Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Viral Trans-infecciosa (inf. Sistêmica) Por vírus hepatotrópicos CMV Epstein -Baar Febre Amarela Herpes simples Outras A, B, C, D, E Hepatites Infecciosas Bactérias Fungos Protozoários HEPATITES VIRAIS TIPOS A B C D E Fonte Fezes Sangue e derivados Sangue e derivados Sangue e derivados Fezes Via de transmissão Fecal- Oral Percutânea Permucosa Percutânea Permucosa Percutânea Permucosa Fecal- Oral Infecção crônica não sim sim sim não Prevenção primária Imunização pré & pós exposição Lavagem de mãos Imunização pré e pós exposição Modificação comportamentos de risco - Modificação comportamentos de risco Imunização pré e pós exposição Modificação comportamen tos de risco Garantia da ingestão de água tratada e alimentos correta// processados Vírus: HAV (RNA) Transmissão fecal-oral (água e alimentos contaminados) Endêmica em regiões com condições sanitárias inadequadas (viagens) Surtos em meios institucionais (creches, presídios, escolas) Nessas regiões, é mais comum na infância, com manifestações leves ou assintomática. Em países desenvolvidos, grande parte da população adulta é susceptível HEPATITE A: PATOGÊNESE Incubação: 4 semanas (2-6) Cavidade Oral Trato GI Fígado via sangue Replicação nos hepatócitos (poucos danos celulares) liberação via bile intestinos 7-10 dias antes do aparecimento dos sintomas clínicos. Danos hepáticos e síndrome clínica resultam da resposta imune e não do efeito citopático direto do vírus HAV Produz apenas doença aguda Pode evoluir com a forma fulminante Não gera estado de portador ou hepatite crônica Período de incubação: 15 - 45 dias Marcadores sorológicos: IgM-anti-HAV IgG-anti-HAV O IgG oferece imunidade protetora PREVENÇÃO A prevenção inclui a utilização de água fervida ou clorada, e consumo de alimentos cozidos. Deve-se lavar as mãos com água e sabão antes das refeições Vacinação não faz parte do calendário vacinal: 2 doses Figado Normal Fonte: www.heptcentro.com.br Hepatite A Fonte: www.vet-lyon.fr Vírus: HBV (DNA) Transmissão: parenteral, vertical, sexual Período de incubação: 30 a 180 dias Proporciona ambiente apropriado para o vírus defectivo da hepatite delta. Vacina: 3 doses, 95% produzirão os anticorpos e, nestes, a proteção contra a hepatite é próxima de 100%. A infecção por HBV pode produzir: Doença subclínica Hepatite aguda Hepatite fulminante com necrose hepática maciça Portador assintomático Hepatite não progressiva crônica Doença crônica progressiva com evolução para cirrose e/ou carcinoma hepatocelular DOENÇA SUBCLÍNICA HEPATITE AGUDA PORTADOR SADIO INFECÇÃO PERSISTENTE HEPATITE CRÔNICA RECUPERAÇÃO HEPATITE FULMINANTE MORTE MORTE RECUPERAÇÃO CIRROSE CARCINOMA HEPATOCELULARFonte: Robbins INFECCÃO AGUDA HBsAg Anti-HBs HBcAg Anti-HBc IgM Anti-HBc IgG HBeAg Anti-Hbe HBV-DNA Antígeno de superfície do HBV É o marco da infecção pelo HBV Detectado a partir de 1 a 10 semanas após exposição Eliminado dentro de 4 a 6 meses pelos pacientes que se recuperam Persistente nas formas crônicas HBSAg É o anticorpo contra o antígeno de superfície É um anticorpo neutralizante que oferece imunidade protetora contra o HBV Marca a cura da hepatite B, juntamente como desaparecimento do HBsAg A co-existência de ambos é rara (forma crônica, com anti-HBs não neutralizante). Antígeno central do HBV (core) É um antígeno intracelular Encontrado no plasma quando a partícula viral é desintegrada HBcAg Primeiro anticorpo a ser identificado após a infecção por HBV (1 mês após o HBsAg) Presente em altas titulações na fase aguda da infecção. Diminui na fase de recuperação ou nos casos que evoluem para infecção crônica Pode persistir em baixas titulações por anos após a