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Sistema Endócrino

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1 
Universidade Federal de Pelotas 
Faculdade de Medicina 
Fisiologia II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pablo Bastos Rodrigues 
ATM 2016/2 
 
 
2 
Sistema Endo crino 
Formas de Sinalização Celular 
1. Neurotransmissores: Liberados por terminais axônios e servem para controlar as 
funções das células nervosas. 
2. Endócrino: Liberados por glândulas ou células especializadas no sangue circulante e 
agem em células-alvo em outro lugar do corpo. 
3. Neuroendócrinos: Secretados por neurônios no sangue e agem em células alvo no 
corpo. 
4. Parácrinos: Secretados no liquido extracelular e afetam células vizinhas de tipo 
diferente. 
5. Autócrinos: A célula produz a molécula sinalizadora e age na própria célula produtora, 
ou seja, é autorreguladora. 
Funções do Sistema Endócrino 
 Reprodução. 
 Desenvolvimento e crescimento. 
 Manutenção do meio interno. 
 Produção, armazenamento e utilização do substrato ou metabólitos energéticos. 
Hormônios 
Os hormônios são encontrados em pequenas concentrações plasmáticas, e possuem receptores 
específicos nos tecidos-alvos, além de possuírem multiplicidade de sua ação, ou seja, várias funções. Existe 
uma interação hormonal e uma sequencia temporal. Sua circulação pode ser restrita a um determinado 
território tecidual, e sua produção pode ser a partir de uma molécula precursora circulante. 
Classificação Hormonal 
a) Proteínas e Peptídeos: A biossíntese ocorre no REG, através dos ribossomos aderidos, que 
depois de formado pode sair na forma de pré-pró-hormônio, que ao sofrerem clivagem passam 
à pró-hormônio. O armazenamento ocorre no complexo de Golgi, onde ficam armazenados em 
vesículas secretoras, até serem excretados no líquido intersticial por exocitose, porém tem a 
necessidade da presença de Ca++. Os hormônios peptídicos são hidrossolúveis e podem ser 
excretados em algumas vezes pela ação do AMPc. 
 
b) Esteróides: São sintetizados a partir do colesterol, são, portanto lipossolúveis. Os esteróides 
não são armazenados em vesículas porque este passaria pela membrana lipoprotéica. O 
colesterol é constituinte das membranas celulares, o qual 50% são produzidos e 50% é obtido 
pela alimentação. As fontes de colesterol são o LDL e os ésteres de colesterol, a síntese de uma 
nova molécula é a partir do acetato. As enzimas esteroidogênicas são encontradas na 
mitocôndria e no REL, elas são fundamentais para a modificação do colesterol para a formação 
dos esteróides. Os estrogênios possuem 18 carbonos, os androgênios 19 carbonos, e os 
glicocorticóides e progesterona tem 21 carbonos. 
 
c) Derivados de aminoácidos: São as catecolaminas e os hormônios da tireóide, cuja grande 
maioria é derivada da tirosina. As catecolaminas são hidrossolúveis, enquanto as tireoidianas 
são lipossolúveis. Os hormônios da tireóide quando entram no sangue se ligam principalmente 
a uma molécula de globulina que libera os hormônios para os tecidos-alvos. As catecolaminas 
deixam a célula por exocitose, e no plasma elas podem estar na forma livre ou em conjugação 
com outras substâncias. 
 
3 
Transporte de Hormônios no Plasma 
a) Hormônios Hidrossolúveis: A maioria dos hormônios peptídicos e das catecolaminas 
transita livremente no sangue, com exceção do HGH e do IGF, que necessitam de 
transportadores o que faz com que sejam circulantes por mais tempo. 
b) Hormônios Lipossolúveis: Necessitam de moléculas carreadoras, na maioria das vezes 
proteínas, na qual se ligam para mover-se, sendo liberado conforme a necessidade, 
ativando-se no momento da libertação. Quando ligados a uma proteína sua remoção do 
plasma é muito mais lenta. As proteínas transportadoras podem ser: 
 Específicas: Necessita da afinidade com o hormônio. 
 SHBG (Globulina de ligação de esteróides sexuais) 
 CBG (Globulina de ligação do cortisol) 
 Inespecíficas: Liga-se a uma grande quantidade de hormônios. 
 Albumina 
 OBS: A Aldosterona é exceção, porque apresenta 50% livre e 50% ligada. 
Receptores Hormonais 
Necessitam de receptores específicos e possuem localização especifica. 
Receptores de Membrana 
São glicoproteínas e possuem três domínios: 
a) Domínio Extracelular Específico: Porção N terminal do receptor + Ligação do hormônio 
(que pode ser destrutivo ou reaproveitado). 
b) Domínio Transmembrana. 
c) Domínio Intracelular: Porção C terminal do receptor + Mecanismo gerador do sinal. 
Os receptores de membrana podem ser de vários tipos: 
a) Receptores ligados a canais iônicos: Quando o hormônio abre ou fecha esses canais, porém 
geralmente eles estão acoplados a proteínas G ou ligados a enzimas. Acontece 
principalmente em células pós-sinápticas. Ex: Acetilcolina. 
 
b) Receptores ligados a Proteína G: Quando ligados a proteína G, causa sinais intracelulares 
que abrem ou fecham os canais iônicos da membrana celular ou mudam a atividade de uma 
enzima no citoplasma da célula. Quando a molécula da proteína G está inativa ela esta 
ligada a uma GDP, que quando troca por uma GTP ela se torna ativa, ambos na subunidade 
α. Quando ocorre a ativação a parte α se dissocia e realiza a função de receptor, ativando o 
hormônio dentro da célula. 
 
c) Receptores ligados a enzimas: Eles funcionam como enzimas ou estão associados 
diretamente a elas. No exterior há ligação com o hormônio, enquanto no interior com a 
enzima. Exemplos: 
 Adenililciclase / AMPc: Adrenalina, FSH, LH,ACTH 
 Fosfolipase C / IP3 / Ca++: Ocitocina, TSH, GnRH, Angiotensina II 
 Guanilatociclase / GMPc: PNA, NO 
 
 
4 
d) Receptores com atividade intrínseca TIROSINA-QUINASE. Ex: Insulina 
 
e) Receptores associados a uma enzima TIROSINA-QUINASE: O receptor é conectado ou tem 
atividade tirosina-quinase, que quando ativada fosforila várias outras proteínas cinases, 
fosfatases, fosfolipases e proteínas G. Essa fosforilação ativa ou inibe essas proteínas para 
produzir as diversas ações metabólicas. Neste caso, a auto fosforilação é o sinal químico 
para o efeito na célula alvo. Ex: HGH, prolactina, leptina. 
OBS: Os hormônios que possuem diferentes receptores possuem uma forma de via diferente para 
cada receptor. 
Receptores Citoplasmáticos 
Os receptores primários para os esteróides são encontrados principalmente no citoplasma; 
Receptores Nucleares 
Seus receptores são principalmente para os esteróides e tireoidianos, e possuem associação direta 
com um ou mais cromossomos. Possuem cinco domínios: 
 A/B: Região N terminal 
 C: Ligação do DNA 
 D: Dobradiça 
 E: Ligação do hormônio 
 
a) Mecanismo Genômico: É o mecanismo clássico de ação, através da transcrição de genes. 
Primeiramente o hormônio se difunde dentro da célula, onde se liga a uma proteína receptora 
específica. A proteína é então transmitida para o núcleo e acontece a transcrição de genes 
específicos para formar o RNAm. Assim, acontece a tradução, formando novas proteínas. 
 
b) Mecanismo Não Genômico: É mais rápido, de 1 a 2 minutos após a exposição do hormônio 
tem-se o efeito, a ação não é bloqueada por inibidores da expressão gênica ou de síntese 
proteica. 
A regulação do sinal acontece a partir de uma mudança diária no número de receptores. O término 
da ação pode ser realizado por três diferentes modos: 
o Fosfodiesterases: Rápida terminação dos efeitos mediados pelo AMPc ou GMPc, através da 
hidrólise em AMP e GMP. 
o Dessensibilização: O tecido alvo não responde ao hormônio por internalização do complexo 
hormônio-receptor, ou pela queda do número de receptores. 
o Ubiquitinação: Ligação de uma proteína ubiquitina, que degrade a proteína que transmite o 
sinal hormonal. 
Metabolismo Hormonal 
A digestão enzimática é realizada no fígado e rim e acontece com os hormônios peptídicos e 
proteicos. A conjugação hepática é realizada no fígado para degradação dos hormônios esteróides. Após 
isso, todos são excretados pelas fezes ou urina. 
 
5 
Regulação da Secreção Hormonal 
É realizado pelos sistemas de retroalimentação. 
 FeedbackNegativo :Algum aspecto da ação hormonal inibe direta ou indiretamente 
qualquer secreção adicional desse hormônio. O feedback de alça longa o hormônio vai atuar de 
volta, pelo longo percurso, até o eixo hipotálamo-hipofisiario. O feedback de alça curta é a 
volta do hormônio para atuação na hipófise anterior para atuar sobre o hipotálamo e inibir a 
secreção do hormônio hipotalâmico de liberação. 
 Feedback Positivo : Algum aspecto da secreção hormonal provoca maior secreção e 
produz um efeito explosivo. Ex: Ocitocina. 
 
Os sistemas de retroalimentação podem ser de três tipos: 
a) Hormônio-Hormônio: Os hormônios 
produzidos pelo hipotálamo regulam os hormônios da 
adenohipófise, que controla uma glândula. O exemplo ao 
lado é uma regulação por feedback negativo do cortisol. 
 
b) Substrato-Hormônio: É quando um substrato 
que se torna fator determinante na ação do hormônio. 
Ex: Aumento da glicemia -> Liberação de insulina 
 Diminuição da glicemia -> Liberação do glucagon 
 
c) Mineral-Hormônio: É quando um íon é fator 
estimulante para a liberação hormonal. 
Ex: Queda da calcemia -> Liberação de 
paratormônio 
 Elevação da calcemia -> Liberação da 
calcitonina 
Ritmo da Secreção Hormonal 
Pode ser de duas formas: Secreção pulsátil ou a partir de ritmos biológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Hipota lamo e Hipo fise 
Hipófise 
Também chamada de glândula pituitária, tem cerca de 1 cm de diâmetro e liga-se ao 
hipotálamo pelo pedúnculo hipofisiario, dividindo-se em hipófise anterior (adenohipófise) e 
hipófise posterior (neurohipófise), entre essas duas partes está a parte intermediária. Todos os 
hormônios produzidos ou armazenados na hipófise são de origem proteica. 
 Adenohipófise: De origem epitelial é uma invaginação do teto da cavidade oral e do 
epitélio faríngeo, a chamada Bolsa de Rathke. Possui cinco diferentes tipos de 
células em seu interior: 
o Somatotrofos: Produtora da somatotropina (HGH), são células acidófilas, 
tem cerca de 30% a 40%. 
o Corticotrófos: Produzem a corticotropina (ACTH), cerca de 20% das células. 
o Gonadotrófos: Produzem as gonadotrofinas (LH / FSH), compreende cerca 
de 10% das células. 
o Lactotrófos: Produzem a prolactina (PRL), cerca de 15% do total. 
o Tireotrófos: Produzem o hormônio estimulante da tireóide (TSH), cerca de 
5% das células. 
 
