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Beatriz Ruiz DIREITO ADMINISTRATIVO PROFESSOR: Rodrigo Candioto AULA 04/11/15 e 05/11/15 Formação e Efeitos do Ato Administrativo: Criação | Formação Irradicação de efeitos Efetivação desses efeitos no plano concreto O ato deve ser: Perfeito: quando completa os 5 elementos é perfeito (FF.COM) Válido: para que ato seja válido não basta que seja perfeito Eficaz: será eficaz quando produzir seus efeitos Preliminares ou prodromicos – são aqueles que não fazem parte, mas antecedem (vistoria do local) – preliminar a um ato principal Reflexos – atinge terceiros da relação jurídica (desapropria casa que possui locatário, não é dono mas terá que locar outra casa). Reflexos Preliminares Atípicos (impróprios) Típicos (próprios) EFICACIA - EFEITOS Efeitos que podem interferir na irradiação de efeitos do ato administrativo: Efeito de eventuais vícios Condição suspensiva Condição resolutiva (tem autorização de instaurar banca até eu seja montado loja de revista) Termo inicial (só pode começar a construir cada daqui a 30 dias) Termo final (termo final na CNH) Combinações possíveis: Ato pode ser: Perfeito Válido Pleno Eficaz Ato pode ser: Perfeito – concluiu ciclo Inválido – fere a lei Eficaz – produz efeitos Caso: pessoa nomeada a prestar serviço público sem concurso e está exercendo função Ato pode ser: Perfeito Válido Ineficaz Caso: contrato administrativo é perfeito, foi celebrado obedecendo a lei, mas não foi publicado, ou seja, ineficaz Ato pode ser: Perfeito Inválido Ineficaz Caso: contrato obedeceu ciclo, mas não fez licitação e não publicou Ato imperfeito: Aquele que não completou seu ciclo de formação Classificação dos Atos Administrativos: Quanto aos destinatários: Gerais: atinge a todos, abstrato e impessoal. Exemplo – um decreto para dar fiel execução à lei o ato é geral Individuais: tem destinatários determinados: Singular: único destinatário (exoneração de servidor) Plurimo: vários destinatários determinados (nomeia 10 aprovados no concurso) Quanto ao alcance: Interno: produz efeitos dentro da administração pública (servidores que devem usar crachá) Externo: produz efeitos internos e externos (mudança de horário da repartição pública) Quanto à manifestação de vontade: Unilaterais: uma manifestação de vontade (aplicação de multa pela Administração) Bilaterais: mais de uma manifestação (celebração de contratos) Quanto ao grau de liberdade: Vinculados: tem que ser do jeito que lei determina (concessão de licença maternidade) Discricionário: conveniência e oportunidade Quanto ao objeto: Império: administração em nível superior do administrado (lacração do estabelecimento) Gestão: administração em mesmo patamar que administrado (locação por compra e venda) Expediente: dar andamentos internos, não tem conteúdo decisório Quanto à formação: Simples: há uma única manifestação de vontade, de um órgão publico ou autoridade (autorização da CNH) Complexo: necessita para sua formação da manifestação da vontade de 02 ou mais órgãos ou autoridades para praticar um único ato (redução aplicáveis a bens de informática) Composto: é aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão mas a sua edição ou a produção de seus efeitos depende de um outro ato que o aprove Quanto à estrutura: Concreto: dispõe para um caso determinado (exoneração do servidor) Abstrato: situações ainda não definidas Quanto aos efeitos: Constitutivos: cria uma situação jurídica nova (permissão para explorar uma jazida) Declaratórios: reconhecem uma situação preexistente (declaração que filho estuda lá na escola) Quanto aos resultados na esfera jurídica: Ampliativos: ampliam a esfera de direitos da pessoa (adquiriu licença para construir) Restritivos: restringem a esfera de direitos da pessoa (porte de arma) Quanto à eficácia: Válidos: seus requisitos atendem a lei Nulos: em desconformidade com ordenamento jurídico (insuscetíveis de convalidação) Anuláveis: admitem convalidação, possuem vicio interno - ato sanável (atos praticados pelo incompetente) Inexistentes: possui vicio dentro