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Beatriz Ruiz DIREITO ADMINISTRATIVO PROFESSOR: Rodrigo Candioto AULA 08/10/15 PODER DISCIPLINAR: O poder disciplinar permite à administração “Punir e apenar a pratica de infrações funcionais dos servidores e de todos que estiverem sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da administração, como é o caso daqueles que com ela contrata que estão na sua intimidade” (Marinela). Decorre do poder de hierarquia, sem a hierarquia não tem a quem se punir É interno, não se aplicando aos particulares Não é permanente É discricionário 1º - Conduta se encaixa em infração administrativa? Valora a conduta e instaura procedimento administrativo 2º - se for sanção administrativa, instaurada vai para vinculado 3º - volta para discricionário para escolher pena. Se não punir pratica crime de improbidade administrativa Vinculado: Quanto ao dever de punir quando constatada a infração administrativa Tem contraditório e ampla defesa Começa com discricionário (se tem conduta tem infração administrativa) então passa para o vinculado e depois volta para discricionário Discricionário: Escolher a melhor pena para reprimir Valoração de conceitos vagos ou indeterminados PODER REGULAMENTAR: “Consiste na possibilidade de os chefes do Poder Executivo editarem atos administrativos gerais (que se aplicam a um indeterminado de situações) e abstratos (não se esgotam em uma só aplicação), ou gerais e concretos (concretos pois se esgotam em uma única aplicação), expedidos para dar fiel execução à lei” (Mazza). Não expede leis, e sim regulamentos para que possa ser aplicado de maneira mais efetiva. Regulamentos se dão através de decretos Competência exclusiva do Chefe do Executivo Tem como função dar fiel execução à lei Exemplo: art. 306, Lei 9.503/97 regulamentada pelo decreto 6.488/2008 Poder Executivo expede um regulamento, vem da fiel execução da lei. Doutrinas modernas não utilizam poder regulamentar (sentido estrito) e sim poder normativo (sentido amplo) Decreto ≠ Regulamento: Decreto: Constitui uma forma de ato administrativo É um veiculo introdutor do regulamento É a forma do regulamento Regulamento: Representa o conteúdo do ato Ato administrativo Se exterioriza através do decreto Atos Normativos: Emanam normas gerais e abstratas ≠ regulamentos Atos Normativos Originários: Emanados de um órgão estatal em virtude de competência outorgada pela Constituição Federal São os atos legislativos (leis) Atos Normativos Derivados: Tem por objetivo a explicitação ou especificação de um conteúdo normativo preexistente Vai explicitar os decretos Quando fala em poder normativo abrange atos legislativos e regulamentos (doutrina moderna) Subdivisão dos derivados: Regulamentos administrativos ou de organização – Disciplinam questões internas de estruturação e funcionamento da Administração Pública Regulamentos delegados, autorizados, jurídicos ou habilitados – Disciplinam a delegação provisória de matérias do poder legislativo para o poder executivo. Não existem no Brasil Regulamentos executivos – são expedidos sobre matéria anteriormente disciplinada pela legislação permitindo sua fiel execução Regulamentos autônomos ou independentes – tratam ou versam sobre temas não disciplinados pela legislação. Alguns doutrinadores dizem que sim, outros que não. PODER DE POLÍCIA (Limitação administrativa): “É a atividade da administração pública, baseada na lei e na supremacia geral, consistente no estabelecimento de limitações à liberdade e propriedade dos particulares regulando a prática de um ato ou abstenção de fato, manifestando-se por meio de atos normativos ou concretos, em beneficio do interesse público” (Mazza). Alguns doutrinadores não utilizam o termo poder de polícia Destrinchando: É atividade da Administração PúblicaLimitação legislativa (Exemplo: Lei 10.257/01) Limitação Administrativa Poder de polícia Sentido amplo Limitação da liberdade administrativa Sentido estrito Poder de policia em sentido amplo é qualquer limitação à liberdade ou propriedade particular. Podendo ser legislativa ou administrativa Poder de policia em sentido estrito é uma limitação à liberdade administrativa somente Baseada na lei Poder de policia é exercido com base na lei e na supremacia geral Na supremacia geral ≠ supremacia especial Supremacia geral: Determinações que incidem para todos os indivíduos indistintamente Exemplo: obrigação da pessoa de observar o recuo da construção de uma casa; proibição de determinados animais dentro de uma cidade; fixação de velocidade em determinado local Poder de policia se aplica a todas as pessoas Supremacia especial: São situações que se fundamentam em privilégios ou vínculos especiais da Administração Pública sobre os seus administrados Aplicam-se para um determinado grupo Vinculo concreto, podendo ser através de contratos Exemplo: obrigação dos servidores públicos a estarem uniformizados Limitação à liberdade e propriedade dos particulares Limita os particulares para fazer uma compatibilização do interesse particular com o interesse coletivo Regulando a pratica de ato ou a abstenção de fato Pratica do ato: Tem consentimentos da administração Podem ser expressos por: Licenças (construir) Autorizações (utilizar praça) Carteiras Declarações Certificados Abstenção de fato: Tem determinações da Administração Podem ser expressos por: Atos de fiscalização Atos normativos Atos concretos Por meio de atos normativos ou concretos: preventivamente ou repressivamente Preventivamente: Ordens Licenças Notificações Autorizações Repressivamente: imposição de medidas coercitivas (lacração do local) Em beneficio para atender interesse público Limitar Atos dos Particulares Sancionar Fiscalizar Poder de polícia Administração Pública Existe o poder de policia para atender ao interesse público A administração se vale do poder de policia para limitar, fiscalizar e sancionar atos dos particulares Conceito legal do poder de policia - Art. 78, CTN (Código Tributário Nacional)
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