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Apresentação_Breno_-_AIJE

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Escola Judiciária Eleitoral
Ação de Investigação 
Judicial Eleitoral
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Ação de Investigação Judicial Eleitoral
Objetivo: demonstrar que o candidato violou os princípios igualitários do pleito.
	
A AIJE apura: uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político.
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		AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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	Art. 22, Lei Complementar n.º 64/90;
	
Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político ...
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		 AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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 Abuso de Poder:
 
“Uma corruptela contrária à ordem do direito, desviando o exercício dos direitos subjetivos dos justos e verdadeiros fins do ordenamento jurídico.” 
(Everardo da Cunha Luna)
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 AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL 	 Breno Russell Wanderley
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Abuso de poder é “toda a ação que torna irregular a execução do ato administrativo, legal ou ilegal, e que propicia, contra seu autor, medidas disciplinares, cíveis e criminais”. 
(Diógenes Gasparini)
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Abuso de Poder (exemplos):
uso nocivo e distorcido de meios de 	comunicação social;
propaganda eleitoral irregular;
fornecimento de alimentos, medicamentos, 	materiais ou equipamentos agrícolas;
utensílios de uso pessoal ou doméstico;
material de construção;
oferta de tratamento de saúde;
contratação de pessoal em período vedado.
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Art. 22 XIV (LC 64/90):
Julgada procedente a representação, ainda que após a proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, cominando-lhes sanção de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 8 (oito) anos subseqüentes à eleição em que se verificou, além da cassação do registro 	ou diploma do candidato diretamente
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Art. 22 XIV (LC 64/90):
beneficiado pela interferência do poder econômico ou pelo desvio ou abuso do poder de autoridade ou dos meios de comunicação, determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração de processo disciplinar, se for o caso, e de ação penal, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar.
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A Lei n.º 9.504/97, nos arts. 73 a 78, dispõe sobre as condutas vedadas aos agentes públicos em campanha eleitoral. Se as regras forem violadas, os fatos podem caracterizar abuso do poder.
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(...) O fato considerado como conduta vedada (Lei das Eleições, art. 73) pode ser apreciado como abuso do poder de autoridade para gerar a inelegibilidade do art. 22 da Lei Complementar n. 64/90. O abuso do poder de autoridade é condenável por afetar a legitimidade e normalidade dos pleitos e, também, por violar o princípio da isonomia entre os concorrentes, amplamente assegurado na Constituição da República. Agravo Regimental desprovido.. Decisão mantida. (TSE - AgRO n.º 728/DF - DJ 17.06.2005, p. 161)
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O abuso é verificado por exemplos concretos, tais como: fornecimento de alimentos, utilização indevida de servidores, realização de concurso público em período não autorizado por lei, recebimento de dinheiro de sindicato ou organização estrangeira, uso de material público, desvio de verbas.
 
Geralmente, os atos de abuso também acarretam consequências penais ou à luz da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8429/92).
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LC 64/90 - Art. 22, XVI: 
(acrescido pela LC 135/2010)
Para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam.
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A alteração do resultado da eleição é apenas um fator complementar ao contexto probatório para um juízo de certeza da inelegibilidade decorrente do abuso do poder.
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Portanto, é suficiente a comprovação da gravidade dos fatos durante uma determinada campanha eleitoral. No entanto, a potencialidade lesiva é um conceito que está englobado dentro da gravidade, o que significa dizer que uma conduta mínima ou média dentro de uma avaliação probatória, não acarreta a inelegibilidade por abuso do poder econômico ou político.
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Art. 1º, I, “d”, LC 64/90:
São inelegíveis:
(...)“d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes”;
(Redação dada pela LC n.º 135/2010)
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Art. 1º, I, “h”, LC 64/90:
São inelegíveis:	(...) “d) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes”;
(Redação dada pela LC n.º 135/2010)
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Em razão da celeridade do processo eleitoral, pode-se obter a inelegibilidade na investigação judicial eleitoral antes do julgamento da ação civil pública que trata da improbidade administrativa. De toda
sorte, a decisão, na investigação judicial eleitoral, serve de prova emprestada para a ação que combate a improbidade administrativa.
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(...) 1. Para a configuração de abuso de poder, não se exige nexo de causalidade, entendido esse como a comprovação de que o candidato foi eleito efetivamente devido ai ilícito ocorrido, mas que fique demonstrado que as práticas irregulares teriam capacidade ou potencial para influenciar o eleitorado, o que torna ilegítimo o resultado do pleito”.
(TSE - RO n.º 752/ES - DJ 06.08.2004, p. 163)
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Natureza Jurídica: A maioria da doutrina entende que é uma ação cognitiva com carga decisória de consistência desconstitutiva ou constitutiva negativa (no caso em que cassa o registro) e carga puramente declaratória (no caso em que declara a inelegibilidade por oito anos).
A inelegibilidade é contada tendo como prazo inicial a data da eleição.
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Se o representado foi condenado nas eleições de 2010, ele ficará inelegível até outubro de 2018. Consequentemente, nas eleições de 2018, ele não poderá ter o registro deferido, pois o período para o requerimento de registro de candidatura se encerra no dia 5 de julho do ano da eleição, e nesta data ele ainda estará inelegível.
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	Legitimidade ativa:
 