infecção aguda Pode aumentar nas fases de exacerbação da hepatite crônica Aumenta na fase de recuperação, à medida em que diminuem as titulações de Anti-HBc IgM O Anti-HBc é o único anticorpo detectável durante o período de “janela imunológica”. Indicativo de replicação viral e infectividade Surge no período de incubação Presença associada à detecção do HBV-DNA É rapidamente eliminado na fase aguda, antes do desaparecimento do HBsAg Sua persistência por mais de 6 meses indica tendência à cronicidade Ocorre conversão do HBeAg para anti-HBe Associa-se ao desaparecimento do HBV-DNA Indica a interrupção da replicação viral Pode ser indicativo de bom prognóstico HBsAg HBeAg Anti- HBcIgM Anti- HBc Anti- HBe Anti- HBs Interpretação + - - - - - Fase de incubação + + + + - - Fase Aguda + + - + - - Portador com replicação viral + - - + + - Portador sem replicação viral* - - - + - - Provável cicatriz sorológica - - - + + + Imunidade pós Hep B - - - + + Imunidade pós Hep B - - - - - + Imunidade pós vacina da Hep B - - - - - - Ausência de contato prévio Fonte: Hepatites - José Galvão Alves (SGRJ) *Portador assintomático ou doença crônica Vírus: HCV (RNA) Transmissão parenteral e vertical Período de incubação: 20 a 90 dias Fase aguda em geral assintomática Não apresenta forma fulminante Alta taxa de progressão para doença crônica e cirrose (85%) Sexual 15% Outras 1%* Desconhecidas 10% Usuários drogas injetáveis 60% Transfusão 10% (antes da triagem) * Nosocomial; iatrogênica; perinatal Fonte: Ocupacional 4% Fonte: www.hepcentro.com.br/ hepatite_ Fatores promotores de progressão ou severidade: Alto consumo de bebidas alcoólicas > 40 anos no momento da infecção Co-infecção com HIV Co-infecção crônica com HBV Sexo masculino HCV-RNA: identificável (por PCR) simultaneamente à elevação das transaminases Anti-HCV: anticorpo neutralizante, porém parece não conferir imunidade efetiva para infecções subsequentes por HCV Fonte: www.esculape.com/ Fonte: Robins HCV-RNA Semanas Meses e anos PERÍODO DE INCUBAÇÃO DOENÇA AGUDA DOENÇA CRÔNICA Transaminases séricas Anti-HCV Vírus: HDV (molécula única de RNA) Vírus defectível que exige a presença obrigatória do HBV Transmissão semelhante ao HBV: parenteral, sexual e vertical No Brasil: surtos epidêmicos na bacia amazônica Padrões de infecção Co-infecção Superinfecção Piora o prognóstico da Hepatite B HDV HBV Indivíduo Sadio Hepatite fulminate Recuperação com imunidade Hepatite crônica Morte Cirrose Raro HDV Portador HBV Hepatite fulminate Doença aguda grave Hepatite crônica Morte Cirrose HDV-RNA: detectável (por PCR) antes e nos primeiros dias da doença sintomática aguda Anti-HDV IgM: indicador infecção recente, porém de dectção tardia e curta duração. Vírus: HEV (RNA) Transmissão fecal-oral Predomina em adultos Auto-limitada Não cronifica Alta letalidade em gestantes (20%) Baixa prevalência no Brasil Causa doença similar à hepatite A, incubação 40 dias (15-60), evolução para cura, curso benigno, severidade doença >>>> idade, sem caráter crônico, mas que causa alta mortalidade (20%) em mulheres grávidas trimestres 2 e 3 (sem explicação) versus fatalidade geral 3% Casos esporádicos e epidemiasconsumo de água contaminada por fezesHEV+. Ex. India 2 milhões de novos casos/ano Casos HEV+ em viajantes para áreas endêmicas: beber somente água mineral, evitar uso de gelo, evitar comer alimentos crus (frutos do mar, vegetais e frutas) Brasil: mineiros da região Amazônica, pcts hemodiálise I, comunidades rurais e urbanas do município do RJ. HEPATITE A B C D E Vírus HAV HBV HCV HDV HEV Genoma RNA DNA RNA RNA RNA Transmissão Fecal-oral Parenteral Sexual Vertical Parenteral Sexual Vertical Parenteral Sexual Vertical Fecal-oral