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Direito Tributario N1

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Fontes materiais: são os atos e situações que dão origem á orientação tributária.
Fontes Formais: conjunto de normas que incidem sobre os atos e situações geradas pela obrigação tributária.
Fontes primarias: CF, CTN, Leis complementares, lei ordinarias, medida provisória.
Fontes secundarias: resoluções normativas, portaria (não gera tributos)
Principio do Direito tributario:
Principio da legalidade (é um dos principais) lei que cria tributos
Principio da reciprocidade
Principio da anterioridade da lei tributaria
Federal: publicado em agosto, vale após 90 ias
Principio da Isonomia: Igualdade
'Tributo é toda prestação pecuniaria compulsória, em moeda cujo valor nela possa exprimir, que não constitua sanção de 
ato licito instituido em lei é cobrada mediante atividade administrativa vinculada.
Especie de tributo:
Imposto, taxa, contribuição de melhoria, emprestimos compulsórios, contribuições sociais.
Imposto é um tributo de carater generico que independe de qualquer atividade ou serviço do poder publico em relação ao 
contribuinte. O imposto é simplesmente exigido, sem qualquer contra prestação e sem indicação prévia sobre sua destinação.
Taxas: é um atributo vinculado á uma contra prestação do estado. A taxa identifica e individualiza o contribuinte ou beneficiario.
Em síntese, o Estado é formado por três elementos:
1 - POVO - conjunto de todos os cidadãos; já população é o 
conjunto de todas as pessoas sejam elas nacionais ou 
estrangeiras que habitam o território. 
2 - TERRITÓRIO - espaço físico e geográfico, sobre o qual o 
povo é submetido a normas impostas pelo Estado;
3 – GOVERNO – escolhido pelo povo, a quem entregam o poder, 
a forma de Estado. 
A finalidade do Estado é o bem comum através da prestação 
de serviços e construção de obras públicas para que a 
sociedade atinja seus objetivos.
Ex. O estado tem a necessidade de abrir estradas para que 
os produtores possam levar até ao consumidor os produtos 
produzidos, sejam eles agrícolas ou industriais.
COAÇÃO – o poder que o estado tem de exigir o cumprimento 
da norma, da lei até pela força se necessário for. 
O Direito Público é compulsório –impositivo, visa o 
interesse publico sobre o privado.
O Direito Privado é permissivo – considera a disposição da 
vontade de cada indivíduo.
Estado de Direito – é a sociedade civil política e 
juridicamente organizada, onde governantes e governados 
estão sujeitos à lei.
A LEI MAIOR, A CONSTITUIÇÃO, ESTABELECE A TRIPARTIÇÃO DO 
PODER.
LEGISLATIVO – a quem compete elaborar e aprovar leis,
EXECUTIVO – Cabe desenvolver as ações necessárias para que 
sociedade possa atingir os fins a que se propõe, tendo por 
base o plano de governo pelo qual o governante foi eleito.Em princípio o povo ao eleger um representante executivo, o 
coloca no poder tendo por base a sua plataforma de governo. 
É esse caminho que o povo entende como válido naquele 
momento.
- Fazer breve explanação sobre o desenvolvimento político 
na Europa e América Latina.
JUDICIÁRIO – Cabe dirimir as controvérsias das leis entre 
os particulares e o Estado (união, estados, distrito 
Federal e municípios) E exigir o cumprimento das normas.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Para que o Estado possa atender às necessidades da 
população, necessário se faz ter recursos financeiros, 
obtidos de forma coercitiva do particular. Essa atividade 
financeira exercida pelo Estado composta por arrecadação, 
gestão e despesa era anteriormente regulada pelo Direito 
Financeiro, normas contidas no Direito Administrativo, 
atualmente pelo Direito Tributário. 
Conceito – Direito Tributário é um ramo do Direito 
Objetivo/Positivo ligado ao Direito Público, integrado pelo 
conjunto das proposições jurídico-normativas que 
correspondem direta ou indiretamente, à instituição, 
arrecadação e fiscalização de tributos. Há quem o chame 
também de Dir. Financeiro, e Dir. Fiscal.
FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO: 
Como vimos no início do nosso curso, fonte é o local onde 
brota água, a origem de tudo, fatos jurídicos criadores de 
normas.
