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Minirreforma_Eleitoral_2013

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MINIRREFORMA ELEITORAL 2013
Lei 12.875, de 30 de outubro de 2013
Altera a distribuição do fundo partidário e do horário eleitoral gratuito
Lei 12.891, de 11 de dezembro de 2013
Altera itens de candidaturas, propaganda eleitoral e contas eleitorais
"É contra a prudência jurídica discorrer sobre o pensamento de uma lei antes de estudá-la no 
complexo do seu texto." Ruy Barbosa
 
Estudo sobre as inovações na legislação eleitoral e partidária promovidas em 2013 
1
• Análise comparativa da legislação
• Resumo das mudanças promovidas
• Comentários
Atenção: Tendo em vista que as alterações foram promovidas a menos de um ano das eleições 
2014, não se sabe se terão eficácia para este pleito, em face da regra da anterioridade da lei 
eleitoral fixad ano art. 16 da CF: "A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)." Os indicativos são contraditórios: o 
TSE não agregou as novidades nas Resoluções 2014, mas o STF, em 2006, autorizou a aplicação 
da minirreforma 2006 (Lei 11.300, de 10 de maio de 2006) nas eleições daquele ano, por entender 
que a nova legislação não alterava o processo eleitoral - ADI 3741/2006.
CANDIDATURAS
CONVENÇÕES
Redução do período de convenções e previsão de publicação do resultado da convenção
Lei 9.504/97, Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre 
coligações deverão ser feitas no período de 10 a 30 de junho do ano em que se realizarem 
as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral.
Lei 9.504/97, Art. 8º A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre 
coligações deverão ser feitas no período de 12 a 30 de junho do ano em que se 
realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela 
Justiça Eleitoral, publicada em 24 (vinte e quatro) horas em qualquer meio de 
comunicação. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A redução do período de convenção em apenas dois dias é insignificante; 2 - a 
previsão de publicação da ata da convenção tem o objetivo de reduzir os questionamentos 
intrapartidários sobre as decisões tomadas no evento convencional.
REGISTRO DE CANDIDATURAS
Dispensa de apresentação dos documentos que comprovem informações já detidas pela 
Justiça Eleitoral
Lei 9.504/97, art. 11, § 1º O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes 
documentos:
(...)
III - prova de filiação partidária;
Página ! de ! 1 22
 Autor: Rafael Morgental Soares. Analista Judiciário do TRE-RS. Chefe de Gabinete da Presidência. 1
Coordenador da Escola Judiciária Eleitoral. Especialista em Direito Público. Mestrando em Direito 
Tributário (UFRGS). Material atualizado em março de 2014.
(...)
V - cópia do título eleitoral ou certidão, fornecida pelo cartório eleitoral, de que o candidato 
é eleitor na circunscrição ou requereu sua inscrição ou transferência de domicílio no prazo 
previsto no art. 9º;
VI - certidão de quitação eleitoral;
(...)
§ 13. Fica dispensada a apresentação pelo partido, coligação ou candidato de 
documentos produzidos a partir de informações detidas pela Justiça Eleitoral, entre 
eles os indicados nos incisos III, V e VI do § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.891, 
de 2013)
Observações: 1 - O novo texto agrega racionalidade aos trâmites do registro, pois era absurda a 
necessidade de apresentação de documentos para provar à Justiça Eleitoral algo que já era de 
seu conhecimento; 2 - embora não esteja dito pode-se entender que a apresentação desses 
documentos segue como um direito do candidato, na hipótese em que ele deseje provar que a 
informação detida pela Justiça Eleitoral está incorreta.
CANDIDATURA SUB JUDICE
Esclarecimento de que o direito de concorrer sub judice previsto no art. 16-A vale também 
para candidatura não apreciada pela Justiça Eleitoral (no regime anterior o direito era 
textualmente garantido apenas para as candidaturas indeferidas sem trânsito em julgado)
Lei 9.504/97, art. 16-B. O disposto no art. 16-A quanto ao direito de participar da 
campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito, aplica-se igualmente ao 
candidato cujo pedido de registro tenha sido protocolado no prazo legal e ainda não 
tenha sido apreciado pela Justiça Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A alteração tem o efeito de esclarecer que a candidatura está coberta por direitos 
desde o momento de sua apresentação perante a Justiça Eleitoral, não dependendo de prévia 
manifestação desta para que exista de fato e de direito.
SUBSTITUIÇÃO DE CANDIDATOS
Unificação do prazo para substituição de candidatos: 20 dias tanto para eleição 
proporcional quanto majoritária (antes era 60 dias na proporcional e sem prazo na 
majoritária); só o falecimento autoriza a superação do prazo
Lei 9.504/97, art. 13. É facultado ao partido ou coligação substituir candidato que for 
considerado inelegível, renunciar ou falecer após o termo final do prazo do registro ou, 
ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado.
(...)
§ 3º Nas eleições proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for 
apresentado até sessenta dias antes do pleito.
§ 3º Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a substituição só se 
efetivará se o novo pedido for apresentado até 20 (vinte) dias antes do pleito, exceto em 
caso de falecimento de candidato, quando a substituição poderá ser efetivada após esse 
prazo. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A mudança é positiva já que estabelece um limite temporal inédito para a 
substituição de candidatos aos cargos majoritários; 2 - no regime anterior alguns candidatos 
sabidamente inelegíveis forçavam a candidatura até a véspera da eleição, solicitando a 
substituição quando já não era possível à Justiça Eleitoral modificar os dados da urna eletrônica, e 
dessa forma os eleitores votavam em alguém que na verdade já estava fora do pleito, com isso 
elegendo pessoas que não eram de sua preferência; 3 - o estabelecimento do prazo em 20 dias é 
razoável, pois garante que a Justiça Eleitoral inclua na urna eletrônica os verdadeiros candidatos 
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e que o eleitorado tome conhecimento da mudança; 4 - a ausência de prazo de substituição em 
caso de falecimento mantém as dificuldades do sistema atual (melhor seria ter um prazo também 
para esta situação, ainda que fosse mais exíguo, como por exemplo 10 dias).
IGUALDADE ENTRE OS SEXOS
Autorização para que o TSE promova campanha de incentivo à participação feminina na 
política, entre 1º de março e 30 de junho do ano eleitoral
Lei 9.504/97, art. 93-A. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no período compreendido 
entre 1º de março e 30 de junho dos anos eleitorais, em tempo igual ao disposto no art. 93 
desta Lei, poderá promover propaganda institucional, em rádio e televisão, destinada 
a incentivar a igualdade de gênero e a participação feminina na política. (Incluído 
pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Temos aqui mais um passo em direção à igualdade entre os sexos, e que se 
junta às previsões da minirreforma de 2009 destinadas à ampliação da participação das mulheres 
na política (em 2009 foi aprovada a "cota de gênero" e a obrigação de reservar verba do fundo 
partidário e tempo de rádio e TV gratuitos para investir na participação das mulheres); 2 - o TSE já 
está com a sua campanha em andamento.
PROPAGANDA ELEITORAL
PRÉ-CAMPANHA
Permissão de cobertura da pré-campanha pela imprensa, inclusive via internet
Lei 9.504/97, art. 36-A. Não será considerada propaganda eleitoral antecipada: (Incluído 
pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 36-A. Não serão consideradas propaganda antecipadae poderão ter 
cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet: (Redação dada 
pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A regra evita que a cobertura jornalística da pré-campanha seja considerada 
propaganda eleitoral dissimulada; 2 - a "legalização" da internet pelo legislador eleitoral é apenas 
o reconhecimento da realidade dos fatos.
Permissão genérica de pedido de votos na pré-campanha, mediante a supressão da 
expressão "desde que não haja pedido de votos" no dispositivo de regência (na atuação 
parlamentar tal pedido segue vedado, conforme inciso IV mais abaixo)
Lei 9.504/97, art. 36-A, I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-
candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na 
internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, desde que não 
haja pedido de votos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de 
conferir tratamento isonômico; (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 36-A, I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-
candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na 
internet, inclusive com a exposição de plataformas e projetos políticos, (parte suprimida) 
observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de conferir tratamento 
isonômico; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Trata-se de mais um movimento legislativo para "legalizar" paulatinamente a 
propaganda eleitoral antes de seu marco inicial tradicional (06 de julho); 2 - as primeiras exceções 
surgiram na Lei 12.034/2009; 3 - a tendência é que o início do processo eleitoral continue sendo 
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antecipado, com ampliação dos gastos nas campanhas eleitorais e maior agitação político-
eleitoral no período em que as candidaturas sequer estão definidas; 4 - a noção de uma 
"campanha eleitoral ininterrupta" ganha força com alterações como a presente.
