cada ponto do maciço (acréscimos de tensão), a qual, por sua vez, irá provocar deformações em toda área nas proximidades do carregamento, resultando inevitavelmente em recalques superficiais. Mecânica dos Solos II Então, temos duas importantes análises a fazer de uma fundação qualquer: • As deformações do solo, especialmente aquelas que irão resultar em deslocamentos verticais (recalques); • A resistência ao cisalhamento do solo responsável pela estabilidade do conjunto solo/estrutura. 21/05/2015 4 Mecânica dos Solos II Para análise do primeiro item, vamos estudar os aspectos relativos à deformabilidade dos solos – ou seja – sua compressibilidade. • As deformações do solo sob carregamento, podem ser: • Elásticas; • Plásticas; • Viscosa ou fluência. Mecânica dos Solos II • Deformações elásticas: geralmente causam pequenas mudanças no índice de vazios do solo, sendo totalmente recuperadas quando em um processo de descarregamento. • Deformações plásticas: quando, cessadas as solicitações impostas ao solo, observa-se pequena recuperação das deformações ocorridas neste solo, não retornando ao estado inicial. 21/05/2015 5 Mecânica dos Solos II • Fluência: Quando o solo, mesmo com a constância do seu estado de tensões efetivas, continua a apresentar deformações com o tempo, diz-se que ele está a apresentar um comportamento de fluência. • Na maioria dos casos, a deformabilidade de um solo se apresenta como uma combinação destes três tipos. Mecânica dos Solos II • As deformações de compressão do solo, responsáveis pelo aparecimento dos recalques na superfície do terreno, são devidas ao deslocamento relativo das partículas de solo, tornando-as mais próximas uma das outras, pois, para a magnitude das forças atuantes a água e as partículas sólidas são incompressíveis. 21/05/2015 6 Mecânica dos Solos II As deformações em um solo podem ser: • Rápidas: são deformações quase que instantâneas, geralmente observadas em solos arenosos e solos argilosos não saturados; • Lentas: são deformações observadas em solos argilosos saturados – adensamento. Mecânica dos Solos II Nos depósitos naturais, os solos se encontram confinados lateralmente. Então as variações volumétricas possíveis do solo serão sempre na vertical (recalque), devido a diminuição do seu índice de vazios. 21/05/2015 7 Mecânica dos Solos II Entendendo alguns conceitos: • Compressibilidade: relação independente do tempo entre variação de volume e tensão efetiva. É a propriedade que os solos tem de serem suscetíveis a compressão. • Compressão: É o processo pelo qual uma massa de solo, sob a ação de cargas, varia de volume mantendo sua forma. • Adensamento: Processo dependente do tempo de variação de volume do solo, devido a drenagem da água presente nos vazios. Mecânica dos Solos II 2 – Parcelas dos recalques • Define-se como recalque a deformação vertical positiva de uma superfície qualquer delimitada no terreno. • O recalque total proporcionado por uma obra com fundações rasas pode ser calculada pela formula: 21/05/2015 8 Mecânica dos Solos II Mecânica dos Solos II • Recalque imediato (ρi) � O recalque imediato ocorre principalmente devido à compressão dos gases (em solos não saturados). � É calculado a partir de fórmulas empíricas ou pela a Teoria da Elasticidade Linear. � Como estes recalques ocorrem concomitante com o carregamento, não costumam criar problemas para as obras em fundações rasas (sapatas, blocos e radier) 21/05/2015 9 Mecânica dos Solos II • Recalque por adensamento primário (ρp) � Requer atenção especial em casos de solos argilosos devido a ocorrerem ao longo de um tempo que pode ser bastante grande, podendo provocar o aparecimento de solicitações estruturais que não tinham sido previstas. � É calculado quase sempre utilizando-se a teoria unidimensional de Terzaghi. Mecânica dos Solos II • Recalque por compressão secundária (ρs) � Quase sempre não é considerado � Costumam ocorrer em períodos muito longos de tempo de forma que a estrutura na maioria das vezes consegue se adaptar às novas solicitações que porventura surjam � Principal causa deslizamento dos contatos entre partículas de argila. 