Fontes de Direito: são os meios pelos quais surgem as 
normas jurídicas
Fontes Materiais: são os atos e situações que dão origem à 
obrigação tributária. Exemplificando, o fato de você ser 
proprietário de imóvel dá a origem à obrigação de pagar o 
IPTU, se proprietário de veículo automotor dá origem à 
obrigação de pagar o tributo IPVA.
Fontes Formais: conjunto de normas que incidem sobre os 
atos e situações geradores da obrigação tributária.
As denominadas Fontes Formais comportam classificação. 
Classificam-se em Pimárias/Principais, Secundárias e 
Indiretas.FONTES PRIMÁRIAS
Fontes Formais Principais: As leis = Constituição Federal, 
Código Tributário Nacional CTN, leis complementares, Leis 
ordinárias, Medidas provisórias.
Leis constitucionais - instrumento primeiro e soberano que 
se impõe sobre as demais normas;
Leis complementares – (art. 69 CF) possui função 
institucional da mais alta importância ela regula ou 
complementa norma constitucional com quorum diferenciado 
da norma ordinária, necessários para sua aprovação a 
maioria absoluta nas duas Casas do Congresso.
§ único do art. 59 da CF – Lei complementar disporá sobre a 
elaboração, redação, alteração e consolidação das Leis.
Leis ordinárias – tanto podem ser editadas pela União como 
pelos Estados e Municípios através de seus respectivos 
legisladores. Devido ao principio de autonomia não há 
hierarquia entre elas. É instrumento por excelência de 
imposição tributária. 
Leis delegadas – de acordo com a CF/88, compete ao 
Presidente da República elaborar leis delegadas que deverá 
solicitar a delegação ao Congresso Nacional, que se 
manifestará mediante resolução especificando o conteúdo e 
os termos de seu exercício. A resolução se assim o 
entenderem os parlamentares, poderá estabelecer que o 
Presidente ofereça o projeto, que será apreciado em votação 
única, vedada qualquer emenda. 
Medidas Provisórias – elaboradas pelo Presidente da 
República em caso de urgência e relevante interesse social 
e, apreciadas pelo Congresso Nacional.
Decreto Legislativo – de competência exclusiva do Congresso 
Nacional, possui força de lei ordinária. É aprovado por 
maioria simples do Congresso, não permite sanção, sendo 
promulgada pelo Presidente do Congresso Nacional, que a 
manda publicar. Normalmente consiste na aprovação e 
integração ao direito pátrio de tratados e convenções 
internacionais.
Resoluções – aprovadas por maioria simples das casas do 
Congresso Nacional, sendo promulgadas pela Mesa do Senado. 
As resoluções de matéria tributária possuem como origem o 
Senado Federal (art. 155 § 1º IV e § 2 V)
FONTES SECUNDÁRIAS – não podem contrariar Leis.Fontes Formais Secundárias: são os atos normativos como, 
por exemplo, os decretos, as instruções normativas, as 
portarias e, ainda, os costumes administrativos.
Decreto Regulamentar – de competência dos chefes do Poder 
Executivo, seja ela da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. É ato normativo, inerente à 
função administrativa que, especificando os mandamentos de 
uma lei não auto-aplicável, cria normas jurídicas gerais.
Assim, quando uma lei é editada e promulgada dependendo de 
algo que a faça ser executável, são expedidos os decretos 
regulamentares.
Ex: Quando do tabelamento de preços SUNAB havia vária lei 
que necessitavam de regulamentação.
No entanto, no Dir. Tributário, sempre que houver majoração 
ou diminuição de tributos, estes devem ocorrer por Lei (CTN 
arts. 97 VI e 176)
Ex: Lei de armas – Art. 11 – A definição de armas, 
acessórios e artefatos de uso proibido ou restrito será 
disciplinada em ato do chefe do Poder Executivo federal, 
mediante proposta do Ministério do Exército.
Instruções Ministeriais – atos de competência de cada 
Ministro a fim de promover a execução das leis, decretos e 
regulamentos, relativo a suas pastas relativo a ação
administrativa = Circulares, portarias e ordens de 
serviço. 
FONTES FORMAIS INDIRETAS: a doutrina e a jurisprudência.
SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO - PRINCÍPIOS
Noções – é um conjunto organizado de princípios e normas, 
entre si harmônicos e independentes, de sorte que eventual 
alteração de um implique modificação do próprio sistema. O 
principio de normas tributárias inseridas na CF. que 
delimita o Poder, a atuação do Estado em tributar.