 Neurohipófise: De origem neural, sendo uma projeção do assoalho do 3º ventrículo, 
formado por células da glia e axônios. Ela armazena hormônios produzidos no 
hipotálamo, que são a ocitocina e o ADH. Os núcleos supra-ópticos e 
paraventriculares do hipotálamo mandam informações para a neurohipófise, já que 
ela é apenas reserva dos hormônios e não produtora. 
 
Hipotálamo 
Neurônios do Hipotálamo 
o Neurônios Clássicos 
o Neurônios Peptidérgicos = Neurônios do hipotálamo endócrino 
Núcleos Hipotalâmicos: Secretam os peptídeos liberadores ou inibidores dos vários 
hormônios da hipófise anterior, além de secretar o ADH e a ocitocina para a hipófise posterior. 
o Núcleos Peri e Paraventriculares 
o Núcleos Arqueados 
o Núcleos Supra Ópticos 
o Área Pré-Óptica Medial 
Eminência Mediana: Elo entre a região neural e a região endócrina, ou seja, entre o 
hipotálamo e a hipófise. 
 
7 
 
Relação Hipotálamo-Adenohipófise: Sistema Parvicelular ou Sistema Porta Hipotálamo-
Hipofisiario. São neurônios curtos cujos corpos celulares encontram-se nos núcleos periventricular 
e paraventricular, e os axônios convergem para a eminencia mediana do hipotálamo, onde os 
hormônios liberadores ou inibidores são secretados. O sistema porta conecta a eminencia mediana 
com a adenohipófise. 
Relação Hipotálamo-Neurohipófise: Os peptídeos neurohipofisiários são sintetizados por 
neurônios hipotalâmicos específicos cujos axônios projetam-se na hipófise posterior. Localizam-se 
em dois núcleos bem definidos: Núcleo Supra-Óptico (ADH) e Núcleo Paraventricular (Ocitocina). 
Hormônios Hipotalâmicos de Liberação ou Inibição 
Os liberadores e inibidores são hormônios hipotalâmicos produzidos pelos neurônios 
peptidérgicos no hipotálamo endócrino. São lançados na eminencia mediana. Os lactotrófos sofrem 
inibição tônica realizada pela dopamina, essa inibição acontece através de descargas, mantendo os 
lactotrófos com uma liberação basal. 
Esses hormônios são produzidos diretamente nos núcleos hipotalâmicos: 
o Núcleo Paraventricular: TRH e CRH 
o Núcleo Arqueado: GnRH, GHRH e dopamina 
o Núcleo Periventricular Anterior: Somatostatina 
TRH TSH / PRL GHRH GH 
 
 Somatostatina GH / TSH 
 
 CRH ACTH / POMC GnRH LH / FSH 
 
 
 
Sistema Porta Hipotálamo-
Hipofisiário 
O sistema porta hipotálamo-
hipofisiário é uma rede vascular entre o 
hipotálamo e a adenohipófise, conectado 
pela eminência mediana. Os hormônios 
hipotalâmicos atingem a adeno em 
concentração alta, antes de se diluírem na 
circulação sistêmica. 
 
+ + 
+ + 
- 
 
 
 
8 
Hormo nio Antidiure tico ou Vasopressina 
ADH 
Estrutura Química 
 Hormônio peptídeo com 9 aminoácidos em sua estrutura. 
 É produzido principalmente no núcleo supra-óptico, mas também pode ser produzido no 
núcleo paraventricular, na forma de pré-pró-hormônio, é armazenado em grânulos e são 
transportados por fluxo axoplasmático em direção ao lobo neural da hipófise, onde 
permanece até que chegue a ação de proteínas que agem para sua liberação por exocitose. 
 Pró-Hormônio: ADH + Neurofisina II (proteína carreadora do hipotálamo à hipófise), 
permite que o hormônio circule por mais tempo e não seja degradado. 
 Mecanismos de Ação 
São receptores de membrana associados a uma proteína G. Podem ser de três tipos: 
 V2: Acoplado ao AMPc, é encontrado nos rins, na superfície das células basolaterais das 
células epiteliais e nas células dos ductos coletores e no segmento espesso da alça de 
Henle. 
 V1: Via IP3/DAG/PKC, é encontrada na musculatura lisa, fígado e sistema nervoso central. 
 V3: Receptores direto na membrana, encontrados nos corticotrofos na hipófise, já que o 
ADH é estimulador da secreção de ACTH. 
Metabolismo: Ocorre no fígado e rins. 
Excreção: Via renal. 
Efeitos Biológicos 
a) Nos rins, como antidiurético. 
 O ADH aumenta a reabsorção de água 
do filtrado glomerular através da 
inserção de canais (aquaporinas) na 
membrana luminal das células dos 
ductos coletores. Isso torna a urina 
concentrada e hiperosmótica. 
 Transporte de NaCl, o ADH aumenta o 
número de co-transportadores Na/K/Cl 
no segmento espesso da alça de Henle, 
que faz com que forme uma urina 
concentrada. 
 Aumenta a reabsorção de uréia nos 
ductos coletores medulares internos 
(reciclagem da uréia). 
 Hiperosmolaridade da medula renal, 
com a deposição de solutos no 
interstício medular renal. 
 
 
 
9 
b) Na musculatura lisa arteriolar: O ADH produz a contração do músculo liso vascular. Entretanto, 
esta ação só ocorre em quantidades plasmáticas de 10 a 100 vezes maiores que as necessárias 
para a ação antidiurética. 
 
c) Outros efeitos. 
 Regulação da secreção de ACTH 
 
ADH ACTH 
 
 Cortisol 
 Neurotransmissor: Envolvido nos processos de memória, comportamento e ritmos 
circadianos. 
 Regulação da temperatura corporal. 
 Regulação da pressão sanguínea. 
 
Regulação da Secreção 
a) Fatores Estimulatórios 
 Aumento da osmolaridade do LEC 
 Sistema Renina – Angiotensina – Aldosterona (SARA): A angiotensina II é um agente 
estimulante na liberação de ADH. 
 Hipovolemia: angiotensina II (devido há variações da pressão arterial) ADH 
 Hipóxia + Hipotensão 
 Estresse: Através do sistema límbico relacionado com o hipotálamo. 
 Ativação do centro dovômito: Pois a área possui conexão com os núcleos supra-ópticos e 
paraventriculares, além que quimiorreceptores bulbares. 
 
b) Fatores Inibitórios 
 Hipervolemia: Através do estiramento atrial ou de barorreceptores aórticos ou carotídeos. 
 Ingestão de água: Fatores orofaríngeos ou relacionados à saciedade. 
 Álcool: Via opióceos endógenos, como a endorfina. 
 Diminuição da osmolaridade sérica. 
 Glicocorticóides: Efeito inibitório direto sobre a expressão gênica do hormônio. 
Obs: Síndrome do ADH Inapropriado 
Nesta síndrome o ADH em excesso é secretado por um sítio autônomo. Os altos níveis de ADH 
promovem reabsorção excessiva de água pelos ductos coletores, o que dilui os líquidos corporais (diminui a 
osmolaridade do plasma) e a urina fica inapropriadamente concentrada. A secreção de ADH pelo tumor não 
está sujeita à regulação por feedback negativo, mantendo a secreção inalterada. 
Obs: Diabetes Insipidus 
Caracteriza pela urina diluída, sede excessiva, causada pela deficiência do ADH. 
Obs: Diabetes Insipidus Nefrogênica 
Caracterizada também por urina diluída, sede excessiva, causada pela deficiência de receptores 
para o ADH no néfron (rim). 
- 
+ 
+ 
 
10 
Ocitocina 
Estrutura Química 
 Hormônio peptídeo formado por 9 aminoácidos. 
 É produzido principalmente nos núcleos paraventriculares do hipotálamo, assim como nos 
núcleos supra-ópticos, ovários, testículos e próstata. 
 Pró-Hormônio: Ocitocina + Neurofisina II (proteína carreadora), que é transportado em 
grânulos pelo fluxo axoplasmático até a hipófise posterior, onde permanecerá armazenado 
até o estímulo pelas proteínas de ação para a sua liberação. 
Mecanismo de Ação 
São receptores de membrana associados à proteína G, e acoplados a fosfolipase C / IP3 / Ca++. 
Efeitos Biológicos 
a) Ação sobre o útero-miométrio. 
 Participação no mecanismo do parto, pois aumenta a frequência, a força e a duração 
das contrações do miométrio, atuando por feedback positivo. Entretanto, não é função 
da ocitocina o inicio das contrações uterinas, ela apenas mantém esta ação. 
 Estimula a síntese de prostaglandinas (PGF2α e PGE2), que estimulam as contrações 
uterinas. As prostaglandinas são moléculas derivadas do ácido araquidônico. 
 Diminui o sangramento pós-parto. 
 Facilita a expulsão da placenta. 
 
b) Ação sobre a glândula mamária. 
 Contração das células mioepiteliais que circundam os alvéolos e os galactotrófos 
menores, culminando na ejeção do leite. 
 É ainda mais estimulada pela sucção do bebê no seio, devido aos mecanorreceptores. 
 
c) Ação nos homens. 
 Auxilia na propulsão dos espermatozoides durante o ato sexual pela contração da 
musculatura lisa do epidídimo. 
 Aumenta a espermiação e transporte de espermatozoides. 
 Indução da ereção peniana. 
 Regulação da proliferação celular prostática. 
 
d) Outras ações. 
 Aumento da sensação do orgasmo. 
 Comportamento maternal nas mulheres. 
 Vasodilatador, pelo estímulo do NO na região endotelial, que é um vasodilatador. 
 É natriurético, ou seja, diminui a reabsorção de sódio nos túbulos proximais. 
 Aumenta a liberação do peptídeo natriurético atrial (PNA), que consequentemente 
aumenta a natriurese e a diurese. 
 Diminui a ingestão de sal. 
Regulação da Secreção 
a) Fatores Estimulatórios 
 Sucção da mama, via neurônios ocitocinérgicos. 
 Visão, audição e cheiro do bebê. 
 
11 
 Estímulo de mecanoceptores da cérvice uterina, canal vaginal e mamilos, via 
acetilcolina. 
 Orgasmo. 
 Estrogênios. 
 Aumento da osmolaridade plasmática. 
 
b) Fatores Inibitórios 
 Estresse: Via Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). 
 Progesterona. 
 Opióides: Via Endorfina 
 
Classificaça o dos Hormo nios da 
Adenohipo fise 
São classificados de acordo com a constituição química. 
a) Glicoproteícos: Duas cadeias polipeptídicas (α e β). 
Ex: TSH, LH e FSH. Obs.: A placenta também expressa um hormônio glicoproteico, a 
gonadotrofina coriônica (HCG), que é semelhante ao LH. 
 
b) Somatomatotróficos: Única cadeia de aminoácidos. 
Ex: GH e PRL. Obs.: A placenta expressa a somatotrofina coriônica ou o lactogênio placentário. 
 
c) Peptídeos relacionados à POMC (Pró Ópio Melanocortina): O gene transcrito para formar a 
molécula de RNA (que provoca a síntese de ACTH, MSH,...) causa inicialmente a formação de 
uma proteína maior, o POMC que é precursor desses hormônios. 
Ex: ACTH, MSH (Hormônio Melanócito Estimulante), Lipotrofinas, Endorfinas. 
 