21/05/2015 10 Mecânica dos Solos II 3- Recalques imediatos • Os recalques imediatos ocorrem em solos arenosos ou em solos argilosos não saturados. • São recalques que ocorrem simultaneamente com a construção da obra. • Seu cálculo segue a formulação da teoria da elasticidade. Mecânica dos Solos II • Esta formulação necessita que se execute os ensaios de compressão simples ou ensaio de compressão triaxial para determinação de ε e ν. • ε – módulo de elasticidade – é um parâmetro de resistência do solo • ν – Coeficiente de Poisson – fornece a porcentagem da tensão aplicada em um sentido 21/05/2015 11 Mecânica dos Solos II Mecânica dos Solos II • Ρi = recalque imediato; • I = Coeficiente de forma que leva em conta a geometria e a rigidez da fundação • Q0 = tensão uniformemente distribuída na base da fundação; • B = é a menor largura se retangular; ou diâmetro se circular, da área carregada; • Ε e ν = coeficientes fornecidos 21/05/2015 12 Mecânica dos Solos II 23 - Elementos rígidos – sapatas de concreto; - Elementos flexíveis – aterros; - Flexível � com deformação � Carregamentos são constantes - Rígida � sem deformação � Recalques são constantes Coeficiente de forma para placas rígidas e flexíveis Mecânica dos Solos II 21/05/2015 13 Mecânica dos Solos II • Limitações da teoria da elasticidade: • A1- Existe uma variação do módulo de elasticidade com o nível de tensão aplicada pela estrutura ao solo devido a não linearidade da relação tensão-deformação. • A2- O módulo de elasticidade cresce com a profundidade, pois a tensão de confinamento que aumenta com a profundidade. Mecânica dos Solos II • B- Esta teoria é limitada a um meio uniforme. Não se presta a analisar o recalque em uma camada compressível em meio a duas camadas menos deformáveis (solos sedimentares). • quando não existe 21/05/2015 14 Mecânica dos Solos II • Quando não existe homogeneidade do material no perfil, a teoria da elasticidade não pode ser aplicada. Mecânica dos Solos II Exemplo 1: ε = 55 MPa; ν = 0,35 28 Rocha 21/05/2015 15 Mecânica dos Solos II Resolução: • 1- Calculo da tensão: • 2- Definição do fator de forma I: → Sapata quadrada rígida → 0,86 3 – Coeficientes fornecidos: → ε = 55 Mpa (55.000 Kpa) → ν = 0,35 Mecânica dos Solos II Considerando o embutimento do elemento de fundação no terreno21/05/2015 16 Mecânica dos Solos II Considerando o embutimento do elemento de fundação Mecânica dos Solos II Resolução: • 1- Calculo da tensão: • 2- Definição do fator de forma If: → Sapata quadrada rígida → 0,86 • 3- Definição do fator de profundidade Ip: →H/B = 3/1,5 = 2,0; →L/B = 1,5/1,5 = 1 →Ip = 0,6 • 4 – Coeficientes fornecidos: → ε = 55 Mpa (55.000 Kpa) → ν = 0,35 21/05/2015 17 Mecânica dos Solos II 3.1 Cálculo do recalque imediato pelo Nspt • Devido a grande variedade de tipos de solos, não é possível se produzir tabelas com valores de Módulo de elasticidade – ε - e do Coeficiente de Poisson – ν; necessitando-se executar ensaios de compressão, e com equipamentos especiais medir as deformações necessárias ao cálculo dos coeficientes. Mecânica dos Solos II • Uma maneira de se simplificar o cálculo do recalque imediato é corelacionar seu cálculo com os resultados das sondagens, que por norma, são obrigatórias, ao Nspt determinado nas sondagens. • O SPT é um índice de resistência do solo, e quanto maior a resistência do solo, menor serão os recalques. 21/05/2015 18 Mecânica dos Solos II • Existem vários trabalhos acadêmicos com formulas para o cálculo do recalque imediato utilizando-se do Nspt. • Como este assunto não faz parte dos livros didáticos e vocês ainda não estudaram o que é uma sondagem (que será visto em fundações), deixo este assunto para pesquisas posteriores. Mecânica dos Solos II 4. Compressibilidade dos solos: Como já foi falado, a variação de volume de um solo submetido a cargas, deve-se somente a sua variação do índice de vazios. A compressibilidade de um solo irá depender do arranjo estrutural das partículas que o compõem e do grau em que as partículas de solo são mantidas uma em contato com a outra. 