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Beatriz Ruiz TEORIA GERAL DO PROCESSO CIVIL PROFESSORA: Silvana Prince AULA 07/10/15 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS Intervenção de terceiros: Ocorre quando há o ingresso de alguém em processo alheio que esteja pendente, quando puder a vir a ser atingido pela sentença proferida no processo em que não é parte. Figuras que passam a integrar a relação processual são os terceiros Esse terceiro ingressa quando quer ser atingido pela sentença de um processo do qual não faz parte. Existe por economia processual e por celeridade Não é obrigatória, pois o terceiro pode esperar termino da ação para depois mover uma nova Requisitos: (para que possa haver intervenção dos IT’s) O terceiro deve ser juridicamente interessado O terceiro pode ser atingido por uma decisão/sentença proferida em processo alheio (possibilidade de ser atingido pelo processo) Espontânea: intervenção parte do terceiro Provocada: Quando autor ou réu “chamam” para o processo A grande diferença entre as duas é que na espontânea a iniciativa parte do terceiro, e na intervenção provocada a iniciativa parte das partes (autor e/ou réu) Assistência Oposição Embargos de TerceirosEspontânea Intervenção na execução Terceiro prejudicado “Amicus Curiae” (amigo da corte) Nomeação à autoria Provocada Denunciação à lide Chamamento ao processo Espontânea Oposição: É a intervenção de terceiro em demanda alheia como objetivo de haver para si o bem jurídico disputado, excluindo-se o autor e o réu. Um terceiro tem interesse jurídico num bem que está em disputa judicial A oposição é cabível tanto nas ações pessoais quanto nas reais, mas não é cabível no JEC (art. 10 Lei 9.099/95) nem no processo sumário. Depois de sentença proferida não pode entrar mais com oposição Pode brigar pela coisa inteira ou por parte da coisa Total ou Parcial Opoente – terceiro Opostos – autores e réus Oposição Interventiva ou Autônoma Art. 59 (antes das audiências) Art. 60 (depois da Audiência de Instrução e Julgamento) O terceiro pode esperar julgamento entre A e B, e depois entrar com ação contra quem ganhou. Pois não é obrigatória. Ou terceiro também pode entrar no processo em andamento, o que seria muito mais rápido. a) Interventiva: Na oposição interventiva ela será apensada aos autos principais e correrá junto com a ação principal e a decisão será conjunta (numa mesma sentença) É apresentada antes da audiência de instrução e julgamento b) Autônoma: Na oposição autônoma será distribuída por dependência, será apensada aos autos principais e seguirá o rito ordinário. O juiz poderá suspender a ação principal por prazo de 90 dias para decisão conjunta. Há casos em que o juiz não apensará Por uma questão de lógica a oposição é sempre analisada/julgada em primeiro lugar Oposição autônoma é aquela apresentada no processo depois da audiência de instrução e julgamento Diferenças: A diferença está no momento em que é apresentada Se a imposição for interventiva aquela petição entra dentro do mesmo processo Caso a petição seja feita depois, será autônoma. Monta-se a parte, mas é conexa (será distribuída pelo juiz da ação principal). Nessa hipótese o juiz poderá suspender a ação principal para oposição seguir e dar sentença ao mesmo tempo, ou seja, julgará primeiro a oposição por questão de lógica. Procedimentos: Petição Inicial nos termos do 282 CPC Fala como as petições iniciais devem ser Distribuição por dependência ao processo principal Autor e réu devem ser citados (ação original) Prazo para contestar é comum de 15 dias Citado já começa o prazo Autor e réu passam a ser passivos e necessários (litisconsórcio) ao opositor Passivo – quando tem pluralidade de réus Necessários – formação é obrigatória A citação é feita na pessoa do advogado do autor e do réu Quem entra com oposição é o opoente e os opostos são autor e o réu Opoente – quem entra com a oposição Opostos – contra quem a oposição entra Assistência: assistente é um “ajudante” de uma das partes. Entra para auxiliar, repercute no interesse jurídico do terceiro. Terceiro na pendencia de uma causa entre outras pessoas, tendo interesse jurídico na sentença que seja favorável a uma das partes, ele intervém ao processo para prestar auxilio na ação. Tem interesse que uma das partes ganhe o processo Pressupostos: (art. 150) Existência de uma relação jurídica entre uma das partes do processo e o assistente Possibilidade da sentença influir na relação jurídica Assistência Simples ou Litisconsorcial A grande diferença depende do interesse jurídico do assistente Limite é o transito julgado da sentença Simples: se o interesse for indireto será assistência simples Exemplo – o sublocatário tem interesse indireto na ação movida pelo locador contra o locatário. O sublocador pode ser assistente simples do sublocatário) Litisconsorcial: na assistência litisconsorcial o interesse é direto, ou seja, o assistente defende direito próprio. Exemplo – ação reivindicatória promovida por um dos condôminos. O outro condômino poderá ingressar no curso da ação e será assistente litisconsorcial Entrando desde o inicio seria litisconsórcio ativo Art. 13 e 14 CC Distinções: Na assistência simples, o assistente atuará como legitimado extraordinário subordinado (quem manda é a parte, só auxilia) apenas auxiliando na defesa de direito alheio. É um mero coadjuvante, não podendo ir de encontro com opções processuais do assistido. (quem conduz é a parte) Exceção – todavia, se o assistido for revel (foi citado, mas não se manifestou) o assistente se transforma em gestor de negocio processual alheio. Dirigirá o processo segundo a vontade presumida do assistido. (861 CC) (somente se for revel!). Na assistência litisconsorcial como o assistente tem interesse direto na demanda ele poderá praticar os atos que entender necessário, sem subordinação ao assistido. A assistência poderá ser interposta em qualquer momento até o transito em julgado na sentença É admissível no processo sumário (Art. 280, I), mas não o é no JEC (9.099/95) Procedimento: Petição Inicial Prazo de 5 dias para ouvir as partes (51 CPC). Art. 55 – trata dos efeitos da sentença em relação ao assistente Provocada Nomeação à autoria: é o incidente pelo qual mero detentor de coisa ou cumpridor de ordem, quando demandado indica o proprietário ou possuidor da coisa demandada ou o terceiro do qual cumpriu ordens como sujeito passivo da relação processual. A nomeação à autoria é ato exclusivo do réu que por meio desta visa livrar-se da demanda que lhe foi intentada (Moacyr A. dos Santos) Réu nomeia à autoria aquele que é realmente o culpado, indicando o proprietário ou possuidor da coisa demandada. Artigos 62 e 63 trazem as causas específicas Ou também ação reivindicatória da coisa, indica o proprietário
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