Permissão de discussão de políticas públicas em encontros partidários de pré-campanha e 
sua divulgação pelos instrumentos de comunicação intrapartidária
Lei 9.504/97, art. 36-A, II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em 
ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos 
processos eleitorais, planos de governos ou alianças partidárias visando às eleições; 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 36-A, II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em 
ambiente fechado e a expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos 
processos eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças 
partidárias visando às eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos 
instrumentos de comunicação intrapartidária; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 
2013)
Observação: A mudança é coerente com os comentários anteriores, e apenas reforça a noção de 
liberdade intrapartidária.
Permissão de divulgação das prévias partidárias pelas redes sociais
Lei 9.504/97, art. 36-A, III - a realização de prévias partidárias e sua divulgação pelos 
instrumentos de comunicação intrapartidária; ou (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 36-A, III - a realização de prévias partidárias e sua divulgação pelos 
instrumentos de comunicação intrapartidária e pelas redes sociais; (Redação dada pela 
Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Também aqui o legislador tenta se adequar à nova realidade tecnológica; 2 - 
com isso a tendência é que o debate intrapartidário ganhe dimensão externa, já que o círculo de 
"amizades" de um militante de partido político em uma rede social dificilmente se restringe a 
pessoas filiadas ao mesmo partido.
Permissão de menção à candidatura na divulgação de atos parlamentares e debates 
legislativos, mediante a supressão da expressão que vedava essa atitude (permanece 
vedado apenas o pedido de votos nessa divulgação)
Lei 9.504/97, art. 36-A, IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, 
desde que não se mencione a possível candidatura, ou se faça pedido de votos ou de 
apoio eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 36-A, IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, 
desde que (parte suprimida) não se faça pedido de votos; (Redação dada pela Lei nº 
12.891, de 2013)
Observações: 1 - A simples menção a candidaturas feita por parlamentares em atuação deixa de 
caracterizar propaganda eleitoral; 2 - a dúvida que permanece é se em eventual pedido de votos 
(ainda ilegal) o parlamentar poderá invocar sua inviolabilidade constitucional por opiniões, 
palavras e votos.
Liberação da manifestação política pelas redes sociais
Lei 9.504/97, art. 36-A, V - a manifestação e o posicionamento pessoal sobre 
questões políticas nas redes sociais. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
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Observações: 1 - A amplitude do dispositivo não permite projetar o alcance que os tribunais 
eleitorais darão a essa liberdade, nem o conceito que darão à expressão "redes sociais" (note-se 
que a abertura não foi concedida a todo o universo da internet); 2 - a tendência é que as redes 
sociais se tornem um campo ainda mais aberto para a batalha eleitoral; 3 - a vantagem de o 
legislador reconhecer a realidade dos fatos é "descriminalizar" manifestações político-eleitorais de 
cidadãos comuns (punindo-se apenas os excessos contra a honra ou a verdade evidente); 4 - o 
risco é a "profissionalização" da militância digital (o que já ocorre na propaganda de rua), e com 
isso o incremento do custo da campanha.
Proibição da transmissão ao vivo de prévias partidárias por rádio e TV
Lei 9.504/97, art. 36-A, Parágrafo único. É vedada a transmissão ao vivo por 
emissoras de rádio e de televisão das prévias partidárias. (Incluído pela Lei nº 12.891, 
de 2013)
Observações: 1 - A mudança é coerente com a legislação eleitoral, que trata o rádio e a TV como 
veículos "isentos" na disputa eleitoral; 2 - fica permitida apenas a cobertura jornalística das 
prévias.
Proibição de convocação de redes de radiodifusão (rádio e TV) para manifestações 
políticas favoráveis ou contrárias a qualquer partido, seus filiados e instituições, a qual 
atinge apenas as autoridades mais elevadas: Presidente da República, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal e do STF
Lei 9.504/97, art. 36-B. Será considerada propaganda eleitoral antecipada a 
convocação, por parte do Presidente da República, dos Presidentes da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, de redes de 
radiodifusão para divulgação de atos que denotem propaganda política ou ataques a 
partidos políticos e seus filiados ou instituições. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A previsão somente diz o óbvio, pois o regime jurídico anterior à Lei 
12.891/2013 já possuía instrumentos para barrar e punir esse tipo de atitude; 2 - a inclusão do 
Presidente do STF no rol tem contornos casuísticos, e provavelmente surge dos rumores sobre a 
futura atividade político-partidária do Min. Joaquim Barbosa, nas eleições de 2014.
Proibição de uso de símbolos ou imagens distintos dos símbolos da República nas 
hipóteses de convocação permitida das redes de radiodifusão (rádio e TV)
Lei 9.504/97, art. 36-B, parágrafo único. Nos casos permitidos de convocação das redes 
de radiodifusão, é vedada a utilização de símbolos ou imagens, exceto aqueles 
previstos no § 1º do art. 13 da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Repete-se o item 1 da observação feita no tópico anterior; 2 - aparentemente o 
legislador está tentando combater o já consagrado uso de slogans de governo, os quais não 
denotam o Estado e/ou a Administração Pública, mas apenas um bloco político queocupa 
temporariamente a função pública, e cujo slogan define as pessoas e ideias a ele associadas.
ADESIVOS
Regulamentação inédita dos adesivos: fixação do tamanho máximo em 50x40cm
Lei 9.504/97, art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da 
Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, 
volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a responsabilidade do 
partido, coligação ou candidato.
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Lei 9.504/97, art. 38. Independe da obtenção de licença municipal e de autorização da 
Justiça Eleitoral a veiculação de propaganda eleitoral pela distribuição de folhetos, 
adesivos, volantes e outros impressos, os quais devem ser editados sob a 
responsabilidade do partido, coligação ou candidato. (Redação dada pela Lei nº 12.891, 
de 2013)
(...)
§ 3º Os adesivos de que trata o caput deste artigo poderão ter a dimensão máxima de 50 
(cinquenta) centímetros por 40 (quarenta) centímetros. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 
2013)
Observações: 1 - A mudança é bem-vinda pois traz parâmetros para o uso de um meio 
consagrado de propaganda eleitoral; 2 - o problema de tal detalhamento é o mesmo que ocorre na 
questão dos outdoors (limite de 4m2), qual seja, a aferição das dimensões no contexto da 
fiscalização da propaganda.
VEÍCULOS AUTOMOTORES
Proibição de propaganda eleitoral em veículos, com permissão excepcional de adesivo 
microperfurado na extensão total do vidro traseiro, ou em outros locais do mesmo, mas 
neste último caso respeitando o limite de 50x40cm
Lei 9.504/97, art. 38, § 4º É proibido colar propaganda eleitoral em veículos, exceto 
adesivos microperfurados até a extensão total do para-brisa traseiro e, em outras 
posições, adesivos até a dimensão máxima fixada no § 3º. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 
2013)
Observações: 1 - A alteração é voltada aos veículos privados, pois no transporte público em geral 
(ônibus, lotações e táxis) a propaganda eleitoral já era proibida; 2 - Aparentemente está proibida a 
tradicional circulação da "Kombi" do candidato completamente adesivada.
CAVALETES, BONECOS E CARTAZES
Proibição de cavaletes nos bens públicos e nos de uso comum
Lei 9.504/97, art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder 
Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação 
pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros 
equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, 
inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas e 
assemelhados.(Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
Lei 9.504/97, art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do Poder 
Público, ou que a ele pertençam, e nos de uso comum, inclusive postes de iluminação 
pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros 
equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza, 
inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas, estandartes, faixas, cavaletes e 
assemelhados. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - ao contrário da internet, na qual há ampliação do uso, a propaganda de rua 
segue a tendência de limitação iniciada em 2006; 2 - os cavaletes, largamente utilizados como um 
substitutivo às propagandas em bens públicos (postes, passarelas etc.), a partir das proibições da 
lei 11.300/2006, agora são também proibidos, e de modo geral apenas os meios móveis de 
propaganda eleitoral (ex. bandeiraços, carreatas e mesas de distribuição de material) seguem 
permitidos na rua; 3 - provavelmente um dos motivos para a alteração foi o elevado número de 
acidentes de trânsito provocados pelo uso indiscriminado de cavaletes nas vias públicas.
