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Direitos Humanos - Resumo Prova FMS

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Direitos Humanos: direitos que visam resguardar a dignidade da pessoa humana, em todos os seus aspectos, devendo ter a capacidade de ser universalizados nos diferentes Estados e culturas.
Inerência: segundo Kant, o fato de ser um ser humano já garante certos direitos. Direitos como vida, liberdade e segurança são direitos inerentes À dignidade humana.
Dimensão dos Direitos:
1ª Dimensão: séc. XVIII e XIX. Direitos civis e políticos – cidadania, liberdades públicas. Titularidade do indivíduo, oponíveis erga omnes. Valor Liberdade.
2ª Dimensão: séc. XIX e XX, decorrentes da Revolução Industrial e movimentos sociais (Movimento Cartista e Comuna de Paris). Melhorias do campo social do homem trabalhador. Importância após PGM, com Constituição de Weimar e Tratado de Versalhes. Direitos sociais, culturais e econômicos – saúde, educação, greve, CLT. Valor Igualdade.
3ª Dimensão: derivados das grandes alterações sociais na comunidade internacional. Direitos coletivos, difusos, transindividuais – qualidade de vida, tutelando o meio-ambiente, as relações de consumo, a autodeterminação dos povos, a paz mundial, comunicação. Valor Fraternidade. No Brasil, o Cód. Proteção ao Consumidor é o primeiro conjunto normativo de 3ª dimensão. Podem ser tutelados de forma individual e/ou coletiva.
4ª Dimensão: são os direitos dos povos. Direitos relacionados à engenharia genética, pois podem trazer risco à própria existência humana.
5ª Dimensão: são os direitos de 3ª dimensão transportados para os dias atuais, devendo significar o direito à paz permanente.
Teorias
Jusnaturalista: direitos humanos inscritos numa ordem suprema, universal, não se tratando de obra humana.
Juspositivista: direitos humanos são criação normativa, na medida em que é legítima a manifestação da soberania do povo. São direitos os que são reconhecidos na legislação positiva.
Moralista: direitos humanos são fundamentados na consciência moral de um povo.
Expressões
Direitos do Homem: cunho jusnaturalista, significando um rol de direitos naturais ainda não positivados pelas constituições ou normas internacionais. Muito difíceis de encontrar visto o alto grau de positivação dos Estados.
Direitos Fundamentais: voltada ao Direito Constitucional, compreendendo direitos (declarações) e garantias (instrumentos de proteção) positivados no ordenamento jurídico de cada Estado.
Direitos Humanos: são prerrogativas (direitos e garantias) inscritas em tratados, convenções, acordos, etc. internacionais. Art. 1º DUDH: fundamento dos direitos humanos situa-se na dignidade humana, preceito matriz de todo sistema global.
Características
Universalidade: todos os seres humanos são sujeitos ativos desses direitos.
Indivisibilidade: compõem um todo, de direitos e garantias indivisíveis.
Interdependência: inter-relacionados e dependentes entre si.
Imprescritibilidade: não perecem com o decurso do tempo.
Individualidade: os dh podem ser exercidos individualmente.
Complementariedade: não há hierarquia entre os dh, devendo ser interpretados de forma conjunta e harmônica no caso concreto.
Inviolabilidade: os dh não podem ser descumpridos por nenhum indivíduo, sociedade ou autoridade.
Indisponibilidade ou irrenunciabilidade: não se podem dispor.
Inalienabilidade: os dh estão fora das relações comerciais.
Historicidade: os dh estão relacionados ao desenvolvimento histórico, cultural e moral do ser humano.
Vedação ao retrocesso: Jamais podem ser diminuídos ou reduzidos no seu aspecto de proteção, ou seja, o Estado não pode proteger menos do que vem protegendo.
Efetividade: a Administração pública deve criar mecanismos coercitivos aptos à efetivação dos direitos fundamentais.
Limitabilidade: os dh não são absolutos, podendo ser limitados em situações excepcionais, expressamente previstas no ordenamento jurídico.