Vários são os princípios constitucionais tributários, 
vejamos:
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE GERAL (CF):
Art. 5º II da CF – ninguém será obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE TRIBUTÁRIA:
Art. 150 I – Sem prejuízo de outras garantias 
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, 
exigir ou aumentar tributo sem lei anterior que o 
estabeleça.
No entanto, o Art. 153 § 1º da CF determina- “facultado ao 
Poder Executivo, atendidas as condições e os limites 
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos 
enumerados nos incisos I,II,IV e V” São impostos de 
importação, exportação, sobre produtos industrializados
(IPI) e sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou as 
relativos a títulos ou valores mobiliários. (IOF).
(principio da legalidade na União???, a atuação do Estado 
serve para regular o mercado).
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Art. 150, III a da CF –... é vedado ã União, aos 
Estados, Distrito Federal e aos Municípios: 
III cobrar tributos
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os houver instituído 
ou aumentado.
Exige, assim, esse dispositivo legal, que instituir ou 
aumentar os tributos, necessário se faz, existir lei em 
vigor no exercício anterior àquele em que o tributo for 
exigido. 
ASSIM, LEI PUBLICADA EM 2005 SÓ PODERÁ EXIGIR O TRIBUTO EM 
2006 NO ENTANTO...
- PRINCÍPIO DA NOVENTENA TRIBUTÁRIA
Os impostos sujeitos à noventena tributária de acordo com a 
EC-32/03, art. 150 III “c” da CF:
Espécies Tributárias Anterioridade 
Tributária
Nova
Noventena (EC 
nº 42/03)
I.I., I.E., IOF, 
Empréstimo 
Compulsório, Imp. 
Extraord.
não não
Contribuições Sociais não não
IPI e ICMS não simIR, base de cálculo do 
IPVA e do IPTU
sim não
ITR, ITCMD, ITBI, ISS, 
CIDE, TAXAS, além do 
IPVA e IPTU (exceto 
suas bases de cálculo)
sim sim
CIDE - A Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001, 
instituiu a Cide-Combustíveis, Contribuição de Intervenção 
no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a 
comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas 
correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos 
combustíveis (fuel-oil), gás liquefeito de petróleo (GLP), 
inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e álcool 
etílico combustível
Obs: devido à noventena o IPVA é divulgado em setembro de 
cada ano.
Ex: o Estado publica uma norma aumentando o ICMS em 
01.07.06. Pelo principio da anterioridade, esse aumento só 
poderá entrar em vigor no exercício seguinte em 01/01/07.
No entanto, se esse mesmo imposto for majorado em 01/12/06 
só poderá entrar em vigor, 90 dias depois, ou seja, em 1 de 
março de 2007.
No entanto, há doutrinadores que entendem ser o ICMS e o 
IPI impostos cuja apuração é mensal, portanto, o exercício 
é mensal, será apenas respeitada, assim, a noventena, não 
exercício anual.
Exceções ao princípio da anterioridade
1) empréstimos compulsórios para atender despesas 
extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de 
guerra externa ou sua iminência (art. 148, inciso I, da 
CF); e impostos extraordinários em caso de guerra externa; 
2) Contribuição para a seguridade social (art. 195, § 6º da 
CF) 
3) IPI, II, IE e IOF (artigo 150, § 1º, da CF)
PRINCIPIO DA IRRETROATIVIDADE
Este princípio possui fundamento no art. 5º XXXVI da CF que 
assim preconiza:
“As leis não podem retroagir, alcançando o 
direito adquirido, o ato jurídico perfeito 
e a coisa julgada”.Além do art. 5o, também outro dispositivo constitucional 
(art. 150, III a), temos que os entes federativos não 
poderão cobrar tributos ou aumentá-los sem lei anterior que 
o tenha instituído, criado. 
A lei tributária só pode retroagir quando for meramente 
interpretativa ou cominar pena menos severa ou for mais 
benéfica (art. 106 do CTN).
Salvo em casos de interpretação de norma já existente (art. 
160 do CTN).
O próprio contribuinte pode solicitar ao fisco “consulta” 
sobre determinada incidência ou não. 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA
Art. 5º da Constituição Federal – “Todos são iguais perante 
a lei sem distinção de qualquer natureza”. 
