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Ântonio Venerando Joel Junio Linhares Bueno Leonardo Felix Victor Hugo Rubiataba-Go Novembro de 2015 Ântonio Venerando Joel Junio Linhares Bueno Leonardo Felix Victor Hugo Fundações Trabalho apresentado ao Doutora professora Leidiane na Disciplina de Direito Civil I da turma Dir-N2/03, do curso de Direito. Facer Faculdades Rubiataba – 6 de Novembro de 2015 SUMÁRIO 1- Introdução 2 – Criação de Fundações 3 - Fases de Criação de uma Fundação 4 – Conclusão 5 - Referências 1-INTRODUÇÃO É de fundamental importância que um estudante de direito saiba o surgimento e os conceitos de fundações, onde esta localizada do código civil e quais são os requisitos adotados e qual é o maior problema que enfrenta na abertura em nosso país e demostraremos alguns exemplos para ajudar a você entender com mais clareza. 2 - DESENVOLVIMENTO 2 – Fundações A primeira grande característica das fundações refere-se a sua constituição. Ao contrário das chamadas “corporações”, as fundações não se constituem de uma união de pessoas, mas de uma dotação especial de bens livres, destinados a uma dada finalidade, o que pode ocorrer por testamento ou por escritura pública, mas sempre dependendo de registro. Fundação é um patrimônio destinado a um determinado fim, ou seja, o que é essencial na fundação é o seu patrimônio. No Direito Romano, as fundações eram conhecidas como universitas bonorum. O objetivo das fundações será sempre o bem-estar da sociedade, ou seja, as fundações existem para beneficiar a sociedade, a coletividade, e não o instituidor ou sua diretoria. Como exemplo, pode ser citada a Fundação de Combate ao Câncer. As fundações poderiam ser comparadas às sociedades civis, no entanto não têm fins lucrativos. Sendo um patrimônio destinado a um determinado fim, esse objetivo é determinado pelo seu instituidor, ou seja, o dono do patrimônio é quem vai determinar a finalidade da fundação. O universo de finalidades elencadas pelo Código para as quais uma fundação pode ser instituída não é vasto, embora haja, na prática, certa flexibilidade nesta interpretação. É as seguintes as finalidades apontadas pelo Código: a) religiosa; b) moral; c) cultural; d) assistencial. Consoante mencionado en passant, o rol acima apresentado não tem sido interpretado taxativamente pelo Ministério Público, tendo este sido bem razoável quando da análise das finalidades das fundações no caso concreto. Insta destacar que o Ministério Público é quem deve velar pelas fundações situadas em sua circunscrição territorial. Uma ressalva deve ser feita. Embora o Código afirme caber ao Ministério Público Federal velar pelas fundações localizadas no Distrito Federal, o Poder Judiciário firmou entendimento no sentido de que inexiste razão para que, nesse caso, não seja o Ministério Público do Distrito Federal o responsável pela fiscalização. Do mesmo modo, quanto às fundações federais de direito público, entendeu o Judiciário caber ao Ministério Público Federal a sua velatura. Ponto que demanda planejamento dos instituidores diz respeito à destinação dos bens dotados a uma fundação que não prospera, seja por se tornar ilícito, impossível ou inútil a finalidade a que visava a fundação, seja porque os bens foram insuficientes para a consecução de seus objetivos. Em tais situações, não havendo disposição em sentido contrário, os bens destinados à fundação serão incorporados em outra de finalidade semelhante. Por fim, compre destacar as modalidades de formação das fundações, o que pode ocorrer pela forma direta, ou pela forma fiduciária. No primeiro caso, o próprio instituidor provê a fundação de maneira pessoal, ao passo que a modalidade fiduciária pressupõe a entrega da organização da obra a outra pessoa da confiança do instituidor. 3 - Fases de Criação de uma Fundação A criação de uma fundação passa por quatro fases: 1.ª fase - ato de dotação: é o momento em que o instituidor destina determinados bens para a criação da fundação. O artigo 62 do Código Civil dispõe que o ato de dotação poderá ser feito por escritura pública ou por testamento. Se o ato de dotação quer por testamento ou doação, tiver patrimônio insuficiente para a finalidade da fundação, esse patrimônio será incorporado em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante (artigo 63 do Código Civil). Pelo sistema jurídico anterior (artigo 25 do Código Civil de 1916), os bens eram convertidos em títulos da dívida pública para ser aumentado ou através de novas dotações, ou com seus próprios rendimentos, a fim de atingirem o montante necessário para que a fundação pudesse funcionar. Repare que o legislador quis garantir celeridade na constituição da fundação. O parágrafo único do artigo 62 do Código Civil estabelece as finalidades da fundação particular e que são: religiosas, morais, culturais ou de assistência; 2.