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02/04/12 Ronaldo Cuenca – Bases da Cirurgia Fundamentos da Oncologia Cirúrgica Relevância: 2ª causa de morte no mundo entre doenças evitáveis (tirando-se acidentes). Incidência: Aumento da exposição, fatores genéticos + estilo de vida, aumento da expectativa de vida. Câncer de pulmão é a principal causa de morte no mundo. Câncer de estomago é a segunda causa de morte no mundo. No Brasil, o câncer de pulmão é a primeira causa de morte em homens sendo o câncer de mama a primeira causa nas mulheres. No Brasil o câncer de pele é o mais frequente em ambos os sexos. Fundamentos da oncologia cirúrgica: Diagnóstico Estadiamento (toda doença oncológica deve ser estadiada) Tratamento Diagnóstico: Principal ponto para o sucesso História clínica Orientação para solicitação de exames complementares Tumores com fortes traços familiares Definir diagnóstico antes de iniciar tratamento (ideal) Limitações do local de trabalho (encaminhar para centro especializado, caso não se tenha condições no local) Marcadores tumorais: Comment by LAIS: Investe-se em pesquisa para se achar marcador diagnóstico, em fase precoce - especifico Substancias produzidas pelos tumores cuja sua dosagem pode ajudar no diagnóstico, estadiamento, controle do tratamento com o fator prognóstico. Exames solicitados devem ser baseados em: Comportamento biológico (normalmente relacionado com diferenciação) Grau de invasão (T+número grau de “invasão” no seu próprio órgão) Órgãos para os quase originam metástases Estadiamento: Definir taxa de sobrevida (pode ter influência do serviço, e forma de tratamento) Grau de disseminação Diversos sistemas com regras internacionais, sendo o mais utilizado o sistema TNM. T – grau de “invasão” no órgão que acomete (ex: até mucosa, até serosa) N – linfonodos acometidos M – presença ou não de metástases à distância Grau de diferenciação histológica (informação subjetiva do patologista; imunohistoquímica e biologia molecular associada a parâmetros matemáticos para torna-lo mais objetivo) Momentos do estadiamento: Pé-operatório ou no pré-tratamento Trans-operatório (intervenção cirúrgica e acha-se tumor – estadiamento intra-abdominal para se ver linfonodos e locais de metástase) Pós-operatório (quando se acha que é benigno, e depois da análise patológica, e se deve repetir) Falha do tratamento T: baseia-se na extensão anatômica da doença (T0 a T4) N:linfonods das cadeias linfáticas do órgão comprometido – N0 a N3 M: avaliação das metástases a distância – M0 ou M1 X: quando não podemos avaliar corretamente Tumores diferentes podem ser encaixados no mesmo estádio. Tipos de estadiamento: Clínico: estabelecido pelo exame físico e exames complementares Patológico – baseia-se no achado cirúrgico e no exame anatomo-patológico da peça (biópsia incisional – parte da lesão; biópsia excisional – se retira toda a doença) – o processo degenerativo de uma lesão grande não necessariamente acomete toda a lesão (ex: adenocarcinoma de estômago). Fatores relacionados ao tumor e hospedeiro: Órgão e tecido de origem do tumor Classificação histopatológica do tumor Extensão do tumor primário: tamanho ou volume Invasão de tecidos adjacentes Locais das metástases detectadas Dosagem de marcadores tumorais Estado funcional do paciente Colecistectomia é justificada em pctes assintomáticos devido à alta correlação entre pctes com câncer de vesícula e com cálculos na vesícula (90%) Tratamento: Prevenção Detecção precoce Qualidade de vida para estadios avançados Resultado do tratamento vai depender de fatores relacionados: Ao doente Ao tumor E a instituição que se propõe a tratar Princípios da cirurgia oncológica: incisão cirúrgica ampla e adequada proteção da ferida operatória com campos secundários realização de inventário minucioso de cavidades laqueação das veias antes das artérias; dissecção centrípeta da peça operatória; isolamento do tumor com compressas; Cuidados para não se cortar o tecido tumoral; Remoção tumoral com margem de segurança; Ressecção em bloco do tumor primário e das cadeias linfáticas, quando indicada Tratamento cirúrgico curativo: indicado na fase inicial da doença, consiste na remoção do tumor primário com margem se segurança e das cadeias linfáticas. Tratamento cirúrgico paliativo: reduzir a população tumoral, controlar sintomas que põem em risco a vida ou compromete a qualidade de vida do doente. RT: Reduzir ou erradicar células tumorais com menor dano possível aos tecidos normais, usada para tratamento local ou regional, pode ser: Radical Remissiva Profilática Paliativa Ablativa QT: Atinge células tumorais e normais em diferentes fases do ciclo celular, realizada em ciclos. Pode ser utilizada antes ou após tratamento cirúrgico Reabilitação: É responsabilidade do médico assistente, deve iniciar logo após o diagnóstico e deve ser: multiprofissional; multiassistencial
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