 
Hormo nio do Crescimento ou 
Somatotrofina - HGH 
Estrutura Química: Cadeia peptídica com 191 aminoácidos com duas pontes de sulfeto internas. 
Síntese: Adenohipófise nas células somatotrópicas. É estimulada pela ação de hormônios da 
tireóide, pelo cortisol e pelo GHRH. 
O GHRH é formado no núcleo ventromedial do hipotálamo (área sensível a concentração de glicose 
no sangue, através da saciedade na hiperglicemia e da fome na hipoglicemia). Ele atua via AMPc e possui 
efeitos a curto prazo como o aumento do transporte de cálcio para dentro das células, o que causa fusão 
das vesículas secretoras do GH com a membrana celular da adenohipófise. E também efeitos em longo 
prazo como o aumento da transcrição de genes responsáveis pela estimulação da síntese de GH. 
 
12 
Transporte Plasmático: GH + GHBP (fragmento extracelular do receptor de GH). O GHBP 
impede a degradação rápida do GH, tornando um reservatório circular de 12 à 20 horas, isto porque, 
quando acoplado a proteína carreadora, cerca de 50% do GH aumenta a sua meia vida. Além disso, 
compensa as flutuações da secreção pulsátil de GH e reduz a depuração renal/hepática. 
Metabolização: Renal / Hepática, cuja meia vida livre do GH é em torno de 6 a 20 minutos. 
Mecanismo de Ação: O receptor do GH é um receptor de membrana da superfamília dos 
receptores das citocinas. Como evento pós-receptor tem-se a ativação de proteínas tirosinas-cinases (JAK 
/ STAT). 
Somatostatina: Também secretada pelo hipotálamo e atua nas células somatotróficas. Inibe a 
secreção de GH por bloquear a ação do GHRH nas células somatotróficas. A somatostatina liga-se ao seu 
próprio receptor de membrana que é acoplado a adenililciclase por uma proteína Gi, inibindo a geração do 
AMPc e diminuindo a secreção do GH. 
Somatomedinas ou IGF’s: O GH faz com que o fígado forme pequenas proteínas chamadas 
somatomedinas, que têm efeito potente de acentuar todos os aspectos do crescimento ósseo. Por seus 
efeitos serem semelhantes aos da insulina sobre o crescimento, as somatomedinas são chamadas de IGF’s 
(fatores de crescimento semelhantes à insulina). 
 IGF 1: Somatomedina C: Meia vida de 20 horas. Ela liga-se fortemente a uma proteína 
transportadora (que é sintetizada pelo aumento do GH), ela é liberada lentamente do 
sangue para os tecidos, prolongando os efeitos promotores do crescimento dos picos de 
secreção do GH. 
 IGFBP: Proteínas de ligação que mantém as IGF’s circulantes por mais tempo: Meia vida de 
20 horas. Sua regulação pode ser sistêmica ou local. 
 
 
 
13 
Efeitos Biológicos 
a) Crescimento 
 Estimulação do crescimento linear via cartilagem epifisiária 
o Proliferação e atividade dos condrócitos 
o Conversão de condrócitos em células osteogênicas 
o Incorporação de prolina ao colágeno 
o Conversão de prolina em hidroxiprolina 
o Incorporação de sulfato de proteoglicana condroitina 
 Aumenta a atividade e o número de unidades de remodelação óssea 
o Formação óssea via osteoblastos 
 Aumenta o crescimento aposicional (espessura) de ossos por toda a vida 
o Espessura dos ossos da mão e dos pés, e dos ossos membranosos 
(mandíbula, ossos do crânio, arcos supraorbitários, nariz,...) 
 Hipertrofia e Hiperplasia de vísceras, glândulas e tecidos. 
o Fígado, rim, pâncreas, intestino, suprarrenais, paratireoides, ilhotas 
pancreáticas, músculos esqueléticos, coração, pele, tecido conjuntivo. 
Depois que o crescimento longitudinal (acontece quando a cartilagem epifisiáriase ossifica) 
estaciona na vida adulta, o GH passa a agir no crescimento em espessura. O GH pode atuar diretamente no 
seu receptor, ou pode atuar para a produção de IGF’s sem receptores específicos, porém ambos promovem 
o crescimento. 
b) Metabolismo de Proteínas – “Poupador de Proteínas” 
 Aumenta a síntese proteica, portanto é anabólico, inibindo assim o catabolismo 
proteico. 
 Aumenta a captação periférica de aminoácidos. 
 Aumenta a transcrição de DNA e a tradução de RNAm. 
 Mantém um balanço positivo do nitrogênio e do fósforo, diminuindo a concentração 
plasmática do N2 da uréia. 
 Suas funções proteicas são semelhantes a insulina e a IGF-1. 
 
c) Metabolismo de Carboidratos 
 Aumenta a liberação de glicose hepática. 
 É hiperglicemiante, pois ele reserva a glicose para uso cerebral. 
 Diminui a utilização periférica de glicose (tecido adiposo e musculo esquelético) 
 Aumenta a liberação de insulina 
 É diabetogênico, pois ele impede a utilização da glicose e tem resistência a insulina. 
 Suas funções glicídicas são contrárias à insulina e a IGF-1. 
 
d) Metabolismo de Lipídeos 
 É lipolítico, pois estimula a quebra do TAG, através da ação da lipase que é uma enzima 
hormônio-sensível, no tecido adiposo para a obtenção de energia. 
 Aumenta a neoglicogênese, que é a formação de glicose a partir de um substrato não 
glicídico, nesse caso a partir do glicerol que é obtido pela quebra do TAG. 
 O ácido graxo livre liberado pela quebra do TAG vai para a β oxidação, para fornecer 
energia, sendo, portanto cetogênico. 
 Diminui a adiposidade. 
 Aumento da massa corporal magra. 
 A mobilização excessiva de TAG do tecido adiposo pode levar a um fígado gorduroso. 
 A mobilização de gorduras pelo GH pode levar horas para que ocorra, enquanto a 
síntese proteica pode levar alguns minutos para ser estimulada. 
 Suas funções lipídicas são contrárias à insulina e a IGF-1. 
 
 
14 
e) Resistência à insulina 
 Como as células já captaram um excesso de glicose e estão tendo dificuldades para 
utilizá-la a concentração sanguínea de glicose sobe muito (diabetes hipofisiário). E 
quando este diabetes é tratado com insulina mostra-se insensível a insulina, 
necessitando de quantidades excessivas para uma diminuição modéstia da glicemia. 
Com isso leva a um aumento da lipólise, aumento da concentração de ácidos graxos 
livres e aumento na capacidade das células β de responder à glicose e a arginina. 
 Inicialmente: Down regulation de receptores de insulina. 
 Atualmente: Eventos pós-receptores, ou seja, interferem na via de sinalização da 
insulina. 
 
f) Outros efeitos 
 No SNC: Possui funções cognitivas como humor, memória e sono, além do GH 
atravessar a barreira hematoencefálica. 
 No Sistema Imunológico: Aumenta a resposta de macrófagos e linfócitos a antígenos. 
Insulina x GH 
 A insulina e os carboidratos são necessários para o GH promover o crescimento, já que a insulina 
também é capaz de aumentar o transporte de aminoácidos para dentro das células. O GH estimula a 
expressão do gene da insulina. 
Com a ingestão de proteínas acontece o aumento tanto do GH quanto da insulina, acontece 
também o aumento das somatomedinas, aumentando a massa magra. Com a ingestão de carboidratos 
acontece o aumento da secreção de insulina, e a queda da secreção do GH. No jejum acontece a queda da 
secreção de insulina e o aumento da secreção de GH (estimula a lipólise), diminui também a ação da 
somatomedina. 
Secreção do GH 
Período: 5 a 20 anos – 6ng/dl, 20 a 40 anos – 3ng/dl, 40 a 70 anos – 1,6ng/dl 
Padrão Pulsátil: Maior pico nas primeiras duas horas do sono profundo (fases III e IV do sono não-
REM) e na realização de atividade física intensa. 
Regulação da Secreção do GH 
a) Fatores Estimulatórios 
 Deficiência proteica: Pode ocorrer principalmente no período de jejum. 
 Hipoglicemia: Diminui a somatostatina e aumenta o GHRH via noradrenalina. 
 Aumento de aminoácidos no sangue como a Arginina/Leucina: Diminui a somatostatina. 
 Queda de ácidos graxos livre no plasma. 
 Sono profundo: Fases III e IV do sono não-REM. 
 Esteróides sexuais: Testosterona e estrogênio. 
 Grelina: Hormônio secretado pelo estômago antes das refeições. 
 Estresse, Excitação, Traumatismo. 
 Exercício Intenso. 
 Queda de IGF-1. 
 Através do estímulo de GHRH: Endorfinas, glucagon, neurotensina, dopamina, serotonina, 
noradrenalina, estresse e exercício intenso. 
 
b) Fatores Inibitórios 
 Hiperglicemia. 
 IGF-1 e somatostatina. 
 Aumento da concentração de ácidos graxos livres. 
 
15 
 Obesidade e envelhecimento. 
 Glicocorticóides. 
 O próprio GH em altas concentrações. 
Patologias do GH 
 Pigmeus Africanos: Incapacidade congênita de sintetizar quantidades significativas de 
somatomedina C, mesmo tendo os níveis séricos normais de GH. Portanto, possuem baixa 
estatura. 
 
 Anões de Laron: Alterações nos receptores de GH, sua secreção hormonal é normal, porém 
possui resistência a ele. As proteínas GHBPs também estão ausentes. 
 
 Gigantismo: As células acidófilas produtoras de GH (somatotrófos) tornam-se 
excessivamente ativas, e às vezes ocorrem tumores na glândula. Se o aumento da secreção 
ocorrer antes da adolescência, isto é, antes das epífises dos ossos longos terem se fundido 
com as hastes, a altura aumenta significativamente, podendo chegar a 2,40 metros. O 
gigante tem geralmente hiperglicemia e podem desenvolver diabetes mellitus (células β do 
pâncreas estão sujeitas à degeneração). 
 
 Acromegalia: Se um tumor acidófilo na hipófise ocorrer após a adolescência, a pessoa não 
pode ficar mais alta, mas os tecidos moles continuam a crescer e os ossos podem aumentar 
demasiadamente em espessura. O aumento é acentuado nos ossos das mãos e dos pés, e 
nos ossos membranosos (incluindo o crânio, o nariz, a testa, entre outros). 
 