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Proibição de cavaletes, bonecos e cartazes nas vias públicas, mediante a supressão das 
expressões que a autorizavam
Lei 9.504/97, art. 37, § 6º É permitida a colocação de cavaletes, bonecos, cartazes, mesas 
para distribuição de material de campanha e bandeiras ao longo das vias públicas, desde 
que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos. 
(Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 37, § 6º É permitida a colocação (parte suprimida) de mesas para 
distribuição de material de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das vias 
públicas, desde que móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas 
e veículos. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: Repetem-se as observações feitas no tópico anterior.
OUTDOOR
Proibição de outdoor eletrônico e atualização do indexador da multa (de UFIR para Real)
Lei 9.504/97, art. 39, § 8º É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, sujeitando-
se a empresa responsável, os partidos, coligações e candidatos à imediata retirada da 
propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor de 5.000 (cinco mil) a 15.000 
(quinze mil) UFIRs. (Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
Lei 9.504/97, art. 39, § 8º É vedada a propaganda eleitoral mediante outdoors, inclusive 
eletrônicos, sujeitando-se a empresa responsável, os partidos, as coligações e os 
candidatos à imediata retirada da propaganda irregular e ao pagamento de multa no valor 
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 15.000,00 (quinze mil reais). (Redação dada pela 
Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: A mudança reforça a vedação ao uso de outdoor como meio de propaganda 
eleitoral.
COMÍCIOS
Autorização para que o comício de encerramento se prolongue até 2h da madrugada
Lei 9.504/97, art. 39, § 4º A realização de comícios e a utilização de aparelhagem de 
sonorização fixa são permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e 
quatro) horas. (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
Lei 9.504/97, art. 39, § 4º A realização de comícios e a utilização de aparelhagens de 
sonorização fixas são permitidas no horário compreendido entre as 8 (oito) e as 24 (vinte e 
quatro) horas, com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá 
ser prorrogado por mais 2 (duas) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: Com isso o termo final para comícios não é mais a quinta-feira à noite (Código 
Eleitoral, art. 240, parágrafo único), e sim a sexta-feira de madrugada.
CARROS DE SOM
Regulamentação do uso de carros de som (até 10 mil watts) e minitrio (até 20 mil watts): 
limite de 80 decibéis a 7m do veículo; o trio elétrico (acima de 20 mil watts) segue proibido, 
a não ser em comícios
Lei 9.504/97, art. 39, § 11. É permitida a circulação de carros de som e minitrios como 
meio de propaganda eleitoral, desde que observado o limite de 80 (oitenta) decibéis de 
nível de pressão sonora, medido a 7 (sete) metros de distância do veículo, e 
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respeitadas as vedações previstas no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 
2013)
§ 12. Para efeitos desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - carro de som: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal 
de amplificação de, no máximo, 10.000 (dez mil) watts; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 
2013)
II - minitrio: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de 
amplificação maior que 10.000 (dez mil) watts e até 20.000 (vinte mil) watts; (Incluído 
pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - trio elétrico: veículo automotor que usa equipamento de som com potência nominal de 
amplificação maior que 20.000 (vinte mil) watts. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Embora agregue maior precisão, a nova regulamentação cria problemas de 
fiscalização, seja pela necessidade de equipamentos para aferir a pressão sonora, seja porque a 
obrigatória mobilidade dos veículos quepropagam este som dificulta a conferência de sua 
potência em watts; 2 - a ausência de um limite sonoro para o trio elétrico permite que os comícios 
sejam animados com sonoridade elevadíssima.
DISTRIBUIÇÃO DO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO
Alteração da distribuição do horário eleitoral gratuito, com destinação de tempo inclusive 
para partidos sem representantes na Câmara de Deputados, mediante a supressão da 
expressão que a exigia (agora todos os partidos e coligações que tenham candidato terão 
direito ao horário eleitoral gratuito), e também esclarecimento de que a representação 
considerada é aquela resultante da última eleição
Lei 9.504/97, art. 47, § 2º Os horários reservados à propaganda de cada eleição, nos 
termos do parágrafo anterior, serão distribuídos entre todos os partidos e coligações que 
tenham candidato e representação na Câmara dos Deputados, observados os seguintes 
critérios:
I - um terço, igualitariamente;
II - dois terços, proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos 
Deputados, considerado, no caso de coligação, o resultado da soma do número de 
representantes de todos os partidos que a integram.
Lei 9.504/97, art. 47, § 2º Os horários reservados à propaganda de cada eleição, nos 
termos do § 1º, serão distribuídos entre todos os partidos e coligações que tenham 
candidato, observados os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 12.875, de 2013)
I - 2/3 (dois terços) distribuídos proporcionalmente ao número de representantes na 
Câmara dos Deputados, considerado, no caso de coligação, o resultado da soma do 
número de representantes de todos os partidos que a integram; (Redação dada pela Lei 
nº 12.875, de 2013)
II - do restante, 1/3 (um terço) distribuído igualitariamente e 2/3 (dois terços) 
proporcionalmente ao número de representantes eleitos no pleito imediatamente 
anterior para a Câmara dos Deputados, considerado, no caso de coligação, o resultado 
da soma do número de representantes de todos os partidos que a integram. (Redação 
dada pela Lei nº 12.875, de 2013)
(...)
§ 7º Para efeito do disposto no § 2º, serão desconsideradas as mudanças de filiação 
partidária, em quaisquer hipóteses, ressalvado o disposto no § 6º do art. 29 da Lei 
no 9.096, de 19 de setembro de 1995. (Incluído pela Lei nº 12.875, de 2013) 
Observações: 1 - A inclusão de partidos sem representação é medida que favorece o 
pluripartidarismo, mas a parcela de tempo concedida é quase insignificante; 2 - o esclarecimento 
de que a representação considerada é a da última eleição pode ser considerado desnecessário, já 
que o § 3º do mesmo art. 47 já dizia isso, embora não expressamente; 3 - a referência ao § 2º 
constante no § 7º diz respeito aos casos de fusão e incorporação de partidos, portanto a nova 
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legislação vem apenas confirmar a jurisprudência do TSE, no sentido de que a fusão e/ou 
incorporação permite a soma dos horários.
ENCAMINHAMENTO DO MATERIAL ÀS EMISSORAS
Estabelecimento de antecedência mínima para encaminhamento da propaganda eleitoral 
gratuita às emissoras em relação ao horário de apresentação do programa: 6h no caso de 
rede e 12h no caso de inserções
Lei 9.504/97, art. 47, § 8º As mídias com as gravações da propaganda eleitoral no rádio e 
na televisão serão entregues às emissoras, inclusive nos sábados, domingos e feriados, 
com a antecedência mínima: (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - de 6 (seis) horas do horário previsto para o início da transmissão, no caso dos 
programas em rede; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - de 12 (doze) horas do horário previsto para o início da transmissão, no caso das 
inserções. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: O detalhamento facilita a operação das emissoras, mas não traz uma consequência 
expressa em caso de descumprimento do prazo por parte dos partidos e candidatos, permitindo 
presumir que caso isso ocorra a emissora estará legalmente autorizada a não transmitir o 
programa cuja mídia tenha sido entregue com atraso.
INSERÇÕES
Permissão para o uso de gravações externas, montagens, trucagens, computação gráfica, 
desenhos animados e efeitos especiais, mediante a supressão das expressões que 
proibiam esses recursos, com proibição de ofensas, e esclarecimento de que as regras da 
propaganda eleitoral em rede se aplicam às inserções 
Lei 9.504/97, art. 51, IV - na veiculação das inserções é vedada a utilização de gravações 
externas, montagens ou trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos 
especiais, e a veiculação de mensagens que possam degradar ou ridicularizar candidato, 
partido ou coligação.
Lei 9.504/97, art. 51, IV - na veiculação das inserções, é vedada a divulgação de 
mensagens que possam degradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação, 
aplicando-se-lhes, ainda, todas as demais regras aplicadas ao horário de propaganda 
eleitoral, previstas no art. 47. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A alteração permite maior exploração de recursos tecnológicos na campanha 
eleitoral, e se por um lado está adequada aos novos tempos, por outro permite projetar o aumento 
nos custos da campanha eleitoral.