Inexauribilidade: são inesgotáveis no sentido de que podem ser expandidos, ampliados, e a qualquer tempo, podem surgir novos direitos. (§2º Art. 5º da CRFB/88).
Diferença entre Direitos e Garantias Fundamentais
Direitos: são bens (mat ou imat) e vantagens (positivas ou negativas) descritos na norma/regra constitucional (declaratórios).
Garantias: são os meios pelos quais se assegura os direitos. As garantias são processuais, bem como normativas.
Comentários Art. 5º
Direito à Vida: abrange o direito de ter uma vida digna, de continuar vivo e de não ser privado da vida.
Igualdade: igualdade material e não apenas a igualdade formal. A lei deve tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades.
Legalidade: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude da lei. Os particulares podem fazer tudo o que a lei não proíba já a ADM Pública só pode fazer aquilo que a lei permitir.
Proibição da Tortura: ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Algemas são regulamentadas pela SV 11, do STF.
Liberdade de Pensamento: é livre a manifestação do pensamento desde que não seja anônimo. Há direito de resposta e indenização moral, material ou de imagem.
Liberdade de Consciência, culto ou crença: é assegurada a inviolabilidade da liberdade de crença, e livre exercício dos cultos. Não pode haver privação de direitos por motivos de crença religiosa ou convicção política ou filosófica, salvo para se eximir de obrigação legal.
Liberdade de Cátedra: poder ensinar de acordo com o conhecimento cientifico.
Inviolabilidade domiciliar: a casa é asilo inviolável da pessoa humana. Só podem entrar das 6h00 as 18h00 – Do nascer ao pôr do sol. Exceção: com autorização do morador, em flagrante delito, auxilio inadiável ou em caso de desastre.
Pacto de San José da Costa Rica (Costa Rica, 1969):
A Convenção Americana dos Direitos Humanos, também chamada de Pacto de San José da Costa Rica, foi estabelecida em 1969, sendo adotado pelo Brasil em 1992.
O Pacto baseia-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que compreende o ideal do ser humano livre, isento do temor e da miséria, e sob condições que lhe permitam gozar dos seus direitos econômicos, sociais e culturais, bem como dos seus direitos civis e políticos.
O documento é composto por 81 artigos, incluindo as disposições transitórias, que estabelecem os direitos fundamentais da pessoa humana, como o direito à vida, à liberdade, à dignidade, à integridade pessoal e moral, à educação, entre outros. A convenção proíbe a escravidão e a servidão humana, trata das garantias judiciais, da liberdade de consciência e religião, de pensamento e expressão, bem como da liberdade de associação e da proteção à família.
Tratados Internacionais
Um tratado é um acordo entre os Estados, que se comprometem com regras específicas. Tratados internacionais têm diferentes designações, como pactos, cartas, protocolos, convenções e acordos. Um tratado é legalmente vinculativo para os Estados que tenham consentido em se comprometer com as disposições do tratado – em outras palavras, que são parte do tratado.
Nos termos da alínea a, do §1º do Art. 2º da Convenção de Viena (1969 – conhecido como “Tratado dos Tratados”), “é o acordo formal, celebrado por escrito e concluído pelos sujeitos do Direito Internacional, com base no Direito Internacional Público, visando produzir efeitos jurídicos para as partes contratantes e, em certos casos, para terceiros.”.
As normas internacionais de Direitos Humanos consistem, principalmente, de tratados e costumes, bem como declarações, diretrizes e princípios, entre outros.
Tipos:
	Tratado
	Acordo
	Convenção
	Pacto
	Carta
	Declaração
	Protocolo
	Estatuto
Refúgio: abrangência universal. É positivado (tratados internacionais). Recebe pessoas ou grupos que estejam fugindo de perseguições por crimes de opinião, por razões políticas, perseguições raciais ou religiosas, etc. É fiscalizado e demanda políticas de integração.
Asilo Político: abriga pessoas perseguidas por posição política. Não tem norma internacional unificada, sendo concedido por interesse e conveniência do país receptor.

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