 Nanismo: Maioria ocorre por pan-hipopituitarismo, acontecendo falência do crescimento 
devido a pequena produção de GH, a estatura se torna pequena, uma obesidade moderada 
e a puberdade é retardada, não secretando os hormônios gonadotróficos para desenvolver 
as funções sexuais adultas. 
 
 Pan-Hipopituitarismo: Diminuição da secreção de todos os hormônios da adenohipófise, 
que pode acontecer por tumores que comprimem a hipófise e tromboses dos vasos 
sanguíneos hipofisiários. No adulto, resulta em hipotireoidismo, diminuição da produção de 
glicocorticóides e gonadotróficos, obesidade. 
 
Prolactina – PRL 
Estrutura Química: Cadeia polipeptídica com 198 aminoácidos, muito semelhante ao GH. 
Síntese: Adenohipófise, nos lactotrófos. Pode ter uma pequena quantidade de prolactina sendo 
produzida nos linfócitos. 
Função: Participa no processo de lactação, preparando e mantendo a glândula mamária para a 
secreção do leite; participa no desenvolvimento das mamas, além de possuir ações em comum com o GH. 
Concentração Plasmática: Mulheres (8 ng/dl) e homens (5 ng/dl) 
Mecanismo de Ação: Receptor de Membrana da superfamília dos receptores das citocinas, 
associado a uma tirosina-quinase. 
 
16 
Efeitos Biológicos 
a) Prolactina x Desenvolvimento das mamas: O seu efeito mamogênico na puberdade (PRL + E2 + 
Progesterona) estimula a proliferação e a ramificação dos ductos mamários. O efeito 
mamogênico durante a gravidez (PRL + E2 + Progesterona) estimula o crescimento e o 
desenvolvimento dos alvéolos mamários (sistema lóbulo alveolar). 
 
b) Prolactina x Lactação: Estimula a produção e secreção do leite em respostas a amamentação. A 
prolactina também induz a síntese de lactose, caseína, lactalbumina, ácidos graxos e 
fosfolípideos, devido a relação com o leite materno. 
 
c) Prolactina x Inibição da Ovulação e da Espermatogênese: A prolactina em mulheres inibe a 
ovulação por inibir a liberação do GnRH, ou seja, a fertilidade é diminuída durante a 
amamentação. Em homens, com níveis altos de prolactina também há inibição de GnRH 
levando a inibição da espermatogênese, podendo levara infertilidade. 
 
d) Prolactina x Gestação: Embora os níveis de prolactina sejam muito altos durante a gravidez, a 
lactação só ocorre, pois os níveis elevados de estrogênio e progesterona dessensibilizam os 
receptores para a prolactina na mama e bloqueiam a ação desse hormônio. Ao parto, os 
níveis de estrogênio e progesterona caem abruptamente e cessam as suas ações inibidoras. 
 
e) Prolactina x Reprodução: Pode causar infertilidade porque a prolactina inibe a ação do GnRH, 
FSH e LH. Além disso, causa inibição da expressão de receptores de FSH e LH nas gônadas. A 
prolactina pode causar ciclos anovulatórios (sem gerar ovulação) em mulheres em fase inicial 
de amamentação. 
 
f) Prolactina x Metabolismo Intermediário: A prolactina aumenta a síntese proteica, aumenta o 
crescimento e proliferação celular (através da sinlactina, que é análoga aos IGF’s). Aumenta o 
condroitina-sulfato na cartilagem. Também possui um efeito diabetogênico (aumenta a 
liberação de glicose para as células). 
 
g) Prolactina x Sistema Imunológico: Possui uma ação imuno-moduladora, diminuindo a 
proliferação de linfócitos. Causa aceitação dos tecidos fetais pela mãe e realiza a proteção dos 
tecidos maternos contra a invasão fetal. 
Deficiência de Prolactina 
Pode ser vista pela destruição da adenohipófise ou destruição seletiva dos lactotrófos, causando 
uma falência na lactação. 
Excesso de Prolactina 
Causado por destruição do hipotálamo, interrupção do eixo hipotálamo-hipofisiário ou por 
prolactinomas (tumores secretores de prolactina). No caso de destruição do hipotálamo ocorre aumento da 
prolactina devido à perda da inibição pela dopamina, porém diminui a secreção dos demais hormônios da 
hipófise anterior. Os sintomas desse hormônio em excesso são galactorréia e infertilidade. 
Em caso da perda da dopamina pode ser usado a bromocriptina (agonista dopaminérgico) que 
também inibe a secreção de prolactina. 
 
17 
Regulação da Secreção de Prolactina 
O efeito inibidor da dopamina sobre a prolactina predomina e sobrepuja o efeito estimulador do 
TRH. Outros estimuladores importantes da prolactina são o VIP (peptídeo intestinal vasoativo) e HIP 
(peptídeo histidil isoleucina). São sintetizados a partir de uma proteína precursora comum e coexistem com 
o CRH nos neurônios parvicelulares dos núcleos paraventriculares. 
Obs.: O reflexo neuroendócrino da sucção da mama realiza a regulação da secreção de ocitocina e 
prolactina. 
a) Fatores Estimulatórios 
 Gravidez e sucção do mamilo. 
 Estrogênios e ocitocina. 
 Sono e estresse. 
 TRH. 
 Angiotensina II e ADH. 
 Serotonina, VIP e HIP. 
 
b) Fatores Inibitórios 
 Dopamina 
 Somatostatina 
 GAP (peptídeo associado ao GnRH) 
 Prolactina 
 GABA 
Observação: Somatotropina Coriônica Humana: Hormônio produzido pela placenta que 
provavelmente tem propriedades lactogênicas, assim como a prolactina. 
 
Hormo nios da Tireo ide 
Glândula Tireóide 
Posicionada na região cervical anterior na altura da cartilagem cricóide, possui dois lobos e um 
istmo, sendo altamente vascularizada. Sua estrutura histológica é constituída de folículos, e o grupo desses 
folículos formam os lóbulos tireoidianos. 
Existem em sua estrutura as células foliculares que são as produtoras de T3 e T4 e as células 
parafoliculares (Células C) que produzem a calcitonina. Os folículos são cordões acinares revestidos por 
células epiteliais cubóides que secretam seus produtos para o interior do folículo, além disso, são 
preenchidos por uma substância secretora: o colóide, que é uma glicoproteína (tireoglobulina) cuja 
molécula é precursora dos hormônios tireoidianos. 
As células foliculares possuem uma membrana basal que faceia o sangue e uma membrana apical 
que faceia a luz folicular. O material na luz dos folículos é o colóide composto por hormônios mais 
tireoglobulina. 
 
18 
Para que a tireóide possa realizar a formação dos hormônios de maneira adequada é necessário 
uma ingestão de iodo de 50mg ao ano, uma quantidade muito pequena, mas de extrema importância. O 
iodo é adicionado no sal de cozinha na forma de iodeto de sódio. 
Hormônios da Tireóide 
 3, 5, 3’, 5’ Tetraiodotironina = Tiroxina ou T4: Cerca de 90% do total da produção dos 
hormônios iodados. Considerado um pró-hormônio inativo, ou hormônio ativo de ação não 
genômica. 
 3, 5, 3’ Triiodotironina = T3: Cerca de 10% do produzido, é o hormônio ativo. 
 3, 3’, 5’ Triiodotironina = T3 Reverso: Menos de 1% da produção, é considerado um 
hormônio sem atividade biológica. 
Biossíntese dos Hormônios da Tireóide – Etapas da Biossíntese 
1 – Síntese da Tireoglobulina e da Tireoperoxidase: A tireoglobulina é uma glicoproteína contendo 
grandes quantidades de TIROSINA é sintetizada no REG e no complexo de Golgi nas células foliculares, 
controlada pelo TSH. É incorporada a vesículas secretoras e eliminada na luz folicular. Depois as tirosinas 
da tireoglobulina serão iodadas formando os precursores dos hormônios tireoidianos. A tireoperoxidase é 
formada pela oxidação do radical tirosil da tireoglobulina, ela se localiza na membrana apical da célula ou 
ligada a ela, oxida o iodeto a iodo no ponto da célula em que a tireoglobulina surge do complexo de Golgi. 
2 – Bomba de Iodeto (I-): O iodeto é transportado por co-transporte (2Na+/1I-), realizado de forma 
ativa do sangue para as células foliculares contra um gradiente eletroquímico. Influência da ingestão 
dietética de iodo (auto-regulação) e da expressão do gene transportador. O iodo é absorvido 
principalmente na região do íleo no intestino delgado. Observação: Os inibidores competitivos da bomba 
de iodeto são o tiocianato, nitrato e o perclorato. O transportador de iodeto para dentro da luz folicular é 
a pendrina que realiza um canal de ânions, o mesmo que pode ser utilizado pelo cloreto. 
3 – Oxidação do I- em I2: Uma vez que o iodeto sendo bombeado para dentro da célula, ele 
atravessa a mesma em direção a membrana apical onde é oxidado a iodo por um peroxidase 
(Tireoperoxidase). Essa reação pode ser inibida pela presença do propiltiouracil (PTU) e metimazol. A não 
realização da reação pode levar um aumento da secreção de TSH, causando um aumento da massa da 
glândula tireóide, o chamado bócio. 
4 – Organificação do I2: Na membrana apical, exatamente dentro da luz folicular o iodo se combina 
com as tirosinas da tireoglobulina, reação catalisada pela tireoperoxidase, formando a monoiodotirosina 
(MIT) e diiodotirosina (DIT). O MIT e o DIT permanecem unidos à tireoglobulina na luz folicular até que a 
tireóide seja estimulada a secretar seus hormônios. O iodo quando oxidado está associado à iodinase, uma 
enzima que aumenta a velocidade da ligação do iodo com a tirosina, aumentando a velocidade de 
organificação do iodo. 
5 – Reação de Acoplamento: a) 2 moléculas de DIT se combinam e formam o T4, b) 1 molécula de 
DIT se combina com uma molécula de MIT e forma o T3. A primeira reação é rápida e por isso forma-se 
muito mais T4 do que T3. Porções do DIT e MIT não se acoplam e permanecem unidas a tireoglobulina. 
Após ocorrerem as reações de acoplamento a tireoglobulina contém T4, T3 e sobras de MIT e DIT. Essa 
tireoglobulina iodada é armazenada na luz folicular como colóide. Ao final da síntese dos hormônios 
tireoidianos, cada molécula de tireoglobulina tem em média 30 moléculas de tiroxina e algumas de T3. 
 
19 
6 – Endocitose da Tireoglobulina: Quando a tireóide é estimulada a tireoglobulina iodada (T4, T3, 
MIT e DIT) é endocitada pelas células foliculares e transportadas em direção à membrana basal pela ação 
dos microtúbulos. Observação: PTN = Megalinas (similar ao receptor de LDL, faz captação de tireoglobulina 
na luz do folículo). 
7 – Hidrólise do T4 e T3 da Tireoglobulina por Enzimas Lisossomais: As gotículas de tireoglobulina se 
fundem com as membranas lisossomais. Proteases lisossomais hidrolisam as ligações peptídicas liberando 
T4, T3,MIT e DIT da tireoglobulina. T4 e T3 são transportados pela membrana basal para os capilares para 
serem entregues a circulação sanguínea sistêmica. O MIT e o DIT permanecem na célula folicular e são 
reciclados na síntese de nova tireoglobulina. 
8 – Desiodação do MIT e do DIT: O MIT e o DIT são desiodados dentro da célula folicular por uma 
desiodase. O I- gerado nessa etapa é reciclado para dentro do polo intracelular e adicionado ao iodeto 
transportado pela bomba. As moléculas de tirosina são incorporadas na síntese de nova tireoglobulina 
começando outro ciclo hormonal. 
 