ª fase - elaboração dos estatutos: pode ser elaboração própria ou elaboração fiduciária. A elaboração própria se dá quando o instituidor elabora pessoalmente o estatuto. A elaboração fiduciária é a modalidade de elaboração em que esta fica a cargo de alguém de confiança do instituidor. O Código de Processo Civil, em seu último capítulo, dedica uma grande importância ao Ministério Público, quanto à sua atuação junto às fundações. Determina a lei que o Ministério Público tem o dever de fiscalizar, ingressar com ação para destituir a diretoria e até extinguir a fundação, em caso de ilicitude de seu objeto. O artigo 1.202 do Código de Processo Civil dispõe que, se a pessoa que ficou encarregada da elaboração dos estatutos não a fizer dentro de 6 meses, esta elaboração ficará a cargo do Ministério Público, passando por uma apreciação do juiz. A mesma disposição está presente no artigo 65, parágrafo único, do Código Civil, conferindo 180 dias para que o Ministério Público passe a ter a incumbência de elaborar o estatuto, quando o estatuto não for elaborado no prazo assinalado pelo instituidor. 3.ª fase – aprovação dos estatutos: em geral, sendo elaborados pelo próprio instituidor ou pela pessoa de sua confiança, os estatutos passarão pela aprovação do Ministério Público. Caso o Ministério Público não os aprove, poderão passar pela apreciação do Juiz da comarca, de forma subsidiária, para que seja pelo magistrado suprida a aprovação do Ministério Público (artigo 65 do Código Civil). Sendo os estatutos, entretanto, elaborados pelo Ministério Público, deverão, sempre, passar pela aprovação do juiz (artigo 1202 do Código de Processo Civil); 4.ª fase - registro: após vencidas todas as fases anteriores, a fundação deverá ser registrada no Cartório do Registro das Pessoas Jurídicas. O artigo 554 do Código Civil estabelece a caducidade para os bens doados para a constituição de uma fundação se esta não tiver sido registrada até dois anos da lavratura da escritura de doação. Portanto,o prazo máximo entre a dotação através da escritura de doação e o registro, podendo ser aplicada a regra analógica para a morte do testador até o registro, o prazo máximo de dois anos. Caso nesse prazo não haja o registro, o bem volta ao doador ou é repassado aos herdeiros, no caso de testamento, responsabilizando-se aquele que deu causa à decadência de direito. Havendo necessidade de alteração dos estatutos, esta alteração não poderá contrariar a finalidade da fundação, devendo ser aprovada por 2/3 dos componentes para gerir e representar a fundação, passando a seguir pela aprovação do Órgão do Ministério Público. Os bens de uma fundação são inalienáveis, entretanto, admite-se a venda de seus bens, desde que o produto da venda seja aplicado na própria fundação, que o pedido de alienação passe por prévia audiência do Ministério Público e que haja autorização judicial. Em relação às hipóteses de extinção das fundações, determina o artigo 69 do Código Civil os casos em que pode ocorrer a extinção de uma fundação, quais sejam: Quando vencer o prazo de sua duração (entretanto é raro, tendo em vista que normalmente não se dispõe prazo de duração); Quando se tornar ilícita a finalidade da fundação, o Ministério Público poderá ingressar com uma ação visando à sua extinção; Quando se tornar impossível ou inútil a sua manutenção (a causa mais comum, nessa hipótese, é o surgimento de dificuldades financeiras). Quando uma fundação se extingue, deve-se verificar se o próprio instituidor já previu a destinação dos bens. Se não o fez, o artigo 69 do Código Civil dispõe que os bens deverão incorporar em outra fundação de fins iguais ou semelhantes, designadas pelo juiz. 4 - Conclusão Podemos concluir fundações como: “Pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que se forma a partir da existência de um patrimônio extraído de seu instituidor ou instituidores, através de escritura publica ou testamento, para servir a um objetivo especifico de interesse publico”. Assim uma fundação nasce mediante a destinação de um patrimônio para determinada finalidade social. O instituidor fará uma opção sobre a forma de caridade que melhor lhe agrade. Porém, a finalidade não pode ser genérica e sim mais especifica possível. 5 - Referências ALMEIDA, Amador Paes. CLT comentada. Saraiva, 2003. CARRION, Valentin Carrion. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 27. ed. LTr, 2002. GRINOVER, Ada Pellegrini. Teoria geral do processo. 11. ed. Malheiros, 1995. THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 38. ed. Forense, v. I, 2002. MALTA, Cristovão Piragibe Tostes. Prática do processo do trabalho. 31. ed. Ltr, 2002. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho. 17. ed. Atlas, 2002. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. 15. ed. Saraiva, 1994.
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