 Partidos Políticos
 Coligação
 Candidatos
 Ministério Público
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 Legitimidade Passiva:
 
 Partido Político
 Coligação
 Candidato
 Autoridades
 	Qualquer pessoa que haja contribuído para o 		ato.
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(...) Pessoas jurídicas não podem figurar no pólo passivo de investigação judicial eleitoral, de cujo julgamento, quando procedente a representação, decorre declaração de inelegibilidade ou cassação do registro do candidato diretamente beneficiado, consoante firme jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (...)
(TSE - Rp. n.º 373, DJ 26.08.2005, p. 173)
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AgR-REspe – Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral n.º 35831 – Joaíma/MG. Acórdão de 03.12.2009 rel. Ministro Arnaldo Versiani Leite Soares: DJE de 10.02.2010.
EMENTA: Representação. Abuso de poder, conduta vedada e propaganda eleitoral antecipada. Vice. Decadência. 1. Está pacificada a jurisprudência do TSE de que o vice deve figurar no polo passivo das demandas em que se postula a cassação de registro, diploma ou mandato, uma vez que há litisconsórcio necessário entre os integrantes da chapa majoritária, considerada a possibilidade de o vice ser afetado pela eficácia da decisão.
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Respe - Recurso Especial Eleitoral n.º 35292 – Santa Cecília/SC. Acórdão de 22.09.2009 rel. Ministro Felix Fischer: DJE de 15.10.2009.
EMENTA: Recursos Especiais Eleitorais. AIJE. Captação ilícita de Sufrágio. Art. 41-A da Lei n.º 9.504/97. Abuso de poder econômico. Art. 22 da LC 64/90. Vice-Prefeito. Litisconsórcio necessário. Provimento.
Há litisconsórcio necessário entre o chefe do poder Executivo e seu vice nas ações cujas decisões possam acarretar a perda do mandato, devendo o vice necessariamente ser citado para integrá-las. Precedentes.
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A representação que trata do abuso do poder econômico ou político deve conter três pedidos:
 1) sanção de inelegibilidade;
 2) cassação do registro;
	3) cassação do diploma.
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Efeitos:	
Se a ação for julgada antes da diplomação, ela produz o duplo efeito de declarar a inelegibilidade e a cassação do registro, mas quando ocorrer o julgamento após esta data, ela servirá para a cassação do diploma e, consequentemente, do mandato eletivo, sem necessidade de propositura da AIME ou do RED.
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Julgamento antecipado da lide:
O TSE tem precedentes no sentido do não cabimento do julgamento antecipado da lide.
Recurso Especial. AIJE. Abuso de poder econômico. Julgamento antecipado da lide (CPC, art. 330). Impossibilidade. 1. o julgamento antecipado da lide, na ação de investigação judicial eleitoral, impossibilita a apuração dos fatos supostamente ocorridos, afrontando o princípio do devido processo legal. 2. Recursos providos. DJ de 10.02.2002.
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Prazo final para interposição: 
A jurisprudência do TSE está consolidada no entendimento de que a Ação de Investigação Judicial Eleitoral por abuso ou desvio do poder pode ser ajuizada até a data da diplomação dos candidatos eleitos
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Não é a Ação de Impugnação ao Registro de candidatura (AIRC) o meio procedimental adequado para questionar o abuso do poder econômico e/ou político, pois a matéria enseja procedimento específico, previsto no artigo 22 e seguintes da Lei Complementar n.º 64/90 (Lei das Inelegibilidades).	
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Rito processual:
1) notificação do(s) representado(s) do conteúdo da petição e cópia dos documentos para no prazo de 5 (cinco) dias oferecer ampla defesa, juntada de documentos e rol de testemunhas;
2) determinará que se suspenda o ato que deu motivo à representação, quando for relevante o fundamento e do ato impugnado puder resultar a ineficiência da medida, caso seja julgada procedente;
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Rito processual:
3) indeferirá desde logo a inicial, quando não for caso de representação ou lhe faltar algum requisito da LC 64/90;
4) findo o prazo da notificação, com ou sem defesa, abrir-se-á prazo de 5 dias para inquirição, em uma só assentada, de testemunhas arroladas pelas partes, até o máximo de 6 para cada um, as quais comparecerão independentemente de intimação;
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Rito processual:
5) três dias para possíveis diligências ex officio ou a requerimento das partes.
6)
Encerrado o prazo da dilação probatória, as partes, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar alegações no prazo comum de 2 dias.
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Rito processual:
7) relatório conclusivo em 3 (três) dias;
8) Ministério Público vista por 48 horas.
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Bem jurídico tutelado:
Normalidade e legitimidade das eleições.
Para a caracterização do abuso do poder econômico ou político, é necessária a prova da potencialidade lesiva (gravidade), mas o TSE consagra que não se exige a prova do nexo de causalidade entre a conduta comissiva do abuso e o vício do pleito eleitoral.
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A sanção de inelegibilidade ou cassação do registro ou diploma leva em consideração o desequilíbrio causado com a prática da ação comissiva por parte do infrator ou de seus cabos-eleitorais e simpatizantes em geral.
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Competência:
	