 
Transporte Plasmático de T3 / T4 
 T4: 99,96% ligado / 0,04% livre 
 T3: 99,6% ligado / 0,4% livre 
O transporte pode ser realizado por proteínas específicas e inespecíficas: 
a) Específicas: TBG (70-80%) e a Transtiretina (20% de T4). 
b) Inespecíficas: Albumina (10%) e o HDL. 
 
 
20 
Após entrarem na célula, elas se ligam novamente com proteínas, sendo armazenadas 
intracelularmente e utilizadas apenas quando necessárias, evitando um colapso de T3 e T4. A ligação 
intracelular com a T4 é muito mais forte do que com a T3, o que verifica uma ação mais rápida por parte da 
molécula de triiodotironina. 
Somente os hormônios livres são ativos, o papel da TBG (globulina ligadora da tiroxina) é fornecer 
reservatório circulante de hormônios. O controle da produção hepática de TBG aumenta com os 
estrogênios e diminui na presença de androgênios e glicocorticóides. 
Com a diminuição de TBG, aumento o transitório de hormônios livres, e por feedback negativo 
ocorre a inibição da síntese. Com o aumento da TBG, ocorre diminuição de hormônios livres, e por 
feedback negativo aumenta a síntese e secreção dos hormônios via TSH. 
O nível de TBG circulante pode ser calculado pelo teste de captação de T3 pela resina, que avalia a 
ligação do T3 radioativo a uma resina sintética. Se os níveis de captação estão altos significa que há pouca 
TBG circulante, como numa falência hepática. Se os níveis de captação estão baixos, há muita TBG 
circulante, como numa gravidez. 
Em indivíduos eutireoideos o aumento ou diminuição da TBG acontece, mesmo com essa 
desregulação, a tireóide mantem a sua função normal com a TBG. 
 
Metabolismo Extratireoidiano das Iodotironinas 
O hormônio tireoidiano intracelular predominante é o T3, o qual se liga de 10-15 vezes mais 
avidamente ao receptor nuclear do que o T4. 
A 5’ desiodase converte o T4 em T3 por um processo de redução, no qual o iodo da posição 5’ no 
anel fenólico é substituído por H2. O T3 é formado principalmente por esta conversão, pois ele é o 
hormônio ativo, e possui uma meia vida menor, pois é metabolizado mais rápido. Pode ser de vários tipos 
as desiodases: 
 5’ desiodase tipo I: D1: Encontrada no fígado e rins. É inibida pelo propiltiouracil. 
 5’ desiodase tipo II: D2: Encontrada na adenohipófise, músculo, tecido adiposo marrom, 
coração e SNC. É a que tem a maior afinidade pelo T4, suprindo locais de extrema 
importância devido a sua capacidade rápida. Tem a sua atividade mais aumentada em 
estado de hipotireoidismo e frio. Ela evita o cretinismo pelo SNC e a hipotermia pelo tecido 
adiposo marrom. 
 5’ desiodase tipo III: D3: Encontrada no SNC, placenta e pele. 
Este mecanismo promove um controle mais adequado do impacto tecidual do T3, de acordo com as 
necessidades do organismo. A atividade dessas enzimas é controlada por fatores metabólicos e ambientais 
(estado nutricional, estresse, doenças sistêmicas, temperatura ambiente, etc.) 
Porém pode ocorrer uma transformação de T4 em T3 reverso, um hormônio sem atividade 
biológico devido a diversos fatores como: estresse crônico, jejum de mais de 12 horas, queimaduras, 
choque, grandes cirurgias, câncer avançado, infarto, febre, glicocorticóide sintético. 
Mecanismo de Ação 
É realizado por um receptor nuclear do tipo genômico, que inicia com o transporte de T3 pela 
membrana plasmática, realizando um transporte de aminoácidos e de ânions orgânicos para o citoplasma 
e posteriormente para o núcleo. No núcleo o hormônio chega e se liga ao TRE (elemento responsivo da 
tireóide) e provoca os efeitos do hormônio na transcrição gênica. 
 
21 
Entretanto, alguns órgãos possuem um receptor nuclear não genômico, estes não mexem 
diretamente com a transcrição do DNA. Quando passam pelo receptor de membrana ativam mecanismo 
que depois vão para o núcleo da célula. 
Efeitos Biológicos 
a) Crescimento 
 T3 estimula a expressão do gene do GH e do receptor tecidual do GH. 
 Aumenta a produção local e ação das IGF’s. 
 Atua de forma sinérgica com o GH e as somatomedinas para promover a formação do 
osso. 
 Influência na formação e remodelação óssea via paratormônio. 
 Estimula a ossificação endocondral, o crescimento linear do osso e o amadurecimento 
dos centros ósseos hipofisiários. 
 Estimula a síntese do colágeno (interação com as IGF’s no nível de placa de 
ossificação). 
 
b) Sistema Nervoso Central 
 Importante no período neonatal, pois o número de receptores nucleares do T3 dobra, 
retornando a normalidade na vida adulta. No período perinatal acontece o crescimento 
e a maturação do SNC. 
 As regiões de maturação mais tardia são o cerebelo, o hipocampo e o bulbo olfatório, 
que são as áreas mais atingidas pela falta deste hormônio. A falta pode causar 
cretinismo, surdez-mutismo, rigidez motora. 
 A ausência de T3 e T4 diminui o número de neurônios e sinapses, além da falta de 
ramificações nos axônios e dendritos. 
 
c) Pulmão 
 O T3 e os glicocorticóides estimulam o desenvolvimento e maturação pulmonar. 
 Estimula a síntese de surfactante pelos alvéolos, que são fosfolípideos e proteínas que 
impedem a colabação dos alvéolos. 
 Aumenta o metabolismo pulmonar. 
 Aumenta a frequência e a profundidade da respiração. 
 
d) Sistema Cardiovascular 
 Vasodilatação capilar por aumento do metabolismo, que faz a produção de 
substâncias vasodilatadoras por células próximas aos vasos. 
 Diminui a resistência vascular periférica, devido a dilatação dos vasos. 
 Aumenta o débito cardíaco (volume de sangue que o coração bombeia por minuto) 
para manutenção da pressão arterial média. 
 Aumenta a frequência cardíaca e a força de contração do coração, via catecolaminas. 
 Aumento do volume sistólico via sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). 
 Aumenta a volemia e do fluxo sanguíneo. 
 Realiza uma retroalimentação negativa entre T3/T4 e o PNA. 
 
 
 
 
 
 
22 
e) Músculo 
 Ajuda na diferenciação do tecido muscular esquelético e cardíaco. 
 O músculo rico em fibras do tipo I (contração lenta e metabolismo aeróbio) estimula a 
diferenciação em fibras do tipo II (contração rápida e metabolismo anaeróbico), e 
diminuição de fibras tipo I. 
 Reduz o consumo energético. 
 Aumenta a expressão da cadeia pesada de miosina e do transportador do cálcio. 
 
f) Tecido Adiposo Marrom 
 Estimula a termogênese facultativa, ativando proteínas desacopladores da cadeia 
respiratória as UCP’s, a UCP1 do tecido adiposo marrom, UCP2 no fígado e no tecido 
adiposo branco e a UCP3 do músculo esquelético, coração e tecido adiposo marrom. 
 Estimula o desacoplamento da cadeia respiratória. 
 Ativa a proteína mitocondrial que impede o funcionamento da ATP Sintetase. 
 
g) Hematopoese 
 Estimula a expressão gênica da EPO, aumentando o número de eritrócitos. 
 Aumenta a disponibilidade de O2 nos tecidos. 
 
h) Metabolismo Energético 
 Ação calorigênica. 
 Aumenta a taxa metabólica basal, ou seja, aumenta a termogênese obrigatória, que é 
a produção de calor via respiração celular. 
 Aumenta a atividade mitocondrial. 
 Aumenta o consumo de oxigênio, com exceção do cérebro, baço e testículos. 
 Aumenta o turnover de ATP, ou seja, aumenta a degradação do ATP, aumenta a 
produção do ATP na cadeia respiratória, e diminui o ATP/ADP. 
 Ativação dos transportadores iônicos de Na+/K+ e Ca++, resultandoem maior gasto 
energético. 
 Estimula os ciclos metabólicos, fazendo com que quantidades substanciais de energia 
sejam gastas na síntese e oxidação cíclica de certos substratos energéticos. 
 
i) Metabolismo de Carboidratos 
 Aumenta a absorção intestinal de glicose, aumentando a disponibilidade de GLUT na 
superfície celular intestinal. 
 Aumenta a gliconeogênese hepática e a glicogenólise. 
 Aumenta a secreção de insulina, aumentando a glicólise. 
 Aumenta a utilização periférica de glicose. 
 
j) Metabolismo de Lipídeos 
 Aumenta a lipogênese no fígado, tecido adiposo marrom e branco e na glândula 
mamária, estimulando enzimas chaves como a ácido graxo Sintetase e a acetil CoA 
carboxilase. 
 Aumenta a lipólise. 
 Aumenta a síntese e aumenta muito mais a degradação do colesterol nos sais biliares. 
 Aumenta a utilização de ácido graxo livre como fonte de energia. 
 Diminui os níveis séricos de fosfolípideos e triglicerídeos. 
 Aumenta a maturação do pré-adipócito. 
 
23 
k) Metabolismo de Proteínas 
 Aumenta a síntese e aumenta a degradação das proteínas, causando uma proteólise. 
 O anabolismo supera o catabolismo, realizando um balanço nitrogenado normal. 
 
l) Metabolismo de Vitaminas 
 Estimula a conversão hepática de caroteno em vitamina A. 
m) Trato Gastrointestinal 
 Aumenta a liberação de secreções gástricas e da motilidade do bolo fecal pelo trato 
gastrointestinal. 
 
n) Ação sobre outras glândulas endócrinas 
 Aumenta a secreção de várias outras glândulas endócrinas, e consequentemente o 
aumento da necessidade tecidual pelo hormônio. 
 Inativa os glicocorticóides adrenais no fígado, estimulando a produção do ACTH. 
 
Regulação da Secreção Tireoidiana 
Fatores Estimulatórios 
 Sobre a secreção 
de TRH: Frio (via noradrenalina, porque 
aumenta o metabolismo) e o ADH (porque 
possui os mesmos neurônios secretores do 
CRH e do TRH). 
 Sobre a secreção 
de TSH (tireotropina): Estrogênios, pois 
aumentam os receptores de TRH nos 
tireotrófos e o TRH. 
 Sobre a secreção 
de T3 e T4: TSH (pois aumenta a síntese e 
secreção através do sistema AMPc), 
aumento da concentração de TBG e 
imunoglobulinas estimulantes da tireóide 
(IGg que são anticorpos contra os 
receptores do TSH na tireóide, eles se 
ligam aos receptores do TSH e o estimulam 
na tireóide). 
 