21/05/2015 19 Mecânica dos Solos II • Uma estrutura mais porosa, como no caso de uma estrutura floculada, irá resultar em um solo mais compressível do que uma estrutura dispersa. • Quando há acréscimos de pressão no solo, é natural que ele se deforme, diminuindo seu índice de vazios. Mecânica dos Solos II • Se a pressão anteriormente aplicada ao solo é então retirada, alguma expansão (recuperação elástica) irá ocorrer, mas nunca na totalidade das deformações sofridas anteriormente. • Em outras palavras, o comportamento do solo é na maioria das vezes, elastoplástico. 21/05/2015 20 Mecânica dos Solos II 4.1. Ensaio de compressão confinada –oedométrico: O engenheiro geotécnico necessita dos seguintes parâmetros de compressibilidade dos solos na execução de projetos: A tensão de pré-adensamento – σ’vm; O índice de compressão ou recompressão – Cc – Cr: Coeficiente de variação volumétrica - Mv Coeficiente de compressibilidade – av. Mecânica dos Solos II • Estes índices são obtidos através do ensaio de compressão confinada – oedométrico, também conhecido como ensaio de adensamento. • Para este ensaio, utiliza-se do oedometro desenvolvido por Terzaghi. • Este ensaio é o mais antigo e o mais utilizado para a determinação dos parâmetros de compressibilidade do solo. 21/05/2015 21 Mecânica dos Solos II • O ensaio consiste na compressão de uma amostra de solo, compactada ou indeformada, pela aplicação de valores crescentes de tensão vertical, sob condição de deformação radial nula. Mecânica dos Solos II • O ensaio é realizado mantendo a amostra saturada e utilizando duas pedras porosas de modo a acelerar a velocidade do recalque na amostra. • São efetuadas leituras do recalque a cada novo carregamento aplicado. 21/05/2015 22 Mecânica dos Solos II • Procedimento resumido do ensaio: • Saturação da amostra: • Aplicação do carregamento: • Leituras, para cada carregamento, geralmente efetuadas em uma progressão geométrica do tempo: 15s; 30s; 1m; 2m; 4m; 8m; ...24hs – dos deslocamentos verticais do topo da amostra e do tempo decorrido para obtenção de cada valor do deslocamento: Mecânica dos Solos II • Plotar gráficos com as leituras efetuadas da variação da altura ou recalque versus tensões aplicadas • Ultima fase: descarregamento da amostra. • Seqüência usuais de carga: Kgf/cm²: 0,20; 0,40; 0,80; 1,60; 3,20; 6,40; 12,80; 25,60; .... KPa: 3, 6, 12, 25, 50, 100, 200, 400, 800, 1600, ..... 21/05/2015 23 Mecânica dos Solos II Ao se iniciar o ensaio de compressão é necessário se conhecer seu índice de vazios inicial e0 , sua altura inicial h0 e saturação. • e0 é dado por: • h0 = altura do corpo de prova; • Saturação é dado por: �0 = �� �� − 1 �� = × �� �0 Mecânica dos Solos II A taxa de mudança de volume devido a deformações axiais, visto que as deformações radiais são nulas, varia enormemente conforme o tipo de solo: • Para as areias – alguns minutos; • Para os siltes – algumas dezenas de minutos; • Para as argilas – dezenas de horas. 21/05/2015 24 Mecânica dos Solos II Cálculo do recalque primário – Formula principal: Obs.: Esta formula deverá ser particularizada conforme o estado de adensamento natural do solo argiloso, como veremos adiante. ∆ℎ = � = ∆� 1 + �0 ∙ ℎ0 Mecânica dos Solos II 4.2 Interpretação dos resultados: Transcorrido o tempo necessário para que as leituras se tornem constantes, assume-se que a amostra atingiu uma condição de equilíbrio, pois não há mais variação de estado de tensões efetivas no solo. Então os resultados de cada estágio são colocados em um gráfico semi-log, com o logaritmo da tensão vertical aplicada no eixo das abcissas e o índice de vazios em escala linear no eixo das ordenadas. 21/05/2015 25 Mecânica dos Solos II 4.2.1 Resultados do ensaio: Os gráficos abaixo mostram a representação dos resultados do ensaio de compressão confinada de um solo: Mecânica dos Solos II 4.2.2 Interpretando as curvas do gráfico: em escala aritmética Para melhor entender alguns conceitos do ensaio de compressão, analisaremos no gráfico ao lado, onde estão plotadas as tensões em escala não logarítmica e realizado ainda um descarregamento no meio de ensaio. 