Vedação à reprodução de inserções idênticas do mesmo partido no mesmo intervalo, salvo 
se o partido não tiver inserções suficientes para diversificar, e vedação à reprodução de 
inserções em sequência para o mesmo partido
Lei 9.504/97, art. 51, parágrafo único. É vedada a veiculação de inserções idênticas 
no mesmo intervalo de programação, exceto se o número de inserções de que 
dispuser o partido exceder os intervalos disponíveis, sendo vedada a transmissão 
em sequência para o mesmo partido político. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A ideia é ampliar o alcance das inserções mediante sua melhor distribuição na 
programação das emissoras, que agora estão impedidas de aglutinar a veiculação desse tipo de 
propaganda; 2 - idêntica mudança foi aplicada na propaganda partidária.
"INVASÃO" DE HORÁRIO MAJORITÁRIA x PROPORCIONAL
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Autorização à menção de nome ou número de qualquer candidato do mesmo partido ou 
coligação (antes só era permitida a exibição de fotografia do candidato à majoritária ao 
fundo e o depoimento em favor do colega de partido)
Lei 9.504/97, art. 53-A. É vedado aos partidos políticos e às coligações incluir no horário 
destinado aos candidatos às eleições proporcionais propaganda das candidaturas a 
eleições majoritárias, ou vice-versa, ressalvada a utilização, durante a exibição do 
programa, de legendas com referência aos candidatos majoritários, ou, ao fundo, de 
cartazes ou fotografias desses candidatos. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 53-A. É vedado aos partidos políticos e às coligações incluir no horário 
destinado aos candidatos às eleições proporcionais propaganda das candidaturas a 
eleições majoritárias ou vice-versa, ressalvada a utilização, durante a exibição do 
programa, de legendas com referência aos candidatos majoritários ou, ao fundo, de 
cartazes ou fotografias desses candidatos, ficando autorizada a menção ao nome e ao 
número de qualquer candidato do partido ou da coligação. (Redação dada pela Lei nº 
12.891, de 2013)
Observação: Embora a lei continue proibindo a "invasão" de horário entre majoritária e 
proporcional, a tendência é que com esta alteração os candidatos aos cargos proporcionais 
passem a "mencionar" expressamente as candidaturas majoritárias, com a consequente redução 
de seu próprio tempo de propaganda.
PUNIÇÕES
Estipulação de que a não exibição da propaganda eleitoral no programa seguinte como 
forma de punição por infração à lei eleitoral (cometida por exibição de imagens de pesquisa 
eleitoral ou por degradação ou ridicularização de candidatos, atitudes que a lei proíbe) 
ocorra sempre ao final do programa
Lei 9.504/97,art. 55. Na propaganda eleitoral no horário gratuito, são aplicáveis ao 
partido, coligação ou candidato as vedações indicadas nos incisos I e II do art. 45.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo sujeita o partido ou coligação à 
perda de tempo equivalente ao dobro do usado na prática do ilícito, no período do horário 
gratuito subseqüente, dobrada a cada reincidência, devendo, no mesmo período, exibir-se 
a informação de que a não-veiculação do programa resulta de infração da lei eleitoral.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo sujeita o partido ou coligação à 
perda de tempo equivalente ao dobro do usado na prática do ilícito, no período do horário 
gratuito subsequente, dobrada a cada reincidência, devendo o tempo correspondente 
ser veiculado após o programa dos demais candidatos com a informação de que a não 
veiculação do programa resulta de infração da lei eleitoral. (Redação dada pela Lei nº 
12.891, de 2013)
Observação: A mudança evita "buracos" durante o horário eleitoral gratuito.
Previsão de que a Justiça Eleitoral passe a veicular orientações ao eleitor na emissora que 
teve sua programação suspensa em virtude de infração à lei eleitoral (antes a emissora era 
obrigada a exibir informação de que estava fora do ar por ter descumprido a lei eleitoral)
Lei 9.504/97, art. 56. A requerimento de partido, coligação ou candidato, a Justiça Eleitoral 
poderá determinar a suspensão, por vinte e quatro horas, da programação normal de 
emissora que deixar de cumprir as disposições desta Lei sobre propaganda.
§ 1º No período de suspensão a que se refere este artigo, a emissora transmitirá a cada 
quinze minutos a informação de que se encontra fora do ar por ter desobedecido à lei 
eleitoral.
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§ 1º No período de suspensão a que se refere este artigo, a Justiça Eleitoral veiculará 
mensagem de orientação ao eleitor, intercalada, a cada 15 (quinze) minutos. 
(Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: Evidencia-se a tentativa de dar melhor utilidade ao tempo de suspensão do 
funcionamento da emissora, com a transmissão de orientação ao eleitorado.
CRIMINALIZAÇÃO DAS OFENSAS NA INTERNET
Criminalização dos atos de atuar na internet em prejuízo à honra ou imagem de candidato e 
de contratar pessoas para esse fim (a pena é mais grave para o contratante)
Lei 9.504/97, Art. 57-H, § 1º Constitui crime a contratação direta ou indireta de grupo 
de pessoas com a finalidade específica de emitir mensagens ou comentários na 
internet para ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou 
coligação, punível com detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa de R$ 15.000,00 
(quinze mil reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). (Incluído pela Lei nº 12.891, de 
2013)
§ 2º Igualmente incorrem em crime, punível com detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) 
ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa 
de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), as pessoas contratadas 
na forma do § 1º. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A mudança reflete a preocupação do legislador com a profissionalização da 
"militância eleitoral negativa" na internet, o que se tenta combater mediante o apenamento severo; 
2 - a eficácia da medida é questionável na medida em que as atitudes vedadas podem ser 
facilmente praticadas a partir do exterior, merecendo reflexões mais profundas sob a perspectiva 
da tensão entre a territorialidade do direito positivo, de um lado, e a ubiquidade da internet, de 
outro.
 
PESQUISAS ELEITORAIS
Exigência de que o registro da pesquisa perante a Justiça Eleitoral seja feito antes da 
realização do trabalho, mediante a inclusão da expressão "a ser executado"
Lei 9.504/97, art. 33. As entidades e empresas que realizarem pesquisas de opinião 
pública relativas às eleições ou aos candidatos, para conhecimento público, são obrigadas, 
para cada pesquisa, a registrar, junto à Justiça Eleitoral, até cinco dias antes da 
divulgação, as seguintes informações:
IV - plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico 
e área física de realização do trabalho, intervalo de confiança e margem de erro;
IV - plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico 
e área física de realização do trabalho a ser executado, intervalo de confiança e margem 
de erro; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: Aparentemente a intenção é permitir que a realização da pesquisa eleitoral seja 
acompanhada por eventual fiscalização, o que contribui para a sua confiabilidade.
Exigência de apresentação da nota fiscal referente ao pagamento da pesquisa (antes só era 
exigida a identificação de quem pagou por sua realização)
Lei 9.504/97, art. 33, VII - o nome de quem pagou pela realização do trabalho.
Lei 9.504/97, art. 33, VII - nome de quem pagou pela realização do trabalho e cópia da 
respectiva nota fiscal. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: Neste caso também se trata de promover maior seriedade nas pesquisas eleitorais.
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Proibição de enquetes sobre as eleições durante o período de campanha (agora só são 
permitidas as pesquisas elaboradas com metodologia científica)
Lei 9.504/97, art. 33, § 5º É vedada, no período de campanha eleitoral, a realização 
de enquetes relacionadas ao processo eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - As enquetes foram retiradas da legislação porque não possuíam o menor 
compromisso científico com resultados, embora gerassem no eleitorado um impacto equivalente 
ao de uma pesquisa eleitoral formalmente elaborada; 2 - a vedação de enquete no "período de 
campanha eleitoral" indica que no momento anterior à campanha a enquete é permitida; 3 - neste 
caso abre-se campo para discutir qual é o marco inicial da vedação, dada a ausência de um 
conceito legal expresso sobre o início da campanha eleitoral (de qualquer forma, seu início 
normalmente é identificado com o começo da propaganda eleitoral, em 6 de julho).
CONTAS DE CAMPANHA
CONTA BANCÁRIA DE CAMPANHA
Alteração da estrutura do artigo e criação de obrigação aos bancos de identificar CPF ou 
CNPJ do doador nos extratos
Lei 9.504/97, art. 22. É obrigatório para o partido e para os candidatos abrir conta bancária 
específica para registrar todo o movimento financeiro da campanha.