Fatores Inibitórios 
 Sobre a secreção de TRH: Somatostatina, dopamina, glicocorticóides, opiáceos endógenos 
e T3 (pois diminui o número de receptores de TRH nas células da adenohipófise, impedindo 
a secreção do TSH). 
 Sobre a secreção do TSH: Somatostatina e dopamina. 
 Sobre a secreção de T3 e T4: Ingestão excessiva de iodo, deficiência de iodo, deficiência 
da deiodinase, tiouréias e inibição da peroxidase. 
- Mecanismo Auto Regulatório: É independente do eixo, realizado através do iodo. A síntese do 
hormônio é regulada pela disponibilidade de iodo nas células da tireóide. Isso mantém um equilíbrio fino 
de estoque de hormônios na glândula. 
 
 
24 
- Efeito de Wolff-Chaikoff: Como resultado de uma ingestão excessiva (aguda) de iodo, ocorre 
diminuição na produção dos hormônios da tireóide (diminuição na organificação do iodo). O iodo reduz 
todas as fases da atividade tireoidiana, causando uma diminuição na glândula e das regiões vasculares. 
Patologias dos Hormônios Tireoidianos 
a) Hipertireoidismo: Acontece quando os níveis de T3 e T4 estão altos. 
 Sintomas: Taxa metabólica basal aumentada, perda de peso, balanço nitrogenada 
negativo, produção aumentada de calor, sudorese, débito cardíaco aumentado, 
dispneia, tremor, fraqueza muscular, exoftalmia, bócio endêmico, miopatia tireotrópica 
(catabolismo proteíco), dificuldade de sono, irritabilidade, hiperexcitabilidade, no 
homem causa impotência, e na mulher causa oligomenorréia (pouca quantidade de 
menstruação). 
 Causas: Doenças graves como aumento da imunoglobulina estimulante da tireóide, 
neoplasia da tireóide, excesso da secreção de TSH, T3 e T4 exógenos. 
 Tratamento: Propiltiouracil que inibe a tireoperoxidase e a síntese dos hormônios 
tireoidianos, tireoidectomia, o iodo 131 que destrói a tireóide e os agentes 
bloqueadores β adrenérgicos. 
 
b) Hipotireoidismo: Acontece quando os níveis de T3 e T4 estão baixos. 
 Sintomas: Taxa metabólica basal diminuída, ganho de peso, balanço nitrogenado 
positivo, produção diminuída de calor, sensibilidade ao frio, débito cardíaco diminuído, 
hipoventilação, letargia, lentidão mental, ptose palpebral, mixedema, retardo do 
crescimento, retardo mental (perinatal), bócio, sonolência, cãibra, fraqueza muscular, 
rigidez muscular, apatia, diminuição da libido, e nas mulheres sangramento menstrual 
excessivo. 
 Causas: Tireoidite, cirurgia para o hipertireoidismo, deficiência de iodo, problemas 
congênitos, TRH ou TSH diminuídos. 
 Tratamento: Terapia de reposição hormonal. 
 
c) Cretinismo: É um hipotireoidismo no período perinatal, causando um retardo mental e um 
decrescimento, devido a não maturação do SNC. 
 
 
Gla ndulas Supra-Renais 
Glândulas Supra Renais 
A glândula supra renal se localiza na região retro peritoneal. É vascularizada por sangue arterial de 
ramos da aorta, pelas artérias renais e artérias frênicas. Da parte venosa estão a veia adrenal direita que 
drena para a veia cava inferior e a veia adrenal esquerda que drena para a veia renal esquerda. Os capilares 
sinusóides encontrados no córtex da glândula drenam para as vênulas medulares. 
É dividida em medula e córtex. A medula que é cerca de 10-20% da adrenal é de origem 
neuroectodérmica, produz as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina, além da dopamina), tem relação 
direta com o sistema nervoso simpático. 
 
25 
O córtex, de origem mesodérmica, que é cerca de 80-90% produzem os hormônios esteróides e os 
glicocorticóides. É dividido em três zonas: 
a) Zona Reticular: É a região mais 
interna, cerca de 10% do córtex. 
Produz os androgênios adrenais: 
DHEA (desidroepiandrosterona) e a 
androstenediona. A secreção é 
regulada pelo ACTH, e outros como o 
hormônio estimulante do androgênio 
cortical. 
 
b) Zona Fasciculada: É a zona 
intermediária, cerca de 75% do 
córtex, produtora de glicocorticóides: 
cortisol, corticosterona e cortisona. 
Essa zona também tem capacidade 
de secretar pequena quantidade de 
androgênios sexuais. A secreção 
dessas células é controlada pelo eixo 
hipotálamo-hipofisiário, através do 
ACTH. 
 
c) Zona Glomerulosa: É a camada mais 
externa, cerca de 15% do total do córtex, é a produtora dos mineralocorticoides: aldosterona. 
Suas células são estimuladas a secretar pela concentração no LEC de angiotensina II e potássio. 
Suas células possuem a enzima aldosterona sintase. 
 
Cortisol 
É considerado o principal glicocorticóide, produzido na zona fasciculada do córtex adrenal. Também 
pode ser chamado de hidrocortisona. 
Precursor: COLESTEROL que circula ligado as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e há 
receptores para essas lipoproteínas nas membranas das células adrenocorticais. Dentro das células da 
adrenal, o colesterol é esterificado e armazenado. 
As enzimas do citocromo P450 são oxigenases mistas encontradas nas mitocôndrias e REL. A 
adrenoxina redutase realiza a transferência do H do NADPH para as enzimas do citocromo P450. 
O ACTH aumenta a utilização do colesterol esterificado, a síntese de receptores de LDL e as 
enzimas que metabolizam o LDL. 
 
 
26 
 
A enzima que catalisa a passagem de colesterol para pregnelona é a 20,22 desmolase P450scc, 
enquanto a que catalisa a passagem de pregnelona para 17OH pregnelona é a P450 c17. 
Transporte Plasmático 
A maior parte do cortisol está ligado a proteínas específicas como a CBG (proteína de ligação do 
cortisol), também chamada de transcortina, que liga cerca de 75-80% do hormônio, 15% na albumina e de 
5-10% são livres. 
A sua meia vida é de cerca de 60 à 90 minutos, e suametabolização ocorre a nível hepático, e a 
secreção é biliar ou renal com a formação de glicuronatos, tetrahidroderivados, cortóis e cortilonas. Os 
esteróides formados são degradados no fígado e conjugados tornando-se inativos. 
Mecanismo de Ação 
Seu receptor é do tipo nuclear. O hormônio livre na circulação sanguínea se liga a um receptor no 
citosol que está ligado a uma proteína HSP (proteína de proteção ao receptor do hormônio). A ligação do 
hormônio com o receptor realiza o desligamento da HSP, realizando a migração do complexo hormônio-
receptor para o núcleo. A interação com o DNA através da GRE (elemento responsivo aos glicocorticóides) 
ativa a transcrição gênica, que realiza a síntese proteíca e a alteração da função celular. 
Regulação da Secreção de Cortisol 
ACTH: Ativa todos os passos da síntese hormonal, 
ativa a transcrição de genes P450scc, P450c17 e P450c11, 
aumenta o tamanho e o número das células do córtex da 
adrenal. Tem sua secreção pulsátil, com pico próximo a 
vigília. 
CRH: Secretado pelo hipotálamo e atua nos 
corticotrófos da hipófise anterior provocando a secreção 
de ACTH. É formado no núcleo paraventricular do 
hipotálamo, e recebe muitas conexões do sistema límbico 
e do tronco cerebral inferior. 
O cortisol é geralmente secretado em níveis mais 
altos pelas 8 horas da manhã. 
 
 
27 
a) Fatores Estimulatórios: Ritmos circadianos, estresse, noradrenalina, acetilcolina, ADH (que 
aumenta a secreção de ACTH), angiotensina II, estrogênios (ocitocina e prolactina), serotonina 
e adrenalina. 
 
b) Fatores Inibitórios: GABA e o próprio cortisol. 
 
Efeitos Biológicos 
a) Sistema Muscular 
 Tem efeito inotrópico positivo, pois aumenta a síntese de acetilcolina, a intensidade da 
bomba de sódio e potássio e dos receptores β adrenérgicos. 
 Aumenta a força de contração. 
 
b) Sistema Ósseo 
 Diminui a formação óssea. 
 Diminui a diferenciação e atividade osteoblástica. 
 Diminui o colágeno tipo I e a matriz óssea. 
 Diminui a absorção intestinal de cálcio, inibindo a vitamina D, que age nos enterócitos 
aumentando a absorção intestinal de cálcio, logo vai diminuir a calcemia. 
 Aumenta a reabsorção óssea, causa uma perda de massa óssea se acontecer excesso 
de cortisol. 
 
c) Sistema Cardiovascular 
 Manutenção da pressão sanguínea normal. 
 Ação permissiva (ativa hormônios e enzimas mais potentes) vasoconstritora via 
angiotensina II e catecolaminas. 
 Manutenção da volemia, pois diminui a permeabilidade do endotélio vascular e 
diminui a produção de prostaglandinas vasodilatadoras. 
 O excesso de glicocorticóides pode promover a hipertensão através da retenção de 
água e sódio, mineralocorticoides e corticoesteróides. 
 
d) Sistema Renal 
 Aumenta a taxa de filtração renal. 
 Aumenta a eliminação rápida de sobrecarga hídrica. 
 Aumenta a produção do íon amônio a partir do glutamato. 
 
e) Desenvolvimento Fetal 
 Realiza a formação do sistema nervoso, retina, pele, aparelho digestivo (maturação da 
capacidade enzimática permitindo a utilização de dissacarídeos presentes no leite) e 
aparelho respiratório (aumenta o desenvolvimento dos alvéolos, provoca o 
achatamento das células de revestimento, diminui a espessura do septo pulmonar e 
aumenta a síntese de surfactante). 
 
f) Sistema Nervoso Central 
 Através de receptores específicos no hipocampo, substância reticular e núcleos 
autonômicos do tronco cerebral, modulam a função de percepção e emoção. 
 