É o princípio da igualdade formal, ou igualdade perante a 
lei, a significar que a lei deve ser norma geral e 
abstrata. Ou seja, o tributo não individualizará as pessoas 
com relação às quais deverá incidir.
Qualquer pessoa que se encontre no fato imponível será 
colhida pela incidência dessa norma tributária.
No entanto, a isonomia tributária não impõe que todos sejam 
tratados de maneira igual, mas tratar de maneira igual os 
que se encontram em situação igual. Nesse campo, os 
princípios da proporcionalidade e da capacidade 
contributiva não infirmam (tornar nulo) antes complementam 
ou realizam o princípio da isonomia.
DEVEMOS TRATAR DESIGUALMENTE OS DESIGUAIS. Quem tem mais 
deve pagar mais. Fato que não ocorre no Brasil com os 
produtos de primeira necessidade... 
O art. 150 inc. II da CF quis atingir grupos de pessoas que 
naquela época (1988) tinham posições privilegiadas em 
relação aos demais contribuintes, entre elas tínhamos os 
militares, os parlamentares e magistrados. Com esse 
instituto, estas pessoas passaram a pagar os tributos sobre 
o total de sua remuneração, como os demais mortais. No 
entanto, quanto a estas pessoas, o problema não consiste se 
pagam ou não imposto de renda, o problema é se de fato 
ganham de acordo com o que produzem.... Claro, o 
parlamentar se cobrado pelo IR aumenta seus vencimentos 
para compensá-lo. E a qualificação destes??!!!!
Já o militar e magistrado devem receber de acordo com o seu 
importante trabalho para atrair pessoas qualificadas. Com bons magistrados certamente a população terá uma justiça 
mais justa. 
Há, no entanto, pessoas jurídicas que gozam de CERTOS 
privilégios, vejamos:
Grandes empresas sediadas no Nordeste: redes de hotéis, 
empresas de pesca, de eletrônicos localizados na Zona
Franca de Manaus, não pagam imposto de renda além e outros 
incentivos ofertados pelos Estados. Evidentemente que tais 
incentivos partem sob a alegação do necessário 
desenvolvimento daquela região.
O nosso parecer é contrário, pois todo o bom empreendimento 
traz rentabilidade, portanto, desnecessário o incentivo; no 
entanto, se não rentável, não haverá o lucro, assim não 
haverá IR a recolher, desnecessário será o incentivo, pois, 
certamente, estará fadada à quebra.
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Este princípio está vinculado ao art. 145 §1º que assim 
determina:
“Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e 
serão graduados segundo a capacidade econômica do 
contribuinte”.
Ou seja – quem tem ou ganha mais, paga mais (Ex: o I.R., e 
o IPTU progressivo)
Justo, o rico pagar mais impostos que o pobre.
Este princípio aplica-se apenas a IMPOSTOS
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DE CONFISCO
A CF em seu art. 150 IV veda à União, aos Estados, Distrito 
Federal e aos Municípios “utilizar o tributo com efeito de 
confisco”
O “confisco” é tido como tributo excessivo, ou seja, quando 
o tributo se torna excessivamente oneroso, violando o 
direito de propriedade, o princípio da capacidade 
contributiva, da razoabilidade e da igualdade, retirando do 
patrimônio do contribuinte, quer seja diretamente 
transferida ao Fisco, ou reduzido em razão da excessiva 
cobrança de um tributo ou da própria carga tributária, 
estaremos diante de uma situação
de tributo confiscatório –
Compete ao judiciário apreciar caso a caso quando provocado 
de forma individual, ou através de ministério público para 
que tenha efeito erga hominis (para atingir a todos)
Mas o que será confisco? Se computados todos os 
tributos pagos pelo contribuinte, IR (Retido na Fonte), mas 
os tributos indiretos – ICMS, IPI, Confins, Pis, IPVA, 
IPTU, ISS, INSS, etc. etc. segundo cálculos o trabalhador 
brasileiro dedica do seu salário, nada mais nada menos de 6 
a 8 meses do ano – o que será confisco? (saúde, segurança, 
escola....) 
Ex. Argentina confisco é tido acima de 33% da renda do imóvel.
Alemanha = 50% dos rendimentos.
No Brasil !!!
“Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado 
tributo, sempre que o efeito cumulativo – resultante das 
múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma 
entidade estatal – afetar substancialmente, de maneira 
irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do 
contribuinte” (DJU de 12-4-2002)
PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
Este princípio não se aplica a todos os tributos, mas 
apenas ao ICMS e IPI. ( CF art. 155 § 2º I e, art. 153, § 
3º II) 
Princípio da não cumulatividade significa que o imposto 
pode ser descontado das operações que o antecederam 
(compensado). Caso contrário haveria imposto em cascata.
Ex. do ICMS – O industrial vende mercadoria por ele 
industrializada (roupas) no valor de R$ 1.000,00 a um 
empresário varejista recolhendo ao Estado de ICMS, 18% 
desse total, ou seja, R$ 180,00. O varejista por sua vez, 
vende essa mesma mercadoria por R$ 1.500,00, incidindo 
também a alíquota do ICMS de 18%, devendo então este 
contribuinte recolher aos cofres do Estado o total de R$ 
270,00. Devido à incidência anterior (tributo embutido no
preço do produto) já pago R$ 180,00, este valor será 
compensado com o ora devido ou seja: R$ 270,00 – R$ 180,00, 
o varejista deverá recolher apenas R$ R$ 90,00. 
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
É o Princípio que permite taxar com alíquotas mais elevadas 
os produtos tidos como supérfluos, ou não essenciais, e por 
outro lado, taxar de forma inferior os produtos de primeira 
necessidade, no que concerne ao ICMS e ao IPI.
Este princípio está previsto na C.F. em seus artigos 153, § 
3º I (IPI) e 155, § 2º III (ICMS).
Como visto, no que se refere ao IPI a norma constitucional 
é imperativa, já no que concerne ao ICMS a norma é 
facultativa. No entanto, temos constituições Estaduais que 
a tornam imperativa, como a do Rio Grande do Sul, que assim 
determina: “o imposto de que trata o inciso I, alínea b 
(ICMS), será seletivo, em função da essencialidade das 
mercadorias e dos serviços, preferencialmente com base nas 
cestas de consumo familiar, como dispuser a lei...” (art. 
154 § 4º).
OBS. IMUNIDADE DE TRÁFEGO NO ENTANTO, PEDÁGIO É TRIBUTO 
PREVISTO NO ART. 150 V DA C.F.PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL
Este princípio rege toda a matéria seja tributária ou não, 
sobre lesão à pessoa ou ao se patrimônio, advinda de 
qualquer natureza, inclusive tributária.
Assim, se qualquer pessoa se sentir lesada, deverá procurar 
amparo judicial, provocar o Poder Judiciário para ter 
assegurado, preservar direitos e assegurar garantias, 
tornando concreta a busca da tutela Jurisdicional ou a 
manifestação derradeira do Poder Público, em problemas de 
cunho administrativo.
Tal fundamento possui amparo na Constituição Federal em seu 
art. 5º LV que assim preconiza:
“Aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com 
os meios e recursos a ele inerentes.”
T R I B U T O
Conceito: - art. 3º do CTN – “Tributo é toda prestação 
pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa vinculada”. 
O Código Tributário Nacional, em seu art. 5º, adotou uma 
classificação (legal) de tributos: os tributos são 
impostos, taxas e contribuições de melhoria.
A obrigação é compulsória, obrigatória, porque ela decorre 
diretamente da lei. A vontade do contribuinte é 
irrelevante. 
Quando o CTN afirma que o tributo não constitui sanção a 
ato ilícito, quer dizer que a hipótese de incidência é 
sempre algo lícito. Não existe incidência tributária sobre 
drogas, jogo do bicho.... ou sobre a multas. 
O tributo, desta forma, não é multa. A multa tem por 
pressuposto o descumprimento de um dever jurídico e por 
finalidade evitar comportamentos nocivos à ordem jurídica, 
via sanção enquanto o tributo tem por pressuposto um fato 
lícito.
O art. 5º do Código Tributário Nacional e o art. 145 da 
Constituição Federal indicam serem três as espécies de 
tributos: os impostos, as taxas e as contribuições de 
melhoria.OBS: No entanto, com base no artigo 217 do Código 
Tributário e nos artigos 148 e 149 da Constituição Federal, 
têm-se como tributos, também: o empréstimo compulsório e as 
contribuições sociais.