21/05/2015 26 Mecânica dos Solos II • Nota-se que a amostra foi comprimida, em primeiro carregamento, do ponto A até o ponto B. • Em seguida, sofreu um processo de alivio de carga até o ponto D. • Novamente se aplica carga até atingir o ponto C. Mecânica dos Solos II • A curva, então, nos mostra a histerese, ou seja, deformações plásticas irreversíveis. • Observa-se claramente ao se tomar o valor de σ’v = 175 kPa, em que cada um dos trechos de carga, descarga e recarga corta a linha correspondente a esta tensão com valores diferentes de índice de vazios. 21/05/2015 27 Mecânica dos Solos II • A expressão primeiro carregamento significa que os carregamentos que ora se impõem ao solo superam o maior valor por ele já sofrido em sua história de carregamentos anteriores. • É um conceito de grande importância, pois todo material elastoplástico, guarda em sua memória indícios de carregamentos anteriores. Mecânica dos Solos II • Assim, temos: • Trecho A - B: trecho de carregamento virgem, no sentido que a amostra ensaiada nunca experimentara valores de tensão vertical daquela magnitude. • Quando isto ocorre, dizemos que a amostra é normalmente adensada. 21/05/2015 28 Mecânica dos Solos II • Trecho B-D-B: trecho de descarga e recarga. Neste trecho o solo não é normalmente adensado, pois a tensão que lhe é aplicada é inferior à tensão máxima por ele sofrida (ponto B), sendo então classificado como pré- adensado. • Neste trecho, o solo apresenta comportamento elástico. Mecânica dos Solos II • Trecho B-C: neste trecho o solo apresenta um estadode tensão superior ao maior estado de tensão já experimentado, sendo classificado como normalmente adensado. 21/05/2015 29 Mecânica dos Solos II 4.2.3 Interpretando trechos da curva de compressão em escala logaritmica: • Os mesmos segmentos da curva de compressão podem ser visto no gráfico semi-log ao lado. • Pode-se distinguir nesse gráfico, três partes distintas: a primeira quase horizontal; a segunda uma reta inclinada e a terceira parte, uma curva que une as duas partes anteriores. Mecânica dos Solos II • O primeiro trecho nos mostra uma recompressão do solo até um valor característico σ’vm. Tal reta apresenta um coeficiente angular denominado de índice de recompressão-Cr. 21/05/2015 30 Mecânica dos Solos II • Ultrapassando o valor característico de tensão, o corpo de prova principia a comprimir-se sob tensões superiores a σ’vm . Assim, as deformações são bem pronunciadas e o trecho reto do gráfico que as representa é chamado de reta virgem. Esta reta forma um coeficiente angular denominado de índice de compressão-Cc. Mecânica dos Solos II 4.3 Tensão de pré-adensamento: É definido como o valor da tensão que separa os trechos de recompressão e de compressão virgem em uma curva de compressão no gráfico semi-log. É o maior valor de tensão já sofrido pelo solo em campo. Sua determinação não é muito precisa, por ser feita por processo gráfico por um operador. Os dois processos mais utilizados: O de Casagrande e o de Pacheco e silva. 21/05/2015 31 Mecânica dos Solos II 4.3.1 Método construtivo de Casagrande: Determina-se o ponto de maior curvatura, e traça-se uma tangente e uma reta horizontal. Traça-se uma reta na bissetriz formada pela tangente e a reta horizontal. Traça-se uma reta prolongando a reta de compressão virgem do solo. O valor de σ’vm será dado pela intersecção desta reta com a bissetriz. Mecânica dos Solos II 4.3.2 Método construtivo de Pacheco e Silva: Traça-se uma reta horizontal pelo ponto de índice de vazios inicial. Prolonga-se a reta de compressão virgem do solo, até cortar a reta horizontal anterior. Faz-se uma reta vertical deste ponto, até encontrar a curva de compressão. Neste ponto, traça-se nova reta horizontal, sendo o ponto onde esta reta cortar a de prolongamento o valor de σ’vm. 21/05/2015 32 Mecânica dos Solos II 4.4 Determinação da condição de adensamento em que se encontra o solo: Para uma perfeita analise do comportamento dos solos em Engenharia Geotécnica, é necessário determinar as condições de adensamento em que se encontra o solo, ou seja; “A historia de tensões que viveu o solo”. Mecânica dos Solos II Para analisar o histórico de tensões de um solo foi instituído a “Razão de Pré- adensamento – OCR” A razão de pré-adensamento de um solo é a relação entre a máxima tensão vertical já experimentada pelo solo (σ’vm) e a tensão vertical efetiva atual de campo (σ’v0). 