 
 
28 
g) Metabolismo de Carboidratos 
 Estimula a gliconeogênese pelo fígado, devido ao maior aporte de enzimas necessárias. 
 Esse aumento de glicogênio no fígado disponibiliza a realização da glicogenólise via 
adrenalina ou glucagon, tendo a utilização de glicose sempre disponível. 
 Diminuição da utilização periférica de glicose, diminuindo a glicólise. 
 O cortisol é hiperglicemiante, podendo causar uma diabetes adrenal que é 
moderadamente resistente à insulina, mesmo com a liberação desse hormônio. 
 
h) Metabolismo de Lipídeos 
 Realiza a lipólise de forma permissiva via catecolaminas, glucagon, adrenalina, 
noradrenalina e GH. 
 Diminui o transporte de glicose para o adipócito, diminuindo a sensibilidade do 
adipócito à insulina. 
 Utilização do ácido graxo livre como fonte de energia, indo para a β oxidação, sendo 
então cetogênico. 
 Em longo prazo: Realiza a lipogênese, aumentando o apetite e a ingestão calórica via 
NPY, estimula a diferenciação de pré-adipócito em adipócitos e induz a síntese 
proteíca da leptina (limita o ganho de massa gorda). 
 
i) Metabolismo de Proteínas 
 Mobilização de proteínas no músculo e no osso, realizando o catabolismo, e levando os 
aminoácidos para a gliconeogênese hepática. 
 Inibe a síntese proteíca, com exceção do fígado o qual permite o anabolismo proteico. 
 Acelera a proteólise extra-hepática. 
 Aumenta a síntese de proteínas hepáticas. 
 
j) Resistência ao estresse e efeitos anti-inflamatórios 
 Induz a síntese de lipocortina, uma proteína inibidora da fosfolipase A2, que é uma 
enzima liberadora do araquidonato dos fosfolípideos de membrana fornecendo o 
precursor de prostaglandinas e leucotrienos. 
 Inibe a síntese dos mediadores de respostas inflamatórias como as prostaglandinas, 
tromboxanes e leucotrienos. 
 Diminui a liberação de fatores quimiotáticos e vasoativos como a histamina e a 
bradicinina. 
 Estabiliza as membranas dos lisossomos. 
 Diminui a aderência ao endotélio e a migração de leucócitos. 
 Diminui a interleucina 1 (IL-1) pelos macrófagos, causando a febre. 
 Antes do processo inflamatório, inibem a proliferação de fibroblastos e a síntese do 
colágeno. 
 Em processo inflamatório em andamento, o cortisol acelera a resolução e a 
regeneração do tecido lesado. 
 Inibem a resposta imune mediada por linfócitos T. 
 Provocam neutrofilia (aumento do número de neutrófilos), eosinopenia (queda de 
eosinófilos), linfocitopenia (queda de linfócitos) e policitemia (aumento do número de 
hemácias). 
 Inibem indiretamente a proliferação e a diferenciação de linfócitos B e a produção de 
anticorpos. 
 Inibem a produção de interleucinas e interferons pelos linfócitos T auxiliares. 
 
29 
Patologias do Cortisol 
 Doença de Addison: Causada pela diminuição do cortisol, é uma insuficiência 
adrenocortical primária, pois a diminuição é apenas no cortisol, já que os níveis de ACTH 
estão altos. Causada pela destruição autoimune de todas as zonas do córtex adrenal. 
Fazendo com que diminua todos os níveis dos hormônios ali produzidos. O tratamento é 
realizado pela introdução de glicocorticóides e mineralocorticoides. Alguns sintomas são: 
o Aumento do ADH, diminuindo a depuração de água. 
o Diminuição da acuidade auditiva, olfativa e gustativa. 
o Apatia, depressão, insônia, incapacidade de concentração. 
o Diminuição da contratilidade esquelética e cardíaca. 
o Anemia e linfocitose. 
o Hipoglicemia, hipercalemia, acidose metabólica e hipotensão. 
o Anorexia, perda de peso, náuseas, vômitos e fraqueza. 
o Diminuição do pelos pubianos e axilares, e da libido. 
o Hiperpigmentação da pele, devido ao grande nível de ACTH, porque ele causa a 
formação de melanina. 
 
 Doença ou Síndrome de Cushing: Causada pelo alto nível de cortisol no organismo, 
causado por um excesso crônico de glicocorticóides. A síndrome é caracterizada pela 
produção excessiva e espontânea de cortisol pelo córtex adrenal ou pela administração 
de doses farmacológicas de glicocorticóides. A doença de Cushing é caracterizada pela 
hipersecreção de ACTH por um adenoma hipofisiário, o que induz ao córtex a secreção 
alto nível de cortisol. Alguns sintomas são: 
o Hiperglicemia, proteólise, perda muscular. 
o Obesidade central, face, tronco e abdome. 
o Face arredondada. 
o Má cicatrização de feridas. 
o Osteoporose e miopatia esteróide. 
o Euforia, agitação, hipertensão. 
o Estrias devido à inibição da síntesedo colágeno e por hemorragias intercutâneas. 
o Policitemia e Linfocitopenia. 
o Visualização de distúrbios menstruais em mulheres. 
Teste de supressão pela Dexametasona 
Dose baixa de dexametasona a uma pessoa saudável realiza a queda do ACTH e do cortisol 
momentaneamente. Indivíduos com hipercortidismo (Cushing) são testados para determinar se a causa se 
deve a um tumor secretante de ACTH ou a um tumor secretante de cortisol no córtex adrenal. 
Se for um tumor secretante de ACTH, uma dose baixa de dexametasona não suprime a secreção de 
cortisol, e sim uma dose alta. Se for um tumor de córtex adrenal, nem doses altas nem baixas suprimirão a 
secreção do cortisol. 
 
 
 
 
 
30 
Aldosterona 
É um mineralocorticoide produzido na zona glomerulosa do córtex adrenal. É obtida da mesma 
forma que os outros hormônios que tem como precursor o colesterol. Entretanto, para sua produção é 
necessário à enzima aldosterona sintetase que realiza a conversão de corticosterona em aldosterona. 
Realiza 90% de toda a atividade mineralocorticoide do organismo. 
Transporte Plasmático: 50% ligada a CBG e albumina e 50% encontra-se livre no plasma, sendo 
uma exceção devido ao alto número de hormônio livre. 
Meia Vida: 20 minutos. 
Metabolização: Hepática, formando-se glicuronatos e tetrahidroaldosterona. 
Mecanismo de Ação: Através de um receptor nuclear parecido com o do cortisol, por isso é 
possível os glicocorticóides agirem em receptores de mineralocorticoides e vice-versa. Também há 
informações de ações realizadas pela aldosterona por um receptor nuclear não genômico. 
Efeitos Biológicos da Aldosterona 
a) Função Absortiva e Secretória 
 Mantém o volume do LEC, conservando o sódio corporal. 
 Aumenta a reabsorção renal de Na+, pelas células principais dos túbulos renais. 
 Aumenta a reabsorção renal de Cl-. 
 Aumenta a secreção renal de K+. 
 Aumenta a secreção renal de H+, nas células intercalas dos túbulos renais, provocando 
uma alcalose sanguínea, quando há aldosterona em excesso. 
 Mantém a concentração sódica, devido à reabsorção de água também, quase que na 
mesma proporção. 
 Aumenta o transporte de sódio/potássio nas glândulas sudoríparas e nas glândulas 
salivares. 
 Aumenta a absorção de Na+ no cólon, impedindo a sua perda pelas fezes. 
 
b) Função Cardiovascular 
 Aumenta a sensibilidade às catecolaminas e a angiotensina II. 
 Estimula a fibrose perivascular e cardíaca, tornando o coração menos distendível. 
 Causa hipertrofia cardíaca. 
 Aumenta o volume sanguíneo, aumenta a pressão arterial quando em excesso. 
 
c) Função Nervosa 
 Aumenta o tônus simpático para o coração, vasos e rins, fazendo a regulação da 
pressão arterial. 
 Estimula o apetite por sódio. 
 
d) Outras Funções 
 Regulação do balanço energético. 
 Resistência insulínica, porque ela diminui a concentração de potássio, que é o principal 
ativador das células β do pâncreas, que são produtoras da insulina. 
 
31 
Regulação da Secreção 
É independente da estimulação do cortisol. O principal mecanismo de regulação é as variações no 
volume do LEC por meio do SRRA e por variações séricas de potássio. 
a) Fatores Estimulatórios: Angiotensina II, aumento da concentração de potássio, diminuição da 
concentração de sódio e o ACTH (que estimula a colesterol desmolase, a enzima inicial da 
biossíntese dos hormônios adrenais e esteróides). 
b) Fatores Inibitórios: PNA (liberado no aumento da pressão arterial) e a dopamina. 
Patologias da Aldosterona 
a) Síndrome de Conn: Hiperaldosteronismo primário causado por um tumor secretante de 
aldosterona, causando um volume aumentado do LEC, hipertensão, hipocalemia, alcalose 
metabólica e aumento da pressão arterial. 
 
b) Síndrome do Excesso Aparente de Mineralocorticóide: É quando a enzima que transforma o 
cortisol em cortisona nos rins é inibida, fazendo com que o cortisol possa atuar de forma 
semelhante à ação da aldosterona, causando uma maior ação mineralocortidiana. 
 
Androge nios Adrenais 
São produzidos na zona reticular do córtex medular e são eles a androstenediona, a DHEA 
(desidroepiandrosterona) e a DHEAS (Sulfato de desidroepiandrosterona). Servem principalmente para 
serem transformados em androgênios na periferia. 
O DHEAS é o hormônio androgênio adrenal mais abundante no adulto-jovem, e tem maior 
afinidade de ligação à albumina que a DHEA. 
Adrenarca: Corresponde ao início de produção de androgênios pelas adrenais, que ocorre por 
volta dos seis anos. Geralmente ocorre antes da maturação do eixo gonadal, ou seja, da gonadarca. 
Efeitos Biológicos 
o Em mulheres, correspondem cerca de 50-60% 
dos androgênios do organismo. 
o Responsável pelo crescimento dos pêlos 
pubianos e axilares, principalmente nas 
mulheres. 
o Nos homens, possuem uma menor importância 
em decorrência dos androgênios produzidos pela 
gônada masculina, entretanto eles estimulam o 
desenvolvimento precoce do pênis e dos 
testículos. 
o Nas mulheres ainda tem grande importância 
durante a menopausa. 
Regulação da Secreção: ACTH. 
 
 
32 
Diferenciaça o Sexual 
Até a 5ª semana de gestação a gônada indiferenciada (caracterizada por uma massa de células). 
Contém três tipos básicos de células: 
a) Células Germinativas: Espermatogônias e oogônias. 
b) Células Mesenquimais: Células de Leydig e células Tecainterna. 
c) Células Derivadas do Epitélio Celômico: Células de Sertoli e células da granulosa. 
Determinação Sexual 
Sexo Fenotípico: Baseado nos cromossomos XX / XY. 
 XY: Cromossomo Y que possui o gene SRY é o fator determinante da presença dos 
testículos. O cromossomo X possui genes que codificam para o receptor de androgênios e 
de genes relacionados aos autossomos. 
 XX: O cromossomo X é ativo nas células germinativas e genes autossômicos, que quando 1X 
é inativo, representa a presença de ovário. 
Sexo Gonádico: Baseado nas gônadas. 
 Masculino: A medula predomina em relação à regressão do córtex. Entre a 6ª e a 7ª 
semanas acontece à diferenciação dos túbulos seminíferos. Entre a 8ª e a 9ª semanas 
acontece o inicio da secreção de testosterona. 
 Feminino: O córtex predomina em relação à regressão da medula. Durante a 9ª semana de 
gestação acontece a ativação dos cromossomos XX, e acontece a diferenciação em ovário, 
já que não há o fator estimulante da presença dos testículos. 
Sexo Fenotípico: Baseadas nas diferenças anatômicas dos sexos. 
 Sobre a genitália interna por volta das 7ª e 8ª semana de gestação. 
o As células de Sertoli secretam os hormônios de inibição Mullerianos (MIH). 
o Os ductos de Wolff se diferenciam em epidídimo, canal deferente e vesícula 
seminal, pela ação da testosterona. 
o Na ausência de MIH, os ductos de Muller se diferenciam em trompas uterinas, 
útero e vagina superior. 
 