OS TRIBUTOS TÊM CARATER CONSTITUCIONAL
A Constituição Federal, em seu art. 145 assim determina:
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão instituir os seguintes tributos:
I – impostos;
II – Taxas, em razão do exercício de poder de polícia ou 
pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou 
postos a sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras 
públicas. 
ASSIM, PODEMOS AFIRMAR EXISTIREM TRIBUTOS EM SUA ORIGEM, 
SUA INCIDENCIA, VINCULADA OU NÃO VINCULADA. 
SE VINCULADO, TEMOS TAXAS OU CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA;
NÃO VINCULADO TEMOS O IMPOSTO.
VEJAMOS:
O TRIBUTO VINCULADO sua hipótese de incidência está ligada 
à atuação do Estado. A vinculação pode ser direta, quando o 
Estado atua de forma direta em face do cidadão. Ex. o 
Estado ao prestar serviços de assistência médica; ao ser 
chamado a prestar segurança em grande evento, baile etc. o 
Estado cobra uma TAXA.
Temos ainda o estado atuando de forma indireta, ou seja, o 
Estado realiza uma determinada obra que irá beneficiar de 
forma indireta o cidadão. Ex. canalizando um córrego, 
abrindo uma avenida, estrada, nesse caso os imóveis ao 
redor sofrem uma valorização em decorrência dessa obra. O 
Estado pode então cobrar uma CONTRIBUIÇÃO PELA MELHORIA do 
valor daquele imóvel beneficiado. PODE SER COBRADO POR 
QUALQUER ENTE FEDERATIVO - União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios.
TAXA – é um tributo relacionado com a prestação de algum 
serviço público para um beneficiário identificado ou 
identificável. O serviço pode ser efetivo ou potencial, considerando-se como potencial o serviço posto à 
disposição, ainda que não utilizado. Exemplo dessa Segunda 
hipótese e a cobrança de taxa por consumo mínimo de água 
tratada.
A taxa pode também estar relacionada com atividade estatal 
de polícia (poder de polícia), que abrange licenciamentos e 
fiscalizações em geral.
Os serviços contraprestados pelo poder público podem ter a 
caracterização como sendo compulsórios ou facultativos.
Compulsórios são os serviços que o beneficiário não pode 
recusar como o serviço de esgoto. Estes são remunerados 
mediante a cobrança de taxas pelo poder público.
Facultativos são os serviços que o beneficiário pode 
aceitar ou recusar, como o serviço de telefone. Os serviços 
facultativos são remunerados por tarifa ou preço público, 
podendo ser suspensos tais serviços em caso de falta de 
pagamento.
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
É um tributo sobre a valorização de imóvel particular, em 
decorrência de obras públicas realizadas.
A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no 
âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para 
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa
realizada e como limite individual
o acréscimo de valor que 
da obra resultar para cada imóvel beneficiado (art. 81, do 
CTN).
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
É um tributo qualificado pela promessa de restituição 
futura.
A União Federal, mediante Lei Complementar, poderá 
instituir Empréstimos Compulsórios, nas hipóteses previstas 
no artigo 148, alíneas “a” e “b” da Constituição Federal.
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (art.149 CF)
Também denominadas especiais ou parafiscais, são tributos 
destinados à coleta de recursos para certas áreas de 
interesse do poder público, na Administração direta ou indireta, ou na atividade de entes que colaboram com a 
Administração.
A contribuição social tem destinação certa, sendo recolhida 
com uma finalidade predeterminada, indicada na lei que a 
instituiu.
Exemplos: contribuições para a seguridade social (art. 149 
da Constituição Federal), para o salário-educação (CF, art. 
212, § 5º)
I M P O S T O
ART. 16 DO CTN – Imposto é o tributo cuja obrigação 
tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte.
IMPOSTO – é um tributo de caráter genérico que independe de 
qualquer atividade ou serviço do poder público em relação 
ao contribuinte. O imposto é simplesmente exigido, sem 
contraprestação e sem indicação prévia sobre a sua 
destinação.
Portanto, qualquer pessoa, seja ela física ou jurídica que 
aufere renda liquida, industrializar produtos; praticar 
operações financeiras; ser proprietário de bem imóvel, ou 
móvel, realizar operações relativas à circulação de 
mercadorias; prestar serviços etc. Portanto, no que podemos 
chamar de IMPOSTO, não haverá a atuação do Estado, seja de 
forma direta ou indireta como acabamos de ver.