21/05/2015 33 Mecânica dos Solos II Calcula-se o OCR através da seguinte formula: As condições de pré-adensamento do solo para valores de OCR, são: • Se OCR > 1 solo pré-adensado, condição usual; • Se OCR =1 solo normalmente adensado, pouco usual • Se OCR < 1 solos sub-adensado, muito pouco usual. Mecânica dos Solos II • Quadro comparativo do comportamento de um solo em função das pressões atual – σ’v e máxima passada – σ’vm. PRESSÃO COMPORTAMENTO DA ARGILA σ’ v < σ’ vm Solo pré adensado (PA) Deformações pequenas e reversíveis Comportamento elástico σ’ v ≥ σ’ vm Solo normalmente adensado (NA) Deformações grandes e irreversíveis Comportamento plástico 21/05/2015 34 Mecânica dos Solos II Então, como veremos adiante, temos que ajustar a formula do recalque de acordo com a condição de adensamento natural do solo: • Solo em adensamento – σ’v0 > σ’vm – OCR<1; • Solo normalmente adensado – σ’v0 = σ’vm – OCR=1; • Solo pré-adensado – σ’vo + Δσ’v < σ’vm – OCR>1. Mecânica dos Solos II 4.5 Parâmetros de compressibilidade: A partir da curva representada em função do índice vazios “e” versus tensão efetiva vertical “σ’v”, temos av – coeficiente de compressibilidade. 21/05/2015 35 Mecânica dos Solos II • A partir da curva representada em função do índice de vazios “e” versus logaritmo da tensão efetiva vertical “log σ’v”temos Cc - índice de compressão e Cr - índice de recompressão �� = ∆� ∆����′� �� = ∆� ∆����′� �� = �1 − �2 ����′2 − ����′1 Mecânica dos Solos II • A partir da curva representada em função da tensão efetiva vertical “σ’v” versus módulo de elasticidade vertical “Єv”, temos mv – coeficiente de compressibilidade volumétrica e Єoed – módulo oedométrico. �� = ∆ℰ� ∆� ′� = 1 !��� = "� 1+ �0 21/05/2015 36 Mecânica dos Solos II 4.6 Cálculo dos recalques com base nos parâmetros de compressibilidade dos solos: 4.6.1 Do coeficiente de compressibilidade: 4.6.2 Do coeficiente de variação volumétrica: � = ∆�′� ∙ "� ∙ ℎ0 1 + �0 � = ∆�′� ∙ �� ∙ ℎ0 � = ∆�′� !��� ∙ ℎ0 Mecânica dos Solos II 4.6.3 Dos índices de compressão: No caso dos parâmetros de compressibilidade estarem definidos em função dos índices de compressão, ou seja: O cálculo dos recalques dependerá da faixa de tensões efetivas associadas ao projeto; isto é, da história de tensões do solo em questão. �� = �� = �� = ∆� ∆����′� 21/05/2015 37 Mecânica dos Solos II 4.6.3.1 Cálculo para solos em adensamento: Condição em que a argila ainda não terminou de adensar sob o efeito de seu próprio peso: σ’v0 > σ’vm - OCR < 1 Onde: σ’v0 = tensão efetiva inicial do solo (tensão geostática); σ’vf = acréscimo de tensão provocado pela construção. Mecânica dos Solos II 4.6.3.2 Cálculo para solos normalmente adensados – NA (OCR=1). Neste caso, qualquer acréscimo de tensão efetiva estará associado a uma variação do índice de vazios prevista no trecho de compressão virgem. Esta condição nos diz que a máxima tensão que o solo já suportou no passado corresponde ao peso atual do solo sobrejacente. 21/05/2015 38 Mecânica dos Solos II 4.6.3.3 Cálculo para solos pré-adensados – PA σ’v0 + Δσ’ < σ’vm – OCR > 1: Esta condição nos diz que a máxima tensão que o solo já suportou no passado é maior do que a tensão total atual. Enquanto qualquer acréscimo de carga permanecer dentro desta condição, teremos recalques insignificantes. Por hoje é só. Próxima aula, exercícios Obrigado pela atenção Mecânica dos Solos II
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