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Beatriz Ruiz DIREITO ADMINISTRATIVO PROFESSOR: Rodrigo Candioto AULA 21/10/15 ATOS ADMINISTRATIVOS Teoria e conceito: “É toda manifestação unilateral1 de vontade da Administração Pública2 que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato, adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos3 ou impor obrigações4 aos administrado ou a si próprio” (Hely) Destrinchando: Unilateral: é uma imposição da administração ao administrado/particular Administração Pública: não somente poder executivo, mas também o Poder Legislativo, Poder Judiciário e também de particulares delegatários (concessão e permissão). Ambos emitem atos administrativos Adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos: é o fim, produção de efeitos jurídicos que ato administrativo produz Impor obrigações: produção de efeitos jurídicos que ato administrativo produz “Toda manifestação expedida no exercício da função administrativa, com caráter infra legal (está abaixo da lei), consiste na emissão de comandos complementares à lei, (ato segundo a lei, não que seja na falta da lei e nem contra ela) com a finalidade de produzir efeitos jurídicos” (Mazza) O que é fato administrativo: (Diferente de ato) Pela corrente Dinamicista – “É a atividade material no exercício da função administrativa, que visa a efeitos de ordem prática para a Administração” (José dos Santos Carvalho Filho) Fato decorre do ato ou conduta Fato é uma decorrência, que decorreu de um ato / conduta A atividade material é uma ação administrativa Fatos administrativos naturais: originam de fenômenos da natureza. Exemplo: vendaval que atinge a repartição pública e à destelha Fatos administrativos voluntários: decorrente de atos administrativos e condutas administrativas Atos administrativos: formalizam a providencia desejada pelo administrador através de manifestação da vontade. Exemplo: Apreensão de mercadorias (decorre de Poder de Polícia) Condutas administrativas: refletem comportamentos e ações administravas. Exemplo: mudança de prédio da administração, não é um ato administrativo mas é uma conduta administrativa. Atos da administração: Corrente minoritária: são todos os atos jurídicos praticados pela administração. Ou seja, os atos da administração são gênero e espécie. (Maria Sylvia) Corrente majoritária: são todos os atos jurídicos praticados pela administração que não se enquadram no conceito de atos administrativos (Celso, Jose dos S. C. Filho entre outros) Atos administrativos ≠ Atos da Administração Não são espécie do gênero atos da administração Espécies dos atos da administração: Atos regidos pelo direito privado ou atos de gestão – determinados atos que a administração pratica estão na mesma igualdade que um particular. Exemplo: prefeitura que precisa locar casa para se utilizar de creche também seguirá a lei de locação. Atos meramente materiais, relacionados à prestação de serviço público. Exemplo: podar árvores, varrer a rua, cirurgia feita em hospital publico. Atos políticos ou atos de governo – são atos com maior discricionariedade em que a competência advém da constituição. Exemplo: sansão, veto, declaração de guerra, induto. Atos legislativos – são as leis em sentido formal editadas pelo poder legislativo. Exemplo: lei ordinária e lei complementar Atos jurisdicionais – são as decisões proferidas pelos magistrados (sentença, acordão, decisão interlocutória) ≠ de atos judiciários (ato administrativo praticado pelo serventuário da justiça – oficial de justiça, servente, diretor de cartório) Contratos administrativos – é bilateral, uma parte celebra se ela quiser. Apesar de ser de adesão é bilateral. Requisitos (Elementos ou pressupostos) do Ato administrativo:F – Finalidade F – Forma . C – Competência O – Objeto M - Motivo Hely traz também o mérito administrativo e o procedimento administrativo (Minoritário) Conjugação desses elementos: (Majoritária) 1) Aperfeiçoa o ato 2) É condição de eficácia É necessário sempre preencher todos os requisitos Finalidade: É o objeto de interesse publico pretendido com a pratica do ato. Finalidade tem que ser interesse público. Efeito jurídico é mediato, somente saberá se atingiu interesse público depois de finalizado o ato. Forma: é o modo de exteriorização na expedição do ato administrativo Regra geral – forma escrita Exceções: Atos pictóricos (placas de sinalização não são de forma escrita) Atos eletrônicos (semáforos) Atos orais (ordens dadas de um superior para subordinado) Atos mímicos (guarda de trânsito) A forma em certas ocasiões deve respeitar a certas formalidades. Exemplo: contrato de compra e venda registrado em cartório. Competência: (ou sujeito) é a atribuição legal dada ao agente publico para pratica do ato. Podendo ser: Natureza de ordem pública – porque é estabelecida por lei Não se presume – decorre de lei Improrrogabilidade – decorre de lei Inderrogabilidade ou irrenunciabilidade – decorre de lei Obrigatoriedade – competência é um dever do agente público Incaducabilidade ou imprescritibilidade – só perde competência se lei revogar Delegabilidade – deleção / avocação Objeto: é o conteúdo do ato, a ordem por ele determinada, ou o resultado pratico pretendido ao se expedi-lo. Tem efeito jurídico imediato, conhece o objeto antes da pratica do ato. Motivo ou causa: é a situação de fato e de direito que autoriza a pratica do ato. Decorre de: Lei – vinculado, sem conveniência e oportunidade. Quando for vinculado deve seguir, não pode analisar. A critério do administrador – discricionário, tem conveniência e oportunidade. (Art. 132,V, Lei 8.112/90) Tem discricionariedade para analisar o que é essa conduta, esse comportamento, analisará num caso concreto. Motivo é diferente de motivação (é a exposição ou indicação por escrito do motivo) Todo ato administrativo deve ser motivado? Regra geral: SIM | Exceção: quando motivo vier implícito. Exemplo: prefeito começa mandato nomeando, quando exonera não precisa motivar.
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