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Resumo de Processo Legislativo

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Processo Legislativo 
O Processo legislativo consiste no conjunto de fases constitucionalmente estabelecidas pelas quais há de passar o projeto de lei, até sua transformação em lei vigente. Nesse processo são formuladas as leis que constituem o ordenamento brasileiro. A legislação brasileira é formada por leis primárias (emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, lei delegada, medidas provisórias, decreto legislativo, resoluções do senado) e leis secundárias (decretos regulamentares, instruções ministeriais, portarias, ordem de serviço). 
O processo legislativo possui três fases: iniciativa (geral ou privada), constitutiva e complementar. Na primeira delas, tem-se o pontapé inicial, ou seja, o projeto e lei, que pode ser apresentado um deputado ou comissão; por um senador ou comissão; pelo Supremo Tribunal Federal; pelo Presidente da República; pelo Procurador Geral da República; pelos Tribunais Superiores; e pela iniciativa popular. 
É necessária a observação de uma série de regras para a elaboração do Projeto de Lei. Essas regras estão dispostas nas leis complementares n° 95 de 26/02/98 e n° 107 de 26/04/2001, que tratam da estrutura da norma (parte preliminar), da ordenação do texto legal (parte normativa) e das cláusulas e disposições (parte final). É preciso observar também as etapas de elaboração (definição da matéria a ser normatizada; verificação da possibilidade jurídica; estudo da matéria, pesquisa da legislação e jurisprudência; elaboração do anteprojeto; revisão do anteprojeto; e redação final).
Observados os procedimentos legais, o Projeto de Lei segue para a segunda fase: a Constitutiva, na qual será discutida a relevância do projeto nas duas casas do congresso (Câmara e no Senado), na Comissão de Constituição e Justiça, na Comissão Orçamentária (caso a nova lei implique custos) e também nas comissões temáticas. 
Após a análise do projeto, ocorre a votação (deliberação parlamentar e executiva). Primeiramente ocorre a deliberação parlamentar, na qual existem dois processos de votação: ostensivo (simbólico e nominal) e secreto (eletrônico e cédulas). Para a realização da votação existem três tipos de quórum, sendo que cada um corresponde a um tipo de caso: maioria simples (50% + 1 dos presentes); maioria absoluta (50% + 1 do total de membros da casa) e maioria qualificada (3/5 do total de membros da casa). 
Se rejeitado o projeto, ele será arquivado. Se aprovado, ele vai para a casa revisora e em seguida chega à fase da deliberação executiva, na qual será sancionado ou vetado pelo presidente da república. Nesta fase o projeto passa a se chamar autógrafo. 
A sanção pode ser expressa, quando é produzido um documento para expor os motivos da aprovação; ou tácita, quando não há manifestação e, depois de um prazo de 15 dias, considera-se a aprovação do projeto. 
O veto, por sua vez, pode ser total, quando o projeto é inteiramente rejeitado; ou parcial, quando somente uma parte é rejeitada. A motivação pode ser jurídica, quando é considerado inconstitucional; ou política, quando é contrário ao interesse público. Nos dois casos a justificação é exigida, dentro de um período de 48 horas. Se o projeto for sancionado, segue para a próxima fase. Se for vetado, volta à casa de origem para uma nova deliberação, na qual o veto pode ser derrubado ou mantido. 
A última fase é a complementar, na qual, depois de aprovado o Projeto de Lei, é feita a promulgação, que é o atestado de existência válida da lei. No entanto, o projeto, que agora se tornou lei, só chega ao conhecimento de todos os cidadãos através da publicação, ato pelo qual se atesta a inovação legislativa. A partir do momento em que a lei é publicada, inicia-se o vacatio legis, depois do qual não pode haver alegação de desconhecimento da nova lei.

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