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Os “operadores argumentativos” Os operadores argumentativos são elementos linguísticos que servem para dar força e orientar a sequência do discurso. Eles servem para determinar os encadeamentos possíveis com outros enunciados, tornando-os coesos e contribuindo para a construção de sentido argumentar é a arte de convencer e persuadir, onde convencer é saber gerenciar informações, demonstrando, junto com o outro. E persuadir é saber gerenciar a relação, falar à emoção do outro. Para agir sob outro de modo persuasivo, o produtor de um texto oral ou escrito, necessita não somente dar a sua opinião, mas também dar a sua justificativa e defender o seu ponto de vista. Nesse sentido, além de apresentar argumentos capazes de sustentar a sua tese, o enunciador precisa servir-se de mecanismos linguísticos capazes de indicar a orientação argumentativa. Para isso, utilizamos os operadores argumentativos, cuja principal função é indicar a força argumentativa dos enunciados e a direção para o qual apontam. . A finalidade dos operadores argumentativos é indicar a argumentatividade dos enunciados. As palavras utilizadas são os conectivos e advérbios. Os operadores argumentativos são importantes tanto para a leitura como para produção de textos. No caso desta última, eles funcionam como um “gancho” que mantém a progressão do texto. Kock (APUD Simone Tereza de Oliveira Ortega) postula que o uso da linguagem é essencialmente argumentativo, ou seja, buscamos dotar nossos enunciados de determinada força argumentativa. As conjunções ou operadores argumentativos são palavras ou expressões que são responsáveis pela ligação, pela coesão de duas orações. Outra função é mostrar a força argumentativa dos enunciados, a direção (sentido) para o qual apontam. Ao fazer essa ligação, eles indicam que tipo de relação: causa e consequência, conclusão, oposição ou ressalva, soma de duas ideias, objetivo ou finalidade, e assim por diante. Por isso, há vários tipos desses operadores argumentativos, que indicam argumentos diferentes e sentidos diferentes no texto. Vejamos o esquema: Período composto Operador argumentativo indica: João quer ir à escola... ...porque quer ter uma profissão melhor. Porque indica causa explicação ou justificativa. ... portanto terá empregos melhores ... quando mudar para a cidade. Quando não indica argumento, mas tempo. PRINCIPAIS OPERADORES ARGUMENTATIVOS Operadores que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão, isto é, eles indicam a soma de duas ideias: e, também, ainda, não só... mas também, além de..., além disso..., aliás... Exemplo: a) João é o melhor candidato: além de ter boa formação em Economia, tem experiência no cargo, e também não se envolve em negociatas. Observe que além de e e também dão ideia de soma. Somam as ideias de boa formação em Economia + não se envolver em negociatas. Novamente temos operadores - a par de, também e além de - que somam argumentos a favor de uma mesma conclusão. Operadores que indicam a conclusão relativamente a argumentos apresentados em enunciados (= frases, orações) anteriores: portanto, logo, por conseguinte, pois, em decorrência, consequentemente... Marcadores de pressuposição Como vimos: os Operadores Argumentativos introduzem no enunciado conteúdos semânticos adicionais, que nos permitem fazer pressuposições diversas em uma sentença. Mas, e quando temos conteúdos que ficam a margem da discussão chamamos de pressupostos e às marcas que os introduzem, Marcadores de Pressuposição? Esses marcadores são elementos linguísticos distintos aos elementos dos Operadores [KOCH, Ingedore Villaça. A Inter-Ação Pela Linguagem (p.46)]. Vejamos alguns exemplos a seguir de outros elementos que marcam a pressuposição, os verbos: Ficar, começar a, passar a, deixar de, continuar, permanecer, tornar-se, etc. São verbos que indicam mudança ou permanência de estado. Assim, podem marcar pressupostos, veja o exemplo: Exemplo: Saindo aqui até mais. (Twitter ) - Tanto no tópico dos Operadores Argumentativos, quanto no tópico dos Marcadores de Pressuposição estamos falando apenas das marcas linguísticas. Os textos que não se apresentam com qualquer tipo de marca são classificados como subentendidos, pressuposições em sentido amplo ou simplesmente classifica-se como inferência [KOCH, Ingedore Villaça. A Inter-Ação Pela Linguagem A inferência é simplesmente quando uma palavra nos faz associar um elemento fora de um texto e contextualizá-lo, provocando um sentido mais amplo dentro do texto: Consideração Final Com os argumentos apresentados e os exemplos expostos nos tópicos acima, pudemos perceber que diante de um site que te oferece menos de 150 caracteres para a exposição das suas ideias, o uso devido dessas marcações linguísticas, tanto os Operadores Argumentativos, quanto os Marcadores de Pressuposição, além da inferência, podem influenciar no sucesso e na conquista de novos seguidores. Assim, podemos observar que, alguns famosos, mesmo com milhares ou milhões de seguidores não chegam a ser um exemplo de influência e sucesso no Twitter, mesmo tendo a inferência à favor, considerando que suas vidas estão expostas à vasto público pelos meios de comunicação, maior parte deles se abstêm dessas marcas, as quais ajudam a economizar caracteres e produzir pressuposições divertidas, em quanto alguns anônimos que bem utilizam essas marcas exercem o humor nas publicações mais cotidianas, assim, mesmo sem a fama e a vasta inferência, como os famosos, acabam ganhando notoriedade na rede. Os operadores argumentativos são importantes tanto para a leitura como para produção de textos. No caso desta última, eles funcionam como um “gancho” emoção do outro. Referências ARAÚJO, Júlio César, BIASI-RODRIGUES, Bernadete. Internet & Ensino: Novos Gêneros, Outros Desafios. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna; 2007. KOCH, Ingedore Villaça. A Inter-Ação Pela Linguagem. 10ª ed., 1ª – São Paulo: Contexto, 20*** Livro didático Enciclopédia livre.
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