Juiz Eleitoral: candidatos aos mandatos eletivos de prefeito, vice-prefeito e vereador;
TRE: candidatos aos mandatos eletivos de governador, vice-governador, senador, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital.
TSE: candidatos a presidente e vice-presidente da República.
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Recurso Ordinário. AIJE. Fatos ocorridos antes do período eleitoral. Possibilidade. Reiteração de razões. Manutenção da decisão agravada. I - É possível a propositura de AIJE para apurar fatos anteriores ao período eleitoral. II - O agravante deve atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada, não se limitando a reproduzir as razões do pedido indeferido. III - Decisão agravada que se mantém pelos seus próprios fundamentos. IV - Agravo regimental a que se nega provimento. (AgReg no RO n.º 1.638/AM, rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE: 1º.02.2010)
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AgrReg no Agr Inst n.º 2.099/SC, rel. Min. Arnaldo Versiani
“(...) É possível a instauração de AIJE para apuração de fatos abusivos sucedidos antes do início do período eleitoral. A distribuição de calendários com destaque a obras e realizações da administração municipal caracteriza evidente promoção pessoal do prefeito candidato à reeleição, com conotação eleitoreira, configurando abuso de poder punível nos termos do art. 22 da Lei Complementar n.º 64/90, sendo irrelevante a ausência de elemento identificador de pessoa ou partido político.
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Consequências: Antes da LC 135/2010, que alterou o art. 22, XIV, da LC 64/90, as consequências do momento em que era proferida a decisão eram as seguintes: se o julgamento fosse antes da eleição acarretava a inelegibilidade do candidato e dos infratores e a cassação do registro (art. 22, XIV, da LC n.º 64/90); se fosse após a eleição só ensejava a inelegibilidade por três anos contados da data da eleição. Neste caso, o legitimado poderia utilizar o recurso contra a diplomação ou a ação de impugnação ao mandato eletivo. 
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Atualmente, a propositura da representação pode produzir os seguintes efeitos: inelegibilidade por oito anos e cassação do registro ou do diploma. 
Se o candidato praticou o abuso do poder e não foi eleito, a Justiça Eleitoral declarará apenas a inelegibilidade. Se ele for eleito, ocorrerá a decretação da inelegibilidade e cassação do diploma, anulando-se o mandato eletivo. Não é necessária a propositura da AIME ou do RED. 
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O objetivo principal é demonstrar a lesividade para desequilibrar as eleições em razão da conduta abusiva. O autor deve demonstrar a anormalidade e ilegitimidade das eleições (arts. 19 e 22 da Lei Complementar n.º 64/90). Deve-se provar a gravidade. Não é necessário demonstrar a alteração do resultado das eleições, ou seja, se o candidato infrator aumentou o número de votos. Esse fato é um indício na cadeia de elos probatórios. O art. 22, XVI, da LC 64/90 considera “apenas a gravidade das circunstâncias” que caracterizam o ato abusivo para fins de declaração da inelegibilidade.
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AIJE por Captação ou uso ilícito
de Recurso para fins eleitorais:
Art. 30-A: Qualquer partido político ou coligação poderá representar à Justiça Eleitoral, no prazo de 15 (quinze) dias da diplomação, relatando fatos e indicando provas, e pedir a abertura de investigação judicial para apurar condutas em desacordo com as normas desta Lei, relativas à arrecadação e gastos de recursos (redação dada pela Lei n.º 12.034, de 2009)
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AIJE por Captação ou uso ilícito 
de Recurso para fins eleitorais :
	