§ 1º Os bancos são obrigados a acatar, em até 3 (três) dias, o pedido de abertura de conta 
de qualquer comitê financeiro ou candidato escolhido em convenção, sendo-lhes vedado 
condicioná-la à depósito mínimo e à cobrança de taxas e/ou outras despesas de 
manutenção. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
§ 1º Os bancos são obrigados a: (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - acatar, em até 3 (três) dias, o pedido de abertura de conta de qualquer comitê financeiro 
ou candidato escolhido em convenção, sendo-lhes vedado condicioná-la a depósito 
mínimo e a cobrança de taxas ou a outras despesas de manutenção; (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
II - identificar, nos extratos bancários das contas correntes a que se refere o caput, o 
CPF ou o CNPJ do doador. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: Trata-se de incremento nos mecanismos de controle das doações eleitorais, o que 
por um lado pode ser benéfico, mas por outro pode ter o efeito de incentivar as doações ocultas.
DOAÇÕES DE CAMPANHA
Dispensa de comprovação na prestação de contas de cessão de bens móveis até 4 mil e de 
doação de bens compartilhados (apenas o candidato/partido/coligação responsável pelo 
pagamento da despesa compartilhada deve apresentar o registro na prestação de contas, 
evitando-se que diferentes candidatos prestem contas sobre a mesma coisa) 
Lei 9.504/97, art. 23. Pessoas físicaspoderão fazer doações em dinheiro ou estimáveis 
em dinheiro para campanhas eleitorais, obedecido o disposto nesta Lei. (Redação dada 
pela Lei nº 12.034, de 2009)
(...)
§ 2º Toda doação a candidato específico ou a partido deverá ser feita mediante recibo, em 
formulário impresso ou em formulário eletrônico, no caso de doação via internet, em que 
constem os dados do modelo constante do Anexo, dispensada a assinatura do doador. 
(Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
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§ 2º As doações estimáveis em dinheiro a candidato específico, comitê ou partido 
deverão ser feitas mediante recibo, assinado pelo doador, exceto na hipótese prevista 
no § 6º do art. 28. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
(...)
Art. 28, § 6º: Ficam também dispensadas de comprovação na prestação de contas: 
(Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - a cessão de bens móveis, limitada ao valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) por 
pessoa cedente; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - doações estimáveis em dinheiro entre candidatos, partidos ou comitês 
financeiros, decorrentes do uso comum tanto de sedes quanto de materiais de 
propaganda eleitoral, cujo gasto deverá ser registrado na prestação de contas do 
responsável pelo pagamento da despesa. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A inovação legal tem grande impacto operacional, uma vez que proporciona 
significativa margem de liberdade para o trânsito de recursos de "pequena monta", assim 
considerados os bens estimáveis em dinheiro de valor até R$ 4.000,00 (por doador); 2 - Embora 
possa ocasionar ocultação de doações, há que se considerar também a dificuldade dos 
candidatos, partidos e coligações de atribuir valor para referidos bens; 3 - a dispensa de 
"duplicação" na prestação de contas é coerente com a noção contábil de gasto, pois evita que a 
mesma despesa seja lançada duas ou mais vezes.
GASTOS DE CAMPANHA
Determinação (feita de forma oblíqua) de que os adesivos sejam contabilizados como 
gastos eleitorais
Lei 9.504/97, art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites 
fixados nesta Lei: (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
I - confecção de material impresso de qualquer natureza e tamanho, observado o disposto 
no § 3º do art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013) (o referido § 3º 
prevê que o tamanho máximo de 50x40 cm para adesivos)
Observação: A medida apenas acompanha a inclusão dos adesivos como meio regulamentado 
de propaganda eleitoral.
Revogação do dispositivo (Lei 9.504/97, art. 26, XIV) que permitia o aluguel de bens 
particulares para a propaganda eleitoral
Lei 9.504/97, art. 26. São considerados gastos eleitorais, sujeitos a registro e aos limites 
fixados nesta Lei: (Redação dada pela Lei nº 11.300, de 2006)
(...)
XIV - aluguel de bens particulares para veiculação, por qualquer meio, de propaganda 
eleitoral;
XIV - revogado; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Assim está proibida a locação de bens particulares para a colocação de 
propaganda eleitoral, o que atinge especialmente os bens imóveis como muros e jardins; 2 - com 
isso a propaganda em bens privados somente poderá ser feita a título gratuito; 3 - o objetivo 
visível é evitar o comércio de apoio eleitoral; 4 - a mudança não foi acompanhada de qualquer 
sancionamento explícito para o descumprimento da norma, donde se conclui que o manejo do art. 
30-A da Lei 9.504/97 será a forma apropriada de combater a comercialização desses bens.
Limitação dos gastos com alimentação de pessoal (10%) e aluguel de veículos (20%) 
Lei 9.504/97, art. 26, parágrafo único. São estabelecidos os seguintes limites com 
relação ao total do gasto da campanha: (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
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I - alimentação do pessoal que presta serviços às candidaturas ou aos comitês eleitorais: 
10% (dez por cento); (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - aluguel de veículos automotores: 20% (vinte por cento). (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
Observação: O engessamento dos gastos neste dispositivo é uma medida que destoa do ritmo 
geral da minirreforma, visto que a mesma foi especialmente dirigida para ampliar a liberdade 
partidária nos assuntos financeiros.
SOBRA DE RECURSOS DE CAMPANHA
Fixação da independência entre as esferas partidárias para o manejo dos recursos 
sobrados: cada diretório é responsável exclusivo pelos seus próprios recursos
Lei 9.504/97, art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, 
esta deve ser declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, 
transferida ao órgão do partido na circunscrição do pleito ou à coligação, neste caso, para 
divisão entre os partidos que a compõem. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
Lei 9.504/97, art. 31. Se, ao final da campanha, ocorrer sobra de recursos financeiros, 
esta deve ser declarada na prestação de contas e, após julgados todos os recursos, 
transferida ao partido, obedecendo aos seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 
12.891, de 2013)
I - no caso de candidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, esses recursos deverão ser 
transferidos para o órgão diretivo municipal do partido na cidade onde ocorreu a eleição, 
o qual será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, 
contabilização e respectiva prestação de contas perante o juízo eleitoral correspondente; 
(Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - no caso de candidato a Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal 
e Deputado Estadual ou Distrital, esses recursos deverão ser transferidos para o órgão 
diretivo regional do partido no Estado onde ocorreu a eleição ou no Distrito Federal, se 
for o caso, o qual será responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua 
utilização, contabilização e respectiva prestação de contas perante o Tribunal Regional 
Eleitoral correspondente; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - no caso de candidato a Presidente e Vice-Presidente da República, esses recursos 
deverão ser transferidos para o órgão diretivo nacional do partido, o qual será 
responsável exclusivo pela identificação desses recursos, sua utilização, contabilização 
e respectiva prestação de contas perante o Tribunal Superior Eleitoral; (Incluído pela Lei 
nº 12.891, de 2013)
IV - o órgão diretivo nacional do partido não poderá ser responsabilizado nem 
penalizado pelo descumprimento do disposto neste artigo por parte dos órgãos diretivos 
municipais e regionais. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Aqui também é reforçada a independência entre as esferas partidárias, desta 
vez mediante a garantia de que os recursos que sobrarem das campanhas eleitorais serão 
revertidos ao órgão partidário que conduziu a eleição; 2 - Mesmo assim, trata-se de medida tímida 
para acabar com a centralização de poderes (e finanças) dos diretórios nacionais, que ainda 
poderão, dada a sua força política em relação aos órgãos regionais e municipais, "solicitar" que 
tais recursos lhes sejam transferidos "voluntariamente" pelas instâncias inferiores; 3 - a retirada da 
previsão de retorno dos valores sobrados à coligação (contida na redação antiga) é medida 
consentânea ao caráter temporário desse agente político; 4 - todavia, faltou a definição de critérios 
para a devolução dos recursos sobrados aos partidos integrantes da coligação; 5 - a solução de 
eventual impasse entre partidos sobre a "titularidade" de tais recursos atualmente é imprevisível; 6 
- finalmente há a "imunização" do diretório nacional frente a ilícitos cometidos pelas instâncias 
inferiores.