Através dos impostos, o Estado oferece (deveria oferecer) 
aos cidadãos em contrapartida, benefícios indivisíveis de 
ordem pública básica, saúde, educação, segurança, 
manutenção das forças armadas, aparelho estatal como um 
todo.
O que caracteriza o imposto, o que o torna diferente dos 
demais tributos, é que sua aplicação, a contraprestação não 
é específica, relativa a determinado serviço. (Os recursos 
dos impostos podem ser aplicados em hospitais, pontes, 
rodovias, aeroportos, portos etc.)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL 
VOCABULÁRIO TRIBUTÁRIO (segundo Geraldo Ataliba)
Hipótese de incidência = é a previsão legal abstrata do 
fato que gerará a obrigação de pagar o tributo (a lei).Fato imponível = é a ocorrência concreta, no mundo físico, 
daquele fato, antes abstratamente descrito na norma.
Fato gerador = segundo o art. 114 do CTN – “Fato gerador da 
obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência”
É o fato ou efeito alcançado pela norma tributária que gera 
o tributo definido na norma. (fato gerador nada mais é que 
a junção de hipótese de incidência mais o fato imponível). 
(Ex: o Estado edita uma norma que obriga a pessoa jurídica 
a pagar aos cofres públicos 18% sobre o valor de toda a 
mercadoria repassada de pessoa jurídica para pessoa 
jurídica e desta para o consumidor final. A hipótese de 
incidência seria aquela norma, o fato imponível, a 
circulação de mercadorias, sobre a qual incide o imposto, o 
ICM). (Título II, Capítulo II, arts. 114/118 do CTN) .
Quanto à modalidade, o fato gerador pode referir-se à 
obrigação principal (pagar o tributo) ou a uma obrigação 
acessória (escriturar livros, por exemplo). A obrigação 
acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto 
uma obrigação de fazer ou não fazer, prevista em favor da 
arrecadação ou fiscalização dos tributos. Se não cumprida a 
obrigação acessória, na modalidade de pena pecuniária, será 
exigida como se fora um tributo, com todas as garantias e 
privilégios inerentes a este (art. 113, § 1º, do CTN).
Também como modalidade, o fato gerador pode ser instantâneo
(originado em um só ato, como o ICMS ou o IPI), complexo
(resultante de vários fatos, como o IR, apreciado dentro de 
um certo período), ou continuado (renovado em cada 
exercício financeiro, como o IPTU).
ELEMENTOS DO FATO GERADOR 
São elementos do fato gerador, o pessoal, o temporal o 
espacial e o material.
ELEMENTO PESSOAL - ou subjetivo é a determinação dos 
sujeitos da obrigação tributária, ou seja, que pessoas 
figurarão nos seus pólos ativo e passivo. 
O Sujeito Ativo será sempre o Estado, pessoa jurídica de 
direito publico, a União, Os Estados, o Distrito Federal ou 
os Municípios, dentro da competência tributária que cabe a 
cada um. 
ELEMENTO TEMPORAL - é necessário para que se possa 
identificar a lei aplicável ao fato – a lei rege o ato. Ë 
necessário a que a norma identifique o momento da incidência tributária. Ex: do ICMS, o tributo é devido 
quando a mercadoria sai do estabelecimento do contribuinte; 
quando consumada a venda, ou quando da entrega da 
mercadoria ao comprador através da tradição? Acreditamos 
ser a do momento da tradição, da entrega da mercadoria 
quando ai se processa a circulação da própria mercadoria. 
Há normas que identificam o momento exato da ocorrência do 
fato gerador, outras mais genéricas não. 
ELEMENTO ESPACIAL - É determinado pela competência do 
legislador capaz de editar a norma tributária. 
Ex: Imposto de Renda = União, em todo e território 
Nacional;
IPVA - os Estados e o Distrito Federal nos seus 
respectivos espaços territoriais;
IPTU – os Municípios destro dos seus espaços 
territoriais.
ELEMENTO MATERIAL – ou objetivo – é a descrição de todos os 
dados fundamentais que servem para delimitá-lo, (o tipo, o 
bem, o patrimônio, a renda e a circulação de riquezas) 
elementos fixos e objetivos que consiste no elemento 
qualitativo. 
ELEMENTO QUANTITATIVO - que consiste na base de calculo e 
alíquota a ser aplicada.

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