Art. 30-A, § 1º: 
Na apuração de que trata este artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n.º 64, de 18 de maio de 1990, no que couber (incluído pela Lei n.º 11.300, de 2006).
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AIJE por Captação ou uso ilícito 
de Recurso para fins eleitorais :
	
Art. 30-A, § 2º: 
Comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos, para fins eleitorais, será negado diploma ao candidato, ou cassado, se já houver sido outorgado.
(incluído pela Lei n.º 11.300, de 2006).
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AIJE por Captação ou uso ilícito 
de Recurso para fins eleitorais :
	
Art. 30-A, § 3º: 
O prazo de recurso contra decisões proferidas em representações propostas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial (incluído pela Lei n.º 12.034, de 2009).
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AIJE por Captação ou uso ilícito 
de 	Recurso para fins eleitorais :
	
Fundamento legal: art. 30-A, Lei n.º 9.504/97
Objeto: negação de diploma ou sua cassação.
Bem tutelado: higidez da campanha e igualdade na disputa.
Potencialidade lesiva: não exige
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O Ministério Público Eleitoral é parte legítima para propor a ação de investigação judicial com base no art. 30-A
ESCOLA JUDICIÁRIA
ELEITORAL
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“Mandado de Segurança. Ação de investigação judicial eleitoral. Art. 30-A da Lei n. 9.504/97. Execução imediata. Agravo regimental improvido. Por não versar sobre inelegibilidade o art. 30-A da Lei das Eleições, a execução deve ser imediata, nos termos dos arts. 41-A e 73 da mesma lei.”
(TSE - AgRgMS n. 3567/MG - DJ 12.02.2008, p.8)
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“(...) 5. A ação de investigação judicial eleitoral com fulcro no art. 30-A pode ser proposta em desfavor do candidato não eleito, uma vez que o bem jurídico tutelado pela norma é a moralidade das eleições, não havendo falar na capacidade de influenciar no resultado do pleito. No caso, a sanção de negativa de outorga do diploma ou sua cassação prevista no § 2º do art. 30-A também alcança o recorrente na sua condição de suplente. (...)
(TSE - RO n. 1.540/PA - Dje 1º/06/09, p. 27)
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“(...) 7. Não havendo, necessariamente, nexo de causalidade entre a prestação de contas de campanha (ou os erros dela decorrentes) e a legitimidade do pleito, exigir prova de potencialidade seria tornar inóqua a previsão contida no art. 30-A, limitando-o a mais uma hipótese de abuso de poder. O bem jurídico tutelado pela norma revela que o que está em jogo é o princípio constitucional da moralidade (CF, art. 14, § 9º). Para incidência do art. 30-A da Lei 9.504/97, necessária prova da proporcionalidade (relevância jurídica) do ilícito praticado pelo candidato e não da potencialidade do dano em relação ao pleito eleitoral. (...)(TSE - RO n. 1.540/PA - Dje 1º/06/09, p. 27)
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AIJE por Captação Ilícita de Sufrágio:
Art. 41-A: Ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa de mil a cinquenta mil UFIR, e cassação do registro ou do diploma, observado o procedimento previsto no art. 22 da Lei Complementar n. 64, de 18 de maio de 1990.
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AIJE por Captação Ilícita de Sufrágio:
Art. 41-A, 
§ 1º Para a caracterização da conduta ilícita, é desnecessário o pedido explícito de votos, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir.
§ 2º As sanções previstas no caput aplicam-se contra quem praticar atos de violência ou grave ameaça a pessoa, com o fim de obter-lhe o voto.
	