CONTRATAÇÃO DE PESSOAL DE CAMPANHA
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Disciplina inédita da matéria com o intuito de adequar a quantidade de contratados ao 
tamanho da circunscrição eleitoral; estabelecimentoda obrigação de indicar o CPF dos 
contratados (excluídos destas previsões os profissionais não envolvidos diretamente na 
campanha eleitoral - serviços administrativos, operacionais e jurídicos); imputação de 
crime de corrupção eleitoral em caso de descumprimento dos limites
Lei 9.504/97, art. 100-A. A contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de 
serviços referentes a atividades de militância e mobilização de rua nas campanhas 
eleitorais observará os seguintes limites, impostos a cada candidato: (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
I - em Municípios com até 30.000 (trinta mil) eleitores, não excederá a 1% (um por 
cento) do eleitorado; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - nos demais Municípios e no Distrito Federal, corresponderá ao número máximo 
apurado no inciso I, acrescido de 1 (uma) contratação para cada 1.000 (mil) eleitores 
que exceder o número de 30.000 (trinta mil). (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 1º As contratações observarão ainda os seguintes limites nas candidaturas aos cargos a: 
(Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - Presidente da República e Senador: em cada Estado, o número estabelecido para o 
Município com o maior número de eleitores; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - Governador de Estado e do Distrito Federal: no Estado, o dobro do limite 
estabelecido para o Município com o maior número de eleitores, e, no Distrito Federal, 
o dobro do número alcançado no inciso II do caput; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 
2013)
III - Deputado Federal: na circunscrição, 70% (setenta por cento) do limite estabelecido 
para o Município com o maior número de eleitores, e, no Distrito Federal, esse 
mesmo percentual aplicado sobre o limite calculado na forma do inciso II do caput, 
considerado o eleitorado da maior região administrativa; (Incluído pela Lei nº 12.891, 
de 2013)
IV - Deputado Estadual ou Distrital: na circunscrição, 50% (cinquenta por cento) do 
limite estabelecido para Deputados Federais; (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
V - Prefeito: nos limites previstos nos incisos I e II do caput; (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
VI - Vereador: 50% (cinquenta por cento) dos limites previstos nos incisos I e II do 
caput, até o máximo de 80% (oitenta por cento) do limite estabelecido para 
Deputados Estaduais. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 2º Nos cálculos previstos nos incisos I e II do caput e no § 1º, a fração será desprezada, 
se inferior a 0,5 (meio), e igualada a 1 (um), se igual ou superior. (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
§ 3º A contratação de pessoal por candidatos a Vice-Presidente, Vice-Governador, 
Suplente de Senador e Vice-Prefeito é, para todos os efeitos, contabilizada como 
contratação pelo titular, e a contratação por partidos fica vinculada aos limites impostos 
aos seus candidatos. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 4º Na prestação de contas a que estão sujeitos na forma desta Lei, os candidatos são 
obrigados a discriminar nominalmente as pessoas contratadas, com indicação de 
seus respectivos números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). 
(Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 5º O descumprimento dos limites previstos nesta Lei sujeitará o candidato às penas 
previstas no art. 299 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965. (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
§ 6º São excluídos dos limites fixados por esta Lei a militância não remunerada, 
pessoal contratado para apoio administrativo e operacional, fiscais e delegados 
credenciados para trabalhar nas eleições e os advogados dos candidatos ou dos partidos 
e coligações. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
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Observações: 1 - A fixação de limites para a contratação de "militantes profissionais" é medida a 
ser saudada; 2 - da mesma forma, é positiva a exigência de identificação desses militantes-
empregados pelo CPF; 3 - todavia a forma como o legislador regulamentou os limites é sofrível, 
seja pela baixa e confusa técnica legislativa, seja por ter deixado em aberto espaço para burlas; 4 
- por exemplo, ao excluir dos limites a chamada "militância não remunerada" o legislador permite 
que em casos duvidosos o responsável alegue que alguns militantes são partidários, e não 
empregados; 5 - ainda, a tipificação do excesso como crime de corrupção eleitoral é manobra 
retórica, visto que o art. 299 do Código Eleitoral está em franco desuso (dentre outros motivos 
porque o processo penal é demasiado lento frente às exigências de dinamismo do processo 
eleitoral), sendo substituído pelo civil-eleitoral e mais eficaz dispositivo do art. 41-A da Lei 
9.504/97, que "estranhamente" não foi indicado pelo legislador da minirreforma.
PROCESSO JUDICIAL ELEITORAL
SOLIDARIEDADE NAS PUNIÇÕES POR PROPAGANDA
Exclusão da solidariedade entre partidos da mesma coligação por propaganda irregular 
(cada partido responde apenas por seus ilícitos e de seus candidatos):
Código Eleitoral, art. 241. Toda propaganda eleitoral será realizada sob a 
responsabilidade dos partidos e por eles paga, imputando-lhes solidariedade nos excessos 
praticados pelos seus candidatos e adeptos.
Parágrafo único. A solidariedade prevista neste artigo é restrita aos candidatos e aos 
respectivos partidos, não alcançando outros partidos, mesmo quando integrantes de 
uma mesma coligação. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Lei 9.504/97, art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, 
celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste 
último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os 
partidos que integram a coligação para o pleito majoritário.
(...)
§ 5º A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda eleitoral 
é solidária entre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros 
partidos mesmo quando integrantes de uma mesma coligação. (Incluído pela Lei nº 
12.891, de 2013)
Observação: A nova disciplina destoa do entendimento consagrado de que durante o processo 
eleitoral a coligação deve ser tratada como um único partido (v. art. 6º, Lei 9.504/97), e permite 
projetar dificuldades para a apuração judicial da responsabilidade de cada partido coligado no 
cometimento de ilícitos na propaganda.
RETIRADA DE AGRESSÕES NA INTERNET
Consagração da competência da Justiça Eleitoral para determinar a retirada de agressões e 
ataques a candidatos de sites de internet e redes sociais
Lei 9.504/97, art. 57-D, § 3º Sem prejuízo das sanções civis e criminais aplicáveis ao 
responsável, a Justiça Eleitoral poderá determinar, por solicitação do ofendido, a 
retirada de publicações que contenham agressões ou ataques a candidatos em 
sítios da internet, inclusive redes sociais. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A inclusão deste dispositivo reforça a competência da Justiça Eleitoral para 
decidir sobre ofensas cometidas contra candidatos na internet durante o período de propaganda 
eleitoral; 2 - o objetivo é explicitar a possibilidade daquela Justiça Especializada determinar a 
retirada da publicação ofensiva, pois a legislação até então vigente era omissa quanto a essa 
possibilidade.
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MODIFICAÇÃO DE JUÍZO POR MORA JUDICIAL
Previsão de designação de juiz auxiliar para decidir sobre direito de resposta em caso de 
demora do juiz até então competente
Lei 9.504/97, art. 58. A partir da escolha de candidatos em convenção, é assegurado o 
direito de resposta a candidato, partido ou coligação atingidos, ainda que de forma indireta, 
por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente 
inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social.
(...)
§ 2º Recebido o pedido, a Justiça Eleitoral notificará imediatamente o ofensor para que se 
defenda em vinte e quatro horas, devendoa decisão ser prolatada no prazo máximo de 
setenta e duas horas da data da formulação do pedido.
(...)
Lei 9.504/97, art. 58, § 9º Caso a decisão de que trata o § 2º não seja prolatada em 72 
(setenta e duas) horas da data da formulação do pedido, a Justiça Eleitoral, de 
ofício, providenciará a alocação de Juiz auxiliar. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - Embora evidente a baixa qualidade da técnica legislativa empregada, o que se 
percebe é a vontade do legislador de obrigar a Justiça Eleitoral a cumprir os exíguos prazos de 
julgamento; 2 - não foi estabelecido nenhum detalhamento quanto a procedimentos, portanto se 
presume que os tribunais terão autonomia para definir a forma da dispensa e da designação 
excepcional de juízes auxiliares nesses casos.