 Sobre a genitália externa por volta da 9ª e 10ª semana de gestação. 
o O desenvolvimento da masculina depende da DHT (di-hidrotestosterona), que é a 
forma ativa da testosterona. 
o O desenvolvimento da feminina depende da ausência de andrógenos. 
o O tubérculo genital dá origem à glande peniana (H) e ao clitóris (M). 
o O seio urogenital dá origem à próstata (H) e a vagina inferior (M). 
o As pregas uretrais dão origem à uretra peniana e corpos esponjosos (H) e aos 
pequenos lábios (M). 
o A proeminência genital dá origem à bolsa escrotal (H) e aos grandes lábios (M). 
 
 
 
33 
Eixo Hipotálamo-Hipófise-Gonadal 
 Padrão Intrauterino 
o GnRH: Hipotálamo fetal a partir da 4ª semana de gestação. 
o LH / FSH: Hipófise a partir da 10ª-12ª semana, tendo seu pico na metade da 
gravidez. 
o HCG: O hormônio gonadotropina coriônica é um forte estimulador gonadal 
durante este período. 
o Esteróides sexuais: Formado pelas gônadas a partir da 9ª semana de gestação. 
 
 Padrão Infantil 
o LH / FSH: Os esteróides sexuais possuem um pico aos dois meses de idade, e 
possuem uma queda dos níveis a seguir. 
 Padrão na Puberdade 
oMaturação gradual dos neurônios hipotalâmicos secretores do GnRH. 
o Programação genética. 
o Diminuição da secreção noturna de melatonina. 
o Aumento da DHEA. 
o Aumento da massa de tecido adiposo pela leptina. 
o Aumento da secreção de LH/FSH, especialmente pelo pico noturno de LH. 
Regulação da Secreção 
 Pré-Puberdade 
a) Efeitos Estimulatórios: GnRH, LH, FSH, neurônios glutamatérgicos. 
b) Efeitos Inibitórios: Melatonina, testosterona, E2, NPY, endorfinas, neurônios 
gabaérgicos. 
 
 Mudanças do metabolismo na puberdade 
o Diminui o tônus de GABA. 
o Aumenta o tônus de glutamato. 
o Diminui os níveis de melatonina. 
o Aumenta os níveis de leptina. 
o Diminui o NPY. 
o Aumenta a secreção pulsátil de GnRH. 
o Aumenta a secreção de LH / FSH. 
Eventos da Puberdade 
 Sexo Feminino: Dos 9 aos 16 anos, acontece vários processos como a telarca 
(desenvolvimento das mamas), pubarca (crescimento de pêlos pubianos e axilares), 
menarca (primeira menstruação) e o crescimento ósseo em surto. 
 Sexo Masculino: Dos 9 aos 16 anos, acontece a formação de pêlos pubianos, o 
crescimento da genitália externa, e o surto do crescimento ósseo. 
 
 
 
34 
Go nada Masculina - Testí culos 
Os testículos ficam localizados na bolsa escrotal, são vascularizados pelas artérias e veias 
espermáticas, e sua estrutura é composta por 80% de 
túbulos seminíferos e 20% de ductos intersticiais. 
A estrutura dos túbulos seminíferos é da 
seguinte forma: 
 Células de Leydig: As mais próximas 
do LEC, é uma camada de células peritubulares 
(mióides) na membrana basal. 
Elas são estimuladas pela presença de LH, GH (IGF-1 / 
Star) e PRL. Sintetizam a testosterona que possui 
efeitos parácrinos (sustentando o 1º estágio da 
espermatogênese) e por efeitos endócrinos (agindo 
nos órgãos alvos). A testosterona é considerada o 
maior androide masculino, por ser o mais produzido. 
 
 Espermatogônias e Espermatócitos: 
Encontram-se no compartimento basal proximal. 
 
 Células de Sertoli: Encontrada espalhada no meio dos túbulos seminíferos. São células 
grandes que formam a barreira hemato-testicular. São estimuladas pelo FSH (sem esse 
hormônio não haveria espermiogênese). Sintetizam uma grande quantidade de compostos 
entre eles: 
o Inibinas: Responsáveis pela inibição da secreção de FSH pelos gonadotrófos na 
adenohipófise e estimula a célula de Leydig a secretar testosterona. 
o Ativinas: Estimulam a secreção de FSH e inibem as células de Leydig a secretarem 
testosterona. 
o ABP (proteína de ligação de androgênios): Se ligam a testosterona, realizando um 
reservatório. 
o Hormônio Anti-Mulleriano: Realiza a 
diferenciação da gônada masculina. 
o Receptores de Androgênios: 
Estimulam as células de Sertoli na 
maturação das células espermáticas. 
o AROMATASE: Converte a 
testosterona em estradiol, que é 
importante para a espermatogênese. 
Portanto, as células de Sertoli têm as 
seguintes funções: 
 Barreira Hemato-Testicular: 
Impedindo que o sangue dos 
capilares entre em contato com o 
conteúdo dos túbulos. 
 Proteção Imunológica 
 
 
 
35 
 Nutrição: Nutrindo os espermatozóides que estão se diferenciando. 
 Secreção: Líquido com KCl, inositol, glutamato, que ajudam a transportar os 
espermatozóides dos túbulos para o epidídimo. 
 Função Fagocítica. 
 
A aromatase realiza as seguintes reações: 
a) Transformação da testosterona em 18β estradiol (E2) 
b) Transformação da androstenediona em estrona (E1) 
 
 Espermatócitos e Espermatozóides: Encontrados no compartimento adluminal, mais 
próximo do LIC, voltado para a luz do túbulo. 
Espermatogênese 
Realizada nos túbulos seminíferos, é um mecanismo 
termossensível, e é dada na seguinte ordem: 
Espermatogônias (célula precursora)  
Espermatócitos I (meiose)  Espermatócitos II (meiose) 
 Espermátide (Espermiogênese)  Espermatozóide 
Os espermatozóides não possuem citoplasma. E é 
dividido em três partes: 
a) Cabeça: Contem um núcleo condensado e o 
acrossoma. 
b) Peça Intermediária: Contendo várias 
mitocôndrias. 
c) Cauda: Axonema recoberto por uma 
membrana muito fina. 
 
A maturação dos espermatozóides se dá entre 18-24horas no epidídimo, ganhando sua 
capacidade de motilidade, porém ainda não se move, pois as proteínas inibitórias impedem 
essa locomoção. 
Os espermatozóides são 
posteriormente 
armazenados na ampola do 
canal deferente, e ali eles 
mantêm a sua fertilidade por 
até um mês armazenado. 
A capacidade de fertilização 
de um espermatozóide é em 
torno de 4-6horas depois da 
introdução no trato genital 
feminino, acontecendo a 
eliminação de fatores 
inibitórios, através de 
vesículas de colesterol 
(adicionado a membrana que 
recobre o acrossoma, 
 
 
 
36 
fortalecendo e impedindo a liberação de suas enzimas) e aumento do cálcio (libera enzimas do 
acrossoma e aumenta a motilidade do flagelo). 
Glândulas Anexas: Realizam a composição do sêmen. 
 Vesícula Seminal: Seu conteúdo é mais ácido. Secreta o material mucoide (mucina), 
seminogelinas I e II, fibronectina e fibrinogênio (as três garantem a coagulação do esperma 
na forma de gel), frutose, ácido cítrico e prostaglandinas (reage com o muco cervical 
tornando mais receptivo ao movimento do espermatozóide e induz as contrações 
peristálticas reversas no útero e nas trompas para impulsionar os espermatozóides). 
 
 Próstata: Gera um líquido leitoso alcalino que neutraliza as secreções ácidas do canal 
deferente e da vagina, composto por PSA (antígeno prostático específico, composto por 
serina e protease), cálcio, íon citrato, fosfato, fosfatase ácida, enzima de coagulação (faz 
com que o fibrinogênio, secretado pelas vesículas seminais, forme um coágulo fraco de 
fibrina que segura o sêmen nas regiões profundas da vagina, colo uterino, esse coágulo é 
dissolvido em 15-30 minutos pela fibrinolisina) e pró-fibrinolisina (aumento da alcalinidade 
do sêmen). 
 
Sêmen: Líquido com espermatozóides do canal deferente (10%), líquido das vesículas seminais 
(60%) e líquido prostático (30%), além do produto mucoso das glândulas bulbouretrais. Possui um 
pH em torno de 7,5, o que aumenta a motilidade dos espermatozóides. O volume de ejaculação 
gira em torno de 3,5mL a cada ejaculação, com uma quantidade de cerca de 120 milhões de 
espermatozóides por mL. 
 
Regulação da Secreção 
 
As inibinas e as ativinas também realizam um mecanismo de feedback no eixo dos hormônios 
androgênios. Andropausa: Declínio dos níveis de testosterona, com a falência fisiológica do eixo gonadal. 
 
 
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Ato Sexual Masculino 
Realizado pela glande do pênis (que é o órgão sensorial terminal), vias aferentes (através dos 
nervos pudendos) e centro integrador (medula sacral, lombar e áreas cerebrais). 
Estágios do Ato Sexual 
a) Ereção: Através de um controle parassimpático, com neurotransmissores como o óxido nítrico, 
peptídeo intestinal vasoativo (PIV) ou a acetilcolina. Acontece com o relaxamento das artérias 
do pênis e da rede trabecular de fibras musculares lisas no tecido erétil dos corpos cavernosos e 
do corpo esponjoso. 
 
b) Lubrificação: Através de controle parassimpático, causando a secreção de muco pelas glândulas 
bulbouretrais e uretrais. 
 
c) Emissão: Via sistema nervoso autônomo simpático, que é a contração do canal deferente e da 
ampola, da camada muscular da próstata e vesículas seminais, deslocando os espermatozóides 
e o sêmen para a uretra interna. 
 
d) Ejaculação: Através de controle simpático, causa o enchimento da uretra interna, que com 
contrações rítmicas dos órgãos genitais, do músculo isquiocavernoso, do musculo 
bulbocavernoso e dos músculos pélvicos. 
 
e) Resolução: Finalização da ereção. 
 
 
Androge nios Gona dicos 
Testosterona 
Degradação e Excreção 
Acontece conversão hepática em 17_cetoesteróides, como a androsterona, epiandrosterona, 
etiocolonolona e epietiocolanolona. Sua conjugação ocorre com ácido glicurônico

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