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AIJE por Captação Ilícita de Sufrágio:
Art. 41-A, 
§ 3º A representação contra as condutas vedadas no caput poderá ser ajuizada até a data da diplomação.
§ 4º O prazo de recurso contra decisões proferidas com base neste artigo será de 3 (três) dias, a contar da data da publicação do julgamento no Diário Oficial.
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AIJE por captação ilícita de sufrágio:
	
Fundamento legal: art. 41-A, Lei n.º 9.504/97
Objeto: cassação do registro ou do diploma e multa.
Bem tutelado: liberdade do eleitor.
Potencialidade lesiva: não exige
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Art. 299 do Código Eleitoral
Corrupção eleitoral
Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita. 
Pena: reclusão até 4 (quatro) anos e pagamento de 5 (cinco) a 15 (quinze) dias-multa.
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No art. 41-A responde o candidato.
No Art. 299 do Código Eleitoral, crime de corrupção eleitoral, responde tanto o candidato como qualquer outra pessoa que realize as figuras típicas descritas.
Sendo o autor da infração um candidato, além de responder criminalmente, submeter-se-á também às penas previstas no art. 41-A da Lei n.º 9.504/97.
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Não são alvos da captação ilícita de sufrágio promessas de melhorias em educação, cultura, lazer, saúde etc.O que a lei pune é a artimanha, o “tomalá dá cá”, a vantagem pessoal de obter voto.
O resultado danoso na captação ilícita é exatamente manifestado na conduta do infrator, ou seja, o candidato ao captar sufrágio ilicitamente, vale-se de expediente desautorizado pela ordem jurídica eleitoral
	exemplos: distribui remédios, dentaduras, tijolos, sapatos etc., em troca de votos.
	
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A conduta do agente (candidato) é dolosa, intencional, e geradora de uma responsabilidade com consequências penais e eleitorais, especialmente por abalar, em sua razão de ser, a normalidade e legitimidade das eleições com a finalidade especial de obter o voto do eleitor.
	Não poderá ser ele acusado de captação de sufrágio se outrem, ainda que, em seu nome e em seu favor, estiver aliciando a vontade do eleitor. Para que a norma viesse ter esse alcance, haveria de estar prescrevendo que o candidato ou alguém por ele captasse iliictamente o sufrágio.
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Para caracterizar a captação de sufrágio, três elementos são indispensáveis:
1) a pratica de uma ação (doar, prometer etc)
2) a existência de uma pessoa física (o eleitor)
3) o resultado a que se propõe o agente
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Momento para ocorrer a captação ilícita de sufrágio:
Desde o registro do candidato até o dia da eleição.
Prazo final para propor a ação:
Até a data da diplomação.
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A decisão que julga procedente representação para apuração de captação vedada de sufrágio, prevista no art. 41-A da Lei n.º 9.504/97, deve ter cumprimento imediato, cassando o registro ou diploma, se já expedido, bem como aplicando multa.
O art. 1º, inciso I, alínea “d” e o art. 22, inciso XIV da Lei Complementar n.º 64/90 possibilitou a declaração de inelegibilidade junto com a declaração de nulidade do diploma.
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Para a configuração do ilícito, não é necessária a aferição da potencialidade de o fato desequilibrar a disputa eleitoral, porquanto a proibição de captação de sufrágio visa resguardar a livre vontade do eleitor e não a normalidade e equilíbrio do pleito, bem como não é necessário também o pedido explícito de voto, bastando a evidência do dolo, consistente no especial fim de agir.
	