RECURSO CONTRA A EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA
Alteração do RCED (revogação dos incisos do art. 262 do CE e concentração das hipóteses 
de cabimento no caput), que passa a ser cabível apenas nos casos de falta de condição de 
elegibilidade, inelegibilidade constitucional e inelegibilidade infraconstitucional 
superveniente
Código Eleitoral, art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos 
seguintes casos:
I - inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato;
II - errônea interpretação da lei quanto à aplicação do sistema de representação 
proporcional;
III - erro de direito ou de fato na apuração final, quanto à determinação do quociente 
eleitoral ou partidário, contagem de votos e classificação de candidato, ou a sua 
contemplação sob determinada legenda;
IV - concessão ou denegação do diploma em manifesta contradição com a prova dos 
autos, nas hipóteses do art. 222 desta Lei, e do art. 41-A da Lei no 9.504, de 30 de 
setembro de 1997. (Redação dada pela Lei nº 9.840, de 28.9.1999)
Código Eleitoral, art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos 
casos de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de 
condição de elegibilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
III - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
IV - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A modificação aprimora a disciplina processual eleitoral ao eliminar o cabimento de 
RCED em circunstâncias hoje superadas, permitindo o seu manejo apenas em questões relativas 
a elegibilidade e inelegibilidade porventura não alcançadas pela ação de impugnação ao registro 
de candidatura (AIRC).
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MULTAS ELEITORAIS
Consagração do direito a parcelar multas eleitorais em até 60 meses e limitação das 
parcelas a 10% da renda
Lei 9.504/97, art. 11, § 8º Para fins de expedição da certidão de que trata o § 7º, 
considerar-se-ão quites aqueles que: (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
(...)
III - o parcelamento das multas eleitorais é direito do cidadão, seja ele eleitor ou 
candidato, e dos partidos políticos, podendo ser parceladas em até 60 (sessenta) 
meses, desde que não ultrapasse o limite de 10% (dez por cento) de sua renda. 
(Incluído pela Lei nº o negócio... o negócio... o negócio...., de 2013)
Observações: 1 - A inovação legal oferece parâmetros objetivos para a Justiça Eleitoral, que até 
então buscava na legislação fiscal argumentos para autorizar o parcelamento em até 60 meses 
(por analogia); 2 - a limitação da parcela a 10% da renda do multado sugere a possibilidade de 
parcelamento superior a 60 meses, caso a renda do multado seja baixa e a multa seja elevada.
PARTIDOS POLÍTICOS
AUTONOMIA PARTIDÁRIA
Previsão de autonomia aos candidatos, partidos e coligações para definir e executar 
atividades de campanha
Lei 9.096/95, art. 3º É assegurada, ao partido político, autonomia para definir sua estrutura 
interna, organização e funcionamento.
Parágrafo único. É assegurada aos candidatos, partidos políticos e coligações 
autonomia para definir o cronograma das atividades eleitorais de campanha e 
executá-lo em qualquer dia e horário, observados os limites estabelecidos em lei. 
(Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A inclusão deste parágrafo único é um ato de afirmação da autonomia político-
partidária, e pode-se recebê-lo como uma tentativa de eludir a fiscalização dos atos de campanha 
eleitoral por parte dos organismos de controle (JE e MPE).
RESPONSABILIDADE POR DÉBITOS PARTIDÁRIOS
Esclarecimento de que a responsabilidade trabalhista também é exclusiva do diretório que 
praticou o ato (antes era só a responsabilidade civil)
Lei 9.096/95, art. 15-A. A responsabilidade, inclusive civil, cabe exclusivamente ao órgão 
partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado causa ao não cumprimento da 
obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a qualquer ato ilícito, excluída a 
solidariedade de outros órgãos de direção partidária. (Incluído pela Lei nº 11.694, de 2008)
Lei 9.096/95, art. 15-A. A responsabilidade, inclusive civil e trabalhista, cabe 
exclusivamente ao órgão partidário municipal, estadual ou nacional que tiver dado 
causa ao não cumprimento da obrigação, à violação de direito, a dano a outrem ou a 
qualquer ato ilícito, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção partidária. 
(Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
Observação: Com a alteração os débitos trabalhistas também passam a ser exclusivos do órgão 
partidário que os contraiu, reforçando-se ainda mais a independência entre as diferentes esferas 
partidárias, o que por um lado molesta o caráter nacional dos partidos políticos, mas por outro 
pode ser tomado como uma afirmação do princípio federativo.
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FORO PRIVILEGIADO DO DIRETÓRIO NACIONAL
Inclusão de garantia ao diretório nacional de que só será demandado na circunscrição 
especial judiciária de sua sede (ou seja, Brasília) - foro privilegiado
Lei 9.096/95, art. 15-A, parágrafo único. O órgão nacional do partido político, quando 
responsável, somente poderá ser demandado judicialmente na circunscrição especial 
judiciária da sua sede, inclusive nas ações de natureza cível ou trabalhista. (Incluído 
pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: Assim resta consagrada a definição de um "foro privilegiado" para os diretórios 
nacionais dos partidos políticos, que agora só podem ser demandados na capital federal, Brasília, 
sua sede obrigatória por disposição legal (Lei 9.096/95, art. 15, I).
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
Alteração da consequência por dupla filiação: agora prevalece a mais recente (antes as 
duas eram canceladas)
Lei 9.096/95, art. 22. O cancelamento imediato da filiação partidária verifica-se nos casos 
de:
(...)
V - filiação a outro partido, desde que a pessoa comunique o fato ao juiz da respectiva 
Zona Eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Parágrafo único. Quem se filia a outro partido deve fazer comunicação ao partido e ao 
juiz de sua respectiva Zona Eleitoral, para cancelar sua filiação; se não o fizer no dia 
imediato ao da nova filiação, fica configurada dupla filiação, sendo ambas consideradas 
nulas para todos os efeitos.
Parágrafo único. Havendo coexistência de filiações partidárias, prevalecerá a mais 
recente, devendo a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais. 
(Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A mudança determina que em caso de dupla filiação prevalecerá a mais recente, 
não mais se cancelando as duas, como ocorria até então. Todavia, a combinação do inciso V com 
o parágrafo único (ambos oriundos da Lei 12.891/2013) sugere que o cidadão que se filia a outro 
partido deve comunicar o juiz eleitoral sobre o fato, estando dispensado apenas de comunicar o 
partido do qual se desligou, o que era obrigado a fazer no regime jurídico anterior.
FISCALIZAÇÃO DA VOTAÇÃO
Limitação donúmero de fiscais por partido ou coligação ao máximo de 2 por seção eleitoral
Lei 9.504/97, art. 65, § 4º Para o acompanhamento dos trabalhos de votação, só será 
permitido o credenciamento de, no máximo, 2 (dois) fiscais de cada partido ou 
coligação por seção eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A modificação evita confusão nos trabalhos de fiscalização.
PROPAGANDA PARTIDÁRIA
Atualização das mídias: não é mais obrigatória a entrega de fitas, agora pode ser outro 
material, e as inserções de rádio podem ser enviadas por email
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Lei 9.096/95, art. 46. As emissoras de rádio e de televisão ficam obrigadas a realizar, para 
os partidos políticos, na forma desta Lei, transmissões gratuitas em âmbito nacional e 
estadual, por iniciativa e sob a responsabilidade dos respectivos órgãos de direção.
(...)
§ 5º As fitas magnéticas com as gravações dos programas em bloco ou em inserções 
serão entregues às emissoras com a antecedência mínima de doze horas da transmissão.
§ 5º O material de áudio e vídeo com os programas em bloco ou as inserções será 
entregue às emissoras com antecedência mínima de 12 (doze) horas da transmissão, 
podendo as inserções de rádio ser enviadas por meio de correspondência 
eletrônica. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A modificação era urgente pois a legislação anterior estava criando um "abismo 
tecnológico" entre os partidos políticos e as emissoras.
Vedação à reprodução de inserções idênticas do mesmo partido no mesmo intervalo, salvo 
se o partido não tiver inserções suficientes para diversificar, e vedação à reprodução de 
inserções em sequência para o mesmo partido
Lei 9.096/95, art. 46, § 8º É vedada a veiculação de inserções idênticas no mesmo 
intervalo de programação, exceto se o número de inserções de que dispuser o partido 
exceder os intervalos disponíveis, sendo vedada a transmissão em sequência para o 
mesmo partido político. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A ideia é ampliar o alcance das inserções mediante sua melhor distribuição na 
programação das emissoras, que agora estão impedidas de aglutinar a veiculação desse tipo de 
propaganda; 2 - idêntica mudança foi aplicada na propaganda eleitoral.