Período de incubação 15-45 30-180 20-90 30-50 15-60 Antígeno HAV-Ag HBsAg HBcAg HBeAg ----- HDV-Ag HEV-Ag Anticorpo Anti-HAV Anti-HBs Anti-HBc Anti-HBe Anti-HCV Anti-HDV Anti-HEV Hepatite Fulminante 0,1 a 0,4% 1 a 4% Rara 3 a 4% na co- infecção 0,3 a 3% 20% em gest. Cronicidade Não Sim Sim Sim Não Carcinoma Hepatocelular Nao Sim Sim Não há aumento Não Existe apenas evidência sorológica da infecção. Ex: Hepatite A em crianças Manifestações clínicas semelhantes, qualquer que seja o agente Fases: Incubação Pré-ictérica sintomática (prodrômica) Fase ictérica sintomática Convalescença Laboratório: Marcadores sorológicos Elevação das trasaminases acima de 500 U/L, com predomínio de TGP sobre TGO Hiperbilirrubinemia conjugada (direta) Hiperglobulinemia Elevação da fosfatase alcalina Duração variável segundo o agente Infecciosidade máxima ocorre nos últimos dias assintomáticos do período de incubação e nos primeiros dias sintomáticos. Sintomas inespecíficos: Mal-estar Fadiga Náusas Febrículas Mialgia Diarréia Cefaléia Fonte: www.sespa.pa.gov.br Causada por hiperbilirrubinemia conjugada Habitual em adultos com HAV, mas não em crianças Acomete metade dos casos por HBV Presente na maioria dos casos por HCV Com o início da fase ictérica os sintomas inespecíficos começam a desaparecer Fonte:www.fiocruz.br Icterícia de pele e conjuntivas (Fig. 01) Colúria (urina escura) (Fig. 02 ) Acolia (Fig. 03) Prurido (retenção de ácidos biliares) Tempo de protrombina prolongado Hiperglobulinemia Fig. 01 Fig. 02 Fig. 03 Fonte: www.fiocruz.br Fonte: www.hepcentro.com.br Resolução dos sintomas inespecíficos e da icterícia Normalização dos exames laboratoriais Destruição hepatocitária em massa Grande elevação das transaminases com queda rápida = escassez de hepatócitos Síndrome de insuficiência hepática Alta letalidade É reservatório de infecção (transmite!) Não apresenta sintomas óbvios Dividem-se em: Portadores sadios Possuidores de doença crônica sem sintomas ou incapacidades Ocorre com o HBV e HCV Persistência da infecção por mais de 6 meses Evidência sintomática, bioquímica ou sorológica HAV: extremamente rara HBV: 90% dos RN, 5% dos adultos HCV: 80% HDV: Rara na co-infecção, mais frequente na superinfecção HEV: não cronifica Remissão Espontânea Cirrose Evolução Clínica Doença Indolente sem Progressão Carcinoma Hepatoceluar Aspecto macroscópico: fígado normal Aspecto macroscópico: carcinoma hepatocelular Aspecto macroscópico: fígado com cirrose Microscopia óptica: fígado com cirrose e infiltrado inflamatório Microscopia óptica: fígado com fibrose Microscopia óptica: fígado normal Formas benignas: São autolimitadas O tratamento é sintomático Repouso domiciliar Não exige dieta específica Evitar ingestão de álcool e drogas de metabolismo hepático Formas fulminantes: tratamento em unidade de terapia intensiva Controle hidroeletrolítico e cardiorrespiratório Controle de sangramentos Se necessário, transplante hepático Formas crônicas de Hepatite B Suprimir a replicação viral e reduzir a lesão hepática, prevenindo a evolução para cirrose e carcinoma hepatocelular Drogas: Interferon-alfa por período restrito e anti- virais (Lamivudina, Adefovir) por tempo prolongado Não associar os dois tipos de droga Forma Crônica Hepatite B: Fazer seguimento do paciente e controle laboratorial da carga viral por PCR (> 100.000 cópias/ml = replicação ativa) Vigilância para hepatocarcinoma O tratamento não é indicado pela carga viral Fazer biópsia hepática para classificar o grau de fibrose Drogas: Ribavirina (anti-viral) e Interferon-alfa associados. A carga viral é utilizada no seguimento para avaliação da resposta ao tratamento Vigilância para hepatocarcinoma
Compartilhar