de sua formação, por isso não existe Irregulares: podem ser sanados Quanto à exequibilidade: Perfeitos: completou ciclo de formação Imperfeitos: não completou ciclo de formação Pendentes: Consumado: já exauriu todos os seus efeitos Extinção dos atos: Maneiras: Pelo cumprimento de seus efeitos: Esgotamento do seu conteúdo jurídico (ato que concede férias) Execução material (ato visa cumprimento de ordem já cumprida) implemento de condição ou termo (ocorreu a condição e termo cumpriu efeitos) Desaparecimento do sujeito ou do objeto (extinção subjetiva ou objetiva): Exemplo1: promoção para funcionário que depois de certo tempo vem a falecer (desaparecimento do sujeito). Exemplo2: ato para reformar residência e residência está ruída (desaparecimento do objeto) Retirada do ato pelo próprio Poder Público: Cassação – retira ato porque administrativo descumpriu ato Caducidade – decaimento, retira ato em razão de nova norma Contraposição – o ato antigo se choca com ato novo Anulação Mais importantes Revogação Anulação: “Consiste em um ato administrativo que tem o poder de supressão de outro ato ou relação jurídica dele nascida, por haver sido produzido em desconformidade com a ordem jurídica, tratando-se de ato ilegítimo ou ilegal” (Marinela) Ato administrativo com ilegalidade, Administração extrai ato anulatório, fazendo a extinção do ato primário. Efeitos: “Ex tunc” : quando ato administrativo restritivo de direitos “Ex nunc”: ato é ampliativo de direitos, sempre obedecer a boa-fé de terceiros. Quem pode anular: Administração pública (art. 53, Lei 9784/99 Sumula 346 e 473, STF – Principio da autotutela Poder Judiciário (CF, art. 5ºXXXV) – pode anular porque tem ilegalidade, ou seja, principio da sindicabilidade Pode incidir sobre atos vinculados ou discricionários, exceto sobre o mérito (pois está associado a revogação) Anulação do ato com vicio insanável é um ato vinculado = Nulo (insuscetível de convalidação) Anulação do ato com vicio sanável é um ato discricionário = Anulável (suscetível de convalidação, pode consertar o ato para utiliza-lo Quando é insanável é obrigado a anular Quando é sanável escolhe em anular ou convalidar, nesse caso é discricionário Possui limitação temporal (art. 54, Lei 9784/99): Administração tem prazo de 5 anos Poder Judiciário não possui limitação, caso perca o prazo o judiciário pode anular Anulação não poderá ser realizada quando: Ultrapassar prazo legal Houver consolidação dos seus efeitos For mais conveniente para o interesse publico manter a situação fática (manter os fatos) Houver possibilidade de convalidação Ato Administrativo Ilegalidade Ato Anulatório Extinção do Ato Primário Revogação: “É a supressão de um ato administrativo legitimo e eficaz, realizada pela Administração – e somente por ela – por não mais lhe convir sua existência” (Hely) Ato administrativo em razão de uma causa superveniente entende que ato não deve permanecer em vigor, expede novo ato (ato revocatório) e faz extinção do ato primário Efeitos: “Ex nunc”: da edição do ato para frente Ato não é ilegal para que retroaja Tem conveniência e oportunidade para decidir se continua o ato Quem pode revogar: Administração (art. 53, Lei 9784/99 Sumula 473,STF) – tem o mérito administrativo (conveniência e oportunidade), por isso não pode o Poder Judiciário revogar e sim a autoridade que expediu. Somente incide sobre atos discricionários (pois no vinculado deve ser tudo de acordo com a lei) A revogação é um ato discricionário Não possui limitação temporal, pois tem conveniência e oportunidade Atos que não podem ser revogados: Atos consumados, pois já exauriram seus efeitos Atos que já geraram direitos adquiridos Atos que integram um procedimento, não pode revogar ato dentro de um procedimentoCausa superveniente Extinção do Ato Primário Ato Administrativo Ato RevocatórioRenuncia: Extinções inominadas (atípicas): São extinções que não se enquadram nas demais Exemplo: sinal está verde, mas guarda fala para esperar. Nesse caso deverá obedecer o guarda.
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