FUNDO PARTIDÁRIO
Desconsideração expressa das trocas de partido posteriores à eleição para efeito de 
distribuição do fundo partidário: prevalece a votação resultante da ultima eleição à Câmara 
dos Deputados para determinar a parcela de cada partido (exceção feita à fusão ou 
incorporação de partido - neste caso pode somar); apenas para o funcionamento 
parlamentar as trocas de partido devem ser consideradas, conclusão a que se chega 
mediante a supressão do termo "funcionamento parlamentar" do dispositivo restritivo
Lei 9.096/95, art. 29, § 6º Havendo fusão ou incorporação de partidos, os votos obtidos 
por eles, na última eleição geral para a Câmara dos Deputados, devem ser somados para 
efeito do funcionamento parlamentar, nos termos do art. 13, da distribuição dos recursos 
do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao rádio e à televisão.
Lei 9.096/95, art. 29, § 6º Havendo fusão ou incorporação, devem ser somados 
exclusivamente os votos dos partidos fundidos ou incorporados obtidos na última eleição 
geral para a Câmara dos Deputados, para efeito da distribuição dos recursos do 
Fundo Partidário e do acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Redação dada pela Lei 
nº 12.875, de 2013)
(...)
Art. 41-A. 5% (cinco por cento) do total do Fundo Partidário serão destacados para 
entrega, em partes iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutos registrados no 
Tribunal Superior Eleitoral e 95% (noventa e cinco por cento) do total do Fundo Partidário 
serão distribuídos a eles na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a 
Câmara dos Deputados. (Incluído pela Lei nº 11.459, de 2007)
Art. 41-A. Do total do Fundo Partidário: (Redação dada pela Lei nº 12.875, de 2013)
I - 5% (cinco por cento) serão destacados para entrega, em partes iguais, a todos os 
partidos que tenham seus estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral; e (Incluído 
pela Lei nº 12.875, de 2013)
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II - 95% (noventa e cinco por cento) serão distribuídos aos partidos na proporção dos votos 
obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados. (Incluído pela Lei nº 
12.875, de 2013)
Parágrafo único. Para efeito do disposto no inciso II, serão desconsideradas as 
mudanças de filiação partidária, em quaisquer hipóteses, ressalvado o disposto no § 
6º do art. 29. (Incluído pela Lei nº 12.875, de 2013)
Observação: Embora confusa, a alteração legislativa em síntese prevê que as mudanças de 
partido político realizadas por parlamentares após a eleição não afetam a distribuição do fundo 
partidário e do horário eleitoral gratuito, mas apenas o funcionamento parlamentar.
Reforço da autonomia partidária para gastar como quiser;
Lei 9.096/95, art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
(...)
§ 3º Os recursos de que trata este artigo não estão sujeitos ao regime da Lei nº 8.666, de 
21 de junho de 1993. (Incluído pela Lei nº 9.504, de 1997)
§ 3º Os recursos de que trata este artigo não estão sujeitos ao regime da Lei no 8.666, de 
21 de junho de 1993, tendo os partidos políticos autonomia para contratar e realizar 
despesas. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observação: A previsão de autonomia possui efeito muito mais retórico do que jurídico, tendo em 
vista que já era respeitada mesmo antes da mudança legal, e além disso é limitada pelas 
disposições que regulam os gastos permitidos e proibidos aos partidos políticos.
Criação da possibilidade de reverter para outras atividades partidárias o dinheiro não gasto 
pela fundação ou instituto de pesquisa, no mesmo exercício financeiro
Lei 9.096/95, art. 44. Os recursos oriundos do Fundo Partidário serão aplicados:
I - na manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de pessoal, a 
qualquer título, observado neste último caso o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) 
do total recebido; (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
II - na propaganda doutrinária e política;
III - no alistamento e campanhas eleitorais;
IV - na criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de doutrinação e 
educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por cento do total recebido.
V - na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política 
das mulheres conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional de direção 
partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009)
(...)
§ 6º No exercício financeiro em que a fundação ou instituto de pesquisa não 
despender a totalidade dos recursos que lhe forem assinalados, a eventual sobra 
poderá ser revertida para outras atividades partidárias, conforme previstas no caput 
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A inovação sugere a pretensão dos partidos políticos em esvaziar a obrigação 
estabelecida no inc. IV do art. 44, de investir 20% do fundo partidário em sua fundação e/ou 
instituto de pesquisa, na medida em que autoriza a realocação das verbas destinadas a essas 
entidades para outras atividades partidárias, sendo fácil presumir que algumas agremiações 
poderão legalmente "forçar" a sobre de recursos para canalizá-los na campanha ou em outros 
atos; 2 - se este for mesmo o caminho, pode-se esperar um empobrecimento ainda maior da 
cultura política brasileira, já que os partidos políticos estarão autorizados a não investir na 
formação ideológica de seus militantes.
PRESTAÇÃO DE CONTAS PARTIDÁRIA
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Vedação à JE de analisar as atividades político-partidárias: a apreciação das contas deve 
se resumira um exame formal
Lei 9.096/95, art. 34. A Justiça Eleitoral exerce a fiscalização sobre a escrituração contábil 
e a prestação de contas do partido e das despesas de campanha eleitoral, devendo atestar 
se elas refletem adequadamente a real movimentação financeira, os dispêndios e recursos 
aplicados nas campanhas eleitorais, exigindo a observação das seguintes normas:
(...)
§ 1º A fiscalização de que trata o caput tem por escopo identificar a origem das receitas e a 
destinação das despesas com as atividades partidárias e eleitorais, mediante o exame 
formal dos documentos contábeis e fiscais apresentados pelos partidos políticos, 
comitês e candidatos, sendo vedada a análise das atividades político-partidárias ou 
qualquer interferência em sua autonomia. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 2º Para efetuar os exames necessários ao atendimento do disposto no caput, a Justiça 
Eleitoral pode requisitar técnicos do Tribunal de Contas da União ou dos Estados, pelo 
tempo que for necessário. (Incluído pela Lei nº 12.891, de 2013) (Obs.: este dispositivo já 
existia, pois era o parágrafo único do artigo em sua estrutura anterior).
Observações: 1 - Esta mudança também reflete o espírito da minirreforma eleitoral de 2013, de 
afirmar a autonomia dos partidos políticos em relação a seus controles externos, sendo mais um 
episódio do embate entre a Justiça Eleitoral e o Congresso Nacional; 2 - A ideia de um "exame 
formal" já tem considerável acolhida jurisprudencial, e significa que a Justiça Eleitoral deve 
apreciar apenas a documentação apresentada, sem maiores aprofundamentos sobre a 
materialidade dos fatos nela indicados; 3 - Embora a autonomia partidária possua assento 
constitucional, o mesmo ocorre com o dever de prestação de contas, que é justamente o limite 
dessa autonomia, razão que autoriza a concluir pela inconstitucionalidade do dispositivo, caso sua 
interpretação seja conduzida de forma a limitar a observância das normas de captação e 
aplicação de recursos de campanha.
Alteração das datas da prestação de contas parcial pela internet, de 6 para 8 de agosto e 
setembro
Lei 9.504/97, art. 28, § 4º Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são 
obrigados, durante a campanha eleitoral, a divulgar, pela rede mundial de computadores 
(internet), nos dias 6 de agosto e 6 de setembro, relatório discriminando os recursos em 
dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha 
eleitoral, e os gastos que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim, 
exigindo-se a indicação dos nomes dos doadores e os respectivos valores doados 
somente na prestação de contas final de que tratam os incisos III e IV do art. 29 desta Lei. 
(Incluído pela Lei nº 11.300, de 2006)
Lei 9.504/97, art. 28, § 4º Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são 
obrigados, durante a campanha eleitoral, a divulgar, pela rede mundial de computadores 
(internet), nos dias 8 de agosto e 8 de setembro, relatório discriminando os recursos em 
dinheiro ou estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha 
eleitoral e os gastos que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim, 
exigindo-se a indicação dos nomes dos doadores e os respectivos valores doados 
somente na prestação de contas final de que tratam os incisos III e IV do art. 29 desta Lei. 
(Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
Observações: 1 - A mudança de datas é insignificante; 2 - a alteração desejável (e não 
implementada) é obrigar os partidos políticos a indicarem nestas prestações de contas parciais e 
antecipadas o nome dos doadores e os respectivos valores doados, de modo que o eleitor possa 
saber quem está financiando a campanha de cada candidato antes de ir para as urnas, e não 
depois, como ocorre e seguirá ocorrendo.
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