	
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AIJE por conduta vedada aos 
agentes públicos:
	
Fundamento legal: arts. 73, 74, 75 e 77, Lei n.º 9.504/97.
Objeto: cassação do registro ou do diploma e multa.
Bem tutelado: igualdade na disputa.
Potencialidade lesiva: não exige
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AIJE por abuso de poder:
	
Fundamento legal: arts. 1º, I, “d”, 19 e 22, XIV e XV da Lei Complementar n.º 64/90. 
Objeto: inelegibilidade por 8 (oito) anos e cassação do registro ou diploma.
Bem tutelado: legitimidade e normalidade das eleições. 
Potencialidade lesiva: exige
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Art. 1º, I, “j”, LC 64/90:
São inelegíveis:
(...)“j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição”;
(Incluído pela Lei Complementar n.º 135/2010)
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Art. 15 da Lei Complementar n.º 64/90:
Transitada em julgado ou publicada a decisão proferida por órgão colegiado que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido.
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Rol de testemunhas:
Pelo rito do artigo 22 da LC n.º 64/90, a apresentação do rol de testemunhas deve ocorrer no momento da inicial ajuizada pelo representante e da defesa protocolada pelo representado (...)
(TSE - AC. n.º 26.148 - DJ 23.08.06, p. 110)
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Petição inicial:
	
O autor tem o ônus de providenciar tantas cópias da inicial e dos documentos que a instruírem quantos forem os investigados, porquanto estes, ao serem notificados, deverão receber uma via para que possam defender-se amplamente da imputação. 
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(...) 3. Na investigação judicial, é fundamental se perquirir se o fato apurado tem a potencialidade para desequilibrar a disputa do pleito, requisito essencial para a configuração dos ilícitos a que se refere o art. 22 da Lei de Inelegibilidades. Recurso ordinário a que se nega provimento”.
(TSE - RO n.º 725/GO - DJ 18.11.2005, p. 69)
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(...) I - para a configuração do ilícito previsto no art. 22 da LC n. 64/90, é necessário aferir se o fato tem potencialidade ou probabilidade de influir no equilíbrio da disputa, independentemente, da vitória eleitoral do autor ou do beneficiário da conduta lesiva. II - em ação de investigação judicial eleitoral, o Ministério Público Eleitoral é competente para atuar em todas as fases e instâncias do processo eleitoral, inclusive em sede recursal.
(TSE - RO n.º 781/RO - DJ 24.09.2004, p. 163)
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(...) I - segundo a jurisprudência desta Corte, alterada desde o julgamento do Respe n. 19.571/AC, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ, de 16.08.2002, na ação de investigação judicial eleitoral, deixou de se exigir que fosse demonstrado o nexo de causalidade entre o abuso praticado e o resultado do pleito, bastando para a procedência da ação a ‘indispensável demonstração - posto que indiciária - da provável influência do ilícito no resultado eleitoral (...) 	
(TSE - RO n.º 758/AC - DJ 03.09.2004, p. 108)
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(...) Jornal de tiragem expressiva, distribuído gratuitamente, que em suas edições enaltece um candidato, dá-lhe oportunidade para divulgar suas ideias e, principalmente, para exibir o apoio político que detém de outras lideranças estaduais e nacionais, mostra potencial para desequilibrar a disputa eleitoral, caracterizando uso indevido dos meios de comunicação e abuso do poder econômico, nos termos do art . 22 da Lei Complementar n. 64/90”. 
(TSE - RO n.º 688/SC - DJ 21.06.2004, p. 86)
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(...) configurado o abuso do poder econômico, decorrente da prática de assistencialismo voltado à captação ilegal de sufrágios, impõe-se a declaração da inelegibilidade (...)
(TSE - RO n.º 741/AC - DJ 06.05.2005, p. 151)
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(...) A jurisprudência da Corte tem firme entendimento no sentido de a imprescindibilidade da representação ser assinada por advogado regularmente inscrito na Ordem, sob pena de ser o feito extinto sem julgamento do mérito, por violação do art. 133 da Constituição Federal. 
(TSE - Ac. n.º 21.562, de 12.08.2004, 	DJ 8.10.2004, p. 98)
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“Recurso ordinário. Eleições 2002. Ação de investigação judicial eleitoral. Art. 22, LC n. 64/90.Propaganda. Uso Indevido dos meios de comunicação. Fato ocorrido antes do registro. Irrelevância. Recursos improvidos. I - Admite-se a ação de investigação judicial eleitoral, fundada no art. 22 da LC 64/90, que tenha como objeto abuso ocorrido antes da escolha e registro do candidato.
(Respe n.º 19.502/GO, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 1º/04/2002, e 19.566/MG , rel. Min. Sálvio de Figueiredo, DJ de 26/04/2002) (...) 
(TSE - RO n. 722/PR - DJ 20.08.2004, p. 125)
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